quarta-feira, 26 de abril de 2017

Opinião sobre "O Farol das Orcas"

Neste final de semana tive o prazer de assistir ao filme “O Farol das Orcas” e fiquei surpresa e maravilhada com o que vi. Achei o filme encantador... Sensível, delicado, visualmente deslumbrante, apesar de a crítica não tê-lo avaliado muito bem. Obviamente não assisti esperando uma superprodução hollywoodiana, pois sabemos que este não é o caso, mas acredito que o filme tenha feito um excelente papel dentro da sua proposta.
Imagino que nem todas as passagens sejam verídicas, tendo alguns trechos sido incluídos para atrair mais o telespectador aumentando o suspense e o drama, como é comum observarmos no Cinema, mas de modo geral, acredito que ele tenha contado bem a história do Roberto Bubbas, do seu relacionamento com o trabalho (e consequentemente as críticas que sucederam disso) e com as Orcas, e da problemática com o garoto autista.  Junto à trama, conseguiram dar diversas informações sobre os animais, seu comportamento de caça, que é tão único e característico do local, sobre como são realizados os trabalhos de pesquisas e acompanhamento, além de informações gerais de maneira clara. Pontos sobre a personalidade das Orcas que os leigos se equivocam tanto também são citados, como por exemplo, o fato de elas jamais terem atacado pessoas na natureza. As grandes ou as maiores predadoras dos oceanos? Possivelmente, mas extremamente inteligentes e sociais. E essa é uma das grandes mensagens do filme.
Li algumas pessoas questionando sobre o final em vários sites e milhares de pessoas buscaram o blog atrás dessas informações nesses últimos dias. Mas fiquei assustada com o fato de muitos questionarem sobre se a Orca teria matado o garoto no final. Várias razões me levam a crer que este definitivamente não foi o fechamento do enredo, dentre elas, o fato de o filme ser uma história verídica e sabemos bem que jamais houve qualquer registro sobre ataques de Orcas a humanos na natureza, e mais ainda, o fato de esse suposto final ir completamente contra a todos os ensinamentos sobre a espécie faladas e provadas no filme. Orcas são dóceis, curiosas com os humanos e lá na região estabeleceram um contato bem próximo ao Roberto Bubas, portanto, definitivamente, não! O menino não morre no final! Acho apenas que foi um final simbólico para mostrar que o contato com elas deu resultado no tratamento do autismo e que ele finalmente conseguiu estabelecer um laço real com algo (tanto que é o único momento do filme que ele se expressa verbalmente), fazendo valer todo amor e esforço da mãe e do famoso guarda-fauna. E o Roberto confia tanto nos animais que tranquiliza a mãe de que o menino se sairá bem, só deviam lhe prover um pouco de espaço para se expressar.
Sei que a crítica não o dará muito crédito, mas sei que os amantes de Orcas vão adorar o filme. Pelo menos pra mim, ele provocou emoções do início ao fim, trazendo lágrimas inúmeras vezes, não só pelo enredo, mas por me aproximar de como é realmente a vida naquela região. Por sorte, regiões da Península Valdes em que as Orcas se alimentam são protegidas por lei, não podendo ser visitadas por turistas. Há apenas um mirante em uma das praias que fica aberto para as pessoas tentarem observá-las, mas elas passam poucos dias por ano lá e é necessário realmente muita sorte para avistá-las no local. Portanto, o filme mata um pouco a nossa curiosidade e nos aproxima emocionalmente da realidade deste local tão inóspito e icônico. É como se pudéssemos estar presentes e presenciarmos algo tão surreal quanto o comportamento de caça das Orcas da Patagônia.
Por isso, quem ama Orcas e sonha vê-las por lá, tenho certeza que vai se deslumbrar com o filme, e mesmo quem não as conheça tão bem ou jamais tenha sonhado em vê-las pessoalmente, o filme só trará conhecimento e talvez desperte mais interesse e carinho por elas. 

"O Farol das Orcas"
"El Faro de Las Orcas"
"Lighthouse of the Whales"

Vale assistir e curtir sua beleza!




P.S.: Sei que muitos estão com dúvidas também sobre a biografia do Roberto Bubas, mas infelizmente não tenho nada concreto para dividir com vocês. Apenas de que sim, parece que ele teve um filho e ele faleceu (seu nome é exibido ao final), mas não tenho mais detalhes, nem se a história que conta no filme sobre o avião é verdadeira. Tentei contato com ele, mas não obtive resposta por enquanto, Imagino que milhares de pessoas estão tentando acessá-lo no momento, portanto, é compreensível que não me responda tão cedo.
Caso alguém encontre mais detalhes, compartilhe conosco.



terça-feira, 18 de abril de 2017

Orcas também entram na menopausa

Confesso que há anos já havia lido informações sobre a menopausa das Orcas (com as hipóteses descritas na reportagem abaixo) e quando isso virou notícia aqui no Brasil e no mundo no início do ano, acabei não dando muita importância. No entanto, acho mais que válido compartilhar com vocês aqui, para registrar no blog e enriquecer ainda mais o conhecimento de todos, pois é um fato muito interessante e nos faz respeitá-las e compreendê-las ainda mais, fazendo com que nosso amor e admiração por elas só aumente...
Orcas são realmente muito especiais, não?!

* * * * *

Cientistas britânicos conseguiram responder uma questão intrigante do mundo animal: por que a Orca é uma das únicas espécies em que a fêmea entra na menopausa, assim como ocorre entre as humanas?
Segundo um estudo, que levou em conta um conjunto de dados sobre Orcas vivendo no Noroeste do Pacífico coletados durante 43 anos, as orcas param de se reproduzir e entram na menopausa para evitarem a competição com suas filhas.

Imagem: Ken Balcomb, Center for Whale Research

As Orcas, também conhecidas como "baleias assassinas", começam a se reproduzir aos 15 anos e param quando chegam aos 30 ou 40. Depois disso, continuam a ter uma vida ativa e de liderança até os 90 anos.
Estudos anteriores já tinham identificado o importante papel das Orcas após a menopausa: elas são responsáveis por guiar os membros mais novos da comunidade para os locais mais favoráveis do oceano para se encontrar alimento.
Porém, apenas o fato de elas se tornarem líderes depois de certa idade não justificaria, em termos evolutivos, a interrupção da fase reprodutiva. Segundo os pesquisadores, fêmeas de outras espécies também agem como líderes em idades mais avançadas e nem por isso param de se reproduzir.
A análise dos dados coletados no Pacífico finalmente revelou uma resposta possível a esse mistério. Os cientistas constataram que quando orcas mais velhas se reproduzem ao mesmo tempo que suas filhas, a taxa de mortalidade dos filhotes das primeiras é 1,7 vezes maior do que a dos filhotes das mais jovens.



Fonte: G1 de 12 de janeiro de 2017.



segunda-feira, 17 de abril de 2017

O Farol das Orcas

Para alegrar os amantes de Orcas, o Netflix está lançando o filme "O Farol das Orcas", uma produção conjunta entre Espanha e Argentina. O filme, baseado no livro "El faro de las Orcas", de Gerardo Olivares, conta a história verídica de uma mãe espanhola que vai em busca do guarda-parque Roberto Bubas, na Península Valdes, Patagônia Argentina, com a esperança de tratar o filho autista proporcionando a ele uma experiência sem igual próximo aos animais. Roberto, que trabalha na região há 25 anos e já sofreu graves críticas devido ao seu contato excessivamente próximo à Orcas, mesmo relutante, aceita e a história segue com as emoções e dramas decorrentes desta nova relação entre ambos e as Orcas. Assista ao trailer abaixo:




Ainda não tive a oportunidade de assistir ao filme, mas tenho lido críticas positivas por ser visualmente belo e emocionante. A crítica negativa fica por conta do final parecer confuso. E vocês leitores? Se interessaram? Comentem aqui quando assistirem!




sexta-feira, 7 de abril de 2017

Orcas são mortas na frente de turistas no Caribe

Está aí uma notícia que jamais pensei que tivesse que
divulgar por aqui, mas infelizmente não tenho como ignorar...

* * * * *

Um grupo de turistas assistiu indignado duas Orcas serem mortas em meio a um passeio de observação de baleias e golfinhos na semana passada. Confesso que quando li isso achei que pudesse ser boato de Internet e acabei não compartilhando no Twitter, no entanto, o absurdo infelizmente se confirmou.
Tudo ocorreu na ilha de São Vicente e Granadinas, no Caribe, no dia 3 de abril. Um grupo de cerca de 40 turistas, que havia chegado à ilha num cruzeiro Thomson Cruises, saiu num passeio de barco de uma operadora local para observar baleias e golfinhos. No meio do passeio quando estavam observando um pod de quatro Orcas viram uma lancha, com supostos pescadores, atirarem arpões em duas delas. Um dos turistas tentando impedir a ação chegou a gritar informando que se tratava de Orcas (já que lá a caça de baleias piloto é permitida e sua carne, chamada de “peixe preto”, é largamente consumida no país), mas um deles gesticulou de volta gritando “vai pro inferno!”, prosseguindo com a ação. Os turistas ficaram chocados com o que presenciaram e muitos chegaram aos prantos no porto de Kingstown, capital da ilha, ao final do passeio.



A Thomson Cruises cancelou todos os seus passeios de observação de baleias no local e ativistas pediram ações do governo para proibir a caça de Orcas, que já se pronunciou alegando estar tramitando uma lei com esta finalidade.