quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Audiências sobre a Morte da Treinadora do Sea World

As audiências sobre o caso da morte da treinadora do Sea World, Dawn Brancheau, pela baleia Tilikum em fevereiro de 2010, ocorreram no final do mês passado. O Sea World de Orlando enfrenta a agência americana de saúde e segurança do trabalho (OSHA - Occupational Safety and Health Administration) que alega que o parque coloca seus treinadores em risco deliberadamente sem tomar as precauções de segurança necessárias, incluindo o uso de barreiras adequadas, decking ou sistemas de abastecimento de oxigênio.

A OSHA também alegou que o parque não deveria permitir o contato próximo com Tilikum (a Orca responsável pela morte de Dawn - mais conhecida como "Shamu") devido a seu histórico de agressividade (dado que já esteve envolvida com a morte de uma aprendiz de treinadora no Canadá e de um "visitante" que pulou no seu tanque depois do horário de fechamento do parque).

O Sea World se defendeu de todas as alegações e agora aguarda a definição do juiz sobre o pagamento ou não das multas exigidas pela OSHA.

Diversos aspectos sobre o treinamento e os perigos de se manter Orcas em cativeiro foram levantados durante as audiências.


Novas audiências serão agendadas para o final do mês de novembro.

domingo, 16 de outubro de 2011

Mais informações sobre as Orcas em Rio do Alasca

As necrópsias realizadas nas duas Orcas fêmeas encontradas mortas após passarem semanas "perdidas" em um rio no Alasca apontaram que uma delas estava grávida, porém não deixaram claro o motivo das mortes.

De acordo com sites internacionais, o Sea World também enviou um veterinário para acompanhar as análises das causas. E há aqueles que já alegam que o parque estaria interessado na captura da terceira Orca, mais jovem, que poderia ainda estar perdida no rio. Alguns alegam que ela já retornou ao oceano e que já estaria reunida a seu pod, outros dizem que ela também foi encontrada morta.


Trago mais informações quando eu tiver a confirmação...

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Morgan NÃO será Libertada!

Caros leitores, informo com uma imensa tristeza que o juiz holandês responsável pelo caso decidiu hoje que a “baleinha Morgan” (como carinhosamente é chamada por meus sobrinhos) não será libertada e sim transferida para o Loro Parque em Tenerife, nas Ilhas Canárias.

O Secretário de Agricultura Henk Bleker alegou que suas chances de sobrevivência no oceano são muito pequenas e que essa decisão representa de fato uma derrota, pois Morgan não deveria viver num zoológico, mas também não deveria ser libertada a “qualquer custo”. Ele acredita que a decisão foi “a menos ruim” diante do cenário, dado que o histórico de re-introdução à liberdade com Orcas não é positivo (sempre citam o caso de Keiko, a baleia do filme “Free Willy”, que sofreu uma tentativa milionária de reabilitação ao oceano sem sucesso... Mas não podemos esquecer que Keiko passou mais de 20 anos em cativeiro e já era adulto quando foi solto, diferentemente de Morgan que está a pouco mais de um ano e ainda é jovem).

O “Free Morgan Group” afirmou que continuará tentando impedir sua transferência através de ações legais e até fisicamente, se necessário. O partido de Direitos dos Animais que possui duas cadeiras no Parlamento holandês também disse que levará o assunto a discussão.

O Dolfinarium Harderwijk, que reabilitou Morgan e a mantém cativa desde o ano passado, não pode “vender” Morgan dado que esse tipo de comércio é proibido por leis internacionais (por ser uma espécie ameaçada), mas pode participar de ações “colaborativas” com o Sea World e outros parques marinhos (o que possibilita a transferência).

Já contei a história de Morgan nos posts Free Morgan (http://v-pod-orcas.blogspot.com/2011/08/free-morgan.html) e Primeira Definição sobre o Futuro de Morgan (http://v-pod-orcas.blogspot.com/2011/08/primeira-definicao-sobre-o-futuro-de.html) e lá detalhei os planos de libertação do pequeno cetáceo, mas infelizmente, no tribunal, os cientistas não entraram em acordo sobre as reais chances de sobrevivência de Morgan por não estarem certos sobre se ela encontraria seu verdadeiro pod ou se conseguiria ser introduzida em algum outro (o que seria determinante para sua sobrevivência).

Seja como for, e como já comentei anteriormente, pelo menos assim ela teria uma chance... Porque presa num tanque de concreto, com pouco espaço e sujeita a terríveis privações sensoriais, com a triste finalidade de reprodução forçada e o entretenimento do público, ela certamente terá uma vida curta, artificial e infeliz.
É uma pena que os interesses financeiros estejam sempre em primeiro lugar...

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Orcas em Rio do Alasca

Duas das três Orcas vistas há cerca de três semanas subindo o rio Nushagak, no Alasca, apareceram encalhadas e mortas no último domingo, dia 09 de outubro. As duas, aparentemente adultas, passarão por necrópsia para avaliação de seu estado de saúde (umas delas apresentava machucados profundos e sangrava bastante).
Uma equipe está em busca da terceira Orca, mais jovem, para tentar ajudá-la.
As pessoas que as viram subindo o rio, disseram que elas pareciam desorientadas.


Apesar de a notícia ser triste e ainda se ter poucos detalhes e explicações sobre os motivos de estarem lá, quando eu tiver mais informações, pulico aqui no blog. As fotos são de Jon Sharp.


P.S. 2: A foto de uma das baleias morta, pode ser vista neste link: http://www.seattlepi.com/news/article/Search-resumes-for-orca-in-AK-river-2-others-die-2210888.php.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O Novo e Inusitado Vídeo de Luna!

Assisti a este vídeo e não tinha como não compartilhá-lo aqui!
Encante-se com mais uma cena de Luna, desta vez imitando o som de barcos... Incrível!







P.S.: Leia mais sobre Luna no post de setembro "Luna: The Whale" (http://v-pod-orcas.blogspot.com/2011/09/luna-whale.html)

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Orca Digital



Criada por Douglas Coupland em 2010, a "Digital Orca" (nome original em inglês) é a escultura tridimensional de uma baleia Orca exibida em frente ao Centro de Convenções de Vancouver, na Columbia Britânica, Canadá.
A escultura traz uma nova e inesperada visão deste animal que é símbolo em toda a região. De acordo com Coupland, “a imagem natural modificada por tecnologia faz uma conexão entre o passado e o futuro e traduz o povo e as atividades que criaram a próspera cultura do porto de Vancouver, ao mesmo tempo em que representa as grandes mudanças que remodelou a economia da Columbia Britânica. A construção de metal e os componentes iluminados evocam o estado de espírito diário no porto e a diversidade daqueles que trabalham por lá”.





Eu tive o prazer de ver a escultura pessoalmente e posso dizer que é surpreendente e encantadora!







Durante a noite, ela acende pequenos pontos de led em cada “pixel” de forma aleatória... A visão é realmente incrível!



O vídeo abaixo, narrado pelo próprio artista, traz imagens e explicações sobre a idéia e a construção da escultura.


quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Luna: The Whale

Um filme de Suzanne Chisholm e Michael Parfit, narrado por Ryan Reynolds,  "The Whale" conta a triste história da Orca órfã chamada Luna, que buscou a companhia de humanos próximo a Ilha de Vancouver alguns anos atrás (conforme detalhes do último post).

O filme, que teve como produtores executivos os atores Ryan Reynolds e Scarlett Johansson, estreou em Seattle e Tacoma no último dia 09 de setembro e será exibido em Nova Iorque no dia 23, em Los Angeles no dia 30 e logo divulgarão as novas datas para Estados Unidos, Canadá e todo o mundo, de acordo com o e-mail que recebi na produtora no início deste mês.

Assista ao trailer (emocionante) aqui:




Vamos torcer para que seja exibido aqui no Brasil em breve!

Saiba mais sobre o filme no site oficial: http://www.thewhalemovie.com/


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A intrigante história de uma Orca chamada Luna

Luna nasceu em setembro de 1999 em Puget Sound (estado de Washington, Estados Unidos) no grupo L2, pertencente ao pod L. Também foi conhecido como L98 e Tsuux-iit.

Pesquisadores da região relataram que desde o nascimento Luna e sua mãe (conhecida como Splash) não tiveram um comportamento normal, apresentando certo distanciamento e ambos não estavam com o restante do grupo, o que seria o normal quando do nascimento de filhotes. Orcas, como já descrito em outras postagens, possuem forte relacionamento familiar e geralmente passam sua vida toda com a mãe no mesmo Pod.

Ainda na infância, Luna deixou sua mãe para acompanhar baleias do pod K.
Aos três anos de idade, Luna passou a ser visto sozinho em Nootka Sound e chamou a atenção das pessoas por tentar sempre interagir com barcos e seres humanos.

Luna se isolou completamente de outras Orcas e brincava com barcos, mangueiras de água, com cães e, não só permitia, como fazia com que os humanos o tocassem. Isso atraiu milhares de pessoas que partiam para essa região para observá-lo e tocá-lo.

Na época, essa situação causou muita controvérsia entre os pescadores, pesquisadores, observadores, amantes de animais e até o governo. Muitos consideravam que esse comportamento não deveria ser estimulado, já outros, que Luna era carente e precisava dessa atenção, dado que ele mesmo demandava. Orcas são animais extremamente sociais e acredita-se que Luna buscou nos humanos o que não teve com sua mãe e familiares.

Chegaram a organizar a transferência de Luna para outro local, onde ele pudesse se reunir a sua mãe, mas acabou não dando certo. Até para um cativeiro (um cercado no próprio oceano) consideraram levá-lo na época.

O DOF (Departamento Canadense de Pesca e Oceano) colocou placas e enviou alguns monitores para educar a população a respeitar Luna como um animal e não interagir com ele (há relatos de que pessoas estavam o alimentando, incluindo com cerveja e batatas chips).

Em 10 de março de 2006, Luna foi morta pelas hélices do motor de um barco rebocador ao se aproximar para interagir com sua tripulação.

Triste, porém previsível destino...
Sua história virou filme e um documentário produzido por Scarlett Johansson e Ryan Reynolds, chamado "The Whale".




terça-feira, 20 de setembro de 2011

Pobre Happy Feet!

"Happy Feet" foi o nome dado ao pingüim resgatado na Nova Zelândia no final de junho deste ano com graves problemas de saúde e cuja história de superação inspirou a imaginação de pessoas no mundo todo.

Por ter engolido muita areia durante sua jornada e adoecido em conseqüência disso, Happy Feet foi tratado pelos veterinários do Zoológico de Wellington por algumas semanas. Ele foi o primeiro pingüim da espécie imperador a aparecer na Nova Zelândia nos últimos 40 anos. Sua idade foi estimada em 3 anos e meio.

Totalmente recuperado, Happy Feet pôde ser libertado no final de agosto para alegria dos neozelandeses que acompanharam sua recuperação e torciam por sua libertação. Cerca de 1700 pessoas foram se despedir dele no zoológico no dia de sua partida.

Happy Feet foi solto a 630 km ao sul do país, carregando um dispositivo para que pudesse ser rastreado pelos veterinários e o público (que também poderia acompanhar seu trajeto através de um website).

Uma semana após ser solto, infelizmente, os veterinários comunicaram que Happy Feet possivelmente foi comido por uma Orca!

Segue a última foto tirada de Happy Feet antes de ser libertado:

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Golfinhos ficam traumatizados quando vivem em cativeiro?

Infelizmente, sim!
Golfinhos são animais inteligentes demais para serem usados para o entretenimento em parques temáticos e, de acordo com especialistas, não deveriam nadar com pessoas, pois isso pode traumatiza-los.
Há tempos sabe-se que os golfinhos são uma das criaturas mais inteligentes do mundo, senão, a mais. Lori Marino, uma neurocientista da universidade de Emory em Atlanta, nos Estados Unidos, afirmou na conferência de 2010 da AAAS (American Association for the Advancement of Science) que a grande inteligência dos golfinhos faz com eles sofram problemas psicológicos associados à captura e ao confinamento. Ela diz que eles podem ficar traumatizados por serem mantidos presos ou por terem que nadar com pessoas. Segundo ela “o atual conhecimento que temos sobre a complexidade cerebral e intelectual dos golfinhos indica que essas práticas são potencialmente danosas psicologicamente e demonstra um cenário distorcido sobre sua capacidade intelectual natural”, e ainda, “os golfinhos são seres altamente desenvolvidos, inteligentes e conscientes de si, possuem personalidade própria, autonomia e características interiores individuais. Estão sujeitos a intenso sofrimento e traumas”.

As pesquisas de Lori questionam as atividades de parques temáticos que oferecem interação com mamíferos, alegando poder de cura.

De repente, esteja na hora de avaliarmos essa relação humano/mamíferos marinhos que só beneficiam uma das partes.

Essas criaturas tão especiais não podem continuar pagamento um preço tão alto para beneficiar a humanidade...


Fonte: The Telegraph (Reino Unido)