sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Grupo entra com ação para exigir a divulgação de relatórios de necrópsias das Orcas do SeaWorld

No ano passado, três Orcas, Tilikum, Kasatka e Kyara, morreram em três parques do SeaWorld, nos Estados Unidos. Agora, uma coalizão de grupos de direitos dos animais está processando o Serviço Nacional de Pesca Marinha (NMFS) americano por não ter exigido que o parque divulgasse os relatórios das necropsias dessas Orcas, informações que afirmam apoiar o argumento de que o cativeiro é prejudicial à saúde não só de Orcas mas dos demais mamíferos marinhos.


Tilikum, do SeaWorld Orlando, a mais famosa das três Orcas, morreu em janeiro de 2017 devido a uma infecção causada por pneumonia bacteriana. Adquirida pelo SeaWorld em 1992, Tilikum ajudou a empresa a expandir sua população de Orcas de cativeiro ao gerar 21 filhotes, dos quais, cerca de 10 ainda estão vivos. A Orca de 36 anos de idade, que matou sua treinadora Dawn Brancheau em 2010 e pelo menos duas outras pessoas antes disso, tornou-se um nome familiar após o lançamento do documentário Blackfish em 2013.
Kyara, a neta de três meses de Tilikum, que nasceu no SeaWorld San Antonio em abril de 2017, morreu de pneumonia em julho do mesmo ano. E Kasatka, uma Orca matriarca que foi mantida no parque de San Diego por 40 anos, foi sacrificada em agosto também de 2017 , aparentemente depois de anos lutando contra infecções pulmonares. No entanto, durante semanas que antecederam sua morte imagens de lesões terríveis em sua pele circularam o mundo. Não está clara a relação entre essas lesões e a doença pulmonar (como já mencionado na ocasião de sua morte aqui no blog).
A ação, movida na terça-feira pelo Earth Island’s International Marine Mammal Project (IMMP), pelo Animal Welfare Institute (AWI), pela especialista e pesquisadora Lori Marino, dentre outros, desafia a afirmação do NMFS de que eles não têm autoridade legal para exigir que o SeaWorld entregue os relatórios das necropsias e registros veterinários dessas Orcas.
"Segundo as disposições do Marine Mammal Protection Act (Lei de Proteção de Mamíferos Marinhos), essas Orcas pertencem ao povo dos Estados Unidos, não ao SeaWorld, e temos todo o direito de acesso às informações sobre sua saúde e bem-estar", disse David Phillips, do Earth Island Institute. 
O SeaWorld tem argumentado que não precisa divulgar esses relatórios porque pela lei é somente exigido que revelem a causa da morte do animal. Até o momento, o NMFS concordou com o SeaWorld, dizendo que as emendas feitas à Lei de Proteção aos Mamíferos Marinhos em 1994 eliminaram a exigência de que zoológicos, aquários e parques temáticos enviassem relatórios veterinários e de necropsia de mamíferos marinhos à agência federal (alteração que obviamente foi impulsionada pela indústria de animais em cativeiro).
Mas no processo, os defensores dos direitos dos animais alegam que as autorizações originais dadas ao SeaWorld para importar Tilikum e Kasatka em 1992 e 1978, que claramente especificavam que a empresa deveria entregar esses registros ao NMFS, são anteriores às emendas de 1994 e, portanto, ainda são aplicáveis legalmente. Eles argumentam ainda que a definição original no caso do Tilikum também se aplica à sua progênie, inclusive a Kyara.
O IMMP e os outros demandantes afirmam que a informação contida nos registros é vital não apenas porque ajudaria ativistas e pesquisadores a entender o impacto do cativeiro no bem-estar das Orcas, mas também porque ajudaria no resgate e na reabilitação de mamíferos marinhos feridos ou doentes em seu habitat.
"A indústria de exibição em cativeiro é a primeira a afirmar que os mamíferos marinhos que possui são valiosos para a pesquisa científica e conservação", diz Dr. Rose, pesquisadora de mamíferos marinhos da AWI. “Impedir o acesso do público aos relatórios das necropsias e aos registros veterinários, bem como de cientistas externos, sugere o contrário.”
Tanto o PETA quanto o AWI, mesmo antes da morte do Tilikum, já tentaram de forma privada e pública persuadir o SeaWorld a liberar voluntariamente esses documentos, mas não obtiveram sucesso. Esta ação judicial seria um último recurso.

Vamos aguardar!

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Rússia diz que vai proibir captura de Orcas em 2019

A Rússia anunciou planos para proibir as polêmicas “prisões de baleias” depois que as imagens de mais de 100 espécies raras amontoadas em recintos minúsculos se tornaram públicas no início deste mês.
A agência ambiental do governo russo, Rosprirodnadzor, disse em um relatório publicado na semana passada que a captura de Orcas e belugas será suspensa a partir de 2019.
As imagens divulgadas também mostraram um guindaste levantando um dos mamíferos de um tanque em uma instalação cercada perto da cidade de Nakhodka, na costa do Pacífico não muito longe da fronteira com a China.
Os promotores estão investigando se 11 Orcas, que poderiam ser vendidas por 4,6 milhões de libras ou mais, e 90 belugas estão sendo mantidas ilegalmente nesses recintos temporários. Ativistas locais afirmam o que já sabemos bem: que estão sendo vendidas para aquários chineses. A China já conta com cerca de 60 parques temáticos marinhos e possui outros 12 em construção.



De acordo com o jornal independente Novaya Gazeta, alguns dos animais estão no complexo desde julho, e a mídia local afirma que a gravação sugere que preparativos estão sendo feitos para enviá-los para outro destino. O jornal disse ainda que quatro empresas que alugam “cercados” no local exportaram até 13 Orcas para a China entre 2013 e 2016.
“A escala do que está acontecendo aqui é chocante”, disse a jornalista Masha Netrebenko. “Do ar vimos que há montes de baleias brancas (Belugas) em cercados construídos na água. O helicóptero não podia descer muito porque quando atingia menos de 100 metros do solo, começava a perder controle”. Aparentemente, esses empresários estão tão preparados que até instalaram jammers. “Mas a imagem que vi me abalou profundamente”, disse ela.
Muitas das baleias são filhotes muito jovens e esse tipo de captura é de fato proibido.
Masha afirmou que nas proximidades também há uma instalação comercial de focas e que este é o maior número de criaturas marinhas já mantidas em pequenos recintos temporários na história.
A polícia russa disse que pediu uma investigação de fraude na captura e venda para a China de sete baleias orcas entre 2012 e 2015, já que buscam brechas na lei para fazerem a comercialização.
O Greenpeace russo descreveu as condições mostradas como "tortura". Sabe-se que com essas ações, a Rússia corre um grande risco de extinguir sua população de Orcas. Ele ressaltou que “a cota de captura pode ser de 13 animais por ano, mas ninguém está levando em conta que pelo menos uma Orca é morta para cada uma que é capturada”.
A segurança em torno da prisão é tão grande que uma fotógrafa, Nina Zyryanova, disse que teve sua câmera tirada e seu cartão de memória roubado enquanto investigava o local.
A jornalista Masha ainda acrescentou: “Eu vi orcas, belugas e outras baleias no oceano... muitas vezes ... e posso ter certeza de que apenas o oceano pode ser o seu lar, não esses pequenos recintos onde criaturas inteligentes são empilhadas como peixes em lata”.
“Eu não sei que tipo de gente é necessário ser para colocá-las aqui e para permitir negociá-las como pedaços de carne sem alma.” Ela alega que o comércio envolve “muito dinheiro”, “é um negócio rentável ligado a pessoas especialmente próximas ao Kremlin”.
“Orcas são as únicas criaturas fora os humanos com fortes instintos familiares. Elas se sentem muito unidas umas às outras e podem até morrer de tristeza se algo acontecer com um membro de sua família. Mantê-las em oceanários é cruel!”


P.S.: Confesso não ter muita confiança na atitude do governo russo com relação à esta monstruosidade de prisão. Como sabem, há tempos isso vem ocorrendo e todos ignoram. Até um show com Orcas russas na China já estreou há poucos dias e nada foi feito para que isso fosse impedido. Belugas também estão sendo distribuídas aos montes pelo mundo... Está claro que o país está lucrando e não se interessa com a conservação de sua tão preciosa fauna. E mesmo que se decidam mesmo por proibir, o que será desses filhotes? Será que haverá um esforço para que retornem à liberdade ou será que criarão milhares de imposições que inviabilizem isso como fizeram com Morgan? Por que ninguém mencionou o destino desses animais que estão lá caso haja esforço do governo em punir os envolvidos?
Sinceramente, não sei o que esperar, mas não vejo atitudes positivas realmente sendo tomadas para solucionar de fato todo esse absurdo!



quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Aumenta o número de ataque de Orcas às jubartes

Acredite: Um em cada cinco filhotes de baleias jubarte já foi mordido por Orcas, de acordo com estudo divulgado no início do mês pelo Instituto Smithsonian de Pesquisas Tropicais (STRI), sediado no Panamá. "As cicatrizes observadas, em especial, na cauda das baleias jubarte são, em muitos casos, resultado de encontros com Orcas", destaca o STRI, em comunicado.
Segundo a entidade, um estudo recente publicado na revista científica "Endangered Species Research" apresenta a análise de cicatrizes de mais de três mil jubartes, indicando que os ataques vêm aumentando.
Do grupo analisado, 11,5% das baleias adultas e 19,5% dos filhotes mostravam cicatrizes de mordidas de Orcas, levando a conclusão de que filhotes costumam ser os principais alvos das predadoras, especialmente durante o período de reprodução nos trópicos ou durante a primeira migração.


A análise incluiu imagens coletadas desde 1985 em áreas tropicais de reprodução e de pouca profundidade das Ilhas Pérola, no Panamá; Ilha Gorgona e Baía de Málaga, na Colômbia; e Salinas e Machalilla, no Equador.  Também estudaram as áreas de alimentação em águas frias do Estreito de Magalhães, no Chile; e do Estreito de Gerlache, na Península Antártica Ocidental.
O aumento também pode estar relacionado ao simples fato da população de jubartes ter crescido com a proibição à caça nas últimas décadas, ou seja, os encontros com Orcas se tornaram mais comuns com mais indivíduos se deslocando nas mesmas regiões.



segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Imagens mostram "prisão de baleias" que explora animais na Rússia

Sim, finalmente veio a público a terrível informação de que, de fato, a Rússia vem capturando e mantendo cetáceos em cativeiros para comercialização com outros países, mesmo sendo absolutamente proibido. A denúncia foi feita por ativistas que divulgaram imagens captadas por drones dessas chamadas verdadeiras prisões em que são mantidas Orcas, belugas (as famosas baleias brancas) e outros cetáceos.
Há tempos o blog divulga imagens e detalhes sobre as capturas (bem como as cotas estabelecidas de tempos em tempos) e até particularidades sobre alguns dos animais, como as da Orca Narnia, mas somente agora, anos depois, sites de notícias de todo o mundo resolveram achar um tempinho para abordar o problema. Pena que para muitas das Orcas, por exemplo, seja tarde demais. Poucas horas após a denúncia dos ativistas, deu-se início ao “show de Orcas” em um parque marinho chinês com Orcas capturadas na Rússia (informação e imagens que compartilhei em nossa página no Facebook no último dia 16 de novembro).
A minha indignação com a captura, a possibilidade real de extinção de Orcas na região, bem como o início de uma era (cuja forma obsoleta já se mostrou fracassada) em que Orcas são mantidas em cativeiro para fins de entretenimento na China, é infinita e impossível de ser descrita em palavras. Quando sinto que estamos evoluindo em alguns sentidos, vejo que em outros estamos dando incontáveis passos atrás.
No vídeo abaixo, há detalhes sobre a prisão, sua finalidade e esta pavorosa nova realidade:



P.S. 1: Apenas a título de informação para não confundir leitores do blog, no vídeo acima, quando citam a baleia beluga (baleia branca), mostram a imagem equivocada de uma jubarte albina.

P.S. 2: Há muitas informações sobre as capturas na Rússia desde o início do blog em 2011. Faça uma busca no campo ao lado para saber mais.




domingo, 18 de novembro de 2018

Grupo de Orcas é observado em Arraial do Cabo

Um grupo de Orcas foi visto em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos, no estado do Rio de Janeiro, na manhã de ontem, 17 de novembro. Eram pelo menos seis animais, sendo um filhote, de acordo com as imagens aéreas captadas próximo à Ilha do Farol.
Quem conseguiu registrar a visita do foi Ruan Simas com o auxílio de um drone. Segundo ele, assim que observou os animais, pegou os equipamentos imediatamente para que não perdesse nada. Ruan, que trabalha com passeios de barco e estava em uma embarcação, ainda teve a sorte de registrar o filhote sendo amamentado.


Baleias e golfinhos têm aparecido com frequência nas águas geladas de Arraial do Cabo. Mas ainda tenho dúvidas em afirmar que Orcas, em especial, têm aparecido mais no litoral brasileiro ou se, por conta da facilidade ao acesso a informações e captura de imagens por celulares e outros dispositivos, hoje simplesmente temos como registrar e divulgar mais essas visitas. E, todos os sites que li noticiando a observação do grupo afirmam que as Orcas "se deslocam durante o inverno por conta do período de reprodução", no entanto, há grande equívoco neste dado, pois Orcas não migram por esse motivo. Podem até se deslocar por conta da alimentação (se aproveitando de épocas de abundância de certos alimentos em determinadas regiões - como, por exemplo, as Residentes no noroeste do Pacífico, que passam o verão nas áreas costeiras do Canadá e dos EUA por conta da maior presença do salmão), mas não para se reproduzirem porque não possuem época definida para o acasalamento.
Tenho dúvidas também sobre a afirmação de que elas "sairiam dos polos Norte e Sul em direção ao Arquipélago de Abrolhos, na Bahia, onde a água é mais quente e teriam o litoral do Rio como rota" (conforme noticiado pelo G1). Até onde meus estudos alcançaram, Orcas não dependem de águas mais quentes para reprodução ou sobrevivência. O mais provável é que simplesmente se deslocam por conta da alimentação em diferentes meses do ano.

De qualquer forma, é sempre um prazer podermos vê-las tão pertinho. Esperamos apenas que haja respeito das embarcações, que ao se encantarem com sua majestosa presença e com a busca incansável da melhor imagem, acabam se aproximando demais delas, o que pode ser muito perigoso para sua segurança. Lembrem-se, para observação, mínimo de 100 metros de distância e motores desligados SEMPRE. Se elas quiserem se aproximar por vontade própria, ótimo, mas se não, respeito e distância sempre!



quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Votação decide liberação da caça às Baleias

A Comissão Baleeira Internacional, que reúne 80 países em Florianópolis, está pela primeira vez no Brasil para discutir o futuro de baleias e golfinhos. O tema mais polêmico do evento é a possível volta da caça comercial, cuja defesa é liderada pelo Japão. O retorno a essa prática será votado nesta quinta-feira (13).
As maiores espécies de baleias foram caçadas quase até a extinção. O massacre se estendeu até 1986, quando a caça comercial foi proibida.
Mais de três décadas depois, o momento é de impasse entre defensores da preservação e de mudança de regras.
Países de tradição baleeira, como Japão, Noruega e Islândia entendem que depois de 32 anos de moratória está na hora de voltar a liberar a caça, com a adoção de cotas anuais de captura. A discussão mobiliza ambientalistas que protestam em Florianópolis desde domingo (9).
“A poluição dos mares e a própria mudança climática vem fazendo com que haja outros impactos e somar esses impactos à caça da baleia novamente podia colocar a perder o que se ganhou de pouco nesses 32 anos de moratória”, afirmou o diretor do Instituto Baleia Jubarte José Truda Palazzo.



Defesa da caça
O Japão precisa de 75% dos votos da comissão para aprovar a volta da caça. Os especialistas acham pouco provável que isso ocorra.
O Brasil voltou a defender a criação de um santuário para baleias e golfinhos no Oceano Atlântico, entre África e América do Sul, mas a proposta, mais uma vez, não atingiu a votação necessária.
“Vamos trabalhar em outras reuniões dessa comissão no próximo ano para que o santuário seja, enfim, criado”, declarou o ministro do Meio Ambiente Edson Duarte.

Defesa da preservação
Para os conservacionistas, a trégua dos arpões deve ser mantida, pois deu resultado. No Brasil, as populações de baleias jubarte e franca vêm se recuperando.
Nesta temporada, 284 baleias franca foram vistas no litoral catarinense. Este é o maior número desde que a contagem começou a ser feita há 31 anos.
“A taxa média de crescimento anual é de em torno de 12% ao ano, isso está relacionado também ao trabalho que a gente vem fazendo de preservação ao longo de todos esses anos”, afirmou a bióloga do Instituto Australis Karina Groch.


A votação que era para ter sido hoje foi adiada para amanhã. Dedos cruzados! 
Amanhã dou notícias!




sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Por que Orcas antárticas possuem coloração diferenciada?

Quem já reparou em quão diferente são as Orcas que passam parte do ano na Antártica? Ao invés da famosa e elegante coloração preta e branca, este tipo único de Orca é cinza e bege, chegando até à coloração marrom. Mas saibam que elas não são assim indefinidamente, mas apenas enquanto estão na região. 


E por que isso ocorre?
Por passarem muito tempo em águas polares, que são ricas em nutrientes, algas começam a crescer em sua pele, alterando sua cor.
Para combater esse crescimento potencialmente prejudicial, elas fazem o que pesquisadores chamam de migrações de manutenção para águas mais quentes, o que acaba matando as algas e limpando a pele, que volta ao preto e branco original.
Até onde se sabe, as Orcas da Antártida são os únicos mamíferos que fazem uma migração não associada à procriação ou à alimentação. Mais uma faceta desse animal tão intrigante.
A linda imagem é do líder de expedição Justin Hofman.



quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Caso de golfinho abandonado em aquário no Japão causa revolta pública

O drama de um golfinho solitário e dezenas de pinguins abandonados em um aquário fechado no Japão desde o início do ano desencadeou protestos nesta semana, com ativistas e cidadãos comuns pedindo para que os animais sejam salvos.
Honey, uma fêmea da espécie de golfinho Tursiops, foi capturada em 2005 perto de Taiji, cidade portuária que se tornou famosa pela caça anual de golfinhos retratada no documentário vencedor do Oscar "A Enseada", segundo reportagens.



A prática de aquários japoneses comprarem golfinhos de Taiji foi muito criticada após o lançamento do filme. Durante a caça, centenas de golfinhos são direcionados a uma enseada, onde alguns são capturados vivos para serem vendidos a parques marinhos e outros são mortos por sua carne.
Desde então, a Associação Japonesa de Zoológicos e Aquários concordou em parar de comprar golfinhos de Taiji.
A operadora do Aquário e Parque Marinho Inubosaki da cidade de Choshi, localizada na província de Chiba, fechou o local em janeiro devido à queda nas visitas depois do terremoto e da crise nuclear de 2011.
Apesar disso, Honey e 46 pinguins, além de centenas de peixes e répteis, continuam no aquário, disse uma autoridade do Departamento de Saúde e Bem-estar de Chiba.
Funcionários têm alimentado os animais regularmente, acrescentou, mas fotos e vídeos feitos por ativistas em março e agosto do lado de fora do parque mostram Honey flutuando em uma piscina minúscula em uma instalação estranhamente vazia.
Em outra imagem, pinguins cobertos de poeira são vistos empoleirados em uma estrutura em ruínas perto de uma pilha de escombros.
"Honey é símbolo tanto do problema dos parques marinhos quanto das práticas de caça de Taiji", disse Akiko Mitsunobu, do grupo local Centro de Direitos dos Animais.
"Quando fomos verificar as dependências, ela mostrava sinais de estresse, tirando e colocando a cabeça de dentro d'água de maneira fraca".
Diversas ligações para o Parque Marinho Inubosaki e para sua empresa controladora não foram atendidas. Uma autoridade de Choshi disse que a cidade tampouco conseguiu entrar em contato com representantes do parque.



Fonte: Jornal Extra/Globo de 28 de agosto de 2018.


terça-feira, 28 de agosto de 2018

Orcas encalham na Argentina, uma é salva

E daqui de pertinho do Brasil veio a notícia do salvamento de uma Orca encalhada. De acordo com informações divulgadas pela equipe de pesquisa de Orcas de Punta Norte, da Patagônia Argentina, através do Facebook, cerca de duas a três Orcas encalharam numa praia de Nueva Atlantis, estação turística da província de Buenos Aires, no último final de semana (25 de agosto) , e pelo menos uma delas foi salva ao conseguirem devolvê-la ao mar. As informações ainda não estão precisas, mas a equipe de pesquisa agradeceu aos envolvidos nos esforços de salvamento e disseram que, de acordo com as fotos que receberam dos animais, não se tratava de Orcas conhecidas pelo projeto, portanto, não se sabe detalhes sobre elas.


De acordo com vídeo abaixo, três Orcas haviam sido observadas no local na tarde anterior, mas duas delas amanheceram encalhadas na praia. Uma já estava morta, a outra, muito debilitada, conseguiu ser salva após o trabalho de uma grande equipe de Biólogos e voluntários. Não deixe de assistir:






terça-feira, 31 de julho de 2018

Baleia resgatada há 15 anos reaparece no litoral de SC com filhote albino

Uma baleia-franca que tinha sido resgatada havia 15 anos em Laguna, no Sul catarinense, reapareceu no litoral do estado com um filhote albino. A mãe e o filhote foram vistos no litoral na temporada passada, mas descoberta de que era a mesma fêmea foi feita este ano pelo Projeto Baleia Franca.
Em 2003, a baleia entrou no canal dos molhes e ficou presa em um banco de areia na Lagoa Santa Marta. Ela foi rebocada até o mar 30 horas depois. Segundo os pesquisadores, ela deve ter desmamado e se perdido da mãe.



Calosidades
Os pesquisadores conseguem distinguir as baleias da espécie franca pelas calosidades que elas têm na cabeça. São calos mesmo, uma pele mais grossa, e em cada uma as manchas são diferentes. Por isso, elas são são como impressões digitais desses animais.
Porém, em 2003 não foi possível fazer uma foto aérea da cabeça do animal encalhado. Mas a baleia tinha uma outra particularidade que chamou a atenção dos pesquisadores: uma mancha cinza no corpo, que não é muito comum.
Quando a bióloga do projeto Karina Groch pegou o material da temporada passada para analisar, descobriu que o filhote resgatado em 2003 voltou em 2017 com um filhote albino. O nome escolhido para a nova mamãe foi "Sunset", pôr do sol em inglês, porque o resgate ocorreu em um fim de tarde.
Como a baleia foi resgatada em 31 de julho, o projeto quer que essa data se torno o Dia Nacional da Baleia Franca. "A ideia depois é oficializar, propor que seja feito um projeto de lei e um decreto que institua oficialmente no Brasil esta data", afirmou a bióloga.

Mais filhotes semi-albinos
Esses animais vêm todo ano para o litoral catarinense. As baleias costumam aparecer entre julho e novembro para dar à luz e amamentar os filhotes. Neste ano, muitos exemplares já foram vistos, especialmente na região de Imbituba.
Duas baleias-francas com filhotes semi-albinos já apareceram nesta temporada no litoral catarinense. Uma dupla foi vista nesta terça em Imbituba, no Sul.



FONTE: G1 de 31 de julho de 2018.