E quando achamos que um problema já não seja grande o suficiente ou quando achamos que o problema atual possa estar a caminho de uma solução, deparamos-nos com uma notícia ainda mais assustadora...
Segue informação há pouco compartilhada por
Ric O'Barry (The Dolphin Project) em sua página no Facebook:
Informação nova do Свободу Косаткам и Белухам, grupo Free Russian Whales: Embora o problema da Prisão de Baleias ainda esteja em andamento, a Federação Russa de Pesca e o Instituto Russo de Pesquisas de Pescas e Oceanografia (VNIRO) propuseram capturar mais 10 orcas e 282 belugas. As dez Orcas e 82 belugas seriam capturadas no Mar de Okhotsk e outras 200 belugas - nos mares de Bering, Chukchi e East Siberian em 2020.⠀ A coalizão #FreeRussianWhales preparará uma análise detalhada dos materiais utilizados para definir o Total Allowable Catch - TAC (cota de capturas) no início da próxima semana e garantiu que não permitirão que isso aconteça sem uma grande batalha. Fique ligado.
A Dra. Ingrid Visser, juntamente à equipe de especialistas,
reunidos pela equipe do Whale Sanctuary Project e lideradas pelo oceanógrafo
Jean-Michel Cousteau, estão a caminho da Rússia. Eles receberam um convite
formal do Ministério do Meio Ambiente e Recursos Naturais russos para visitar a
Baía de Srednyaya, na costa do Extremo Oriente do país. Sua missão incluirá
avaliar a condição das dez Orcas restantes e das 87 belugas que estão sendo
mantidas em cercados, comumente chamadas de "prisão de baleias". Esta
experiente equipe foi chamada para aconselhar o governo sobre a saúde das
baleias e como podem ser devolvidas ao oceano.
Apesar de toda comoção mundial, com envolvimento de diversas
celebridades, incluindo ator Leonardo DiCaprio, que pediu em suas páginas
pessoais que o público assinasse uma petição e se manifestasse contra a terrível
prisão, bem como o pedido do governo russo que libertassem esses animais, até o
momento, nada foi efetivamente realizado para tal fim. Os “proprietários” das baleias
(que com, permissões obscuras, as roubaram do oceano) devem estar fazendo de
tudo para impedir a exigência de soltura, já que têm como objetivo lucrar com a
venda das mesmas para parques marinhos, em especial para China.
Há algumas
semanas divulgaram imagens assustadoras dos animais com visíveis problemas de
saúde, sem contar fotos obtidas antes que mostravam os animais congelando, literalmente, dentro dos cercados. Aguardemos mais notícias desses tão renomados especialistas.
O Whale Sanctuary Project (Projeto Santuário de Baleia) que
reuniu a equipe está pedindo auxílio financeiro para que possa cobrir os custos
dessa visita inicial. Doações são muito importantes e podem ser realizadas
através deste site:
-- Pela primeira vez, cientistas conseguem filmar e estudar as raríssimas Orcas ecotipo D --
E em regiões austrais, em meio a mares extremamente agitados, vivem Orcas misteriosas que parecem bem diferentes das demais, e pela primeira vez, cientistas as localizaram e as estudaram em seu habitat. “É muito provável que elas sejam de uma nova espécie”, diz Robert Pitman, pesquisador da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA americana).
Esta reflexão é resultado de um encontro de uma equipe de cientistas com Orcas tipo D ocorrida em janeiro a cerca de 100 km da costa do Cabo Horn, no Chile, região conhecida pelo "pior clima do mundo", acrescenta Robert.
Essas Orcas eram conhecidas anteriormente somente por fotografias amadoras, descrições de pescadores e por um encalhe em massa, porém nunca haviam sido observadas na natureza por especialistas em cetáceos. Ao contrário dos outros tipos conhecidos de Orcas, elas possuem a cabeça mais arredondada, a nadadeira dorsal mais pontiaguda e estreita e a mancha branca característica acima dos olhos bem menor, além de serem menores em comprimento. Já se sabe de diferentes tipos de Orcas, “mas certamente esta é mais diferente de todas”, disse Robert.
O encontro com as Orcas se deu numa área onde pescadores haviam relatado avistamentos. A equipe de cientistas passou uma semana no local e não demorou até que um grupo de vinte e cinco delas aparecesse próximo ao navio. Durante esse período, foi possível filma-las acima e abaixo da água e até coletar uma pequena amostra de gordura (técnica de pesquisa comum e inofensiva) para estudo do DNA. Dessa forma, será possível de fato determinar se realmente se trata de uma nova espécie (a equipe ainda aguarda uma licença de exportação para retirar a amostra do Chile). Curiosas, as Orcas passaram um bom tempo em torno do navio e, embora tenham inspecionado atentamente o hidrofone colocado na água pelos pesquisadores, não fizeram nenhuma vocalização.
Orcas do tipo D foram registradas pela primeira vez somente em 1955 quando um grupo delas encalhou na Nova Zelândia. Mais de meio século depois, em 2005, Robert Pitman teve acesso a imagens colecionadas por Paul Tixier, um cientista francês que realizava pesquisas em um remoto arquipélago ao sul do Oceano Índico, conhecido como Ilhas Crozet. “Fiquei de queixo caído quando identifiquei pelas fotos que se tratava do mesmo tipo de Orca 50 anos depois”, contou ele. Essas orcas são conhecidas por roubar peixes das linhas de pescadores de mariscos perto das Ilhas Crozet e Chile, às vezes chegam a levar um terço da pesca. Esses dois pesquisadores, unindo conhecimentos, imagens e relatos, publicaram em 2010 um primeiro estudo sobre essas Orcas na revista Polar Biology. Mas Robert Pitman ainda tinha o objetivo de observá-las na natureza.
Encalhe de Orcas Tipo D na Nova Zelândia (1955)
“Coletando as primeiras amostras genéticas desse tipo de Orca na história, a expedição do Robert promete aumentar nosso conhecimento sobre genética, evolução, preferências alimentares e divisão de recursos nas Orcas “D” e sobre Orcas de modo geral”, disse Paul Tixier numa entrevista por e-mail. Paul agora é pesquisador da Deakin University, em Melbourne, Austrália.
Antes da equipe do Robert, quem teve a sorte de cruzar com um grupo D de Orcas foi uma equipe do Sea Shepherd em dezembro de 2014, próximo à Antártica (notícia compartilhada aqui no blog naquela ocasião).
Orcas ainda são oficialmente consideradas uma espécie única: Orcinus orca. Porém, os cientistas já estão considerando definir um nome científico para alguns tipos já que são muito diferentes. John Ford, pesquisador da Fisheries and Oceans Canada e da Universidade da Colúmbia Britânica defende isso. Mas isso requer um processo científico formal, que inclua extensas medições, análise de DNA entre outros. “Há boas razões para considerar outras Orcas como espécies diferentes também, mas é muito difícil definir onde traçar as linhas que separariam as espécies”, disse ele.
Robert Pitman sugere que um bom nome para as Orcas estudadas em janeiro seria “baleia Orca subantártica”. Isso descreve apropriadamente seu habitat, nas águas próximas à Antártica, mas não inclui as águas mais frias. A região onde se encontram, entre as latitudes 40 e 60, tem um dos climas mais inóspitos do planeta, com ventos fortes e tempestades frequentes.
O local em que habitam combinado ao fato de viverem em mar aberto, explica por que essas Orcas são tão pouco conhecidas. “Se se é um animal de grande porte tentando se esconder da ciência, ali seria o lugar perfeito”, completou Robert.
Em 24 de fevereiro de 2010, a notícia de que a treinadora Dawn Brancheau havia sido morta pela Orca Tilikum no SeaWorld de Orlando se espalhou rapidamente... Em minutos estava em todos os sites de notícia chegando a ser informado no "Jornal Nacional", bem como nos demais grandes veículos de comunicação do Brasil e do mundo (mesmo que equivocadamente alegando que a morte havia ocorrido durante um show e diante de uma enorme plateia – o que não foi o caso, como meus leitores bem sabem). O caso teve imensa repercussão estendendo-se por semanas e é lembrado até hoje. Por esse motivo, foi com extrema surpresa que, cerca de um ano depois, vim a saber (pesquisando sobre notícias de Orcas), que exatos dois meses antes da morte da Dawn, um outro treinador já havia sido morto por uma Orca também do SeaWorld em um parque marinho nas Ilhas Canárias. Por que esta informação não foi relevante antes? Por que essa morte foi tão ignorada? Passei semanas buscando qualquer fonte aqui no Brasil que informasse sobre a morte, mas nada encontrei...
Este caso também foi um dos motivadores na minha criação deste canal de comunicação que é o blog (além de que raramente é publicado algo sobre Orcas por aqui e menos ainda sobre a realidade por trás dos cativeiros). Agora, oito anos depois, tão surpreendente quanto a informação de sua ignorada morte venho a saber que a mãe deste treinador (que teria todas as razões do mundo para detestar esse animal) hoje luta por sua liberdade.
Mercedes Hernandez, mãe do Alexis Martinez, tem dado uma lição maravilhosa de mais profundo amor... De perdão, entendimento, humildade, compaixão e respeito. Keto tirou a vida do seu maior amor, mas ainda assim ela consegue respeitá-lo pelo animal que é e acredita que isso só tenha ocorrido devido a situação de estresse que lhe é imposta diariamente.
Há poucas semanas tomei conhecimento deste pequeno documentário que mostra Mercedes hoje, mostra como ela luta diariamente contra a dor da perda, bem como contra os cativeiros. É muito tocante! Como mãe confesso ter me emocionado muito. Com carinho, que compartilho com vocês abaixo junto à descrição dado que não há legenda:
“Meu filho está morto! Jamais irá voltar! Mas o que aprendemos com isso? Eu vou continuar minha luta. As Orcas merecem minha ajuda!”, introduz Mercedes.
O Loro Parque, em Tenerife, nas Ilhas Canárias, é visitado por milhares de turistas, mas poucos sabem que ali um treinador foi morto por uma das Orcas, por isso, sua mãe agora acredita que elas deveriam ser libertadas. Atualmente, Mercedes busca na meditação, na yoga e outras atividades alternativas um alento para sua dor e a aceitação do fato de que o filho jamais irá abraça-la novamente. A morte de seu filho foi devastadora e todos esses sentimentos são muito difíceis de lidar.
Alexis foi morto no dia 24 de dezembro de 2009 durante o ensaio de um show de Natal e sua mãe até hoje tenta compreender exatamente o que ocorreu naquele dia. À época, ela desconhecia os riscos que envolviam o trabalho com Orcas. Ela se sentia orgulhosa do filho que amava o que fazia. Ela conta que apenas uma vez durante uma apresentação pensou: “Meu Deus, que perigo! Uma baleia pesa toneladas, um ser humano ao lado fica tão pequeno! Mas nunca pensei que algo ruim fosse acontecer porque eu ignorava os riscos. No entanto, agora quero que as pessoas entendam que esses shows não são legais... não são corretos.” Mercedes agora tenta conscientizar as pessoas, mesmo que muitos não compartilhem de suas preocupações. Logo após a morte do Alexis, o parque já começou a mascarar as causas de sua morte. Até hoje muitos acreditam que ele morreu afogado. No entanto, a necropsia é bem clara ao concluir que ele sofreu um ataque brutal da Orca que causou lesões fatais.
O Loro Parque segue sendo uma grande atração turística local e os shows continuaram mesmo após sua morte. Quem assiste às apresentações têm a sensação de que as Orcas e os treinadores vivem em perfeita harmonia e que o tanque é grande o suficiente. Mas o que não sabem é que, na natureza, Orcas percorrem mais de 100km em um único dia. “Keto, a Orca que matou o Alexis, fez isso por frustração, porque é estressado com tanta pressão. Eu acredito que ele o atacou porque de alguma forma queria dar um sinal”, conta Mercedes.
O Loro Parque recebe mais de 1 milhão de visitantes por ano, ou seja, é um negócio lucrativo. Há cartazes e publicidade para todo lado, até mais placas do que do hospital local. Há até uma linha com um trenzinho que leva as pessoas até o parque. Com frequência há ativistas na porta tentando mostrar para os visitantes a realidade sobre a crueldade de se manter animais em cativeiro. A Mercedes não se considera uma ativista, mas se opõem aos cativeiros. Já o Loro Parque afirma que as Orcas estão melhores em seu tanque do que na natureza devido à poluição e à escassez de alimentos. Wolfgang Kiessling, dono do Loro Parque, gosta de exaltar o quanto ama os animais e a importância da preservação da fauna, mas fica uma pergunta: Como uma Orca matou um de seus treinadores?
“Como foi possível? Bem, foi um acidente. E acidentes acontecem. É tudo o que tenho a declarar.”, responde Wolfgang quando questionado pelo repórter sobre a morte do Alexis. “Mas como você continua chamando isso de acidente e não de um ataque?”, pergunta novamente o repórter. “Porque não foi um ataque... Ataque seria se o animal... Tenho certeza que não foi um ataque porque o treinador tinha uma boa relação com o animal. Eles trabalhavam juntos e de repente o animal ficou nervoso.”, conclui o dono do parque.
Desde a morte do Alexis, os treinadores não podem mais entrar na água com as Orcas.
Mercedes gosta de visitar a pequena baía em que lançou as cinzas do filho. Lá ela se sente mais próxima dele. O sonho dela era ver Orcas livres na natureza. “Poder vê-las na natureza seria um grande presente... Ver esse fantásticos animais em liberdade... Eu sinto uma conexão com elas em liberdade. Seria incrível, espetacular!”.
E foi na Ilha de Vancouver, no Canadá, que esse sonho se tornou realidade. A família e os amigos ajudaram Mercedes a pagar pela viagem. E o Alexis segue com ela, não só na tatuagem.
A Mercedes sente uma conexão especial com as Orcas. “Eu aprendi muito sobre elas depois que passei a ler sobre como vivem. Há uma ligação muito forte entre as mães e seus filhotes... e por muito tempo. E isso me fascina. É por isso que amo tanto esses animais.”, diz ela.
E num passeio por Johnstone Strait, o momento finalmente chegou. Logo, um pod grande de Orcas passa pelos caiaques. (não há como conter as emoções ao ver a emoção dessa mãe).
“O sentimento é muito intenso. Mas estou muito feliz de vê-las. É emocionante vê-las na natureza... Eu sinto como se eu pudesse me conectar com elas em sua liberdade. Logo todas as Orcas estarão livres, como deveria ser.”
Enquanto o governo russo não se decide sobre como atuar com relação à "prisão de baleias", como foi chamada desde novembro quando imagens de drones denunciaram o problema ao mundo, Orcas e belugas seguem presas em condições pavorosas, conforme detalhado por veterinários de organizações não governamentais. Os cetáceos, a maioria filhotes, estão praticamente morrendo congelados e não há perspectiva real de soltura até o momento.
A convite das autoridades russas, em visita ao local, veterinários revelaram que os funcionários da "prisão" precisam ficar constantemente quebrando o gelo que se forma na superfície dos cercados para possibilitar que os animais venham a superfície para respirar. As belugas estão "acostumadas a viver no gelo", diz à National Geographic Dmitry Lisitsyn, chefe da Sakhalin Environment Watch, "mas não estão acostumadas a ficar aglomeradas em um espaço de 12 por 10 metros com pessoas acima delas usando ferramentas a todo momento". Quinze das belugas são filhotes.
"É ainda pior para as Orcas", completou ele, pois embora elas estejam condicionadas a viver em águas frias, normalmente migram para o sul durante o inverno. Várias Orcas apresentam lesões de pele e em torno de suas barbatanas dorsais que podem ter sido causadas pelo congelamento devido à exposição ao frio prolongado, infecções bacterianas ou fúngicas decorrente da água estagnada, ou mesmo por conta de um conjunto desses fatores.
Há dez dias, três ONGs, incluindo a Sakhalin Watch, entraram com uma ação contra três agências do governo, alegando que, sob a lei russa, elas são obrigadas a confiscar animais silvestres de origem ilegal e devolvê-los ao seu habitat. "O estado é o dono legítimo dos animais e deve devolvê-los à natureza". Pedidos de soltura e ofertas de apoio para esse processo também foram realizados pelo ambientalista francês Jean-Michel Cousteau e três outros líderes do Keiko/Free Willy Project, que, com sucesso devolveram Keiko às águas islandesas.
De acordo com uma reportagem da National Geographic, uma das quatro empresas que reivindica a propriedade dos animais, Bely Kit, diz que capturou as Orcas e as belugas de forma legal e pretende vender os animais a aquários na Rússia e no exterior ainda este ano. A empresa não os libertaria na natureza a menos que fosse ordenado pela justiça.
Duas das outras empresas, a Afalina e a Oceanarium DV, disseram à imprensa local que também estão de acordo com a legislação. A quarta empresa, Sochi Dolphinarium, não respondeu ao contato da imprensa.
Somente na última quinta-feira, 7 de fevereiro, a repercussão do caso na mídia internacional fez com que as autoridades russas tomassem medidas para por fim ao sofrimento das baleias. “Os investigadores tomarão de imediato medidas abrangentes para devolver todos os mamíferos marinhos ao seu habitat”, anunciaram em comunicado, garantindo que as empresas respondam por crime de maus tratos aos animais. No entanto, essas medidas ainda não estão claras.
Seja como for, é preciso que algo seja feito e logo... Antes que seja tarde demais. Alguns sites de notícias informaram que na última visita dos veterinários, três das Orcas não foram vistas e não sabem dizer se morreram. Vejam quão terríveis são as imagens abaixo. É possível observar o comportamento agitado das belugas, as fortes vocalizações entre todos os animais, bem como a dificuldade de locomoção das pequenas Orcas:
Um estudo liderado pela Manja Voss, investigadora do Museu de História Natural de Berlim, descreveu a extinta baleia da espécie Basilosaurus Isis que habitava nos oceanos da Terra há cerca de 35 milhões de anos e devorava outras baleias menores.
Segundo comunicou o jornal Live Science, a criatura pré-histórica viveu na época do Eoceno, entre 34 e 38 milhões de anos atrás. Este cetáceo podia atingir 18 metros, o que é duas vezes mais em comparação com as orcas modernas, tinha um focinho longo e dentes afiados, o que fazia deste animal um dos maiores predadores da sua época.
Em 2010, no Egito, foram encontrados fósseis de um representante dessa espécie assustadora, que conservava no seu estômago ossos de uma baleia menor. Os cientistas afirmaram que a Basilosaurus isis caçava e consumia peixe e filhotes de outro cetáceo extinto, o Dorudon atrox, com cerca de cinco metros de comprimento.
Os investigadores supõem que a gigantesca baleia pré-histórica não só consumia outras baleias mortas, como também as caçava. O estudo publicado na revista PLOS ONE assinalou que as marcas de mordida no crânio da vítima indicam um ataque mortal.
De acordo com os cientistas, a equivalente moderno da Basilosaurus Isis seria a orca, que caça outros animais marinhos, inclusive baleias. Segundo Manja Voss, os fósseis encontrados no Egito sugerem que a caça de baleias por outras baleias teria começado muito cedo na evolução dessas espécies.
Compartilhei a feliz notícia ontem pelo Instagram, Twitter e Facebook, mas não queria deixar de registrar aqui no blog.
A boa notícia foi divulgada pelo Center for Whale Research e se trata de um filhote de poucas semanas de vida no Pod L. A mãe é identificada como L77 e apelidada de Matia. O filhote ainda não receberá identificação pois os pesquisadores aguardarão mais algumas semanas acompanhando seu desenvolvimento.
Imagem de Sara Shimazu
Muito se fala sobre a escassez de alimento na região, do registro de mortes por inanição e o forte risco de mais duas Orcas virem a óbito até o próximo verão do hemisfério norte já que demonstram magreza excessiva.Trata-se da fêmea J17, de 42 anos, e do jovem macho de 27 anos, K25. K25 perdeu a mãe em 2017 e isso pode estar dificultando a captura de alimentos.
Dentre os vários motivos para a diminuição de alimento, que é o salmão da espécie Chinook, pode-se dizer que a principal deles é a presença de novas barragens em rios que impedem sua reprodução. Sem citar, claro, a pesca excessiva (apesar de ser proibida na região), a poluição e até fazendas de salmão que espalham doenças, parasitas e trazem muito desequilíbrio para os ecossistemas locais.
Sobre o novo filhote, ainda não se sabe se é macho ou fêmea, mas numa população extremamente ameaçada que tem sofrido um declínio drástico nos últimos anos, tendo inclusive nenhum filhote prosperado nos últimos três, qualquer opção é "lucro" e especula-se que ele deva ser chamado de "Lucky", ou seja "Sortudo". Mas antes disso, temos que torcer muito para se sua mãe tenha alimento farto e tranquilidade para que seja capaz de nutrí-lo.
As imagens abaixo mostram os pods K e L que foram observados juntos ontem de manhã no Estreito Juan de Fuca, no noroeste do Pacífico, dando um verdadeiro show. O pequeno filhote pode ser visto ao lado da mãe em meio a eles. A opinião no momento sobre os especialistas é que nessas imagens ele aparenta estar muito saudável.
Para me ajudar a driblar as más notícias sobre o risco de morte iminente de mais duas Orcas da população das Residentes do Sul (do noroeste do Pacífico) e me deixar começar o ano de maneira um pouco mais alegre, Orcas visitam mais uma vez as águas brasileiras.
Como já podemos afirmar que "de costume" em janeiro, elas apareceram na orla da Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. Quem registrou a visita e publicou as imagens em redes sociais foi o grupo de pesquisas do Laboratório de Mamíferos Aquáticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Segundo eles, esse grupo já é bem conhecido e é o mesmo que transita por nossas águas desde a década de 1990.
Dessa vez, eram aproximadamente doze animais. Todos muito saudáveis.
É chegado último dia do ano e é comum fazermos um balanço dos acontecimentos e de nossas ações durante todo ano. Não foram tantas publicações por aqui mas foram dezenas no Instagram, Twitter e Facebook. Utilizando-se de todas essas plataformas, consigo mantê-los informados sobre as mais importantes notícias sobre Orcas, demais cetáceos e outros assuntos relevantes sobre animais e meio ambiente.
Abaixo seguem as 12 imagens mais curtidas e com mais interações durante o ano no Instagram:
Aproveito para desejar a todos um ano novo repleto de luz, saúde e muita prosperidade. Que daqui a um ano possamos estar revendo as ações de 2019 e possamos nos sentir satisfeitos e agradecidos por tudo conquistado. Seja bom ou ruim, tudo nos leva ao amadurecimento e novos aprendizados. Com gratidão e Deus no coração sempre sentiremos que tudo vale a pena!
Bem-vindo 2019!
O Japão anunciou nesta quarta-feira (26) sua retirada da Comissão Internacional da Baleia (IWC, na sigla em inglês) no próximo ano e a retomada da caça comercial nas águas territoriais e na zona econômica exclusiva do país a partir de julho. A decisão foi lida pelo porta-voz do governo, Yoshihide Suga, que também anunciou o fim da prática polêmica na Antártida.
"A partir de julho de 2019, depois que a saída entrar em vigor em 30 de julho, o Japão realizará a caça comercial de baleias dentro do mar territorial do Japão e de sua zona econômica exclusiva, e cessará o abate de baleais no Oceano Antártico/Hemisfério Sul", disse o secretário-chefe de gabinete, Yoshihide Suga, em um comunicado ao anunciar a decisão.
O Japão era membro da IWC desde 21 de abril de 1951. A organização foi criada há sete décadas para garantir a preservação desses cetáceos e impedir sua caça indiscriminada nos oceanos. Em 1986, impôs a proibição da caça comercial, depois que algumas espécies foram praticamente levadas à extinção pela pesca predatória.
Desde 1987, o Japão permite que se matem baleias apenas com fins científicos, mas essa é uma questão controversa. Críticos e organizações de proteção dos animais afirmam que o programa é usado para encobertar a caça comercial, já que a carne é vendida no mercado.
Os japoneses alegam que comer carne de baleia faz parte da cultura do país.
Em setembro desse ano, o Japão tentou derrubar a proibição à caça comercial durante a reunião da organização em Santa Catarina, mas foi derrotado em votação.
Em 2014 o Tribunal Penal Internacional determinou que o Japão deveria suspender a caça na Antártida – o que Tóquio fez durante uma temporada, reduzindo o número de animais e espécies visados, mas reiniciou na temporada 2015-2016.
O porta-voz do governo japonês disse que, após a sua retirada da organização, o país atuará como observador dentro da IWC e assegurou que o governo de Tóquio continua comprometido com a gestão dos recursos marinhos de acordo com dados científicos.
Repercussão
Austrália e Nova Zelândia saudaram a decisão de abandonar a caça às baleias na Antártida, mas expressaram decepção pela decisão do Japão se envolver no abate dos mamíferos oceânicos.
O Greenpeace condenou a decisão e contestou a afirmação de que os estoque de baleias se recuperaram, observando que a vida marinha está ameaçada pela poluição e pela pesca excessiva.
"A declaração de hoje está em desacordo com a comunidade internacional, sem falar na proteção necessária para salvaguardar o futuro dos nossos oceanos e criaturas majestosas", diz a nota da ONG.
"O governo do Japão deve agir urgentemente para conservar os ecossistemas marinhos, em vez de retomar a caça comercial de baleias", afirma o comunicado.