quarta-feira, 29 de maio de 2019

Orca branca é fotografada no Japão


E quem deu uma passeadinha esse mês pelas águas japonesas foi a Orca branca Iceberg. O raro avistamento ocorreu no Estreito de Nemuro, em Rausu, na parte nordeste da província de Hokkaido, ao norte do país, por um membro de um grupo de pesquisas japonês.
De acordo com o University Alliance for Hokkaido Orca Research Project (Uni-HORP), é muito raro encontrar uma Orca branca perto do Japão, e foi a primeira vez que um pesquisador japonês conseguiu efetuar o registro.
O Estreito de Nemuro está localizado entre a cidade de Rausu, na Península de Shiretoko, designada como Patrimônio Mundial Natural da UNESCO, e a Ilha de Kunashiri, uma das quatro ilhas disputadas que compreendem os Territórios do Norte efetivamente controlados pela Rússia.
O encontro ocorreu no último dia 16 e a Orca estava com um pod de dez indivíduos. Foi um professor da Universidade Tokai, Hiroshi Oizumi, especializado em mamíferos marinhos, que conseguiu a imagem. Ele, juntamente aos demais pesquisadores, estava num navio fretado pelo próprio grupo a cerca de 5 km de distância dos animais.
Foi Yoko Mitani, professor de um Centro de Ciência da Universidade de Hokkaido, que identificou a orca branca como sendo a já conhecida "Iceberg".






P.S.: Há mais sobre Orcas brancas aqui no blog. Pesquise no campo ao lado para saber mais.



terça-feira, 28 de maio de 2019

SeaWorld divulga causa da morte da Orca Kayla

Kayla, Orca de 30 anos do SeaWorld Orlando, que morreu em janeiro, foi vítima de doença pulmonar, informou o parque na semana passada.
De acordo com o SeaWorld, que divulgou a causa da morte após longa investigação, a morte foi considerada “inesperada” porque até poucos dias antes ela parecia saudável. Em poucos dias, sua condição piorou muito e, apesar de extensivos cuidados, não foram capazes de impedir sua morte.
“Chegamos à conclusão de que a Kayla morreu de doença pulmonar, que se apresentou muito rapidamente no caso dela”, disse o Dr. Chris Dold, em comunicado. Ainda, segundo ele, “mortes por doença pulmonar são comuns em mamíferos marinhos na natureza, nos que se encontram sob cuidados humanos e naqueles que resgatamos. Continua sendo a principal causa de morte de golfinhos e baleias em todo o mundo”.
 “Como acontece com todos os animais sob nossos cuidados, vamos tentar aprender com a morte da Kayla”, acrescentou Chris no comunicado. E para seguir na enganação de que suas Orcas são mantidas em cativeiro não só para entretenimento/lucro, mas para fins científicos (na falha tentativa de convencer ativistas que não vivem apenas da exploração dos animais para shows), incluíram no comunicado a nota de que relataram sua morte para o Serviço Nacional de Pesca Marinha Americano (National Marine Fisheries Services) e que planejavam “compartilhar os dados coletados durante sua vida com a comunidade científica”.

Lembrando:

Kayla nasceu em cativeiro!
Jamais conheceu a vida livre no oceano!




segunda-feira, 27 de maio de 2019

National Geographic publica "Orcas não se dão bem em cativeiro"

Em março, a revista da National Geographic publicou uma reportagem sobre quão difícil é a vida das Orcas em cativeiro. Poucos dias depois, a National Geographic Brasil traduziu e também compartilhou a reportagem. Para a maioria dos leitores do blog, não há muita novidade dentre as informações, mas, dado a importância da revista e seu alcance e respeito, acho interessante registrar aqui. Apenas uma observação: À época, o motivo da morte da Kayla ainda não havia sido divulgada (apesar dos fortes indícios de problemas pulmonares. No último dia 20, o jornal Orlando Sentinel finalmente deu detalhes sobre a causa, notícia que compartilharei amanhã.
Segue reportagem da National Geographic:

* * * * *



As Orcas Não se Dão Bem em Cativeiro. Saiba Porquê.
Estes mamíferos marinhos, estrelas de parques de diversões em todo o mundo, têm morrido prematuramente.
Terça-feira, 2 Abril

Em janeiro de 2019, Kayla morreu. Esta orca tinha 30 anos de idade e vivia no SeaWorld de Orlando. Se este animal estivesse em liberdade, poderia eventualmente viver até aos 80 anos. Ainda assim, Kayla viveu mais tempo do que qualquer outra orca nascida em cativeiro.
Não se sabe ao certo o que provocou a morte de Kayla (o SeaWorld não divulgou os resultados da sua necropsia, e por lei não são obrigados a fazê-lo), mas as causas imediatas da morte não serviriam de muito: de acordo com a base de dados de relatórios de necropsias, mantida pela Orca Project Corp. – uma organização sem fins lucrativos composta por especialistas em mamíferos marinhos que se opõe à conservação de orcas em cativeiro – as orcas costumam morrer devido a pneumonias ou outras infeções oportunas que atuam sobre o animal, quando este já está enfraquecido.
De acordo com duas bases de dados de peritos em cetáceos, no mundo inteiro, desde 1977, nasceram 70 orcas em cativeiro (sem contar com 30 nados-mortos ou que morreram no útero).
Atualmente, em parques aquáticos e aquários de todo o mundo, existem 59 orcas em cativeiro. Algumas foram capturadas na natureza, outras nasceram em cativeiro. Um terço das orcas em cativeiro, a nível mundial, está nos Estados Unidos, e todas, exceto uma, vivem em três parques do SeaWorld em Orlando, San Diego e San António. Lolita, uma orca de 54 anos que foi capturada em 1970 nas águas ao largo do estado de Washington, vive sozinha no Miami Seaquarium numa piscina a céu aberto, pouco mais comprida que o seu corpo.

Uma orca chamada Kayla, no SeaWorld de Orlando, em 2011.
Kayla morreu em janeiro de 2019, tinha 30 anos.
Na natureza, a esperança média de vida para uma orca fêmea
é de 50 anos. Muitas vivem até aos 80 ou 90 anos.
FOTOGRAFIA DE PHELAN M. EBENHACK, AP

Outras 10 orcas, capturadas na natureza, definham atualmente em cercados marinhos, no extremo leste da Rússia, enquanto o governo investiga a sua possível captura ilegal. Se forem vendidas a aquários, provavelmente para a China, o número global de orcas em cativeiro poderá subir para 69.
Existem várias evidências de que os cetáceos – baleias, golfinhos e botos – não prosperam em cativeiro. São animais sociais altamente inteligentes, geneticamente construídos para se alimentar, viver e migrar em grandes distâncias no oceano. As orcas, nascidas na natureza ou criadas em cativeiro, são os cetáceos que mais sofrem, diz Naomi Rose, cientista de mamíferos marinhos no Instituto de Cuidados para Animais, uma organização sem fins lucrativos sedeada em Washington.
Isso deve-se, em parte, ao seu tamanho. As orcas são animais massivos que nadam distâncias enormes na natureza – em média 65 quilómetros por dia – não porque podem, mas porque precisam, para satisfazer a sua dieta variada e para se exercitarem. Mergulham dos 30 aos 150 metros de profundidade, várias vezes por dia, todos os dias.
"É biologia básica", diz Rose. Uma orca nascida em cativeiro, e que nunca viveu no oceano, ainda tem os mesmos impulsos inatos, diz. "Se evoluímos para percorrer grandes distâncias, à procura de alimento e de parceiros, estamos adaptados a esse tipo de movimento, independentemente de sermos um urso polar, um elefante ou uma orca", diz Rose. "Nós colocamos [orcas] numa caixa com 45 metros de comprimento, por 30 de largura, com 10 metros de profundidade, e estamos basicamente a transformá-las em seres sedentários."
Rose explica que um indicador primário, para ver se um mamífero se dá bem em cativeiro, é o tamanho da sua área de alcance na natureza. Quanto maior for o seu alcance natural, menor será a probabilidade de prosperar numa área confinada. É a mesma razão pela qual alguns jardins zoológicos estão a terminar com as exposições de elefantes.
Nós conseguimos, de certa maneira, recriar os ambientes terrestres – como a savana, por exemplo – mas não conseguimos recriar o oceano.
“Não existe um único mamífero marinho adaptado para prosperar no mundo que tentamos reproduzir, numa caixa de betão”, diz Rose.

SINAIS DE SOFRIMENTO
É muito complicado, dizem os especialistas em bem-estar animal, provar qual é a razão específica que diminui o tempo de vida das orcas em piscinas. "O problema das orcas em cativeiro é que a sua saúde continua envolta em mistério", diz Heather Rally, veterinária de mamíferos marinhos da Fundação PETA. Apenas as pessoas que trabalham em instalações com orcas é que se aproximam realmente delas, e poucas dessas informações são tornadas públicas.
É óbvio que a vida em cativeiro compromete a saúde das orcas. Isso é evidente na sua zona corporal vital: os dentes. Um estudo de 2017, publicado na revista Archives of Oral Biology, descobriu que um quarto das orcas em cativeiro tem algum tipo de dano nos dentes. Algumas populações de orcas que vivem na natureza também mostram sinais de desgaste nos dentes, mas são simétricos e acontecem gradualmente ao longo de décadas, ao contrário do dano irregular acentuado que se verifica nas orcas em cativeiro.
De acordo com o estudo, este dano deve-se ao facto das orcas rasparem persistentemente os dentes nas paredes dos tanques, chegando ao ponto em que ficam com os nervos expostos. O desgaste nos dentes origina cavidades, altamente suscitáveis de infeções, mesmo que os tratadores os lavem regularmente com água limpa.
Este comportamento, induzido pelo stress, tem sido documentado em investigações científicas desde finais da década de 1980. Tradicionalmente chamados de estereótipos – padrões de atividade repetitivos que não servem uma função óbvia – estes comportamentos, que muitas vezes incluem automutilação, são típicos de animais em cativeiro que vivem em recintos demasiado pequenos.
As orcas têm o segundo maior cérebro de qualquer animal no planeta. Tal como os humanos, os seus cérebros são altamente desenvolvidos nas zonas de inteligência social, linguagem e autoconsciência. Na natureza, vivem em grupos familiares muito íntimos que partilham uma cultura única e sofisticada, passada de geração em geração.
Em cativeiro, são mantidas em grupos sociais artificiais, e algumas, como Lolita, vivem completamente sozinhas. As orcas nascidas em cativeiro são geralmente separadas das mães muito mais cedo do que aconteceria na natureza (as orcas macho costumam ficar com as mães a vida inteira), e são muitas vezes transferidas entre instalações. Kayla foi separada da mãe quando tinha 11 meses de idade, é já foi transferida entre parques SeaWorld, por todos os EUA, quatro vezes.
A tensão provocada pela rutura social é agravada pelo facto das orcas em cativeiro não conseguirem escapar de conflitos com outras orcas, ou de se envolverem em comportamentos de natação naturais, limitadas pelas dimensões das piscinas.
Em 2013, o filme documentário Blackfish mostrou cruamente o efeito psicológico da vida em cativeiro, através da história de uma orca capturada na natureza, chamada Tilikum, que matou um tratador no SeaWorld de Orlando. O filme incluía testemunhos de antigos tratadores do SeaWorld e de especialistas em cetáceos, onde afirmavam que o comportamento agressivo de Tilikum para com os humanos se devia à tensão em que esta se encontrava (Tilikum já tinha morto outro tratador noutro parque, na Colúmbia Britânica, no Canadá.) Os registos do tribunal mostram que o SeaWorld tinha documentado, entre 1988 e 2009, mais de 100 casos onde as orcas começaram a ficar agressivas para com os seus tratadores. Desses casos, 11 resultaram em lesões, e um resultou em morte.
Blackfish também tinha uma entrevista com um antigo capturador de orcas, John Crowe, onde este descreve ao pormenor o processo de capturar orcas juvenis na natureza; os lamentos dos bebés presos nas redes, o pânico das famílias que os rodeavam freneticamente, e o destino dos bebés que não sobreviviam à captura. Estes últimos, eram abertos e enchidos com pedras, sendo depois afundados nas profundezas do oceano.

ALTERAÇÕES OCEÂNICAS
A reação da opinião pública ao Blackfish foi rápida e furiosa. Centenas de milhares de espetadores assinaram petições a pedir ao SeaWorld que retirasse as orcas dos parques, ou que os fechasse. As empresas que tinham parcerias com a SeaWorld, como a Southwest Airlines e os Miami Dolphins, cortaram as suas relações. O número de visitantes começou a diminuir e as ações da empresa mergulharam a pique, e o SeaWorld ainda não recuperou totalmente da situação.
“Nós éramos uma campanha com pouca visibilidade. Agora, somos mainstream. E isso aconteceu de um dia para o outro”, diz Rose, que defende o bem-estar da orca em cativeiro desde 1990.
Durante vários anos, os grupos de defesa dos animais levantaram ações legais contra o Departamento da Agricultura dos EUA – responsável pelo cumprimento federal da Lei do Bem-Estar Animal – pela fraca monitorização do bem-estar dos animais em cativeiro, para fins de entretenimento. Os esforços nunca tiveram sucesso, diz Jared Goodman, vice-conselheiro de legislação animal na Fundação PETA, que participou em vários dos processos judiciais.
Mas em 2017 as coisas começaram a mudar. A reprodução de orcas em cativeiro foi considerada ilegal no estado da Califórnia. Pouco tempo depois, o SeaWorld, que tem um parque em San Diego, anunciou que ia acabar com o programa de reprodução de orcas em cativeiro, afirmando que as orcas que ainda permanecem nos parques serão a última geração a viver nas instalações SeaWorld. Apesar de 20 orcas e muitos outros cetáceos ainda fazerem espetáculos nos parques, a empresa aposta cada vez mais em parques de diversões diferentes.
A nível federal, o congressista Adam Schiff, democrata da Califórnia, tem tentado aprovar uma lei para acabar faseadamente com as exibições de orcas nos EUA. No Canadá, está prestes a ser aprovada uma lei que bane todas as exibições de cetáceos – não só de orcas, mas também de golfinhos, botos e baleias. 

OLHAR PARA O FUTURO
Mas resta saber o que fazer com as 22 orcas em cativeiro, nos EUA e no Canadá, se a legislação federal encerrar as instalações, ou se as instalações de cativeiro, como as do SeaWorld, concordam em dar o passo seguinte e retiram as orcas que restam. Nenhum destes animais pode ser libertado na natureza – habituaram-se a ser alimentados por humanos.
O Projeto Santuário Baleia, liderado por um grupo de cientistas de mamíferos marinhos, veterinários, peritos políticos e engenheiros, visa estabelecer santuários junto à costa, para cetáceos reformados ou resgatados. A ideia passa por dar aos animais a possibilidade de viver em habitats isolados no oceano, continuando a ser cuidados e alimentados por humanos. O grupo identificou possíveis locais na Colúmbia Britânica, no estado de Washington e na Nova Escócia. A logística necessária para criar um santuário destes é complexa, diz Heather Rally, que faz parte do conselho de consultores da organização.
“Temos santuários para todas as outras espécies”, diz Heather. Apesar dos desafios, “chegou a altura de termos um santuário para os mamíferos marinhos. Já era altura”.
O Projeto Santuário Baleia espera eventualmente fazer parceria com o SeaWorld no processo de reabilitação. Mas o SeaWorld opõe-se ao conceito de santuários marinhos – referindo-se a estes por “jaulas marinhas”, afirmando que os perigos ambientais e um habitat radicalmente diferente podem provocar ainda mais stress nas orcas, piorando a situação, em vez de a melhorar. O SeaWorld removeu do seu website a declaração de 2016, com os detalhes da oposição, mas um representante da empresa confirmou à National Geographic que a sua posição não sofreu alterações.
Aparentemente, existe alguma esperança para o futuro dos cetáceos em cativeiro no Ocidente, mas na Rússia e na China, a indústria de mamíferos marinhos em cativeiro continua a crescer. Na Rússia, 10 orcas recém-capturadas estão num cercado no mar, aguardando o seu destino. A China tem agora 76 parques operacionais, e estão em construção mais 25. A grande maioria dos cetáceos em cativeiro na China foi capturada na natureza e importada da Rússia e do Japão.
A China “ainda não teve o seu momento Blackfish”, diz Rose. Mas tem esperança que isso possa vir a acontecer, porque Rose já passou por esta situação.
“Há dez anos atrás ninguém diria que isto podia acontecer”, diz.



Fonte: Site National Geographic. Para acessar a publicação original em Inglês, clique neste link: https://www.nationalgeographic.com/animals/2019/03/orcas-captivity-welfare/ - há uma linda galeria de imagens disponível também.


P.S.: Existem alguns erros simples de Português na publicação e algumas más traduções, mas quis manter a reportagem original conforme publicado na revista da NatGeo no Brasil.



segunda-feira, 1 de abril de 2019

Ignorando as atrocidades da "Prisão de Baleias", Rússia define cota de capturas para 2020

E quando achamos que um problema já não seja grande o suficiente ou quando achamos que o problema atual possa estar a caminho de uma solução, deparamos-nos com uma notícia ainda mais assustadora...

Segue informação há pouco compartilhada por
Ric O'Barry (The Dolphin Project) em sua página no Facebook:





Informação nova do Свободу Косаткам и Белухам, grupo Free Russian Whales:

Embora o problema da Prisão de Baleias ainda esteja em andamento, a Federação Russa de Pesca e o Instituto Russo de Pesquisas de Pescas e Oceanografia (VNIRO) propuseram capturar mais 10 orcas e 282 belugas. As dez Orcas e 82 belugas seriam capturadas no Mar de Okhotsk e outras 200 belugas - nos mares de Bering, Chukchi e East Siberian em 2020.⠀
A coalizão #FreeRussianWhales preparará uma análise detalhada dos materiais utilizados para definir o Total Allowable Catch - TAC (cota de capturas) no início da próxima semana e garantiu que não permitirão que isso aconteça sem uma grande batalha.

Fique ligado.






domingo, 31 de março de 2019

Equipe de especialistas segue para avaliar condições da prisão de baleias


A Dra. Ingrid Visser, juntamente à equipe de especialistas, reunidos pela equipe do Whale Sanctuary Project e lideradas pelo oceanógrafo Jean-Michel Cousteau, estão a caminho da Rússia. Eles receberam um convite formal do Ministério do Meio Ambiente e Recursos Naturais russos para visitar a Baía de Srednyaya, na costa do Extremo Oriente do país. Sua missão incluirá avaliar a condição das dez Orcas restantes e das 87 belugas que estão sendo mantidas em cercados, comumente chamadas de "prisão de baleias". Esta experiente equipe foi chamada para aconselhar o governo sobre a saúde das baleias e como podem ser devolvidas ao oceano.
Apesar de toda comoção mundial, com envolvimento de diversas celebridades, incluindo ator Leonardo DiCaprio, que pediu em suas páginas pessoais que o público assinasse uma petição e se manifestasse contra a terrível prisão, bem como o pedido do governo russo que libertassem esses animais, até o momento, nada foi efetivamente realizado para tal fim. Os “proprietários” das baleias (que com, permissões obscuras, as roubaram do oceano) devem estar fazendo de tudo para impedir a exigência de soltura, já que têm como objetivo lucrar com a venda das mesmas para parques marinhos, em especial para China.



Há algumas semanas divulgaram imagens assustadoras dos animais com visíveis problemas de saúde, sem contar fotos obtidas antes que mostravam os animais congelando, literalmente, dentro dos cercados. Aguardemos mais notícias desses tão renomados especialistas.








O Whale Sanctuary Project (Projeto Santuário de Baleia) que reuniu a equipe está pedindo auxílio financeiro para que possa cobrir os custos dessa visita inicial. Doações são muito importantes e podem ser realizadas através deste site:





sexta-feira, 8 de março de 2019

Um novo e misterioso tipo de Orca pode ter sido identificado


-- Pela primeira vez, cientistas conseguem filmar e estudar as raríssimas Orcas ecotipo D --


E em regiões austrais, em meio a mares extremamente agitados, vivem Orcas misteriosas que parecem bem diferentes das demais, e pela primeira vez, cientistas as localizaram e as estudaram em seu habitat. “É muito provável que elas sejam de uma nova espécie”, diz Robert Pitman, pesquisador da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA americana).
Esta reflexão é resultado de um encontro de uma equipe de cientistas com Orcas tipo D ocorrida em janeiro a cerca de 100 km da costa do Cabo Horn, no Chile, região conhecida pelo "pior clima do mundo", acrescenta Robert.



Essas Orcas eram conhecidas anteriormente somente por fotografias amadoras, descrições de pescadores e por um encalhe em massa, porém nunca haviam sido observadas na natureza por especialistas em cetáceos. Ao contrário dos outros tipos conhecidos de Orcas, elas possuem a cabeça mais arredondada, a nadadeira dorsal mais pontiaguda e estreita e a mancha branca característica acima dos olhos bem menor, além de serem menores em comprimento. Já se sabe de diferentes tipos de Orcas, “mas certamente esta é mais diferente de todas”, disse Robert.
O encontro com as Orcas se deu numa área onde pescadores haviam relatado avistamentos. A equipe de cientistas passou uma semana no local e não demorou até que um grupo de vinte e cinco delas aparecesse próximo ao navio. Durante esse período, foi possível filma-las acima e abaixo da água e até coletar uma pequena amostra de gordura (técnica de pesquisa comum e inofensiva) para estudo do DNA. Dessa forma, será possível de fato determinar se realmente se trata de uma nova espécie (a equipe ainda aguarda uma licença de exportação para retirar a amostra do Chile). Curiosas, as Orcas passaram um bom tempo em torno do navio e, embora tenham inspecionado atentamente o hidrofone colocado na água pelos pesquisadores, não fizeram nenhuma vocalização.
Orcas do tipo D foram registradas pela primeira vez somente em 1955 quando um grupo delas encalhou na Nova Zelândia. Mais de meio século depois, em 2005, Robert Pitman teve acesso a imagens colecionadas por Paul Tixier, um cientista francês que realizava pesquisas em um remoto arquipélago ao sul do Oceano Índico, conhecido como Ilhas Crozet. “Fiquei de queixo caído quando identifiquei pelas fotos que se tratava do mesmo tipo de Orca 50 anos depois”, contou ele. Essas orcas são conhecidas por roubar peixes das linhas de pescadores de mariscos perto das Ilhas Crozet e Chile, às vezes chegam a levar um terço da pesca. Esses dois pesquisadores, unindo conhecimentos, imagens e relatos, publicaram em 2010 um primeiro estudo sobre essas Orcas na revista Polar Biology. Mas Robert Pitman ainda tinha o objetivo de observá-las na natureza.


Encalhe de Orcas Tipo D na Nova Zelândia (1955)

“Coletando as primeiras amostras genéticas desse tipo de Orca na história, a expedição do Robert promete aumentar nosso conhecimento sobre genética, evolução, preferências alimentares e divisão de recursos nas Orcas “D” e sobre Orcas de modo geral”, disse Paul Tixier numa entrevista por e-mail. Paul agora é pesquisador da Deakin University, em Melbourne, Austrália.
Antes da equipe do Robert, quem teve a sorte de cruzar com um grupo D de Orcas foi uma equipe do Sea Shepherd em dezembro de 2014, próximo à Antártica (notícia compartilhada aqui no blog naquela ocasião).
Orcas ainda são oficialmente consideradas uma espécie única: Orcinus orca. Porém, os cientistas já estão considerando definir um nome científico para alguns tipos já que são muito diferentes. John Ford, pesquisador da Fisheries and Oceans Canada e da Universidade da Colúmbia Britânica defende isso. Mas isso requer um processo científico formal, que inclua extensas medições, análise de DNA entre outros. “Há boas razões para considerar outras Orcas como espécies diferentes também, mas é muito difícil definir onde traçar as linhas que separariam as espécies”, disse ele.
Robert Pitman sugere que um bom nome para as Orcas estudadas em janeiro seria “baleia Orca subantártica”. Isso descreve apropriadamente seu habitat, nas águas próximas à Antártica, mas não inclui as águas mais frias. A região onde se encontram, entre as latitudes 40 e 60, tem um dos climas mais inóspitos do planeta, com ventos fortes e tempestades frequentes.
O local em que habitam combinado ao fato de viverem em mar aberto, explica por que essas Orcas são tão pouco conhecidas. “Se se é um animal de grande porte tentando se esconder da ciência, ali seria o lugar perfeito”, completou Robert.


P.S.: Veja as imagens compartilhadas no blog em 2014 do encontro do Sea Shepherd com as Orcas tipo D: https://v-pod-orcas.blogspot.com/2014/12/tipo-de-orcas-raras-e-visto.html.





quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Mãe de treinador morto por Orca hoje luta contra cativeiros

Em 24 de fevereiro de 2010, a notícia de que a treinadora Dawn Brancheau havia sido morta pela Orca Tilikum no SeaWorld de Orlando se espalhou rapidamente... Em minutos estava em todos os sites de notícia chegando a ser informado no "Jornal Nacional", bem como nos demais grandes veículos de comunicação do Brasil e do mundo (mesmo que equivocadamente alegando que a morte havia ocorrido durante um show e diante de uma enorme plateia – o que não foi o caso, como meus leitores bem sabem). O caso teve imensa repercussão estendendo-se por semanas e é lembrado até hoje. Por esse motivo, foi com extrema surpresa que, cerca de um ano depois, vim a saber (pesquisando sobre notícias de Orcas), que exatos dois meses antes da morte da Dawn, um outro treinador já havia sido morto por uma Orca também do SeaWorld em um parque marinho nas Ilhas Canárias. Por que esta informação não foi relevante antes? Por que essa morte foi tão ignorada? Passei semanas buscando qualquer fonte aqui no Brasil que informasse sobre a morte, mas nada encontrei...
Este caso também foi um dos motivadores na minha criação deste canal de comunicação que é o blog (além de que raramente é publicado algo sobre Orcas por aqui e menos ainda sobre a realidade por trás dos cativeiros). Agora, oito anos depois, tão surpreendente quanto a informação de sua ignorada morte venho a saber que a mãe deste treinador (que teria todas as razões do mundo para detestar esse animal) hoje luta por sua liberdade.
Mercedes Hernandez, mãe do Alexis Martinez, tem dado uma lição maravilhosa de mais profundo amor... De perdão, entendimento, humildade, compaixão e respeito. Keto tirou a vida do seu maior amor, mas ainda assim ela consegue respeitá-lo pelo animal que é e acredita que isso só tenha ocorrido devido a situação de estresse que lhe é imposta diariamente.
Há poucas semanas tomei conhecimento deste pequeno documentário que mostra Mercedes hoje, mostra como ela luta diariamente contra a dor da perda, bem como contra os cativeiros. É muito tocante! Como mãe confesso ter me emocionado muito. Com carinho, que compartilho com vocês abaixo junto à descrição dado que não há legenda:



“Meu filho está morto! Jamais irá voltar! Mas o que aprendemos com isso? Eu vou continuar minha luta. As Orcas merecem minha ajuda!”, introduz Mercedes.
O Loro Parque, em Tenerife, nas Ilhas Canárias, é visitado por milhares de turistas, mas poucos sabem que ali um treinador foi morto por uma das Orcas, por isso, sua mãe agora acredita que elas deveriam ser libertadas. Atualmente, Mercedes busca na meditação, na yoga e outras atividades alternativas um alento para sua dor e a aceitação do fato de que o filho jamais irá abraça-la novamente. A morte de seu filho foi devastadora e todos esses sentimentos são muito difíceis de lidar.
Alexis foi morto no dia 24 de dezembro de 2009 durante o ensaio de um show de Natal e sua mãe até hoje tenta compreender exatamente o que ocorreu naquele dia. À época, ela desconhecia os riscos que envolviam o trabalho com Orcas. Ela se sentia orgulhosa do filho que amava o que fazia. Ela conta que apenas uma vez durante uma apresentação pensou: “Meu Deus, que perigo! Uma baleia pesa toneladas, um ser humano ao lado fica tão pequeno! Mas nunca pensei que algo ruim fosse acontecer porque eu ignorava os riscos. No entanto, agora quero que as pessoas entendam que esses shows não são legais... não são corretos.” Mercedes agora tenta conscientizar as pessoas, mesmo que muitos não compartilhem de suas preocupações. Logo após a morte do Alexis, o parque já começou a mascarar as causas de sua morte. Até hoje muitos acreditam que ele morreu afogado. No entanto, a necropsia é bem clara ao concluir que ele sofreu um ataque brutal da Orca que causou lesões fatais.
O Loro Parque segue sendo uma grande atração turística local e os shows continuaram mesmo após sua morte. Quem assiste às apresentações têm a sensação de que as Orcas e os treinadores vivem em perfeita harmonia e que o tanque é grande o suficiente. Mas o que não sabem é que, na natureza, Orcas percorrem mais de 100km em um único dia. “Keto, a Orca que matou o Alexis, fez isso por frustração, porque é estressado com tanta pressão. Eu acredito que ele o atacou porque de alguma forma queria dar um sinal”, conta Mercedes.
O Loro Parque recebe mais de 1 milhão de visitantes por ano, ou seja, é um negócio lucrativo. Há cartazes e publicidade para todo lado, até mais placas do que do hospital local. Há até uma linha com um trenzinho que leva as pessoas até o parque. Com frequência há ativistas na porta tentando mostrar para os visitantes a realidade sobre a crueldade de se manter animais em cativeiro. A Mercedes não se considera uma ativista, mas se opõem aos cativeiros. Já o Loro Parque afirma que as Orcas estão melhores em seu tanque do que na natureza devido à poluição e à escassez de alimentos. Wolfgang Kiessling, dono do Loro Parque, gosta de exaltar o quanto ama os animais e a importância da preservação da fauna, mas fica uma pergunta: Como uma Orca matou um de seus treinadores?
“Como foi possível? Bem, foi um acidente. E acidentes acontecem. É tudo o que tenho a declarar.”, responde Wolfgang quando questionado pelo repórter sobre a morte do Alexis. “Mas como você continua chamando isso de acidente e não de um ataque?”, pergunta novamente o repórter. “Porque não foi um ataque... Ataque seria se o animal... Tenho certeza que não foi um ataque porque o treinador tinha uma boa relação com o animal. Eles trabalhavam juntos e de repente o animal ficou nervoso.”, conclui o dono do parque. 
Desde a morte do Alexis, os treinadores não podem mais entrar na água com as Orcas. 
Mercedes gosta de visitar a pequena baía em que lançou as cinzas do filho. Lá ela se sente mais próxima dele. O sonho dela era ver Orcas livres na natureza. “Poder vê-las na natureza seria um grande presente... Ver esse fantásticos animais em liberdade... Eu sinto uma conexão com elas em liberdade. Seria incrível, espetacular!”.
E foi na Ilha de Vancouver, no Canadá, que esse sonho se tornou realidade. A família e os amigos ajudaram Mercedes a pagar pela viagem. E o Alexis segue com ela, não só na tatuagem.
A Mercedes sente uma conexão especial com as Orcas. “Eu aprendi muito sobre elas depois que passei a ler sobre como vivem. Há uma ligação muito forte entre as mães e seus filhotes... e por muito tempo. E isso me fascina. É por isso que amo tanto esses animais.”, diz ela.
E num passeio por Johnstone Strait, o momento finalmente chegou. Logo, um pod grande de Orcas passa pelos caiaques. (não há como conter as emoções ao ver a emoção dessa mãe).
“O sentimento é muito intenso. Mas estou muito feliz de vê-las. É emocionante vê-las na natureza... Eu sinto como se eu pudesse me conectar com elas em sua liberdade. Logo todas as Orcas estarão livres, como deveria ser.”





segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Orcas e belugas continuam presas em condições pavorosas na Rússia

Enquanto o governo russo não se decide sobre como atuar com relação à "prisão de baleias", como foi chamada desde novembro quando imagens de drones denunciaram o problema ao mundo, Orcas e belugas seguem presas em condições pavorosas, conforme detalhado por veterinários de organizações não governamentais. Os cetáceos, a maioria filhotes, estão praticamente morrendo congelados e não há perspectiva real de soltura até o momento.



A convite das autoridades russas, em visita ao local, veterinários revelaram que os funcionários da "prisão" precisam ficar constantemente quebrando o gelo que se forma na superfície dos cercados para possibilitar que os animais venham a superfície para respirar. As belugas estão "acostumadas a viver no gelo", diz à National Geographic Dmitry Lisitsyn, chefe da Sakhalin Environment Watch, "mas não estão acostumadas a ficar aglomeradas em um espaço de 12 por 10 metros com pessoas acima delas usando ferramentas a todo momento". Quinze das belugas são filhotes.



"É ainda pior para as Orcas", completou ele, pois embora elas estejam condicionadas a viver em águas frias, normalmente migram para o sul durante o inverno. Várias Orcas apresentam lesões de pele e em torno de suas barbatanas dorsais que podem ter sido causadas pelo congelamento devido à exposição ao frio prolongado, infecções bacterianas ou fúngicas decorrente da água estagnada, ou mesmo por conta de um conjunto desses fatores.




Há dez dias, três ONGs, incluindo a Sakhalin Watch, entraram com uma ação contra três agências do governo, alegando que, sob a lei russa, elas são obrigadas a confiscar animais silvestres de origem ilegal e devolvê-los ao seu habitat. "O estado é o dono legítimo dos animais e deve devolvê-los à natureza". Pedidos de soltura e ofertas de apoio para esse processo também foram realizados pelo ambientalista francês Jean-Michel Cousteau e três outros líderes do Keiko/Free Willy Project, que, com sucesso devolveram Keiko às águas islandesas.
De acordo com uma reportagem da National Geographic, uma das quatro empresas que reivindica a propriedade dos animais, Bely Kit, diz que capturou as Orcas e as belugas de forma legal e pretende vender os animais a aquários na Rússia e no exterior ainda este ano. A empresa não os libertaria na natureza a menos que fosse ordenado pela justiça.
Duas das outras empresas, a Afalina e a Oceanarium DV, disseram à imprensa local que também estão de acordo com a legislação. A quarta empresa, Sochi Dolphinarium, não respondeu ao contato da imprensa.
Somente na última quinta-feira, 7 de fevereiro, a repercussão do caso na mídia internacional fez com que as autoridades russas tomassem medidas para por fim ao sofrimento das baleias. “Os investigadores tomarão de imediato medidas abrangentes para devolver todos os mamíferos marinhos ao seu habitat”, anunciaram em comunicado, garantindo que as empresas respondam por crime de maus tratos aos animais. No entanto, essas medidas ainda não estão claras. 

Seja como for, é preciso que algo seja feito e logo... Antes que seja tarde demais. Alguns sites de notícias informaram que na última visita dos veterinários, três das Orcas não foram vistas e não sabem dizer se morreram. Vejam quão terríveis são as imagens abaixo. É possível observar o comportamento agitado das belugas, as fortes vocalizações entre todos os animais, bem como a dificuldade de locomoção das pequenas Orcas:




domingo, 13 de janeiro de 2019

Baleia pré-histórica também comia outras baleias como as Orcas de hoje

Um estudo liderado pela Manja Voss, investigadora do Museu de História Natural de Berlim, descreveu a extinta baleia da espécie Basilosaurus Isis que habitava nos oceanos da Terra há cerca de 35 milhões de anos e devorava outras baleias menores.

Segundo comunicou o jornal Live Science, a criatura pré-histórica viveu na época do Eoceno, entre 34 e 38 milhões de anos atrás. Este cetáceo podia atingir 18 metros, o que é duas vezes mais em comparação com as orcas modernas, tinha um focinho longo e dentes afiados, o que fazia deste animal um dos maiores predadores da sua época.



Em 2010, no Egito, foram encontrados fósseis de um representante dessa espécie assustadora, que conservava no seu estômago ossos de uma baleia menor. Os cientistas afirmaram que a Basilosaurus isis caçava e consumia peixe e filhotes de outro cetáceo extinto, o Dorudon atrox, com cerca de cinco metros de comprimento.
Os investigadores supõem que a gigantesca baleia pré-histórica não só consumia outras baleias mortas, como também as caçava. O estudo publicado na revista PLOS ONE assinalou que as marcas de mordida no crânio da vítima indicam um ataque mortal.
De acordo com os cientistas, a equivalente moderno da Basilosaurus Isis seria a orca, que caça outros animais marinhos, inclusive baleias. Segundo Manja Voss, os fósseis encontrados no Egito sugerem que a caça de baleias por outras baleias teria começado muito cedo na evolução dessas espécies.




Fonte: Sputnik News de 11 de janeiro de 2019.



sábado, 12 de janeiro de 2019

Orcas Residentes do Sul ganham nova integrante

Compartilhei a feliz notícia ontem pelo Instagram, Twitter e Facebook, mas não queria deixar de registrar aqui no blog.
A boa notícia foi divulgada pelo Center for Whale Research e se trata de um filhote de poucas semanas de vida no Pod L. A mãe é identificada como L77 e apelidada de Matia. O filhote ainda não receberá identificação pois os pesquisadores aguardarão mais algumas semanas acompanhando seu desenvolvimento.

Imagem de Sara Shimazu

Muito se fala sobre a escassez de alimento na região, do registro de mortes por inanição e o forte risco de mais duas Orcas virem a óbito até o próximo verão do hemisfério norte já que demonstram magreza excessiva.Trata-se da fêmea J17, de 42 anos, e do jovem macho de 27 anos, K25. K25 perdeu a mãe em 2017 e isso pode estar dificultando a captura de alimentos.
Dentre os vários motivos para a diminuição de alimento, que é o salmão da espécie Chinook, pode-se dizer que a principal deles é a presença de novas barragens em rios que impedem sua reprodução. Sem citar, claro, a pesca excessiva (apesar de ser proibida na região), a poluição e até fazendas de salmão que espalham doenças, parasitas e trazem muito desequilíbrio para os ecossistemas locais.
Sobre o novo filhote, ainda não se sabe se é macho ou fêmea, mas numa população extremamente ameaçada que tem sofrido um declínio drástico nos últimos anos, tendo inclusive nenhum filhote prosperado nos últimos três,  qualquer opção é "lucro" e especula-se que ele deva ser chamado de "Lucky", ou seja "Sortudo". Mas antes disso, temos que torcer muito para se sua mãe tenha alimento farto e tranquilidade para que seja capaz de nutrí-lo.
As imagens abaixo mostram os pods K e L que foram observados juntos ontem de manhã no Estreito Juan de Fuca, no noroeste do Pacífico, dando um verdadeiro show. O pequeno filhote pode ser visto ao lado da mãe em meio a eles. A opinião no momento sobre os especialistas é que nessas imagens ele aparenta estar muito saudável.