segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Orca "expulsa" cão da água

Um vídeo surpreendente foi gravado na Nova Zelândia e mostra um cão preto, aparentemente da raça labrador, sendo "perseguido" e praticamente expulso da água por Orcas. As imagens foram feitas na Baía de Matheson no início deste mês.
As pessoas que presenciaram o ocorrido se divertiram com a cena... O curioso é que não parece que a Orca queria pegá-lo de fato, mas apenas assustá-lo ou até mesmo delimitar seu território. E como é possível ver no início do vídeo, as Orcas tinham feito o mesmo minutos antes com um mergulhador, que certamente não voltou mais para água.
As Orcas provavelmente estavam caçando arraias bem próximas da praia. Arraias constituem o prato predileto das Orcas que habitam a região.
Lembrando que nunca houve qualquer registro de Orcas atacando seres humanos em seu habitat, menos ainda atacando cães.


domingo, 4 de novembro de 2012

Chocante: Limpeza dos tanques em parques marinhos

Forma pela qual os 51 parques marinhos japoneses fazem a limpeza mensal (ou quinzenal, em alguns casos) de seus tanques. De acordo com Ric O'Barry (ex-treinador de Flipper, estrela do "The Cove" e grande ativista anti-cativeiro), este método também é adotado em parques na Europa e nos Estados Unidos.
Preciso  comentar alguma coisa?








P.S.: As fotos são de Huang-Ju Chuan/Taiwan.



sábado, 3 de novembro de 2012

Príncipe apóia a libertação de Morgan


Pouco antes da audiência sobre o caso de Morgan, realizada no dia 01 de novembro, a Fundação Free Morgan divulgou uma declaração do Príncipe Albert de Mônaco defendendo sua libertação:


"Há muito tempo tenho me comprometido com a proteção da biodiversidade e dos mamíferos marinhos através da compreensão e conservação científica.
Eu também já devolvi animais dos parques do meu pai para a natureza onde e quando isso foi possível.
E este aprendizado me fez crer que Morgan, uma Orca que nasceu livre, também deveria ter a chance de ser retirada do cativeiro e levada de volta a seu ambiente natural."

Príncipe Albert II de Mônaco


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Defenda você também a libertação de Morgan! Divulgue esta causa e torça para que tenhamos uma resposta positiva dos juízes no dia 13 de dezembro!



sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Ainda há esperança para Morgan II

Após 7 horas de audiência num tribunal na Holanda, tudo indica que os três juízes responsáveis pelo caso irão finalmente levar a situação de Morgan a sério... Pelo menos foi esta a sensação dos presentes no local! os juízes inclusive demonstraram insatisfação devido ao caso ter demorado tanto para voltar aos tribunais e disseram que este caso deveria servir de lição aprendida para situações futuras.
Todas as testemunhas foram ouvidas e os juízes prometeram uma definição para o dia 13 de dezembro!

Foto do tribunal ontem
Alguns pontos abordados na audiência, de acordo com a transmissão de mensagens efetuadas em tempo real pelos membros da Fundação Free Morgan que estavam no local:
- O tribunal estava cheio de pessoas apoiando Morgan e os juízes notaram isso, mencionando que este caso merecia tempo para ser analisado.
- Representantes do Dolfinarium de Harderwijk estavam presentes, mas mais pareciam estar lá defendendo a reputação do parque do que a de Morgan, fazendo ainda declarações polêmicas ao se defenderem por não a terem libertado "o mundo é selvagem, existe o sofrimento e às vezes animais morrem", compararam Morgan a um porco espinho e afirmaram que ela está feliz e saudável onde está (os juízes chegaram a lhes perguntar o motivo por estarem lá, já que já haviam transferido-a para o Loro Parque);
- Um juíz chegou a dizer que "quando se trabalha com animais vivos, o bem estar deles vem primeiro lugar. Simples assim!".
- Uma das testemunhas trazidas pelo advogado de Morgan, o especialista em reabilitação de cetáceos em todo o mundo, Jeff Foster, contou que visitou Morgan nesta semana e apontou o que conseguiu observar: Morgan é uma forte candidata para ser libertada... É fêmea e jovem, o que aumenta suas chances de aceitação em outros pods, e ela ainda se lembra da vida no oceano; porém, cada dia em cativeiro diminuem essas chances. Ele ainda mencionou o fato de o Loro Parque ter um grupo de Orcas muito desequilibrado, ela estar isolada e sofrendo agressões das "companheiras". "É normal que ela tenha dezenas de arranhões, e não centenas como é o caso". Disse ainda que, o mais difícil no treinamento de Orcas é fazer com que elas mudem o foco de dentro da água para fora da água (para ser alimentada, interagir com treinadores, etc.), mas que Morgan ainda tem foco para dentro. Ele também acredita que, mesmo que ela não se integre a qualquer pod, poderia perfeitamente viver sozinha. Mais afirmações feitas por Jeff:
"Não sou anti ou a favor do cativeiro, estou aqui por Morgan." "Eu fui atá lá porque tinha disponibilidade, fui lá observar Morgan e avaliar se ela é uma possível candidata (para ser reabilitada). E eu acho que ela é." "Posso garantir uma coisa: Morgan não terá uma vida longa e feliz na situação em que se encontra agora."
- A Dra. Ingrig Visser também deu seu depoimento como cientista, apresentando fatos. Ela apresentou o Relatório que documenta as condições de vida de Morgan no Loro Parque (cujos detalhes foram citados na postagem de ontem), mostrou que ela está sendo usada em propagandas para atrair o público ao parque, que estão faturando muito com sua presença. Disse que os treinadores interagem pouco com ela (dão mais atenção ao pequeno Aidan de dois anos de idade) e que ela mastiga concreto (há tinta azul do concreto nos dentes dela) e bate com a cabeça na parede várias vezes ao dia, evidenciando um comportamento extremamente anormal.
- Quando o representante do Loro Parque falou, Javier Almunia, ele contradisse todas as alegações da Dra. Ingrid, dizendo que ela foi introduzida corretamente ao grupo, que o comportamento dela é compatível com o de Orcas de cativeiro e da natureza, que ela recebe atenção, boa alimentação e cuidados médicos e que tem dúvidas sobre sua audição (Javier disse que farão um exame nela na semana que vem para confirmar se ela pode ouvir... e o juiz observou, e o questionou, por que fariam o exame só na semana que vem se já alegaram há um ano que ela poderia ser surda? - ele respondeu dizendo que precisava de equipamento de alta tecnologia, por isso não fizeram antes. Jeff, o entanto, informou que já realizou esse tipo de exame em cetáceos antes e que não precisa de nada em especial, e que leva apenas 20 minutos...). Javier também apresentou fotos de Orcas selvagens com marcas pelo corpo e alegou que mastigar o concreto é algo normal entre as Orcas cativas.
- O Loro Parque, logicamente, defendeu que se Morgan for libertada, ou  morrerá, ou viverá sozinha, e que o fato de ser "mandona" irá atrapalhar qualquer pod que ela faça parte (essa foi boa... rsrsrs)
- O advogado de Morgan deixou claro que, apesar de os parques negarem,  há muito interesse comercial em Morgan (afinal, se fosse por motivos de pesquisa científica, seria muito mais interessante analisar o comportamento da espécie num cercado no oceano e não num tanque pequeno de concreto) e pediu que o caso fosse analisado o mais rápido possível, pois o tempo conta contra o futuro da pequena Orca. E a maioria (se não, todos) os especialistas em Orcas no MUNDO são a favor de sua reabilitação.
Uma última afirmação (que eu achei um pouco estranha, mas tudo bem)  por parte do representante da secretaria do estado holandês: "Como Morgan está no momento não é mais relevante para a decisão deste caso".

Dra. Ingrid Visser e Jean-Michel Cousteau
dando entrevista um dia antes da audiência

Se você assinou a petição divulgada aqui no blog,
seu nome estava aí nesta caixa que foi levada
ao tribunal e você é uma destas 120.263 assinaturas!

750 alunos e professores vestindo preto e branco
em homenagem à Morgan na Escola Point View,
em Howick, Nova Zealândia, durante a audiência

Mais de 138 mil pessoas em todo o mundo estavam "ligadas" nesta audiência ontem para apoiar a libertação de Morgan.
Por volta das 17 horas e 0 minutos, a audiência foi encerrada!


P.S.: Jeff Foster participou de casos famosos de reabilitação como o de Keiko, Springer e dos golfinhos Tom e Misha (estando os três últimos livres e saudáveis no oceano).

P.S. 2: As fotos foram obtidas na página do Facebook do Free Morgan Foundation (http://www.facebook.com/freemorgan.org) e do The Black Fish (http://www.facebook.com/theblackfishorg), visite-os e "curta-os".






quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Ainda há esperança para Morgan... E é HOJE!

Para nós que tanto torcemos para que Morgan tenha a chance de viver livremente, hoje temos mais uma oportunidade para pelo menos podermos sonhar com isso...
HOJE, a batalha continua num tribunal de Amsterdã. Três juízes holandeses reavaliarão a decisão do ano passado que permitiu que Morgan fosse transferida para o Loro Parque. Morgan foi capturada em junho de 2010 no mar de Wadden (ou mar Frísio) sob permissão de reabilitação e soltura.  Ela foi encontrada separada de sua família, abaixo do peso e sofrendo de desidratação.  O Dolfinarium de Harderwijk (parque marinho holandês) auxiliou Morgan na recuperação, mas, em seguida, ignorou o tipo de permissão concedida exibindo-a ao público e selecionando cuidadosamente as informações que disponibilizava aos especialistas, de forma que concordassem que ela não deveria ser devolvida ao mar. Porém, depois que tiveram acesso a todas as informações, a maioria deles, mudou de opinião, especialmente depois de a provável família de Morgan ter sido identificada e de um Plano de Reabilitação e Soltura ter sido desenvolvido pela Fundação Free Morgan. Sem contar que, apesar de todas as disputas em tribunal, menos de um ano e meio de Morgan ter sido capturada, ela foi transferida para o Loro Parque (um grande parque de diversões nas Ilhas Canárias, Espanha, já citado no blog anteriormente), pois o Dolfinarium de Harderwijk alegou que ela não era uma boa candidata a ser libertada, ignorando o Plano da Fundação.
Não foi fácil, no dia 29 de novembro do ano passado (http://v-pod-orcas.blogspot.com.br/2011/11/noticias-sobre-transferencia-de-morgan_1119.html) assistirmos de mãos atadas, com indignação e tristeza no coração, Morgan sendo transportada para um cativeiro e não para a liberdade. Todos esses meses se passaram e parece que a cada dia a liberdade fica ainda mais distante... Mesmo com o excelente trabalho profissional realizado pela Fundação Free Morgan (entre outros grupos), liderado pelos mais respeitados especialistas em Orcas no mundo, como a Dra. Ingrid Visser e Jean-Michel Cousteau.
Para reforçar a frente de batalha hoje no tribunal, a Dra. Ingrid apresentará o “Relatório sobre as Condições Físicas e Comportamentais de Morgan” que revela quão devastador tem sido os problemas físicos e emocionais enfrentados por Morgan no cativeiro: Foram 77 horas e 16 minutos de observação, ao longo de 8 dias, para que se fosse possível documentar  91 eventos de agressão envolvendo Morgan. Os ataques foram muito intensos, ela foi agredida por outras Orcas, em média, mais de uma vez por hora. Desde que chegou ao parque, Morgan teve mais de 320 marcas de mordidas e perfurações (todas documentadas por fotos), sem incluir o que ela provocou em si mesma por conta de comportamentos anormais e repetitivos como ao bater a cabeça nas paredes de concretos dos tanques.
A Dra. Ingrid alega que ela não foi introduzida adequadamente ao convívio com as outras Orcas e que o Loro Parque possui um grupo de Orcas extremamente disfuncional, e mesmo todas tendo nascido em cativeiro, elas se comportam de forma anormal ao padrão social e físico tanto para Orcas nascidas em cativeiro quanto as nascidas no oceano. Lá, inclusive, depois de tantos ataques aos treinadores (um deles inclusive causando a morte de Alexis Martinez em 2009), não há trabalho de interação na água. E com tanta agressividade contida, Morgan sofre as consequências sendo brutalizada com frequência.
Durante a observação, a Dra. Ingrid a viu sendo arranhada, perseguida e levando pancadas. Keto, um macho adulto, também a ataca de forma sexual, mesmo ela não tendo maturidade para tal, ou seja, ela deveria ser mantida separada de machos adultos para não sofrer este tipo de pressão.
E com relação às alegações de que Morgan seria surda (o que contaria a favor de sua manutenção em cativeiro, segundo as leis destorcidas dos seres humanos) feitas pelo Diretor do Parque, Javier Almunia, a Dra. Ingrid disse que em suas observações não viu qualquer indício que confirmasse tal dado. Ela diz apenas que Morgan é um pouco teimosa e tem consciência própria, por isso o “não ouvir” em determinados momentos; considerando ainda que, mesmo que ela fosse surda, não seria um problema. Ela ainda cita o caso de um golfinho que, até ser capturado, havia vivido 9 anos na natureza sendo surdo e mudo sem o menor problema.
Em setembro deste ano, respondendo à carta de uma mulher que pedia a libertação de Morgan, Javier Almunia alegou que se tivessem informações certas sobre a família de Morgan (o “Pod P”, que ele alega não ser visto há anos), ela seria libertada, e que ela está no parque apenas por uma decisão judicial holandesa (para que Morgan pudesse se relacionar com outras Orcas) e não por seu valor comercial. Mas não é isso que demonstram os outdoors fotografados pela Dra. Ingrid com fotos dos shows e anunciando as apresentações de Morgan.
E com relação ao Pod P, provavelmente o de Morgan, registros demonstram que ele foi visto em junho deste ano, e que, P118 (que é o membro, cuja vocalização mais bate com a de Morgan), estava entre os membros do pod.
O pior de tudo isso é pensar que quanto mais o tempo passa, mais ajuda será necessária para que ela seja reabilitada para a vida nos oceanos... E cada vez mais também diminuem nossas esperanças já que é exatamente nisso que esses juízes vão se basear quando quiserem decidir seu destino...



O caso de Morgan é muito parecido com o de Springer, uma Orca encontrada sozinha e desnutrida próximo à Seattle, EUA, em 2002. Mas ao contrário de Morgan, sua recuperação foi  num cercado no mar, em Manchester, no estado de Washington, EUA. Assim que se recuperou, Springer foi transportada ao Estreito de Johnstone, na Columbia Britânica, Canadá, e libertada perto de Orcas de sua família, com quem partiu e retornou diversas vezes desde então.
Springer se tornou a primeira baleia a ser reintroduzida com sucesso a seu habitat depois da intervenção humana.

Espero de todo coração que Morgan seja a próxima e que eu não tenha que repetir amanhã a notícia de que ela não será libertada como em outubro do ano passado.



P.S. 1: As fotos aqui apresentadas foram obtidas no vídeo publicado pelo “Free Morgan Foundation” - todos os direitos pertencem à Fundação.


P.S. 3: Visite o site da Fundação Free Morgan (http://www.freemorgan.org/) e curta sua página no Facebook (http://www.facebook.com/freemorgan.org).

P.S. 4: ASSINE A PETIÇÃO PARA LIBERTAÇÃO DE MORGAN: https://www.change.org/en-GB/petitions/free-orca-morgan.