quarta-feira, 31 de maio de 2017

Vídeo mostra Orcas perturbando uma baleia azul

Um vídeo capturado por drone flagrou um grupo de orcas realizando um ataque coordenado contra uma baleia azul na costa de Monterey, na Califórnia, EUA. Conhecidas como baleias assassinas, as orcas atacam outros mamíferos marinhos, como golfinhos e focas, mas têm poucas chances contra o maior mamífero do planeta, que chega a medir 30 metros de comprimento e pesar quase 200 toneladas.
— Elas provavelmente estavam fazendo isso por diversão — disse Nancy Black, bióloga marinha que acompanhava o passeio, em entrevista à “National Geographic”. — Elas brincam com as baleias como gatos brincam com sua presas. Elas são muito brincalhonas e sociáveis.
As imagens foram feitas no último dia 18 por Anoorag Saxena, um turista indiano que participava de um passeio promovido pela empresa Monterey Bay Whale Watch. Segundo Nancy, eles estavam acompanhando um grupo com cerca de 15 orcas quando, de repente, a baleia azul surgiu na superfície e chamou a atenção dos observadores, e também das orcas.
Apesar de ser muito maior que as orcas, a baleia azul adulta parece ter se assustado com a aproximação dos predadores e nadou rapidamente para longe. Normalmente, as orcas são incapazes de abater as imensas baleias azuis e cinzentas adultas, mas os filhotes são presas desejadas. Segunda Nancy, que trabalha com os cetáceos da região há 25 anos, entre abril e maio as baleias cinzas cruzam a costa do Pacífico com seus filhotes em direção ao Alasca. Nesse período, o número de orcas também aumenta.
Quando caçam grandes presas, como baleias, as orcas formam um círculo ao redor do alvo, tornando a fuga mais difícil. Apesar de serem capazes de se comunicar, a caça é completamente silenciosa, fato que intriga os cientistas na busca de explicações sobre como as ações são coordenadas. No vídeo, as orcas realizam o ataque no mesmo momento, numa formação em linha.



— Elas são extremamente sincronizadas — disse Nancy. — Nós não sabemos como elas são capazes de fazer isso de forma tão exata.
Segundo a bióloga, é possível que as orcas estivessem treinando formações de ataque, mas, na sua opinião, é mais provável que elas estivessem apenas incomodando a baleia.
— Às vezes elas são como crianças — disse Nancy. — Elas estão mexendo apenas para ver a reação.


Fonte: O Globo de 26 de maio de 2017.


Nota do Blog:
A opinião do blog contraria a da Bióloga da reportagem. É ainda mais provável que elas estivessem treinando formações de ataque do que meramente se divertindo, de acordo com estudos sobre Orcas e por toda experiência de acompanhamento de registros do comportamento das mesmas.




domingo, 21 de maio de 2017

Mergulho com Orcas e Jubartes

Neste domingo, nada de notícias. Apenas algumas belas imagens para relaxar. Quanta sorte desses mergulhadores noruegueses numa expedição em busca de Orcas e baleias Jubarte... Nem imagino a emoção que seriam mergulhos como estes: 






quinta-feira, 11 de maio de 2017

Roberto Bubas esclarece verdade e ficção em "O Farol das Orcas"

Para muitos que têm buscado o blog e me enviado mensagens para saber detalhes sobre o filme e a história real por trás dele, traduzi trechos de uma entrevista do Roberto Bubas e do ator Joaquín Furriel sobre "O Farol das Orcas". Espero que gostem:

* * * * *


"Meu objetivo era ser o mais realista, sem ser um documentário, porque o filme tem um valor cinematográfico", explica Furriel. "Eu vi nele (no Bubas) uma pessoa muito sincera e convicta. E pessoas não agem como todas. O Beto tem uma maneira particular de olhar, de seguir em frente”.

- Beto, você influenciou no filme?
- Bubas: Sim. Graças à generosidade e ao profissionalismo do Joaquín. Porque ele tinha a liberdade para caracterizar o personagem que quisesse. No entanto, ele explorou, analisou minha personalidade, estudando-a de maneira profunda para destacar as partes mais marcantes. E achei isso muito valioso.

- Quanto há de realidade e ficção em “O Farol da Orcas”'?
- Bubas: A história verdadeira é de um menino argentino surdo e mudo com comportamento autista. Seus pais, Ricardo e Graciela, escreveram-me quando ele demonstrou interesse ao me ver na revista “Viva” tocando gaita para as orcas. Ele havia deixado seu mundo fechado, pois foi a primeira vez que algo chamou sua atenção. Em seguida, a mãe, muito corajosa e determinada, veio me encontrar na Península Valdes. E isso me inspirou a escrever o livro. O filme é baseado nesta história real e é bem fiel, exceto pelo caso de amor com a mulher.
Bubas comentou ainda que naqueles dias com o Agustín não conseguiram encontrar Orcas porque era uma época de pouco avistamento e que ele se sentia culpado com isso. No entanto, o menino começou a mostrar melhoras por conta da relação com a natureza, com o cavalo e elefantes marinhos. No dia em que foi embora, apareceu uma Orca na praia com um recém-nascido. Ou seja, o Roberto explicou ao menino que elas não tinham vindo porque tinha nascido um bebê.

- Você sabe como está o Augustín hoje em dia?
- Bubas: Esta é a mensagem mais mágica da história. A partir dali, o comportamento autista do Augustín diminuiu completamente. Hoje ele está com 25 anos, tem uma namorada, utiliza a linguagem de sinais, joga futebol e é um artista plástico. Está totalmente inserido na sociedade.

- Você mantém contato com as Orcas?
- Bubas: Não posso dizer. Na verdade, o contato com elas não precisa ser físico. Porque quando alguém cria um vínculo tão forte e puro como o que criei ele não se desfaz jamais.



Fonte: Site Clarín de 10 de abril de 2017.




quarta-feira, 10 de maio de 2017

Orcas passaram a caçar tubarões brancos na África do Sul

Sempre se discutiu muito sobre quem seria realmente o grande predador dos oceanos. É comum as pessoas pensarem imediatamente no grande tubarão branco quando este é o assunto, mas mais uma vez é possível confirmar que quem está no topo desta cadeia na verdade são grandes golfinhos, as Orcas.
Em apenas uma semana três carcaças de tubarões brancos com ferimentos semelhantes foram encontradas. Dentre elas, a carcaça do maior deles já dissecado na África do Sul, uma fêmea, em idade reprodutiva, medindo 4,9 metros e pesando 1.110 kg. Os corpos estão quase todos preservados, exceto por grandes traumas na região peitoral. Necropsias revelaram que todos tiveram o fígado retirado e dois deles também o coração. Segundo avaliação dos pesquisadores quem está causando todas essas mortes são as Orcas e eles estão impressionados com a habilidade e a precisão (praticamente cirúrgica) de retirada dos citados órgãos. Não que isso seja novidade já que é comum observar Orcas caçando filhotes de baleias, comendo apenas sua língua e descartando o restante, mas é algo definitivamente novo de se observar na África do Sul.
Equipes que fazem passeios para observar e mergulhar com tubarões brancos (atividade muito comum na região e procurada por turistas do mundo todo) também disseram ter tido dificuldades de encontrar os animais nessas últimas semanas, o que é muito preocupante para as populações locais desses peixes gigantes.


Biólogos do Dyer Island Conservation Trust estão avaliando a situação e, apesar de ainda não saberem os motivos, está claro que as Orcas tiveram uma mudança de comportamento de caça, talvez até por diminuição de suas presas tradicionais.




terça-feira, 9 de maio de 2017

Record de poluentes é encontrado em corpo de Orca

A necropsia apontou que uma das últimas Orcas do Reino Unido morreu com níveis extremos de poluentes tóxicos. Lulu, como era conhecida, apareceu morta em janeiro de 2016 na costa escocesa, deixando para trás apenas oito membros de seu pod, e infelizmente ganhando o triste título de a baleia mais contaminada encontrada até hoje.
As análises publicadas na última quarta-feira mostraram que ela possuía níveis de Bifenilos policlorados, PCBs (comercialmente chamado no Brasil de Ascarel), 100 vezes maior que o limite seguro. Lulu tinha 950mg/kg da substância em sua gordura corporal. Os pesquisadores agora temem que as demais Orcas de seu pod também estejam contaminadas.
Os PCBs foram banidos em meados da década de 1970 mas ainda apresentam estragos ao meio ambiente. Simon Walmsley, da WWF, disse: “Os chocantes níveis de contaminação por PCBs encontrados na Lulu, são outro exemplo trágico do impacto que estamos tendo na natureza. Tais níveis de poluentes nos oceanos, rios e atmosfera não podem ser ignorados. (...) Temos que usar isso como lição aprendida e não liberar esses contaminantes no meio ambiente sem compreender claramente quais são impactos de curto e longo prazo. Os PCBs, por exemplo, permanecerão na natureza e continuarão poluindo por muitas décadas. Estamos a caminho de perder dois terços da vida selvagem até 2020 e o grande impulsionador disso é forma como tratamos o planeta. Os resultados dessa análise devem servir de alerta de que é imperativo que continuemos a lutar para encontrar uma maneira de 7 bilhões de pessoas viverem aqui sem encher o planeta de lixo.”
A necrópsia também revelou que a Orca Lulu nunca deu à luz e provavelmente não era fértil. Ela fazia parte da população de Orcas denominada Comunidade da Costa Oeste e deixou para trás Nicola, Moneypenny, Floppy Fin, John Coe, Comet, Aquarius, Puffin e Occasus.
A WWF declarou ainda que esses achados mostram que “há uma forte evidência de que o pod está condenado à extinção.

A linda imagem abaixo é de um dos membros deste pod fotografado na Escócia por Karen Munro. Preferi compartilhar este lindo momento e não as imagens da Lulu morta. Quem sabe assim conseguimos colocar nossas energias na esperança de que irão superar as adversidades e sobreviverem às terríveis dificuldades que impomos a elas?!