Essa mensagem foi escrita por Jean Michel Cousteau em seu blog e publicada no dia 7 de outubro de 2010 depois de três orcas terem morrido no Sea World de Orlando em menos de 4 meses)
Na década de 1950, as Orcas eram consideradas perigosas e mortais e, por serem tão temidas, eram usadas em práticas de alvo por pessoas nas encostas ou em barcos.
Nos anos de 1960, capturamos a primeira Orca e a aprisionamos num tanque devido ao nosso desejo egoísta de estar perto de uma delas. Por quase dez anos exploramos famílias inteiras de Orcas no noroeste do Pacífico para o entretenimento sem levar em consideração as valiosas sociedades que faziam parte.
Hoje, sabemos que essas baleias vivem em sociedades complexas, demonstram características únicas de uma espécie rica culturalmente, vivem mais de 50 anos e geralmente ficam com suas mães e avós por toda a vida.
Tendo o conhecimento que temos hoje sobre a complexa existência das Orcas, como podemos justificar o confinamento desses animais tão inteligentes em piscinas de concreto? Sempre fico muito triste quando leio notícias como: “Orca morre inadvertidamente no Sea World de Orlando”. Eu me pergunto: mais quantas Orcas terão que suportar o nosso comportamento egoísta de colocá-las em cenários artificiais antes que percebam que basta?
A morte mais recente ocorreu na última segunda-feira quando Kalina, uma fêmea de 25 anos de idade, morreu inesperadamente. Foi a terceira Orca a morrer em cativeiro nos últimos quatro meses.
Kalina (26 de setembro de 1985 a 4 de outubro de 2010) foi a primeira Orca a nascer em cativeiro e sobreviver por mais de alguns dias. A mãe de Kalina, é uma fêmea islandesa chamada Katina e seu pai, Winston (também conhecido como Ramu III), era um Residente do sul do Pacífico, o que fez de Kalina um filhote híbrido Atlântico/Pacífico – uma combinação que não teria ocorrido naturalmente na natureza. Com quatro anos, Kalina foi tirada de sua mãe e passou os próximos cinco anos sendo transferida de um parque do Sea World para outro, passando por todos eles (4 ao todo). Trouxeram-na de volta para sua mãe em Orlando em 1994, um ano depois de dar à luz seu primeiro filhote no Sea World do Texas. Podemos apenas imaginar o stress físico e psicológico que Kalina sofreu quando teve seus laços de família rompidos e durante todas essas transferências.
Eu sempre serei contra a permanência desses animais em cativeiro. Já não temos mais a necessidade de manter aprisionados animais selvagens, imensos, complexos, inteligentes e que possuem a liberdade de se deslocarem em seu habitat.
Vamos sair e apreciar nossos semelhantes no mar e curti-los da forma que são e não da forma que desejamos que sejam.
Vamos sair e apreciar nossos semelhantes no mar e curti-los da forma que são e não da forma que desejamos que sejam.
Olá Vanessa!
ResponderExcluirTambém não gosto de animais em cativeiros, nem de levar os meus filhos ao zoológico, é sombrio.
Boa semana!
Convido para que leia e comente meu texto “Armelau fica para o almoço” no http://jefhcardoso.blogspot.com Espero que curta. Valeu!
“Que a escrita me sirva como arma contra o silêncio em vida, pois terei a morte inteira para silenciar um dia” (Jefhcardoso)
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirConcordo, Renato!
ResponderExcluirE entendo bem o fato de ser apaixonado por elas, mesmo que "inexplicavelmente"... :)
Sou uma dessas! rsrs...