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Geralmente nesse período do ano, nas praias onde costuma haver maior concentração de baleias, é observada a movimentação de pessoas, embarcações e aeronaves se aproximando dos animais, muitas vezes bem abaixo dos limites permitidos, o que pode configurar molestamento.
Além do monitoramento, os servidores do ICMBio fazem trabalho de conscientização, por meio de abordagens e conversas com frequentadores e moradores da região e distribuição de folders e cartazes com o objetivo de informar as pessoas sobre o que é o molestamento intencional de cetáceos e como ele ocorre. A ideia é prevenir o ilícito ambiental.
“Nossa orientação é que os frequentadores das praias, ao notarem pessoas praticando atividades que aparentem estar molestando as baleias, registrem as situações fotografando ou filmando e entrem em contato com a equipe da APA, para que possamos agir rápido e impedir ou, se não der, apurar possíveis infrações ambientais”, diz o chefe da APA da Baleia Franca, Cecil Barros.
Segundo ele, a equipe da unidade atua, também, de forma preventiva, por meio da presença ostensiva nas praias nos dias de maior movimento, geralmente finais de semana e feriados. Além disso, divulga as normas que definem o molestamento. “Desta forma esperamos prevenir tais situações”, afirma Barros.
Orientações:
Um cartaz elaborado em parceria entre o ICMBio e a Secretaria Estadual de Turismo, com exemplos de situações a serem evitadas, indicando e informando sobre as áreas de refúgio dos cetáceos na APA, está sendo distribuído e afixado em diversos estabelecimentos e locais públicos nos municípios abrangidos pela unidade de conservação.
Conforme a Portaria Ibama 117/1996, para evitar o molestamento de cetáceos, deve ser evitada a aproximação de embarcações com motores engrenados a distâncias inferiores a cem metros dos animais; deve-se reengrenar os motores apenas quando as baleias ou golfinhos estiverem, no mínimo, a 50 metros de distância.
Além disso, não se deve interromper ou tentar dirigir o curso de grupos de cetáceos, nem dispersá-los, não jogar quaisquer substâncias a distâncias inferiores a 500 metros dos animais, nem produzir sons excessivos a menos de 300 metros de distância.
A altitude mínima para sobrevoo sobre baleias e golfinhos é de cem metros. Outra recomendação é não se aproximar a menos de 50 metros dos animais, por meio de natação com ou sem auxílio de qualquer tipo de equipamento.
O descumprimento dessas normas pode levar à aplicação de sanções administrativas pelo ICMBio, de multa no valor de R$ 5 mil, apreensão de equipamentos, embarcações ou aeronaves, além da comunicação de crime ao Ministério Público, que pode resultar em pena de 2 a 5 anos de reclusão conforme a legislação vigente.
Serviço:
Infrações ambientais nos dias úteis podem ser comunicadas ao ICMBio por meio do telefone (48) 3255 6710 e também pelo e-mail apadabaleiafranca@icmbio.gov.br. Nos feriados e finais de semana, denúncias de molestamentos de cetáceos podem ser feitas pelo celular (48) 9170-5077.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280
Fonte: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.
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