sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Santuários de Orcas: Seria uma boa solução?

Quem acompanha o blog sabe que sua posição é claramente anti-cativeiros. Sabe também que aqui já foram citadas diversas vezes a ideia de um santuário de baleias como opção para por um fim aos modelos antigos (e infelizmente ainda atuais) de manutenção de cetáceos em tanques de concreto. E coincidentemente há algumas semanas, ao pesquisar mais detalhes sobre os projetos para este tipo de santuário (que na verdade, seriam cercados nos oceanos, onde as Orcas ainda seriam mantidas (algumas por um período de reabilitação e outras para sempre) presas e tratadas por humanos, mas em seu ambiente natural), encontrei dois posicionamentos completamente divergentes. Um a favor e outro contra. Como considero que ambos apresentam argumentos válidos, ao invés de dar a minha interpretação, resolvi compartilhar ambos na íntegra com vocês. Dessa forma, cada um pode se posicionar como desejar.
Amanhã publicarei uma reportagem que traduzi da revista Hakai com a líder do The Whale Sanctuary Project (Projeto Santuário de Baleia), a Neurocientista e Especialista em comportamento e inteligência animal, Lori Marino. Ela não só defende a criação desses santuários, como lidera uma equipe que está desenvolvendo o projeto para construção dos mesmos.

Em seguida, publicarei uma matéria escrita por Mark Simmons, ex-treinador do SeaWorld, que fez parte do projeto de soltura da Orca Keiko (estrela do filme Free Willy) e que hoje, defende que esses santuários não são uma boa solução para Orcas de cativeiro.

Com isso, espero fornecer aos meus leitores, não as minhas impressões ou meu ponto de vista sobre o tema, mas apresentar argumentos de pessoas com experiência e conhecimento técnico, dessa forma, permitir que cada um reflita e tire suas próprias conclusões.

Espero que seja útil e aguardo feedbacks e comentários com as opiniões de cada um!



Abaixo, segue informações sobre cada um deles:

LORI MARINO
Lori Marino é Neurocientista e Especialista em comportamento e inteligência animal, anteriormente da faculdade da Universidade Emory. Ela também é fundadora e Diretora Executiva do Kimmela Center for Animal Advocacy, que se dedica exclusivamente a superar a lacuna entre a pesquisa acadêmica e bolsas de estudos e os esforços de defesa dos animais. É internacionalmente conhecida por seu trabalho sobre a evolução do cérebro e a inteligência de baleias e golfinhos em comparação aos primatas. Em 2001, foi co-autora de um estudo inovador que fornece a primeira prova conclusiva do auto-reconhecimento de golfinhos da espécie nariz-de-garrafa da própria imagem (em espelhos). Em seguida, decidiu não prosseguir com novas pesquisas com animais de cativeiro.
A Lori já publicou mais de 100 trabalhos empíricos e de revisão sobre a evolução e o comportamento do cérebro dos golfinhos e primatas, sobre relacionamentos de animais não-humanos, incluindo questões psicológicas e filosóficas sobre a exploração animal e, mais especificamente, críticas à terapia com golfinhos e outras questões que envolvem animais em cativeiro.

MARK SIMMONS
Mark Simmons é Vice Presidente Executivo do Embassy Ocean, baseado na Flórida, e autor do livro “Killing Keiko: The True Story of Free Willy’s Return to the Wild” (sem nome em Português, mas que pode ser traduzido como "O assassinato de Keiko: A verdadeira história do retorno de Free Willy à natureza"). Ele trabalhou no SeaWorld de Orlando e foi Diretor de Criação no projeto de Soltura do Keiko.  É membro do conselho do Marine Mammal Conservancy e Embassy Blue Institute.

Ambos são entrevistados e têm seus argumentos mostrados no documentário "Blackfish", portanto, figuras respeitadas no meio.



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