Elas finalmente voltaram! Pela primeira vez em mais de dois meses, as Orcas Residentes do Sul retornaram às águas do chamado Salish Sea, regiões costeiras que incluem a porção sudoeste da província canadense da Colúmbia Britânica e a parte noroeste do estado de Washington dos Estados Unidos. E por que isso é tão relevante? Porque o normal é que elas passem um longo período todos os anos, que compreende de março a setembro, na região por conta da abundância do salmão (chinook, seu principal alimento) nesta época do ano. E isso estranhamente não ocorreu este ano. Essa famosa população de Orcas, citada frequentemente por aqui, foi nomeada Residente pelo Dr. Mike Bigg, pioneiro no estudo sobre Orcas na década de 1970, justamente por sua frequente ocorrência nesse habitat. Por isso, o fato chamou a atenção dos pesquisadores.
Durante esta ausência, por várias vezes pensaram que elas estavam de volta, mas acabavam sempre concluindo que se tratava de Orcas Transeuntes. Somente a semana passada, dia 04, Mark Malleston (da equipe do Center for Whale Research) confirmou que baleias avistadas a oeste do Farol de Sheringham eram realmente as Residentes!
A primeira delas a ser identificada foi a J19, que parece ter se tornado a líder do pod depois da morte da J2, a famosa Granny (já divulgado por aqui) no final de 2015. Aos poucos foram aparecendo os demais pods, o K, e em seguida o L, que estava um pouco mais para trás. Quando passaram em frente ao Center for Whale Research, que fica em Sam Juan Island, seus fotógrafos já haviam feito 3500 registros e conseguido identificar e documentar as 24 Orcas do pod J, as 18 do pod K e 22 do pod L. Faltaram apenas 13 Orcas do pod L, mas isso não gerou preocupação por pertencerem ao que podemos chamar “outra parte da família” liderada por outra matriarca.
Orca Residente L113 exibindo plena forma no último dia 4. Imagem da Melisa Pinnow do Center for Whale Research |
Todas as Orcas observadas naquele dia aparentaram boas condições de saúde, apenas relataram que as mais jovens poderiam ter crescido mais neste período, provavelmente por má nutrição por conta da notável escassez de salmão desses últimos anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário