O Japão deu início, nesta quarta-feira, a uma campanha de caça a baleias no Pacífico que certamente vai atiçar a ira de defensores dos direitos dos animais e outros ativistas que pedem o fim dessas caças. Três navios estão deixando o porto para uma missão que vai durar três meses com o objetivo de capturar 43 baleias minke e 134 baleias sei, de acordo com o governo.
A nova missão acontece depois que o país começou, no domingo, uma caça baleeira anual nas margens ao Norte do Pacífico, que pretendem capturar 47 baleias minke até o fim de julho. O Japão é signatário da moratória da Comissão Baleeira Internacional sobre a caça às baleias, mas a nação se aproveita de uma lacuna na proibição, que permite a pesquisa científica letal.
O governo japonês vem tentando provar que a população de baleias é grande o bastante para sustentar um retorno à caça comercial. A pressão externa sobre o país para que dê fim à caça tem se tornado um problema espinhoso para a diplomacia do Japão.
Além disso, a demanda dos consumidores japoneses por carne de baleia diminuiu significativamente ao longo dos anos. Isso levanta um questionamento interno sobre o sentido econômico das missões baleeiras.
Em 2014, o Tribunal Internacional de Justiça das Nações Unidas ordenou que Tóquio encerrasse sua caçada nas águas antárticas, afirmando que o projeto não atendia aos padrões científicos convencionais. O Japão cancelou sua caçada 2014-15, mas retomou o projeto no ano seguinte sob um novo programa, afirmando que seu novo plano é genuinamente científico.
A caça da Antártida tem enfrentado conflitos no alto mar entre baleeiros japoneses e ativistas de animais.
Fonte: O Globo de 14 de junho de 2017.
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