Junho foi um mês muito especial na luta contra cativeiros de Orcas. Além de considerado o mês de conscientização das Orcas Residentes do Sul, para os moradores do Noroeste do Oceano Pacífico, e do lançamento do documentário Inside the Tanks (já divulgado por aqui), estudantes de cinema da Universidade de Greenwich, de Londres, no Reino Unido, lançaram um documentário curto muito especial. Desta vez, o foco é a história da Orca Lolita, cuja triste trajetória, longo período de cativeiro e seu minúsculo tanque no Miami Seaquarium impressionam até os mais insensíveis.
Mencionada diversas vezes aqui no blog, Lolita tem uma história de solidão que merece ser contada e é isso que faz “The Whale Bowl” (que podemos traduzir como “A Tigela da Baleia”, uma alusão ao tanque de dimensões extremamente pequenas em que ela vive).
Mencionada diversas vezes aqui no blog, Lolita tem uma história de solidão que merece ser contada e é isso que faz “The Whale Bowl” (que podemos traduzir como “A Tigela da Baleia”, uma alusão ao tanque de dimensões extremamente pequenas em que ela vive).
Dirigido por Emily George, narrado pela atriz e autora Heidi Mumford-Yeo e com a trilha sonora composta por Stafano Fasce, aluno da National Film and Television School, de Londres; o documentário relata o histórico da Lolita, a de seu parceiro de tanque, Hugo, sua situação atual e os esforços contínuos para transferi-la para um ambiente mais natural, nas mesmas águas de que foi retirada.
Em entrevista para o Marine Connection (organização britânica de proteção, conservação e bem estar dos cetáceos), a Diretora falou mais sobre o filme:
- Qual foi a principal motivação para abordar a questão dos cetáceos em cativeiro em seu documentário?
Emily: Em setembro do ano passado, pediram que déssemos ideias para nosso projeto de conclusão de curso, e imediatamente expressei meu desejo de criar um filme sobre a Lolita.
A questão sobre o cativeiro de cetáceos sempre foi muito impactante para mim e acompanhei a história da Lolita por muitos anos. Eu queria aproveitar essa oportunidade para elaborar um filme que fosse mais do que entretenimento, eu queria criar algo que fizesse uma diferença de fato. O “efeito Blackfish” foi uma grande parte da minha pesquisa para este projeto, juntamente com meus estudos sobre a força que filmes e a publicidade viral podem ter, além de como a edição pode causar um impacto emocional. Combinando esta pesquisa e a minha paixão pelos cetáceos, espero que tenhamos criado um filme que sensibilize o público, de forma criativa e educativa.
A questão sobre o cativeiro de cetáceos sempre foi muito impactante para mim e acompanhei a história da Lolita por muitos anos. Eu queria aproveitar essa oportunidade para elaborar um filme que fosse mais do que entretenimento, eu queria criar algo que fizesse uma diferença de fato. O “efeito Blackfish” foi uma grande parte da minha pesquisa para este projeto, juntamente com meus estudos sobre a força que filmes e a publicidade viral podem ter, além de como a edição pode causar um impacto emocional. Combinando esta pesquisa e a minha paixão pelos cetáceos, espero que tenhamos criado um filme que sensibilize o público, de forma criativa e educativa.
- O que há de especial na história da Lolita que te fez querer contá-la?
Emily: Conversei com muitas pessoas sobre a Lolita, e a grande maioria não tinha ideia da sua história ou suas condições de vida atuais, ao mesmo tempo ficava chocada ao saber. Estar sozinha há 47 anos num tanque de concreto com a profundidade de seu comprimento, é incompreensível. Eu realmente acredito que se mais pessoas soubessem a verdade, não visitariam o parque. Ao produzir o documentário, tive a honra de conhecer diversas pessoas inspiradoras que estão lutando por ela, e são as vozes dessas pessoas que estão chamando a atenção para que ela possa ser salva. O que me vem sempre à cabeça é: “Se não podemos tirar a Lolita de lá, que esperança temos para os outros animais?". É por isso que queria que o documentário se concentrasse na história dela.
- Em sua opinião, qual a melhor forma de abordar a questão, não só da Lolita, mas dos cetáceos em cativeiro, com a juventude de hoje?
Emily: Eu acredito que há uma mudança de geração ocorrendo nas atitudes com relação a isso. Tenho 21 anos e cresci com acesso a um mundo de informações através da Internet, que não existia anteriormente. Há pessoas da minha família que conheceram o Winston, uma orca mantida no Windsor Safari Park (onde atualmente é o Legoland) na década de 1970, e não faziam a menor ideia da realidade. E hoje dizem: “se eu já soubesse, não teria ido”. Eu acredito que seja o poder crescente das mídias sociais que esteja dirigindo essa mudança de opiniões, especialmente com pessoas mais jovens. Não temos mais acesso a apenas um lado da história, podemos constantemente buscar e compartilhar informações para formar nossas próprias opiniões. Essas informações estão se espalhando rapidamente e só consigo ver essa força crescer.
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Com visual criativo e inovador, narrativa emocionada e belas imagens, o documentário merece ser prestigiado e pode ser assistido aqui:
Vamos apoiar mais esta tentativa de salvar a pobre Lolita. Assista ao filme, comente-o nas redes sociais, divulgue-o, curta a página oficial no Facebook:
https://www.facebook.com/TheWhaleBowl/
https://www.facebook.com/TheWhaleBowl/
P.S. 1: Os diversos desenhos exibidos durante o filme foram todos desenhados por crianças de escolas locais no Reino Unido e dão um toque especial à imagens. Não deixe de reparar neles.
P.S. 2: Há mais sobre a história de Lolita e do Hugo aqui no blog. Faça uma busca ao lado para encontrar os links. Em especial, a publicação que mostra o emocionante vídeo da Lolita reconhecendo uma gravação com os sons emitidos por membros de seu pod: http://v-pod-orcas.blogspot.com.br/2012/08/triste-comemoracao-captura-de-lolita.html. É de arrepiar!
P.S. 2: Há mais sobre a história de Lolita e do Hugo aqui no blog. Faça uma busca ao lado para encontrar os links. Em especial, a publicação que mostra o emocionante vídeo da Lolita reconhecendo uma gravação com os sons emitidos por membros de seu pod: http://v-pod-orcas.blogspot.com.br/2012/08/triste-comemoracao-captura-de-lolita.html. É de arrepiar!
Será que esse documentário não vai ser traduzido para o português? Ou quem sabe criar legendas para o vídeo? Adoraria pode prestigiar mas em inglês não dá.
ResponderExcluirExcelente entrevista. Venho acompanhando seu blog há um tempo e devo lhe parabenizar pelo trabalho maravilhoso!
ResponderExcluirAssisti esse curta metragem recentemente e me emocionei muito.