domingo, 29 de dezembro de 2013

Notícias rápidas

*** A Orca Takara, de 22 anos, deu à luz mais um filhote no SeaWorld de San Antonio, no Texas (EUA), no dia 06 de dezembro. Divulgaram que o bebê nasceu em bom estado de saúde.
É este filhote que dizem que foi concebido através de inseminação artificial com material genético da Orca Kshamenk, que vive na Argentina. Já mencionei diversas vezes por aqui que o parque anda desesperado atrás de material genético de outros animais já que a maioria absoluta das Orcas de sua "coleção" são resultado de cruzamentos consanguíneos. Porém, um filhote da Takara com o Kshamenk seria mais um resultado de cruzamento entre Orcas de diferentes espécies. Se elas vivessem na natureza jamais teriam se encontrado, menos ainda procriado.


*** Diversos artistas cancelaram a participação num show no SeaWorld ou exigiram que suas canções não fossem utilizadas em apresentações do parque, após assistirem à "Blackfish". Todos sabemos que os cetáceos são extremamente sensíveis aos sons e a utilização de músicas e pirotecnia, sem contar os aplausos e gritos da plateia durante as inúmeras apresentações diárias nos parques devem ser extremamente agressivos a eles.
A notícia até foi divulgada pelo site da Globo.


*** Apesar de não terem obtido sucesso, ativistas tentaram impedir o desfile de um carro alegórico do SeaWorld numa passeata da famosa loja de departamento americana Macys (nos EUA), no último Dia de Ação de Graças. A alegoria irritou especialmente os ativistas porque retratava Orcas na natureza e não nos tanques de concreto que realmente vivem. O parque declarou que o movimento "não tinha base" e se recusou a alterar qualquer planejamento.





sábado, 28 de dezembro de 2013

Ausência e nascimento

Queridos amigos, queridos leitores;

Por um motivo mais que especial deixei de publicar notícias nesses dois últimos meses aqui no blog. No último dia 06 de novembro, eu me tornei mamãe de uma linda menina. Com isso, minha rotina mudou completamente e infelizmente não tive tempo de me dedicar ao blog da forma que ele merece. Gostaria de dizer que logo estarei com uma rotina mais estabelecida e não deixarei de escrever, estejam certos disto.
Amanhã mesmo tentarei postar, mesmo que em notícias curtas, alguns fatos importantes que ocorreram nessas semanas em que estive ausente.

* * * * *

Esta tem sido uma fase de grande aprendizado e muito amor na minha vida. É um prazer saber que um pedacinho de mim, minha pequena Lavinia, está crescendo e se desenvolvendo e que aos poucos poderei compartilhar com ela o meu conhecimento e todas as coisas que gosto e valorizo na vida. Certamente será uma criança que crescerá aprendendo a respeitar a natureza e os animais. Espero que no futuro ela possa entender que devemos proteger o habitat para que os animais se desenvolvam com liberdade, da forma que devem ser e não da forma que gostaríamos que fossem. Espero que ela possa entender que a liberdade é um bem sagrado e que podemos aprender e amar os animais sem que tenhamos que enclausurá-los para podermos apreciá-los de acordo com nossa conveniência. Espero que ela tenha inúmeras oportunidades de ver os animais que ela preferir, livres e protegidos na natureza, pois somente assim poderá amá-los e respeita-los de verdade, sem egoísmo, sem dominação, nem posse. Estejam certos que ela crescerá vendo Orcas nos oceanos e não em tanques de concreto!

E como eu sempre brinquei durante minha gravidez,
meu bebê não seria entregue pela cegonha,
mas da seguinte forma...






quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Mais Orcas são capturadas na Rússia

Neste Dia das Bruxas, uma notícia triste:
Foi confirmada esta semana a captura de mais quatro Orcas na Rússia. Quem divulgou esta informação foi Erich Hoyt, pesquisador conhecido mundialmente por seu trabalho com Orcas na região.


Outras três Orcas já tinham sido capturadas em agosto, próximo à Ilha de Sakhalin, ao sul do Mar de Okhotsk, pela mesma empresa russa que capturou Narnia no ano passado. No total, há no momento oito Orcas nadando em círculos num cercado no extremo leste da Rússia. Este local é chamado de “Centro de Adaptação de Mamíferos Marinhos” e não mantém só Orcas em cercados, como pode ser facilmente observado na foto (mais imagens podem ser vistas aqui: http://foto-trip.livejournal.com/3906547.html).


As três Orcas que tinham sido capturadas em agosto (a cerca de 50 km de distância do local onde Narnia foi abduzida no ano passado) eram um macho e uma fêmea adultos e uma fêmea jovem (pesando 2,8 toneladas, 1,300 toneladas e 600 kg, respectivamente). Elas foram transportadas em caminhões por mais de 1.000 km até o Centro que fica na  região de Vladivostok (perto de Nakhodka) e colocadas no mesmo cercado que Narnia. Informaram que elas estavam em péssimo estado ao chegarem lá e se recusaram a se alimentar. O “treinadores” que já trabalham no local, disseram que pouco puderam fazer por elas, mas que Narnia chegou a trazer peixes para elas. Este comportamento, de uma Orca auxiliar outras na alimentação já foi observada outras vezes.
Há indícios de que duas dessas três Orcas já tenham sido transferidas para aquários na China.
Sobre as demais, aguardaremos para saber o destino que terão. Nem preciso dizer que logo saberemos se o poderoso SeaWorld já está interessado em uma delas. Que não seja exatamente por elas, mas por sêmen e óvulos... essas informações, cedo ou tarde, vêm a tona.



P.S. 1: Logo que comecei o blog, quase 3 anos atrás, eu já havia divulgado que a Rússia havia permitido a captura de um número determinado de Orcas em sua região. Leia: http://v-pod-orcas.blogspot.com.br/2011/03/previsao-de-novas-capturas.html.

P.S. 2: Para saber mais sobre Narnia, leia a postagem de outubro do ano passado “Vamos ajudar a libertar a Orca Narnia” – link: http://v-pod-orcas.blogspot.com.br/2012/10/vamos-ajudar-libertar-orca-narnia.html.

P.S. 3: Eu tenho grande admiração pelo pesquisador Erich Hoyt. Ele é o autor do primeiro livro que li sobre Orcas chamado “Orca: The Whale Called Killer” (tradução livre – “Orca: A Baleia chamada de Assassina”) quinze anos atrás. Excelente fonte de informações para pesquisa e conhecimento sobre Orcas. Uma pena não ter uma versão em Português.

P.S. 4: Os autores das fotos estão identificados nas próprias.



terça-feira, 22 de outubro de 2013

Ministério Público investiga matança de botos

Notícia mais que triste que acabou de ser exibida no Jornal Hoje, na Globo. Infelizmente, faz tempo que isso ocorre, mas só agora virou notícia. Pena que tenha ocupado menos de 3 minutos do noticiário.
De qualquer forma, informe-se! Divulgue o assunto!
Especialmente para nossos vizinhos colombianos e os próprios brasileiros que estejam consumindo este peixe apelidado de "douradinha". Já que neste planeta só se preserva o que não tem valor comercial, se as pessoas não consumirem este tipo de peixe, a matança absurda de botos para isca talvez deixe de existir.
Afinal, antes de nos preocuparmos em salvar os golfinhos de Taiji no Japão, temos que alertar a todos sobre o grave perigo de extinção que os botos se encontram bem aqui no Brasil. Eles são os primos de água doce dos golfinhos e só existem aqui... Temos que cuidar deles!

* * * * *


O Ministério Público Federal no Amazonas investiga a matança de botos. Eles estariam sendo mortos para servir de isca na pesca de um peixe carniceiro vendido na região com o nome de ‘douradinha’. O monitoramento de botos na Reserva de Mamirauá, a 500 quilômetros de Manaus, mostra que próximo desta área de preservação, o número de animais diminuiu 10% ao ano.


“Hoje, o boto está sendo morto para ser utilizado como isca. Em algumas áreas da Amazônia, em alguns rios, ele já desapareceu”, alerta a chefe do Laboratório de Mamíferos Aquáticos do INPA Vera Silva.
A matança de botos se intensificou nos últimos dez anos por causa do peixe piracatinga, também conhecido como urubu-d’água, porque come carniça. Pescadores da região matam botos e jacarés para usar como isca em armadilhas. Colocam a carne em caixas para atrair os cardumes.
Em junho desse ano, a Polícia Civil do município de Tapauá, no Amazonas, encontrou de uma só vez mais de 20 botos esquartejados. Os donos do barco fugiram e ninguém foi preso. Flagrantes como este são raros e por isso é difícil impedir a matança e punir os culpados.
A população da Amazônia não costuma comer piracatinga. Esse peixe só passou a ter valor comercial por causa da demanda nos países vizinhos, principalmente a Colômbia, que é o maior comprador.
Entretanto, de acordo com biólogos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, o peixe carniceiro estaria também sendo vendido no Brasil, com o nome fantasia de “douradinha”. O Ministério Público Federal instaurou um inquérito civil para apurar a situação.


O procurador da República Rafael Rocha considera o caso gravíssimo. “Considero gravíssimo. Porque além das pesquisas em relação à taxa de mortalidade, tem as notícias recorrentes de que são encontradas carcaças de botos.”
O boto é o único golfinho que vive em água doce e, como seus primos do mar, usa um sistema de ecolocalização, um sonar. É assim que ele consegue caçar nas águas escuras da Amazônia. Um boto vive cerca de 40 anos, mas tem uma taxa reprodutiva baixa. A fêmea engravida poucas vezes, tem apenas um filhote em cada gestação e cuida dele por quase quatro anos. Esse é um dos motivos para a espécie ser tão vulnerável a qualquer ameaça.
"São completamente dóceis e apenas curiosos. Biologicamente, é uma espécie que carrega no seu componente genético 30 milhões de anos de evolução, que só existe nos rios da Amazônia", fala Sannie Brum, bióloga do Instituto Piagaçu.


Fonte: G1 de 22 de outubro de 2013.



quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Keane coloca desenho de uma "orquinha" em clipe

Adorável surpresa de me deparar com o desenho de uma pequena Orca (mesmo que por poucos segundos) no clipe da nova música da banda britânica Keane. Famosos por sucessos como "Somewhere only we know", "Everybody is changing", "Perfect symmetry", entre dezenas de outras, o grupo lançou uma música em homenagem aos 10 anos de carreira. Uma coletânea que incluirá esta nova música chamada "Higher than the sun" será lançada no próximo dia 11 de novembro.
Pode ser que pelo nome da banda você pense que não a conhece, mas acredite, as músicas você não só conhece, como gosta, com certeza. Pessoalmente, acredito ser a melhor banda de rock dos últimos tempos. Canções lindas, excelente ritmo e letras extremamente inteligentes e sensíveis, que nos fazem refletir. Linda música, lindo clipe! Espero que gostem!



quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Taiji construirá parque marinho

Apenas para comprovar mais uma vez a relação entre a matança anual de golfinhos e baleias no Japão e a indústria de cativeiros, leiam esta notícia publicada pelo G1 no último dia 07:


"Cidade japonesa famosa por morte de golfinhos quer ter parque marinho"

A cidade japonesa de Taiji, tristemente conhecida no mundo pelo massacre de golfinhos, planeja abrir, em até cinco anos, um parque marinho onde as pessoas possam nadar com golfinhos e pequenas baleias.
Esse pequeno porto na região central do Japão se tornou famoso pelo documentário "The Cove" ("A enseada", em tradução literal, mas lançado no Brasil como "The Cove – A baía da vergonha"), premiado com um Oscar em 2010.
O filme denuncia a captura anual, em Taiji, de dezenas de golfinhos e botos, levados para parques de atrações, além do massacre de cerca de 23 mil por ano no país para consumo de carne.
Os animais são levados para uma enseada (cove), onde são abatidos com facas e lanças de pescadores em pequenos barcos. O documentário chama a prática de "desnecessária e cruel" e trata, ainda, dos riscos de contaminação da carne por mercúrio.
As autoridades municipais da pequena cidade portuária, porém, desejam transformar uma parte da baía em reserva natural, na qual os turistas e outros curiosos possam nadar ou usar caiaques na companhia dos golfinhos, confirmou à AFP Masaki Wada, funcionário da administração da cidade.
O porto já tem uma reserva com cetáceos para aumentar o turismo, mas as autoridades querem desenvolvê-la em larga escala, disse o funcionário, que detalhou que o parque pode ter uma área de 280 mil m².
"Queremos fazer de toda a localidade um parque, onde (as pessoas) poderão observar esses mamíferos marinhos e também degustar produtos marinhos, entre eles golfinho e baleia", afirmou Wada.
O funcionário destacou, porém, que essa iniciativa de reserva natural não significa o fim da pesca em Taiji.



domingo, 13 de outubro de 2013

Baleia-franca tem salto registrado de helicóptero

Durante um voo de monitoramento realizado no Litoral de Santa Catarina pesquisadores registram o salto de uma baleia-franca, em sequência. Segundo o biólogo Paulo Flores, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), esta foi a primeira vez que ele fotografou o salto de uma baleia de um helicóptero. "Já fotografei sequência de fotos semelhantes a esta, tiradas do alto, mas esta, foi com certeza a melhor delas", explica.

Fotos: Paulo Flores/CMA/ICMBio

Durante o sobrevoo, foram avistadas 123 baleias-francas, sendo 55 filhotes. Ao todo, foram percorridos 280 quilômetros de costa do litoral brasileiro, entre as praias de Moçambique, em Florianópolis, Santa Catarina, e Torres, Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Os animais foram vistos, no entanto, no Cabo de Santa Marta, (Laguna), Ibiraquera e Ribanceira (Imbituba), Guarda do Embaú e Gamboa (Paulo Lopes), enseadas localizadas na Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca. Um grande número de baleias também foi registrado nas praias do Moçambique, Morro das Pedras e Armação, em Florianópolis.



Fonte: G1 de 10 de outubro de 2013




quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Cumprindo a expectativa inicial: "Blackfish" e o Festival do Rio

Sei que está confuso saber se o documentário "Blackfish" será mesmo exibido no Festival de cinema do Rio de Janeiro, porque cada hora divulgam uma informação diferente... Porém, confirmando minha expectativa e informação inicial (que chegou a mim através de uma amiga em comum com a própria Diretora do filme - portanto dificilmente estaria equivocada), "Blackfish" está na programação!

Confira mais detalhes do intitulado aqui no Brasil "Blackfish - Fúria Animal", no site do próprio Festival:

Vamos prestigiar!



sexta-feira, 13 de setembro de 2013

"Blackfish" em DVD

Para quem estava aguardando informações sobre a entrega do DVD do documentário "Blackfish":
Desconfiando da possibilidade de "Blackfish" não ser exibido no Brasil, efetuei a compra do DVD pela Amazon do Reino Unido antes mesmo do lançamento (no início de agosto). Quase uma semana antes do dia oficial de lançamento já me enviaram um e-mail informando que havia sido despachado.
Nesta quarta-feira, dia 11 de setembro, chegou e finalmente pude assisti-lo.
Foi um grande prazer poder fazer esta sessão de cinema especial em casa e poder prestigiar todo o trabalho realizado pela diretora Gabriela Cowperthwaite e pelo jornalista Tim Zimmermann.
Fico feliz que este documentário tenha ganhado força e um espaço na mídia (já que tantos outros excelentes documentários com tema semelhante já tentaram e não conseguiram), pois somente desta forma, as pessoas terão acesso a ele e suas importantes revelações. Para muitos de vocês que já conhecem a verdade por trás dos cativeiros e a triste e penosa história da Orca Tilikum, talvez ele não seja tão revelador, porém, deve ser assistidos por todos, principalmente aqueles alheios à realidade. Certamente ele traz reflexão e informações muito importantes, mesmo que, de maneira nenhuma seja um documentário agressivo. Ele é até bem delicado e cuidadoso em suas abordagens.

Bom, meu objetivo com esta postagem, mais do que dar a minha opinião a respeito de "Blackfish", é contar para vocês que o DVD chegou sem problemas e agora, além de estar a venda pela Amazon do Reino (http://www.amazon.co.uk/Blackfish-DVD-Kim-Ashdown/dp/B00BARKZ1G/ref=sr_1_1?ie=UTF8&qid=1379082149&sr=8-1&keywords=blackfish) Unido, está pela Amazon americana (http://www.amazon.com/Blackfish/dp/B00EL6AAEU/ref=sr_1_1?ie=UTF8&qid=1379081218&sr=8-1&keywords=blackfish), porém com lançamento apenas para 12 de novembro.
A do Reino Unido já está na pré-venda do Blu-ray, com lançamento para novembro também. Ou seja, são alternativas já que dificilmente poderemos conferí-lo nas telas dos cinemas brasileiros.

Para aqueles que já assistiram, adoraria que compartilhassem sua experiência e impressões aqui nos comentários. E mais ainda: Divulguem a seus amigos para que todos possam, de alguma forma, ter acesso a ele!



quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Golfinhos são capturados em Taiji

Para quem ainda tem alguma dúvida sobre o que está por trás da indústria dos cativeiros:
Seguem fotos divulgadas pelo Sea Shepherd nos dias 2 e 4 de setembro, que mostram golfinhos-nariz-de-garrafa sendo capturados do oceano para serem levados para uma vida de privações, solidão e sacrifício em cativeiros de todo o mundo...





Os animais não "selecionados" e removidos são mortos para a venda da carne!
Lembre-se disso quando quiser realizar o seu sonho de nadar com os golfinhos ou assistir a shows de animais em parques marinhos. Pense bem se o seu desejo é mesmo demonstrar o amor que sente por eles ou se é de simplesmente tirar fotos dando "beijinhos" em golfinhos para publicá-las no Facebook.


P.S.: Acompanhe o Sea Shepherd através da página no FB e confira o que ocorre diariamente em Taiji, no Japão.




quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Festival de Cinema não confirma a exibição de "Blackfish"

Aos leitores que acompanham as postagens e estavam ansiosos para saber se o documentário "Blackfish" seria realmente exibido no Brasil:
A programação do Festival de Cinema do Rio de Janeiro infelizmente não confirmou sua exibição.
Ainda não recebi informações que detalham o por quê. A última informação que havia recebido era que os organizadores estariam inclusive negociando a vinda da Diretora Gabriela Cowperthwaite para o Festival. Por algum motivo, isso não ocorreu.

A programação pode ser conferida neste link:

Caso eu tenha alguma novidade, publico aqui no blog.




terça-feira, 3 de setembro de 2013

O verdadeiro "SeaWorld"

Se você pudesse escolher entre vivenciar este show ou um num parque marinho, qual você escolheria?


Pois saiba que você pode escolher!
Seu maior sonho é ver baleias e golfinhos?
Então vá até onde eles estão...
Um dia, você pode estar entre esses "sortudos" e conhecer o verdadeiro "SeaWorld" (mundo marinho)...


Esta experiência sim é uma grande emoção, uma verdadeira lição de humildade e respeito à natureza e à esta criatura tão magnífica e especial!



domingo, 1 de setembro de 2013

Por que você é responsável pela matança de golfinhos no Japão

Hoje, dia 1º de setembro, é iniciado massacre assombroso e sangrento de milhares de golfinhos e pequenas baleias na Baía de Taiji, no Japão...


E antes que você sinta raiva ou qualquer outra coisa com relação aos japoneses, saiba que VOCÊ é responsável por isso ao comprar ingressos para assistir a shows de baleias e golfinhos ou ao pagar para nadar com eles em diversos países do mundo.

Não entendeu o por quê?
Então leia com atenção e divulgue esta informação a seus amigos:
O que teoricamente justifica este massacre é o consumo da carne desses animais, porém, esta é uma operação de caça milionária, que não se justificaria só pela venda da carne (já que ela é muito barata e pouquíssimo consumida). O grande financiador disso são os parques marinhos e cativeiros que promovem os programas "nade com os golfinhos" em todo o mundo. Mas como?
Antes do início da matança, golfinhos e pequenas baleias são direcionados a uma baía onde são mantidos até que os treinadores e responsáveis desses parques e cativeiros possam escolher os mais jovens e mais "belos" para serem transferidos a esses locais e viverem confinados para satisfazerem a realização de sonhos dos humanos (que nunca se informam sobre de onde vieram, certo?). Para cada um desses animais é que os pescadores japoneses realmente ganham milhões de dólares todos os anos... Mas e os demais?
Estes sim são mortos de forma extremamente cruel, formando aquela famosa e terrível imagem de um mar de sangue lamentável e frio.
Com todo este rendimento, a operação se repete por meses todos os anos.

Ontem mesmo, o primeiro grupo de baleias e golfinhos já foi direcionado à baía e estava no aguardo para serem "escolhidos" e retirados do oceano (lar que jamais verão novamente). Agora de manhã, enquanto escrevo esta postagem, aqueles que não foram transferidos para uma vida de privações, solidão e confinamento, certamente já estão mortos!

É isso que você quer que ocorra com esses animais tão especiais que teoricamente tanto ama?




P.S.: Vários ativistas estão no local tentando evitar que tudo isso ocorra! Ric O'Barry e um grande grupo também estão lá, inclusive transmitindo imagens ao vivo das manifestações a favor dos animais. Vamos torcer para que tenham sucesso...




sábado, 31 de agosto de 2013

Resposta 8 do SeaWorld ao documentário "Blackfish"

Série especial de postagens sobre a resposta que o
parque SeaWorld deu a supostas afirmações
realizadas pelo documentário "Blackfish"



Afirmação 8 do SeaWorld:
Sobre a afirmação de que o Tilikum atacou e matou a treinadora Dawn Brancheau porque ele foi levado à insanidade após anos de cativeiro: Tilikum não atacou a Dawn. Todas as provas indicam que ele ficou intrigado com o rabo de cavalo da Dawn em seu ambiente, algo que era novo para ele, e por resultado, ele o agarrou puxando-a para água.

Resposta do documentário:
Apesar de testemunhas afirmarem e um vídeo que mostra imagens instantes antes do ataque parecerem contradizer fortemente a ideia de que Dawn foi puxada pelo rabo de cavalo, é importante observar que, de acordo com a própria gestão do SeaWorld durante testemunho em tribunal, o Tilikum foi treinado para ignorar rabos de cavalo, portanto não teria como considerá-lo algo novo. A natureza do ataque brutal, longo e agressivo e o laudo da necrópsia indicam claramente que a atitude do Tilikum foi tudo menos de curiosidade. As informações contidas no laudo foram ratificadas internamente pela equipe de treinamento sênior do parque.




sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Resposta 7 do SeaWorld ao documentário "Blackfish"

Série especial de postagens sobre a resposta que o
parque SeaWorld deu a supostas afirmações
realizadas pelo documentário "Blackfish"



Afirmação 7 do SeaWorld:
Sobre a acusação de que o SeaWorld "distorceu" o caso da morte da Dawn Brancheau, mudando sua versão da história várias vezes e culpando-a pela tragédia: Como o próprio documentário mostra, foi a polícia local (e não o parque) que emitiu o laudo inicial de que Dawn caiu na água. A versão do SeaWorld de que Tilikum agarrou-a pelo rabo de cavalo e puxou-a para dentro da água nunca foi mudada. E a empresa nunca colocou a culpa em Dawn pelo que ocorreu (a pessoa que faz isso no filme não é um representante do parque).

Resposta do documentário:
Temos conhecimento de que o policial que alegou que Dawn Brancheau escorregou e caiu na água, emitiu essa declaração após de ter saído de uma reunião com um funcionário do alto escalão do SeaWorld. Existem imagens que mostram que, enquanto este policial fazia sua distorcida declaração, pessoas da equipe de treinamento de animais do parque estavam bem atrás dele. Não nos parece que o SeaWorld esteja acusando a polícia do Condado de ter inventado essa história.
Muitos treinadores que conversamos alegam que os gestores do parque culparam por várias vezes e de forma rotineira Dawn Brancheau por ter sido muito complacente.




quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Resposta 6 do SeaWorld ao documentário "Blackfish"

Série especial de postagens sobre a resposta que o
parque SeaWorld deu a supostas afirmações
realizadas pelo documentário "Blackfish"



Afirmação 6 do SeaWorld:
Sobre a acusação de que os treinadores do SeaWorld não foram informados de forma adequada sobre o Tilikum: Assim que o Tilikum chegou ao SeaWorld, todos os treinadores foram alertados, tanto como parte de treinamento como por escrito, que ninguém tinha permissão de entrar na água com ele. Na verdade, assim como relatado em grande escala pelos relatórios do OSHA (Occupational Safety and Health Administration - agência americana de saúde e segurança do trabalho), o Tilikum sempre teve seu próprio conjunto de regras de treinamento e somente os mais experientes treinadores tinham permissão de trabalhar com ele.

Resposta do documentário:
O documentário afirma que os treinadores não foram informados sobre os detalhes do que ocorreu com Keltie Byrne quando o Tilikum chegou no SeaWorld, nem do que houve quando da morte de Daniel Dukes. Também nunca explicaram claramente por que haviam regras específicas para o treinamento do Tilikum, diziam que ele era sempre rotulado por ter sido "associado" a mortes e era descrito, até mesmo nas audiências do OSHA, como um animal "possessivo com objetos" que caiam na água. O conselho jurídico do OSHA teve que induzir o SeaWorld a admitir que esses objetos as vezes incluíam seres humanos.




quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Resposta 5 do SeaWorld ao documentário "Blackfish"

Série especial de postagens sobre a resposta que o
parque SeaWorld deu a supostas afirmações
realizadas pelo documentário "Blackfish"



Afirmação 5 do SeaWorld:
Sobre a acusação de que o SeaWorld maltrata as Orcas com treinamentos baseados na punição com o objetivo de forçá-las a aprenderem movimentos que não são naturais: O SeaWorld nunca se utilizou de treinamento baseado na punição com qualquer um de seus animais, incluindo Tilikum, somente incentivo positivo. São incentivados somente movimentos que são naturais a elas.

Resposta do documentário:
Novamente temos dúvidas sobre se o SeaWorld assistiu ao documentário com atenção, pois não afirmamos que eles se utilizam de punição. Estamos certos de que os treinadores não aplicariam tais táticas tão evidentes. Mesmo assim, apesar de isso não ser demonstrado no filme, diversos treinadores souberam de ocasiões em que os animais receberam pouco alimento antes de apresentações "VIP" de modo a estimular a cooperação. Souberam ainda de uma ocasião em que uma Orca macho possivelmente foi colocado num grupo de baleias que já tinham sido agressivas com ele, a fim de estimular a cumplicidade.
Acreditamos que a afirmação do SeaWorld de que as Orcas exibem movimentos "naturais a elas" é falsa. Orcas selvagens nunca foram observadas efetuando arremessos para frente ou saltos verticais para tocar objetos, menos ainda dando um giro de 360 graus em terra. Humanos montando Orcas, "surfando" nelas ou sendo impulsionadas por elas, também não são comportamentos que fazem parte de seu "repertório" natural. Estes são movimentos artificiais, aprendidos em treinamentos e observados somente em parques marinhos e reforçados pelo fornecimento de alimentos.



terça-feira, 27 de agosto de 2013

Resposta 4 do SeaWorld ao documentário "Blackfish"

Série especial de postagens sobre a resposta que o
parque SeaWorld deu a supostas afirmações
realizadas pelo documentário "Blackfish"



Afirmação 4 do SeaWorld:
Sobre a acusação de que o SeaWorld destrói de forma insensível as estruturas familiares das Orcas: O SeaWorld faz todo o possível para apoiar as estruturas sociais de todos os mamíferos marinhos, inclusive das baleias assassinas. O parque transfere Orcas somente quando isso envolve uma melhora na sua saúde e no seu bem-estar. E, ao contrário do que é exibido erroneamente no filme, o parque só separa os filhotes ainda não desmamados de suas mães em caso de rejeição por parte delas.

Resposta do documentário:
Os dois casos de separação de mães e filhotes mencionados no filme envolvem duas das fêmeas mais responsáveis e ligadas às crias em toda a "coleção" de animais do SeaWorld, e ambas tiveram vários filhotes separados delas. A separação é principalmente impulsionada por proporcionar novas opções no processo de reprodução com a finalidade de abastecer outros parques do SeaWorld e atender às necessidades relacionadas ao entretenimento do público e à criação de animais.
Ficamos surpresos com o fato de o SeaWorld trazer à tona esse assunto sobre a rejeição de filhotes: ele não é abordado no filme e é um fenômeno extremamente raro entre Orcas selvagens. Na natureza, as fêmeas geralmente dão à luz o primeiro filhote por volta dos 13 aos 16 anos de idade, e como o parque faz com que suas fêmeas se reproduzam com idades entre 5 e 6 anos, elas ainda não aprenderam o comportamento social adequado, ainda não aprenderam como cuidar de filhotes e podem acabar rejeitando-os e até os machucando.




segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Resposta 3 do SeaWorld ao documentário "Blackfish"

Série especial de postagens sobre a resposta que o
parque SeaWorld deu a supostas afirmações
realizadas pelo documentário "Blackfish"



Afirmação 3 do SeaWorld:
Sobre a afirmação de que, ao contrário do que ocorre na natureza, Orcas de cativeiro, especialmente Tilikum, baleia envolvida na morte de Dawn Brancheau, sofrem constantemente com a intimidação (bullying) de outras Orcas. A palavra "bullying" não faz sentido quando aplicada ao comportamento de um animal como a Orca. Baleias vivem em sociedades hierárquicas tanto no SeaWorld quanto na natureza. Elas demonstram sua dominância de diversas formas, inclusive utilizando-se dos dentes para "arranhar" outras baleias tanto em mar aberto quanto nos parques.

Resposta do documentário:
O SeaWorld demonstra nesta declaração não compreender a biologia comportamental básica. É verdade que animais que fazem parte de uma sociedade como as Orcas possuem hierarquias dominantes e estas são mantidas através de interações comportamentais. O documentário afirma que na natureza as baleias também entram em conflito, porém, as baleias do parque não podem escapar de interações sociais negativas e são, no entanto, envolvidas em conflitos que já provaram causar ferimentos e até mortes.
Além disso, na natureza, essas hierarquias são estabelecidas entre grupos familiares e são mantidas com pouquíssima agressividade. Não há registros de Orcas selvagens que tenham causado ferimentos graves, menos ainda a morte de outras delas, tanto em seus próprios grupos quanto em outros, em qualquer tipo de interação. É claro que ferimentos menores ocorrem e geram cicatrizes (incluindo cortes em barbatanas dorsais e arranhões nas nadadeiras), mas nenhuma lesão grave jamais foi registrada entre Orcas livres, tanto nas observações dos animais quanto nas análises em necrópsias.




domingo, 25 de agosto de 2013

Resposta 2 do SeaWorld ao documentário "Blackfish"

Série especial de postagens sobre a resposta que o
parque SeaWorld deu a supostas afirmações
realizadas pelo documentário "Blackfish"



Afirmação 2 do SeaWorld:
Sobre a afirmação de que Orcas na natureza vivem mais que o dobro do tempo do que as que vivem nos parques: Ao mesmo tempo em que algumas pesquisas sugerem que algumas Orcas selvagens podem chegar aos 60 ou 70 anos de idade, sua expectativa de vida média não chega nem perto disso. Nem mesmo é verdade que as que vivem em cativeiro chegam apenas aos 25 ou 35 anos de idade. Por conta de apenas as estudarmos em cativeiro há pouco mais de 40 anos, não sabemos qual idade podem alcançar. Mas sabemos que atualmente o SeaWorld possui uma Orca com mais de 40 anos e uma com mais de 30.

Resposta do documentário:
Na natureza, a expectativa de vida é de 30 anos para os machos e 50 para as fêmeas. Estima-se que os machos podem alcançar no máximo 60-70 anos e as fêmeas 80-90 anos. Em cativeiro, a maioria das Orcas morrem na adolescência ou com pouco mais de 20 anos e apenas. A grande parte não passou de 35. A taxa de mortalidade é 2,5 vezes maior em cativeiro do que na natureza. E estes são dados indiscutíveis.

No documentário, nós retratamos o que nos parece ser uma tentativa deliberada do parque em não documentar essas informações ao disponibilizá-las aos visitantes.



sábado, 24 de agosto de 2013

Resposta 1 do SeaWorld ao documentário "Blackfish"

Série especial de postagens sobre a resposta que o
parque SeaWorld deu a supostas afirmações
realizadas pelo documentário "Blackfish"



Afirmação 1 do SeaWorld:
Sobre a insinuação de que o SeaWorld possui Orcas capturadas na natureza: Na verdade, faz mais de 35 anos que o SeaWorld não retira Orcas dos oceanos. Mais de 80% delas nasceram nos parques ou em outros parques marinhos.

Resposta do documentário:
Não ficou claro para nós se o SeaWorld assistiu ao documentário com atenção. Fomos bem categóricos ao afirmar que a maioria das Orcas dos parques do SeaWorld nasceram em cativeiro. Inclusive, exibimos um gráfico que demonstra que muitos dos filhotes são filhos do Tilikum, Orca que possui o maior record de mortes de pessoas: três!
No entanto, existe uma Orca chamada Morgan num parque marinho espanhol que mantém animais que pertencem ao SeaWorld. A Morgan foi capturada na natureza e colocada no Loro Parque, onde farão com que se reproduza e se apresente ao público juntamente às demais Orcas do SeaWorld.



sexta-feira, 23 de agosto de 2013

SeaWorld se defende de afirmações feitas em "Blackfish"

Durante toda a premier mundial do documentário "Blackfish", a diretora Gabriela Cowperthwaite, afirmou que tentou por diversas vezes entrevistar representantes do SeaWorld durante sua filmagem e produção, mas nunca foi atendida. Assim como todo bom documentário, ela gostaria de ter a oportunidade de apresentar ao público os "dois lados da história", mas o parque sempre se recusou a fazer parte.
E mesmo durante todas as exibições pelo mundo, o SeaWorld permaneceu sem se pronunciar até poucas semanas atrás, quando o Vice Presidente de Comunicações do parque, Fred Jacobs, antecipando-se à exibição do documentário nos cinemas dos EUA e do Reino Unido, enviou um e-mail diretamente a 50 respeitados críticos de cinema rebatendo vários pontos apresentados no filme. Ele se utilizou de exemplos de alegações feitas durante o documentário e respondeu com o que consideram "correções".

Sei que muitos dos meus leitores já leram as respostas do parque sobre "Blackfish", disponíveis em inglês em vários sites da internet, mas eu gostaria de publicá-las em português para que todos tenham acesso. Também acho justo que todos possam ouvir as duas partes para poder tirar suas próprias conclusões.
Ao todo, são 8 "correções" feitas pelo parque a afirmações que julgaram que foram apresentadas durante o filme. E a partir de amanhã, publicarei todas elas aqui no blog numa série especial de postagens. Cada dia, publicarei uma nova até o final deste mês. Como elas já receberam as devidas explicações e justificativas dos produtores de "Blackfish", vou incluí-las também.
Não deixe de acompanhar durante os próximos dias.




segunda-feira, 19 de agosto de 2013

"Blackfish" vira notícia no "Fantástico"


"Documentário polêmico revela como é criação de orcas em cativeiro"
Cineasta americana, de mãe brasileira, questiona limite entre a diversão e a violência contra os animais nos parques aquáticos dos Estados Unidos.

Uma cineasta americana, de mãe brasileira, está provocando polêmica nos Estados Unidos. Ela acaba de lançar um documentário em que conta como é a criação de orcas em cativeiro, nos parques aquáticos. E questiona: qual o limite entre a diversão e a violência contra os animais?
Dentro das piscinas, elas são as estrelas. Fazem acrobacias e distribuem carinho. Tanta habilidade e simpatia sustentam um negócio muito lucrativo nos Estados Unidos.
As orcas são a principal atração dos parques aquáticos Seaworld, que recebem mais de 12 milhões de visitantes por ano. Mas, agora, essa indústria da diversão é colocada em xeque.
Foi na Califórnia, um dos estados americanos onde o Seaworld tem parque aquático, que foi produzido o mais contundente documentário contra a criação de orcas em cativeiro. Por trás do filme que desafia uma organização com faturamento anual de R$ 4,5 bilhões está Gabriela, uma americana, filha de brasileira.
O Fantástico pergunta o que levou a cineasta a comprar esta briga.
“Eu fiquei me questionando: por que uma treinadora experiente foi morta por uma orca que deveria ser dócil?”, conta Gabriela Cowperthwaite, diretora do documentário.
Gabriela se refere à morte de Dawn Brancheau, em fevereiro de 2010. A treinadora foi atacada no parque Seaworld de Orlando, na Flórida, em frente aos espectadores.
“Descobri que aquela orca, o macho Tilikum, já havia matado outras duas pessoas. Fiquei chocada”, diz Gabriela.
Em dois anos de trabalho, Gabriela ouviu ex-treinadores dos parques e obteve imagens inéditas da captura das orcas em uma época em que a prática não era ilegal.
Foi isso que aconteceu com Tilikum, que matou a treinadora. O animal foi capturado na Islândia, em 1983, e levado para um cativeiro no Canadá. Se antes podia nadar livremente, agora Tilikum tinha que dividir um pequeno espaço com outras orcas que não eram da mesma família.
“As orcas lutam entre elas o tempo todo pelo território, pela hierarquia. Na natureza, o animal que perde pode fugir. Mas, no cativeiro não, fica ali, confinado, sofrendo o tempo todo”, ela explica.
Nesse ambiente, o animal fica estressado, agressivo. E o bicho que foi treinado para ser dócil se transforma num perigo. Em 1991, Tilikum fez sua primeira vítima fatal. No ano seguinte, a baleia foi vendida para o Seaworld. Lá matou uma segunda pessoa, em 1999.
O documentário, chamado "Blackfish", peixe negro em português, exibe várias cenas de ataques a treinadores.
Em uma cena, a orca leva o treinador para o fundo do aquário. Em uma das subidas à superfície, ele respira fundo, até que consegue se livrar e nadar para margem.
“Nós criamos esse problema. Eu espero que, a partir de agora, as pessoas mudem a maneira de se divertir com os animais”, diz Gabriela.
O parque Seaworld se recusou a falar no documentário. Mas, quando o filme foi lançado no mês passado, nos Estados Unidos, a empresa soltou uma nota chamando a produção de "desonesta, enganosa e cientificamente imprecisa".
Mesmo após os ataques, Tilikum ainda é uma das principais atrações do parque.
O animal virou um ícone da indústria do entretenimento dos Estados Unidos depois do filme Free Willy, em 1993.
As orcas chegam a ter dez metros de comprimento e a pesar dez toneladas. Na natureza, vivem até 90 anos. Presas, em cativeiro, não sobrevivem à metade desse tempo.
“Eu mal arranhei a superfície do problema. Se você soubesse o que eu deixei fora do filme, você ficaria de queixo caído. Eu estou muito entusiasmada com a ideia de levar esse filme ao Brasil”, revela Gabriela.
Até lá, Gabriela continua a combater quem comete violência contra os animais em nome do lucro.


P.S.: Assista à reportagem neste link:



Fonte: G1 de 18 de agosto de 2013.



quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Baleia presa em rede de tubarões é libertada na Austrália

Uma baleia jubarte foi resgatada depois de se enroscar em uma rede para tubarões na cidade de Gold Coast, leste da Austrália.
Imagens: Rede BBC

O animal de dez metros foi libertado por mergulhadores da Guarda Costeira e do Departamento de Pesca. Assista ao vídeo neste link http://www.bbc.co.uk/worldservice/emp/pop.shtml?l=pt&t=video&p=/portuguese/meta/dps/2013/08/emp/130814_australia_baleia_rede_fn.emp.xml.
Redes são comuns em áreas próximas a muitas praias australianas. Elas são usadas para manter tubarões longe dos banhistas.
Como a costa leste do país é rota de imigração de milhares de baleias, muitas acabam presas nas redes.



Fonte: G1 de 14 de agosto de 2013.


quarta-feira, 14 de agosto de 2013

"Blackfish" faz Pixar mudar final de novo filme

O furor causado pelo documentário "Blackfish" fez com que a Pixar mudasse o script de seu novo filme "Finding Dory" (possivelmente a ser traduzido por "Procurando Dory"). O estúdio que pertence à Disney comunicou ter "melhorado" o final da sequência de "Procurando Nemo" depois de ter assistido ao forte documentário de Gabriela Cowperthwaite.
A Disney não fez nenhum comunicado formal, mas informações sugerem que o filme mostraria um parque marinho semelhante ao SeaWorld, e o novo final pretende mostrar que as "estrelas" do parque possuirão a liberdade de deixar o parque quando quiserem.
"Blackfish" conta a história da Orca Tilikum, que já matou três pessoas no cativeiro. O filme compila imagens chocantes e entrevistas intensas de modo a explorar a extraordinária natureza da criatura, o péssimo tratamento que recebe em cativeiro e a vida e a morte de treinadores que lidam sempre com a forte pressão desta indústria multi bilionária.



P.S.: Só um comentário... Ao invés de inspirar a mudança do script de um filme, o documentário deveria ter inspirado a Disney a tirar aqueles pobres golfinhos que vivem num aquário minúsculo, sem luz solar, dentro de uma das atrações do parque Epcot Center, em Orlando (coincidentemente no próprio pavilhão do "Nemo").



segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Brasil se une a vizinhos para incentivar avistamento de baleias

MONTEVIDEU, Montevidéu (departamento), 07 Ago 2013 (AFP) - Dez países latino-americanos, entre eles o Brasil, entraram em acordo para incentivar em conjunto o turismo de avistamento de baleias, durante encontro em Montevidéu do Grupo de Buenos Aires, que reúne países conservacionistas da região, membros da Comissão Baleeira Internacional (CBI).
'O grupo quer trabalhar em um plano latino-americano de avistamento de baleias', disse Carlos Rodriguez Brianza, representante uruguaio na CBI, no encerramento da reunião do grupo e durante o lançamento da temporada de avistamento de baleias no Uruguai.
Barbara Galletti, representante chilena no grupo, explicou à AFP que foi acertado 'fazer outro encontro para impulsionar mais o tema do turismo e buscar fazer ações coordenadas para a conservação dos cetáceos na América'.
'Queremos ver quais são as melhores ideias que poderíamos lançar para um turismo responsável, como criar uma rota e buscar implementar estratégias de conservação em nível regional', acrescentou.
Segundo Galetti, 'avançou-se bastante em consolidar-se como um grupo coordenado para as políticas da Comissão Baleeira Internacional', destacando a importância de o encontro ter sido realizado, apesar de em 2013 não haver reunião da CBI, entidade que se reúne a cada dois anos.
Os países latino-americanos reunidos no chamado Grupo de Buenos Aires, criado em 2005, têm proposto em repetidas oportunidades criar um santuário de baleias no Atlântico Sul, mas sua proposta ainda não teve sucesso junto à CBI.
Além do Brasil, compõem o grupo Argentina, Uruguai, Chile, Equador, Colômbia, Peru, Panamá, Costa Rica, México e República Dominicana.



Fonte: G1 de 07 de agosto de 2013.