terça-feira, 9 de março de 2021

Jubarte juvenil escapa de ataque de Orcas na Austrália

Uma jubarte juvenil, teoricamente “adiantada” na migração, foi alvo de uma implacável caçada por parte de pods de Orcas na Austrália no mês passado.

Chamando a atenção de pesquisadores por conta da época do ano, o animal foi observado por uma embarcação de turismo a 70 km da costa da Baía de Bremer, na costa sul da Austrália. O avistamento foi uma surpresa bem-vinda para os turistas a bordo, mas aumentou a preocupação dos cientistas que temem que a escassez de alimentos na Antártica possa empurrar os mamíferos para o norte mais cedo. Foi a primeira vez que uma jubarte foi registrada neste local abundante em vida marinha que costuma atrair Orcas, baleias-piloto, lulas gigantes e aves marinhas no verão.

A Bióloga marinha Brodee Elsdon, que trabalha a bordo do Naturalise Charters, disse que cerca de 45 mil jubartes migram passando pela costa oeste autraliana no inverno, mas este jovem macho estava quase dois meses adiantado. “Normalmente não as vemos atingindo a costa sul ou sudoeste até abril, a maioria chega só em junho e julho", disse ela. “Vê-lo em meados de fevereiro é bastante alarmante.” Segundo pesquisadores, as mudanças climáticas parecem estar empurrando-as para o norte mais cedo. “Alterações no padrão de tempo de migração era mais lento antigamente, mas nos últimos 20 anos iniciou-se uma mudança mais acelerada, ou seja, estão migrando para o norte cada vez mais cedo”, acrescentou ela. O aumento do degelo antártico diminui algas e krill, principal fonte de alimento das jubartes.

Imagem: Machi Yoshida


Foto: Wild Wing Images

Esta única chegada antecipada poderia até não significar muita coisa, mas o que preocupou é que ela estava com a saúde debilitada. De qualquer forma, teve habilidade de escapar do ataque, inclusive tendo a astúcia de se utilizar da proteção da própria embarcação para tentar se defender.


Imagem: Machi Yoshida

Não gosto do tom da música dramática utilizada na edição do vídeo, afinal, “fofinhas” ou não, estamos tratando do maior predador dos oceanos. É assim que elas se comportam para sobreviver e não há nada mais natural que isso. Compartilho, porque as imagens são incríveis:





Um comentário: