terça-feira, 31 de março de 2015

Para matar as saudades...

Uma das coisas mais gratificantes que me ocorreram desde que iniciei o blog em 2011 foram os inúmeros e-mails que recebi de leitores para agradecerem pela iniciativa e para dividirem comigo o amor que sentem por Orcas. Fiquei feliz de saber que o sentimento especial que sinto por essas magníficas criaturas não era só meu, mas de incontáveis apaixonados por todo o Brasil. Interessante foi ter constatado que 99% deles disseram ter se apaixonado por Orcas com o inesquecível filme "Free Willy".
Na verdade, contando um pouquinho sobre mim, em 1993, quando "Free Willy" foi lançado, eu estava com treze anos de idade e já cultivava este estranho amor há cerca de oito anos. Comigo, tudo começou quando eu tinha apenas cinco anos de idade ao assistir a um outro filme, aliás, nada atrativo (um verdadeiro trash da década de 80) chamado "Orca, a baleia assassina". Não foi pela história em si, mas pela presença encantadora desse animal querido... Aos cinco anos de idade, pouco sabendo sobre qualquer coisa da vida, apenas me apaixonei pela imagem, pela força e, principalmente, neste primeiro momento, pelos sons que elas emitiam. Foi como um passe de mágica, de repente, elas passaram a significar o mundo para mim. Eu as defendia com todo coração (dos desavisados que as chamavam de "assassinas" - que mesmo no contexto do filme, haviam total razão para serem) e passei a buscar toda e qualquer informação que podia sobre elas... Mesmo antes de saber ler e escrever. Foi algo realmente inexplicável! Para todos a minha volta qualquer coisa relacionada com Orcas era imediatamente associada a mim... (e é até hoje, claro).
Mais tarde, quando soube que um filme sobre uma Orca seria lançado, e melhor, com a música tema do meu cantor favorito, tudo se parecia mais com um sonho do que com a realidade. Na minha cabecinha infantil, parecia que tudo tinha sido feito especialmente para mim. Foi muita alegria! Jamais me esquecerei que no dia da estreia, eu estava lá, no primeiro horário que o filme seria exibido no pequeno cinema da minha cidade do interior, às 15 horas, eu, uma das minhas irmãs e uma amiga dela, com o cinema praticamente vazio. Confesso ter sentido uma pontinha de raiva (lê-se, inveja) do ator protagonista, mas aos poucos ele foi me conquistando. Ao final do filme, foi tanta emoção traduzida naquela história e naquela canção que minha irmã literalmente me arrastou para fora da sala de cinema aos prantos! Voltei mais duas vezes ao cinema no mesmo final de semana para assistir ao filme novamente.
Hoje, ao ouvir esta música no rádio, fui tomada por uma saudade imensa e uma sensação de reencontro com aquela menina de treze anos que deixou o cinema em lágrimas de tanta emoção e que dizia que seu grande sonho era um dia se tornar "cuidadora de Orcas". Talvez, esse sonho tenha se tornado realidade...
E este sentimento eu só poderia compartilhar com vocês, leitores queridos, que se identificam com o que o que carrego no coração... Espero que gostem e matem um pouco da saudade que sentem também:






2 comentários:

  1. Olá td bem? Me identifiquei muito com seu depoimento (também amo essa música e o filme, melhores momentos da minha infância) e como realmente essas baleias são incríveis, tenho fascínio por elas e a forma de como são espirituais e evoluídas.
    Não deixe esse blog, o que você faz é realmente incrível, e temos uma missão que é cuidar desse mamífero maravilhoso, você despertou um sonho meu adormecido de muitos. Obrigada

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Mary,
      esta sua mensagem me encheu os olhos de lágrimas... Estou sem palavras para agradecer o carinho e por ter sentido em seu coração que meu objetivo é compartilhar o meu amor por Orcas e fazer despertar o mesmo sentimento em outras pessoas, ao mesmo tempo em que tento mantê-las informadas sobre elas. Concordo com o que mencionou sobre serem evoluídas e espiritualizadas. Estou certa disso também.
      Venha sempre visitar!
      Um forte abraço

      Excluir