quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Apoie a criaçao do Santuário de baleias do Atlântico Sul


A HORA É AGORA

A Comissão Internacional da Baleia votará a criação do Santuário entre 20 e 28 de outubro, na Eslovênia. Na última tentativa, em 2014, a proposta obteve 69% dos votos, quando o necessário são 75%. Ajude-nos a pressionar os países a aprovar essa importante área de proteção!




O que é a campanha pelo santuário de baleias do Atlântico Sul?
Durante o século 20, quase 3 milhões de baleias foram mortas em todo o mundo – 71% delas foram caçadas no hemisfério sul. Para garantir a recuperação das populações das diferentes espécies de baleias que ocorrem na região, tem sido proposto, desde 1998, a criação do Santuário de Baleias do Atlântico Sul. A medida, no entanto, sempre sofreu oposição e foi bloqueada por alguns países que fazem parte da CIB – Comissão Internacional da Baleia, como Japão e Noruega.
Agora, após atualizar a proposta do santuário incluindo um plano de manejo com base nas recomendações do Comitê Científico da CIB, um grupo de países formado por Brasil, Argentina, Uruguai, África do Sul e Gabão submeterá a criação do santuário à votação na próxima reunião da entidade, na Eslovênia, entre 20 e 28 de outubro. 
Para mobilizar a sociedade e exercer pressão na CIB, O Ministério do Meio Ambiente lançou a campanha “Santuário de Baleias do Atlântico Sul: #santuarioeuapoio”, que ganhou a adesão do Greenpeace e de outras organizações.

O que é necessário para que ele seja criado?
Quando foi lançada, a proposta ganhou apoio consistente e crescente e se aproxima dos 75% dos votos necessários para sua aprovação. Agora, o objetivo é conseguir a adesão de países que ainda não se posicionaram a favor, como Antigua e Barbuda, Camboja, Cote d’Ivoire, Gana, Granada, Guiné, Kiribati, Laos, Ilhas Marshall, Mongólia, Morrocos, Nauru, Nicarágua, Palau, St. Kitts e Nevis, Santa Lucia, São Vicente e Granadinas, Tanzânia e Tuvalu.

O que posso fazer?
Queremos mostrar que a população, não apenas a brasileira, mas a mundial, está preocupada com a conservação das baleias e apoia a criação do Santuário de Baleias do Atlântico Sul. Ao assinar esta petição, você fortalece esse movimento. As assinaturas serão encaminhadas para os 88 países-membros da Comissão Internacional da Baleia para demonstrar a importância desta iniciativa. Compartilhe também seu apoio nas redes sociais.

Ainda são caçadas baleias no Brasil?
Não. A Lei 7.643 proibe a captura de baleias e golfinhos nas águas brasileiras desde 1987. Além disso, as águas jurisdicionais marinhas brasileiras foram declaradas Santuário de Baleias e Golfinhos pelo Decreto Nº 6.698, de 17 de dezembro de 2008, com a finalidade de reafirmar o interesse nacional no campo da preservação e proteção de cetáceos e promover o uso não-letal das suas espécies. A proposta do Santuário de Baleias no Atlântico Sul visa expandir a proteção para além das águas jurisdicionais brasileiras, incluindo as águas internacionais.
Para além das águas brasileiras, em 1986 a Comissão Internacional de Baleias (International Whaling Commission, ou IWC) determinou uma moratória global na caça comercial em resposta à redução da população de baleias e ao crescente repúdio pela prática. Porém, o Japão, a Islândia e a Noruega fizeram objeção à moratória, e continuam realizando a caça de baleias. A intenção de expandir essa atividade para outros mares é uma ameaça silenciosa, mas que não pode se tornar uma realidade.

Por que o Greenpeace está envolvido?
O Greenpeace sempre lutou pela criação deste Santuário. Inclusive, em anos anteriores, exigiu uma postura mais contundente por parte do próprio governo brasileiro nesta articulação. Este ano, o Ministério do Meio Ambiente está atuando de forma ativa junto à Comissão Internacional da Baleia para a criação do Santuário. O Greenpeace e outras organizações, como SOS Mata Atlântica, Instituto Boto Cinza, Mater Natura, estão mobilizando a sociedade no Brasil e em outras nações para enviar uma mensagem clara em favor da criação do Santuário e da proteção das baleias no Atlântico Sul.

O que mais está sendo feito?
O Greenpeace trabalha para proteger os oceanos. Isso inclui a criação de reservas marinhas, na qual são preservadas inúmeras espécies; um trabalho contra a pesca excessiva; a poluição dos mares; e o combate ao impacto das mudanças do clima que também afeta os oceanos e quem vive nele. O Greenpeace denuncia a pesca ilegal e acompanha, por exemplo, a Comissão para a Conservação dos Atuns, articulando regulamentações e regras mais fortes para a conservação do atum-azul em diversos países. No Japão, o Greenpeace trabalha para acabar com as operações baleeiras. Também estamos em campanha para a Comissão Internacional da Baleia ser transformada em um verdadeiro acordo para a conservação desses animais.


ASSINE A PETIÇÃO!
Leva apenas alguns segundos...
Divulgue, compartilhe, peça para a família e os amigos assinarem... Não nos custa nada, mas pode custar a vida de muitas dessas criaturas e o futuro das próximas gerações!


Use nas redes sociais: #santuarioeuapoio



Fonte: Greenpeace Brasil.


terça-feira, 13 de setembro de 2016

Como você é responsável pela matança de golfinhos no Japão

Sabe aquela famosa matança anual de golfinhos em Taiji, no Japão?
Não, ela não ocorre por conta de uma suposta tradição ou para o consumo da carne (já que carne de golfinho é tóxica e muito barata, o que não compensaria a caça), mesmo porque, em ambos os casos ela não se pagaria dado que é um esquema de caça caro...
A grande verdade é que: antes da matança iniciar, “treinadores” do mundo todo escolhem os golfinhos mais bonitos e aptos à vida em cativeiro e pagam verdadeiras fortunas por eles... É esta fortuna que financia a matança!
Os golfinhos não selecionados é que são mortos! A carne é vendida e recebem uma mixaria por ela...
"Ah, mas o SeaWorld não faz isso porque eles têm os próprios golfinhos..."
- Não!!! Eles estão lá sim e são os maiores interessados! Sem contar que estimulam a atividade no mundo todo!



E depois você paga para nadar com golfinhos no SeaWorld, no Havaí, em Las Vegas, Cancún, nas ilhas do Caribe e etc... Acha isso justo em nome do seu egoísmo e vaidade?
A matança é iniciada anualmente no dia 1o. de setembro e está ocorrendo neste exato momento!
Se os ama verdadeiramente, visite-os em seu habitat e respeite-os acima de tudo, ok?!
Essas criaturas não nos pertencem... Devem apenas ser apreciadas e protegidas! É o mínimo que merecem por serem tão majestosas e especiais!

Informe-se! Divulgue!
Avise aquele amigo que está planejando fazer isso nas próximas férias ou que acabou de postar uma foto na rede social orgulhoso beijando um golfinho...



P.S.: Há detalhes sobre como funciona este esquema numa postagem antiga do blog... Leia, entenda, divulgue, só assim poderemos mudar esta vergonhosa realidade: http://v-pod-orcas.blogspot.com.br/2012/06/qual-relacao-entre-o-massacre-de.html

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Homem pula no mar para nadar com uma Orca

Um neozelandês que estava filmando o oceano com um drone capturou a imagem de um rapaz nadando com uma Orca.
Sam Kynman-Cole postou um vídeo no YouTube mostrando uma Orca nadando próxima a um homem de caiaque, que coloca o snorkel e se joga nas águas da Baía de Army, na costa de Auckland (Nova Zelândia), para interagir com o animal. A Orca, muito ágil e curiosa nadou com ele até que voltasse ao caiaque, em seguida foi acompanhando-o por um tempo.
Sam havia direcionado o drone ao local, pois ouviu que Orcas tinham sido vistas na área, mas ele definitivamente não estava esperando uma cena como esta. Confira:



Lembrando que, na verdade, ele cometeu um crime, pois na Nova Zelândia, assim como em diversos países, aproximar-se a menos de 100 metros de um animal marinho é proibido... Nadar com eles, mais ainda, pois não devem ser perturbados. Sem contar que foi um tanto arriscado já que, por mais que Orcas sejam dóceis e jamais tenham atacado um ser humano em seu habitat, trata-se de um animal extremamente forte e muitas vezes imprevisível... Apenas um pequena mordida de "inspeção" poderia machucá-lo.
O que acharam? Se pudesse fariam o mesmo?




domingo, 4 de setembro de 2016

A Orca branca Iceberg vista novamente

Após quatro anos sem "aparecer", a Orca branca chamada de Iceberg foi vista novamente na Rússia! Erich Hoyt, especialista que se dedica ao estudos de Orcas desta região, estava feliz em compartilhar esta informação pelo Twitter esta semana. Segundo ele, ela (que na verdade é ele) estaria com pelo menos 22 anos de idade e esbanja saúde ao lado da família.

Imagens: Facebook FEROP

Em 2012, eu havia esclarecido algumas informações sobre Orcas brancas aqui no blog, porque eu já havia publicado que uma delas tinha sido vista anteriormente em 2008, mas outros meios de comunicação (inclusive aqui no Brasil), afirmavam que isso só tinha ocorrido em 2010. Na ocasião,  também informei que não tinham certeza sobre o que causava este tipo de falta de pigmentação, e, segundo Erich Hoyt, isso ainda é uma dúvida, não sabem se são albinas ou leucísticas*. Agora também sabe-se que existem pelo menos cinco delas e tudo indica existirem oito. Dado que este tipo de Orca é raro (1 em 10.000), acredita-se que seja algo genético específico da espécie da região. O registro do avistamento foi novamente efetuado pela equipe do Far East Russia Orca Project (FEROP) e publicado em sua página do Facebook. Além disso, detalhes científico destes encontros com Orcas brancas foram divulgados no respeitado Jornal Aquatic Mammals, que publica artigos relacionados a mamíferos marinhos.
Conheça-o através do link: http://www.aquaticmammalsjournal.org/.

Quer saber mais sobre as Orcas brancas? Tem mais aqui no blog:



* O leucismo (do grego λευκός, leucos, branco) é a falta de pigmentação em partes do corpo de algum animal, podendo ter fundo genético (hereditário ou não), metabólico ou até de alimentação. O resultado normalmente são regiões corpóreas de coloração branca, em maior ou menor extensão, onde naturalmente deveria ocorrer alguma pigmentação. Indivíduos irregularmente manchados de branco são também comumente chamados de "arlequim". Ao contrário do albinismo, que é a ausência completa de melanina, o leucismo pode envolver outros tipos de pigmento. (Fonte: Wikipedia)




sexta-feira, 2 de setembro de 2016

A história da baleia mais solitária do mundo

-- Por Fernando Martins, Colunista da Gazeta do Povo


Não é difícil encontrar quem se identifique com 52 Blue. Alguém que não se encaixa no mundo. Que é solitário. E que continua tentando.

Ele não tem família. Nem amigos. Tampouco namorada. Mas guarda no peito um enorme coração. Que não desiste. Ano após ano, chama por companhia. Que nunca vem. E ainda assim continua a chamar, mesmo que ninguém escute seu melancólico e solitário clamor.

Apresento-lhes 52 Blue (ou 52 Hertz) – a baleia mais solitária do mundo. Ok, por adequação à nossa inculta e bela língua, talvez devesse chamá-lo de “ela” – afinal, nem mesmo os cientistas sabem ao certo se se trata de uma fêmea ou de um macho. Mas os norte-americanos, que estudam o comportamento de Blue, apostam que ela é ele: são os machos que cantam para atrair parceiras.

52 Blue foi identificado pela primeira vez em 1989 por militares dos Estados Unidos que monitoravam sons subaquáticos no Pacífico Norte – o objetivo era encontrar submarinos soviéticos.
O que chamou a atenção no caso de nosso personagem é que o canto dele é único. Claramente o de uma baleia. Mas diferente de todos os demais. Não se sabe por que, mas Blue canta em uma frequência (daí seu nome) de 52 hertz – grave como a nota mais grave de uma tuba para os humanos, mas extremamente agudo e possivelmente inaudível para as baleias, que vocalizam sinais sonoros na faixa entre 15 e 20 hertz. Portanto, nenhuma potencial companhia escuta o chamado de Blue. Desesperador: um gigante que vaga sozinho num gigante ainda maior, a imensidão azul.

A Guerra Fria acabou. O sistema de escutas submerso do Pacífico foi repassado pelos militares a pesquisadores da vida marinha. Mas os chamados de 52 continuaram a ser captados e estudados rotineiramente. E sempre mostraram que, a despeito de baleias serem animais sociáveis, sua jornada é absolutamente solitária e seu chamado, infrutífero. Desde que foi descoberto até hoje. Vinte e sete anos: a idade do desejo inalcançado.

Muita tinta já foi gasta para tentar explicar o triste destino de Blue. Teria alguma deformidade que altera sua “voz”. Ou seria um híbrido – mistura que produziu um sujeito singular – de uma espécie incerta com uma baleia-azul. (A especulação de que ele é uma baleia-azul é porque 52 migra numa rota similar à dessa espécie –o que explica por que também é chamado de Blue).

Mas certeza mesmo para esclarecer os mistérios que o cercam, só estudando-o de perto. O problema é que 52 nunca foi nem sequer avistado por humanos. Ouvi-lo até é fácil: o canto de uma baleia chega a se propagar por milhares de quilômetros no oceano. Encontrá-lo? Aí são outros quinhentos. É como achar agulha no palheiro.

O fato é que, em meio às incertezas científicas, o canto de Blue acabou por seduzir outra espécie animal, a nossa. A história conquista corações ao redor do planeta. E um longa-metragem está sendo produzido para contá-la a quem ainda não a conhece.

Mas tem muito cientista que torce o nariz para quem atribui a 52 a alcunha de “a baleia mais solitária do mundo”. Dizem que nunca saberemos se ele de fato sofre por ser solitário. Que essa história é tão-somente a projeção dos dramas humanos numa baleia. A antropomorfização – palavra difícil essa, hein? – de um animal comum.

Que seja assim. Humanos também são sociáveis. Desenvolvem empatia com facilidade. Inclusive por animais. E não é difícil encontrar quem se identifique com Blue, ao menos em algum momento da vida. Uma pessoa que ninguém quer escutar. Que não consegue ser compreendida. Que não se encaixa em nenhum lugar; sente-se diferente de todos. Que é solitária neste vasto mundo. E que, ainda assim, continua tentando.

Talvez 52 nunca encontre uma companhia. Mas, se serve de consolo, ao menos podemos dizer-lhe: Blue, nós humanos escutamos o que você tem a dizer.



Fonte: Gazeta do Povo de 24 de agosto de 2016.