terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Tipo raro de Orcas é visto

Boa notícia neste fim de ano! O Sea Shepherd divulgou neste domingo que a tripulação do "MV Bob Baker" teve um encontro com um pod de Orcas extremamente raro (e brincalhão, como chamado por eles) na Antártica. Tendo sido identificada pela primeira vez em 1955 após um encalhe na Nova Zelândia, este tipo de Orca conhecido como “Tipo D”, passou 50 anos sem ter sido avistado novamente. Até hoje apenas alguns encontros foram registrados.
O pod que tinha cerca de 12 Orcas, incluindo um filhote e um macho adulto, nadou com o Bob Baker por quase uma Orca, "surfando" ondas de seis metros.


Este momento especial é um excelente lembrete sobre a delicada beleza da Antártica e por que é tão importante continuar defendendo e protegendo estaque é a última área intocada do planeta. 
As fotos foram divulgadas pela página do Sea Shepherd no Facebook e foram tiradas por Erwin Vermeulen.



P.S.: O Sea Shepherd Conservation Society (SSCS) é uma organização sem fins lucrativos, focada na conservação de seres marinhos.




segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Relatório preliminar aponta desnutrição de J32 (Rhapsody)

Um relatório preliminar sobre a necrópsia da Orca Rhapsody alegou que ela estava desnutrida. Este que foi elaborado pelo Center for Whale Research, mas não se trata de um relatório oficial, detalha que a camada de gordura da baleia estava muito fina e seca de óleo, o que indica mau nutrição.
O autor do relatório, líder do Centro e pesquisador especialista nas Orcas Residentes do Sul, Ken Balcomb, disse que está tendo muita falta de salmão, que é o alimento que consomem na região. "Nós temos que recuperar a fonte de alimentos dessas Orcas urgentemente para termos alguma chance de evitar que elas sejam extintas. O momento crítico para esta recuperação talvez já tenha até passado. Espero que não, mas vai passar logo se não tomarmos medidas imediatas". Ken Balcomb disse que a Orca de 18 anos de idade morreu tentando dar a luz o filhote que já estava morto e provavelmente se desintegrando dentro dela.


As duas mortes entram na desanimadora estatística desta querida população de Orcas que infelizmente já entrou na lista de animais ameaçados há nove anos.
"Há apenas pouco mais de dez Orcas fêmeas reprodutivamente viáveis nesta população além de poucos machos para fazerem a corte nos próximos anos", disse ele.
Restam apenas 77 animais neste grupo.



P.S.: Ainda estou aguardando a divulgação do relatório oficial da necrópsia. Publico aqui no blog caso ele traga informação adicionais ou divergentes às do Center for Whale Reasearch.




terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Filhote de Kalia nasceu em San Diego

A maioria de vocês já deve ter acompanhado a semana passada a notícia de que o bebê da Orca Kalia nasceu no parque americano SeaWorld de San Diego. Confesso não ter ficado muito animada com esta notícia por isso não publiquei antes. Mas não há como fugir dela.
De acordo com as informação o parque, o filhote nasceu no período certo, mas biólogos desconfiam de que ele nasceu um pouco antes da hora, dado que não aparenta ter acumulado um nível adequado de gordura sob a pele que o prepara para o nascimento. Basta saber se Kalia, ainda tão novinha, saberá como amamentar e cuidar de seu filhote (cujo sexo ainda não foi descoberto).
Acompanhei os comentários das pessoas na página do SeaWorld no Facebook e ainda é assustador ver como as pessoas apoiam a manutenção de Orcas em cativeiro, pois contentes felicitavam o parque. Eu adoraria saber se alguma delas sabe ao menos quão nova Kalia foi inseminada: Pelo menos de quatro a sete anos a menos que Orcas se reproduzem na natureza. Isso é abuso e uma completa e total falta de respeito com o animal. Triste demais!


Em 3 de maio deste ano, o blog já havia publicado a informação da gravidez juntamente à indignação de pesquisadores com o fato de Kalia ser tão jovem (http://v-pod-orcas.blogspot.com.br/2014/05/kalia-esta-gravida.html) e no final do mesmo mês, mostrou imagens de Kalia tendo que sair da água mesmo grávida (http://v-pod-orcas.blogspot.com.br/2014/05/kalia-gravida-obrigada-sair-da-agua.html). Há poucas semanas acompanhei em alguns sites de notícias que estavam fazendo com que ela participasse dos shows mesmo a poucas semanas do parto.


P.S. 1: Kalia nasceu em cativeiro no dia 21 de dezembro de 2004, em San Diego. Ela é de 87,5% islandesa e 12,5% residente do sul (Orcas do noroeste do Pacífico, pelo lado de Corky), ou seja, uma mistura de espécies que jamais teria ocorrido naturalmente nos oceanos. Assustador isso, não? 

P.S. 2: O filhote nasceu já sendo obrigado a ouvir gritos e aplausos... Que pena não ser os sons das marés...





segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Morre Rhapsody...

O mês de dezembro começou com uma notícia muito triste. A Orca J32, também conhecida como Rhapsody, pertencente ao pod J, da população de Orcas Residentes do Sul, apareceu morta numa praia próxima à Courtenay, nos EUA, na última quinta-feira. Estima-se que Rhapsody, uma Orca fêmea, de 18 anos, já estava morta há alguns dias, apesar de ter sido vista, filmada e fotografada em plena forma no dia 29 de novembro, o que deixa ainda mais dúvidas sobre o motivo de sua morte.
Uma necrópsia foi realizada no mesmo local por especialistas americanos e canadenses na tentativa de determinar a causa de sua morte. Ainda mais triste que esta notícia para este grupo de Orcas que já está entre as espécies ameaçadas de extinção e cuja população tem decrescido nas últimas décadas, é que, conforme especulado pelo blog em julho deste ano, com sua morte, foi confirmado que ela realmente estava grávida. O bebê já estava quase totalmente formado! (Ele foi levado ainda dentro do útero para ser analisado em laboratório). Ou seja, foi uma perda inestimável para as queridas Residentes do Sul.


Antes da necrópsia, uma cerimônia indígena foi realizada em sua homenagem. Orcas são animais, cujo espírito é muito valorizado e cultuado pela cultura indígena local.


Uma outra ocorrência perturbou os biólogos e amantes de Orcas que estavam presentes, na noite anterior à necrópsia, quatro de seus dentes foram cortados e roubados, sem motivo aparente. O Departamento de Pesca e Oceanos americano já iniciou uma investigação para apurar o responsável pelo roubo.
Neste link, é possível assistir a um vídeo que mostra imagens da necrópsia e os comentários dos especialistas. Além de mostrar Rhapsody esbanjando saúde, saltando da água, poucos dias antes (aos 1:51 do vídeo):

Leia a postagem de 16 de julho deste ano "Seria um novo filhote para o Pod J?" sobre a suposta gravidez de Rhapsody:

Sem palavras para descrever tamanha perda para este grupo lindo que eu já tive a sorte de encontrar diversas vezes...



sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Garota de 13 anos protesta contra o SeaWorld em NY

Novamente este ano, na tradicional passeata da famosa loja de departamentos Macys, realizada ontem, no Dia de Ação de Graças, em Nova York, nos EUA, ativistas do PETA protestam contra a participação do SeaWorld. Pouco antes da passagem do carro alegórico do parque, os ativistas atravessaram as grades de segurança e exibiram cartazes com os dizeres "Seaworld hurts Orcas", que melhor pode ser traduzido como "o Seaworld faz mal para as Orcas".
Uma ativista em especial chamou a atenção de todos por ter apenas 13 anos de idade. Rose McCoy, que já tinha participado de outras manifestações contra o parque, inclusive já sendo detida por isso, disse à repórter que, mesmo que ficasse presa por alguns momentos, preferia tentar lutar pelas Orcas que vivem presas por toda a vida. "É vergonhoso que uma grande tradição de Nova York, como a passeata da Macys, que deveria ser um evento familiar, permita a participação de uma empresa como o SeaWorld, que destrói famílias e tira bebês Orcas de suas mães."
Apesar de o parque continuar negando o fato de que manter cetáceos em cativeiros é altamente nocivo para a saúde física e mental dos animais, a opinião pública tem afetado os lucros da empresa. O último balanço divulgado do parque, apresentou uma perda de 28% em seu faturamento, além de uma queda de quase meio milhão de visitantes, quando comparado ao mesmo período do ano passado.
Nesses últimos meses, o parque perdeu ainda parcerias importantes, como as das empresas Southwest AirlinesVirgin America e Panama Jack, pois não querem ter suas imagens associadas ao abuso de animais.
Assista ao momento do protesto e a entrevista da jovem ativista no vídeo abaixo:









quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Orca selvagem sobrevive com a ajuda de companheiras

Um grupo de conservação russo divulgou imagens de uma Orca na natureza que provavelmente tem sobrevivido através do auxilio de outros membros de seu pod. Não é a primeira vez que se tem notícias de uma situação como esta. Contrariando a ideia popular de que, diferentemente dos humanos, os animais estariam aqui na Terra vivendo cada dia apenas focado em sua sobrevivência. Afinal, se essa ideia fosse verdadeira, não haveria por que o grupo tentar manter esta Orca viva (já que seus genes não deveriam ser repassados para as próximas gera coes). Eu sempre acreditei que Orcas e diversos outros animais vivem em sociedades complexas e não focam apenas na sobrevivência individual, mas na evolução tanto individual quanto de sua espécie... Além de que repetidamente demonstram um tipo de compaixão e solidariedade, fugindo um pouco desta ideia unica de instinto ou sobrevivência que e constantemente mencionada quando o assunto são os animais. Não querendo humanizá-los, mas acredito que haja muito mais por trás do que o comportamento animal nos demonstra.
Este e mais um exemplo: Neste último verão do hemisfério norte, uma Orca foi fotografada com uma visível deficiência na parte dorsal. Ela nadava mais lentamente atras do pod, mas um dos machos ficava ao seu lado o tempo todo. E, independentemente de sua deficiência, ela não parecia nem um pouco magra, o que sugere que ela tem sido alimentada por outros membros de sua família.







terça-feira, 25 de novembro de 2014

Mais um escândalo para a lista do SeaWorld

Ficou claro que o parque marinho norte americano SeaWorld foi fortemente balado com a repercussão do documentário "Blackfish", ações em baixa, diminuição no movimento, manifestações de ativistas e promessas de construção de tanques maiores para as Orcas; mas nada disso impediu que se tornasse pública uma informação um tanto quanto polêmica e até mesmo desagradável. Fred Jacobs, Vice Presidente de Comunicações do parque, disse já ter tomado leite de Orca! – comentando ainda que, "eu preferia morrer de fome a tomar aquilo de novo. Tem gosto de peixe e tem quinze vezes mais gordura do que o leite de vaca".
O programa de reprodução do parque, além de testar com frequência os níveis de pH para avaliar se as fêmeas estão ovulando, também armazena leite de Orcas em caso de uma delas rejeitar um filhote. Aparentemente, os funcionários provavam o leite com certa frequência, e pouca importância davam para isso.
Após essas informações, pipocaram charges e piadas pelo Internet... Uma delas pode ser vista abaixo:

"Mais um dia de trabalho"

No minimo esquisito, nao?



sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Belugas são transportadas em condições deploráveis

Só pode ser o "Dia da Bruxas" mesmo para eu ser obrigada a me deparar com imagens tão deploráveis... Dez baleias belugas, sendo três machos e sete fêmeas, com idades em torno dos 3 anos (e com cerca de 3 metros de comprimento cada uma), foram transportadas da Rússia para o parque chinês Ocean Polar World em condições abomináveis depois de horas em trânsito em engradados de metal sem alimento ou água filtrada.

Sim, acredite... estas "manchas" mais claras são belugas,
as queridas e dóceis baleias brancas na água imunda

Dado que um voo entre a Rússia e a China pode durar de sete a doze horas, sem contar o tempo de trânsito em terra, as belugas passaram pelo menos vinte horas flutuando em seus próprios excrementos até chegar ao parque.


O transporte ocorreu nesta quarta-feira e agora, elas já estão "instaladas" neste local onde certamente morrerão em pouco tempo devido ao stress que viverão confinadas. Esta é a terrível realidade do transporte de animais vivos e da indústria de cativeiros! Elas chegaram ontem, e de agora em diante jamais verão a luz solar novamente...



Neste mesmo parque existem dez golfinhos obtidos da terrível matança de golfinhos na Baía de Taiji, no Japão.
Essas notícias vieram do site Cetacean News Network, que também já havia denunciado o péssimo transporte de outras baleias beluga em Belgrado, em "shows itinerantes". Sabe-se que belugas passaram 3 dias neste engradado de metal enferrujado até serem transferidas para uma instalação permanente.

Inacreditável: a cabeça branca neste caixote
ridículo é uma das baleias

E se alguém ainda não entender por que eu luto contra a indústria de cativeiros, talvez essas imagens expliquem o bastante!



P.S.: Não conhece a Baía de Taiji e a matança de golfinhos no Japão? Saiba o que é e por que ela existe neste link:




quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Antigo livro do SeaWorld ensina que Orcas são perigosas

O livro do alfabeto de 1979 do SeaWorld faz uma afirmação bem interessante. Diz ele:

"Orcas: elas podem te atacar,
mas algumas podem ser treinadas como a sua querida amiga Shamu."


Quem conhece Orcas sabe bem que esta afirmação é completamente absurda e sem base. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, Orcas na natureza não atacam seres humanos... Não há registros disso (a não ser por um ou outro "encontrão" no mar, não intencional, que pouca ou nenhuma lesão causou).
Quem fez com que as pessoas acreditassem que Orcas são perigosas foi a própria indústria de cativeiros, que apesar de as mostrarem como fofos bichinhos de estimação, devido a insanidade que desenvolvem por viverem confinadas, demonstram comportamentos agressivos em diversas ocasiões. O que acaba virando notícia de Jornal Nacional e faz com que o público as temam como ferozes predadoras (o que realmente são, para peixes e outros animais marinhos, não para humanos).

Entenda: Orca selvagem, em seu habitat, é um animal;
Orca de cativeiro é outro TOTALMENTE DIFERENTE!!!

Não sei se a intenção do SeaWorld neste livro era apenas mostrar quão "poderosos" eram por conseguirem domar uma Orca... Seja o que for, eles estavam bem certos do potencial risco de ataque a seres humanos, mesmo assim, sempre permitiram que seus funcionários estivessem na água com elas... Resultado disso? Mais de uma centena de ataques e agressões a treinadores (a maioria não veio a público) e três mortes causadas por suas Orcas: dois treinadores, Dawn Bracheau, no SeaWorld de Orlando, em 2010 (morta por Tilikum), e Alex Martinez, no Loro Parque, com uma Orca emprestada do SeaWorld, em 2009 (morto por Keto). Além de um civil, Daniel Dukes, também em Orlando, em 1999 (morto por Tilikum).
Já que raramente há sucesso em defender os animais pensando apenas no seu bem-estar, é necessário reconhecer o risco que há na interação de Orcas com pessoas em cativeiro... Envolvendo risco contra a vida humana, quem sabe as pessoas repensem e passem a exigir que Orcas não sejam mantidas em cativeiro?
De uma forma ou de outra, a afirmação não é verdadeira... E é uma pena que isso tenha sido ensinado a tantas gerações. É por isso que os leigos têm uma visão incorreta e ambígua sobre as Orcas: de que elas são muito perigosas, mas que estão felizes e contentes saltando nas piscinas do SeaWorld! Estranho, não?
Mais parece é que querem dizer: "aceitem as Orcas em cativeiro, porque as que estão no oceano podem ser muito perigosas... Melhor mantê-las em tanques!" Quando os fatos reais mostram exatamente o contrário.

Aproveitando o gancho da página do livro, explico aqui o por quê das Orcas serem chamadas de "baleias assassinas" (killer whales): Antigamente, elas eram, na verdade, chamadas de whale killers, ou seja, "assassinas de baleias", devido a seus hábitos alimentares (dado que alguns grupos de Orcas se alimentam de baleias). Não se sabe exatamente quando, nem por que, este nome se inverteu e deu uma conotação completamente equivocada: killer whale, ou seja, "baleia assassina". Tudo não passou de um erro de nomenclatura, e elas infelizmente pagaram o preço deste equívoco humano e tanto preconceito sofreram por décadas e décadas.




quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Baleias jubarte estão protegidas no Brasil

Os repórteres do Jornal Hoje acompanharam uma expedição de ambientalistas que pesquisam as baleias jubarte no Brasil. Elas acabam de sair da lista de animais ameaçados de extinção no país. Confira no vídeo acima imagens inéditas e sensacionais que revelam como se comportam esses animais.
É no litoral brasileiro que a vida das jubartes, que chegam a pesar 40 toneladas e a medir 16 metros, se renova. Durante séculos, baleias de todas as espécies foram implacavelmente caçadas. No século passado, uma grande frota de navios-fábrica perseguiu as sobreviventes em busca de sua carne. As jubartes quase desapareceram.
Em 1986, quando a Comissão Baleeira Internacional proibiu a caça comercial, havia menos de mil baleias dessa espécie no país. A estimativa é do Instituto Baleia Jubarte, que há 18 anos estuda e protege essas gigantes.
No Arquipélago de Abrolhos, na Bahia, fica o mais importante local de reprodução da espécie no Atlântico Sul. “É um ambiente de recife de coral, com águas rasas, aquecidas. São condições ideais para o filhote que acabou de nascer sem a presença de predadores", explica Milton Marcones, diretor de pesquisa do Instituto Baleia Jubarte.
As jubartes passam o verão próximo às ilhas Sandwich e Geórgia do Sul. É lá que elas se alimentam até acumular uma grossa camada de gordura, que protege do frio e dá forças para enfrentar a viagem de mais de quatro mil quilômetros até o Brasil. Umas vêm acasalar, outras para ter seus filhotes.
Normalmente, as baleias ficam em pequenos grupos de dois ou três indivíduos. Quando se vê mais do que isso, provavelmente, são machos disputando a fêmea. Os machos batem as nadadeiras, saltam e até cantam para seduzir uma parceira.


O pesquisador João Paulo Gravina, que estuda o temperamento das baleias, decidiu usar um drone para captar imagens: "Olhando de cima, a gente pode ver os animais mudando de direção, as estratégias que eles usam em abrir nadadeira para poder frear bruscamente”.
Entre os flagrantes do pesquisador está uma imagem que mostra que, na disputa pela fêmea, um macho dá uma cabeçada em outro. É a lei do mais forte, mas quando a fêmea escolhe seu par, o outro macho aceita e segue seu caminho.
As baleias que têm os filhotes ficam na Bahia até o fim da temporada, são as últimas a partir. É pra que dê tempo do filhote crescer, desenvolver a musculatura, a habilidade para nadar e também acumular energia para ir para as áreas de alimentação. É a mãe, protegendo, cuidando do seu filhote.
As baleinhas nascem com até quatro metros e pesando uma tonelada, mamam até os 10 meses. A amamentação é diferente: as mães soltam no mar o leite, de alto teor de gordura.
O filhote percebe a mancha na água e engole. 
As jubartes são mãezonas e só se separam da cria um ano depois do nascimento, quando voltam a Abrolhos e o filhote já sabe se alimentar e conhece a rota de migração. Ele se torna, então, mais um adolescente capaz de sobreviver no oceano.



Fonte: G1 de 29 de outubro de 2014



P.S.: Assista às incríveis imagens da reportagem no link abaixo:






terça-feira, 28 de outubro de 2014

Orcas capturadas na Rússia mantidas em péssimas condições

Notícias perturbadoras vindas da Rússia revelam que duas orcas, Narnia (7 anos e 2,5 toneladas) e outro macho (5 anos e 1,5 tonelada) não identificado, ambos capturados da natureza em 2012 e 2013, respectivamente, estão atualmente sendo mantidas em condições precárias num tanque enferrujado e improvisado devido aos atrasos na abertura do novo Oceanário de Moscou, o VDNKh.
As orcas foram levadas a Moscou em dezembro de 2013 e já se passaram dez meses que estão numa instalação temporária, com todo o trabalho de construção em torno delas.


Entre 2012 e 2013, um total de sete orcas foram retiradas de suas famílias na natureza e enviadas para parques marinhos. Neste verão do hemisfério norte, mais quatro foram retiradas do oceano na região. Acredita-se que três estão atualmente em Vladivostok e mais duas já foram levadas para um novo parque marinho na China. Um porta-voz do FEROP - Far East Russia Orca Project ("Projeto Orca do Extremo Oriente Russo") disse: "Precisamos de uma legislação para tratamento de animais marinhos em cativeiro. Todo país civilizado tem um, menos a Rússia."


Assista ao vídeo com imagens das Orcas divulgado ontem:



Em 2012, o blog já tinha divulgado a história da captura da Orca Narnia e feito uma campanha para assinatura de uma petição para que ela fosse libertada (mesmo que isso infelizmente não tenha surtido efeito): http://v-pod-orcas.blogspot.com.br/2012/10/vamos-ajudar-libertar-orca-narnia.html. Antes disso, em 2011, também já tinha alertado para o forte risco de Orcas serem capturadas da natureza na Rússia... Dado que, lamentavelmente, o governo havia dado permissão para tal. Era uma esperança que isso não se concretizasse, pois os resultados eram previstos. E aí estão eles para quem quiser comprovar... Triste demais! http://v-pod-orcas.blogspot.com.br/2011/03/previsao-de-novas-capturas.html.



P.S.: As imagens foram obtidas no site "The Dodo", que também contém uma denúncia sobre o caso.




quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Foto mostra Tilikum logo após sua captura

Quem poderia imaginar tudo o que esta pequena Orca iria "viver" e sofrer ao longo dos intermináveis anos de cativeiro longe de tudo e de todos que eram importantes pra ela?
Esta foto foi tirada logo após a captura e o primeiro transporte de Tilikum. Ele está branco por conta da camada de lanolina aplicada na pele para hidratar e possibilitar o transporte num ambiente fora da água. Imaginem só quão desconfortável deve ser este transporte... fora da água e possivelmente pelos ares, ou seja, com toda aquela condição imposta de pressurização e sons ensurdecedores para aqueles que possuem ouvidos milhares de vezes mais sensíveis que os humanos e com o biosonar que capta sons que humanos nem sabem que existem. Se para muitos de nós isso já é desconfortável, imagine para um animal fora de seu meio e involuntariamente. Pobre Tilikum...






terça-feira, 14 de outubro de 2014

Orca morta na Escócia tinha engolido lixo

O eterno problema do lixo nos oceanos... Nenhuma criatura infelizmente está a salvo disto!
Em agosto passado, uma Orca encalhou e morreu numa praia da Escócia (North Uist). Apesar de possivelmente esta não ter sido a principal causa da sua morte (claro que também só piorou a situação), a equipe do Scottish Marine Animal Strandings Scheme ("Projeto Escocês para Animais Marinhos Encalhados") fez uma necrópsia e encontrou restos de materiais de pesca em seu estômago. A Orca, um macho, estava em más condições físicas e não se alimentava há alguns dias. Uma das fotos mostra o desgaste dentário assimétrico, o que indica que talvez ele andava tentando se alimentar sugando peixes menores para sobreviver.


Outros exames seriam feitos no animal, além de terem conseguido preservar o esqueleto para exibição no Museu que mantém, mas não consegui mais atualizações sobre o caso.
De qualquer forma, fica o velho alerta que o blog faz sobre o cuidado que temos que ter com o nosso lixo. Ele deve ser mantido a todo custo longe dos oceanos, pois é nocivo demais para todos esses incríveis animais que amamos e admiramos (sem contar a nós mesmo, os humanos).





P.S.: As fotos foram obtidas na página do Facebook do Scottish Marine Animal Strandings Scheme.





sábado, 20 de setembro de 2014

Parques com baleias estão na berlinda

Em agosto, a marca líder em atrações com mamíferos marinhos, SeaWorld, fez um grande anúncio. Após anos se defendendo de críticas em relação à captura de baleias e golfinhos, a empresa disse que construirá ambientes para as orcas dos parques, a fim de "fortalecer o legado como uma empresa que oferece habitats modernos e inovadores para seus animais".
É um movimento ousado. Mas é possível questionar se o projeto, previsto para abrir em 2018, será suficiente para salvar o parque.
Em 2013, a empresa esteve no centro do documentário "Blackfish", que trata da morte da treinadora de orcas Dawn Brancheau no SeaWorld da Flórida. Em agosto, as ações da marca caíram.
As más notícias continuaram nesta semana, quando acionistas entraram com um processo contra o complexo, acusando-o de terem sido enganados quanto ao impacto que o filme teve sobre a visitação nos parques.
Após 50 anos como uma das marcas mais amadas dos Estados Unidos, a maré virou contra o SeaWorld. O futuro de atrações que exibem baleias e golfinhos para o público nunca foi tão incerto.
"Estamos em um momento de reflexão", diz Naomi Rose, cientista do Animal Welfare Institute (instituto do bem-estar do animal). Ela passou cerca de 20 anos lutando pela proteção das orcas. "Eu era uma voz no deserto", diz. "Mas agora sou maioria. E o SeaWorld não entende isso."
De fato, o público vem diminuindo. Uma pesquisa divulgada em maio pelo Whale and Dolphin Conservation (conservação de baleias e golfinhos) e pelo Animal Welfare Institute, mostra que desde 2012 aumentou em 11% o número de pessoas que se opõem ao confinamento de orcas em cativeiros.
Outro estudo recente revelou que 86% dos turistas britânicos não iriam visitar um parque marinho no exterior.
Enquanto o SeaWorld diz que recebe milhares de visitantes, outros parques estão respondendo diferentemente.
Em 2012, o Aquário Nacional de Baltimore (EUA) cancelou shows com golfinhos. Agora, o aquário está pensando em criar um santuário à beira-mar. Outros estão no mesmo caminho. Em setembro, o Aquário Clearwater, na Flórida, anunciou o fim de apresentações com animais. O centro vai se concentrar em reabilitação e pesquisas.
A pressão não está vindo só do público e de ativistas. A indústria de turismo está reagindo. Neste ano, a Southwest Airlines deu fim à parceria de 25 anos que tinha com o SeaWorld. "Esse setor ter entrado nisso é algo enorme", diz Tim Zimmermann, coautor e produtor de "Blackfish".

OUTRO LADO
O SeaWorld não comenta sobre o novo processo. A empresa diz que continuará com os shows, "que são uma forma de estimular mentalmente os animais e de fazer com que eles se exercitem". "O objetivo é educar os visitantes", afirma o complexo.



Fonte: UOL de 18 de setembro de 2014.



sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Orcas foram vistas em Florianópolis esta semana

Um grupo de quatro orcas, dois adultos e dois filhotes, foi avistado na Praia dos Ingleses, no Norte da Ilha de Santa Catarina. Era início da tarde deste domingo quando os animais começaram a se aproximar da costa — e eles chegaram bem perto, ficaram a até 20 metros de distância.
A posição em que foram vistos, se movimentando de forma paralela à costa, pode significar que estavam "patrulhando", na linguagem dos biólogos — ou, no popular, estavam em busca de alimento.
De acordo com um estudo do Centro de Mamíferos Aquáticos do ICMBio, de 2010 para cá as orcas foram avistadas entre uma e duas vezes ao ano nas praias do Estado, principalmente entre a Ilha do Arvoredo e a Guarda do Embaú. E a frequência pode estar associada ao aumento do número de baleias francas no litoral de Santa Catarina (que aparecem por aqui entre junho e novembro, para acasalar ou ter os filhotes) - já que a orca é um de seus predadores.

Apesar de conhecidas popularmente como "baleias-assassinas", as orcas são na verdade da família dos golfinhos. O biólogo Paulo Flores, que estuda golfinhos há mais de 20 anos e atua no Centro de Mamíferos Aquáticos, explica que esses animais vivem em todos os oceanos, em qualquer profundidade e temperatura.
As orcas se alimentam de peixes, tartarugas marinhas, outros golfinhos, baleias e tubarões. Até hoje, segundo Flores, não há registro de ataque de orcas a humanos na natureza (os ataques teriam acontecido somente em ambiente de cativeiro, nos parques aquáticos).

Assista ao vídeo neste link:



Fonte: Jornal ZN de 14 de setembro de 2014.



segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Tommy Lee continua apoiando o PETA contra o SeaWorld

Tommy Lee se uniu novamente ao People For the Ethical Treatment of Animals (PETA). Em um show do Mötley Crüe no final de julho, em Chula Vista, na Califórnia, EUA, Tommy Lee promoveu uma "caça ao tesouro", com o objetivo de chamar a atenção para sua luta contra os parques SeaWorld.
Tommy Lee escondeu uma camiseta que dizia "Seaworld Kills" no local do evento, enquanto o PETA tweetava pistas para que seus seguidores pudessem encontrar. E a brincadeira foi um sucesso!
A pessoa que achou a camiseta pode visitar os bastidores do show, tendo inclusive a oportunidade de conhecer Tommy Lee pessoalmente. Além disso, o baterista prometeu que continuaria com a "caçada" nos próximos eventos da banda, que ocorreriam perto dos parques do SeaWorld no Texas e na Florida.
"Devido a mensagem transmitida pelo Mötley Crüe, 500 mil seguidores do Twitter de Tommy tiveram conhecimento do tratamento cruel e do confinamento de orcas no Seaworld, o que é um grande avanço em nossa campanha," disse o vice-presidente da PETA Dan Mathews, em um comunicado de imprensa.
Em 2012, Lee pediu ao SeaWorld para que não tocassem suas canções, durante a apresentação "Shamu Rocks". Ano passado, diversos artistas, incluindo 38 Special, Heart e Joan Jett, cancelaram suas performances, em razão do filme "Blackfish", que documentou o tratamento desleal com certos animais.




domingo, 7 de setembro de 2014

Novo membro no Pod L

Que boa notícia para começar o mês: filhote de Orca do Pod L foi visto e fotografado hoje pela primeira vez. Ele é filhote da Orca de 23 anos identificada como L86, também chamada de "Surprise" (Surpresa, em inglês) e já recebeu o registro de L120.


Adição mais que importante para as Orcas chamadas de "Residentes do Sul", que habitam as águas do norte do oceano Pacífico e que já são consideradas dentre as espécies ameaçadas, pois mesmo sendo protegidas por leis, sofrem com a poluição, escassez de salmão, tráfego de embarcações, etc.




quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Ativistas respondem ao anuncio sobre aumento dos tanques

Não demorou para que os ativistas que se opõem ao cativeiro se manifestassem a respeito da comunicação do SeaWorld de que aumentaria o tamanho de seus tanques de Orcas. Uma delas foi representada na imagem abaixo:

SeaWorld anuncia uma expansão nos ambientes de exibição
O SeaWorld de San Diego comunicou hoje que dobrará o tamanho do ambiente das Orcas.

O diagrama mostra um aumento de 50% no espaço até 2018

  Hoje                                  Em 2018





terça-feira, 19 de agosto de 2014

Seaworld anuncia reforma em tanques de Orcas

A companhia americana de parques temáticos aquáticos Seaworld anunciou nesta sexta-feira que construirá novos tanques gigantes para suas orcas, depois que o cativeiro dos cetáceos causou polêmica e afetou os lucros da empresa.
Em nota, a Seaworld Entertainment informou a "incorporação de um enorme e inédito ambiente artificial para orcas em seus três parques" com animais marinhos.
O anúncio foi divulgado dois dias depois de o SeaWorld, com sede na Flórida (sudeste dos EUA), informar a queda de 5% em seus ganhos no primeiro semestre, provocada, entre outras coisas, pela pressão exercida pelos defensores dos animais contra o uso de orcas para espetáculos - admitiu a própria empresa.
O primeiro tanque, que será construído em seu parque em San Diego, Califórnia, conterá quase 38 milhões de litros d'água, ocupará 6.000 metros quadrados de superfície e terá 15 metros de profundidade, informou a empresa.
Projeto apresentado pelo SeaWorld
para um dos parques
O novo habitat das orcas, que dobrará em dimensões os atuais, será concluído em 2018. Os outros parques, em Orlando, Flórida, e San Antonio, no Texas, também incluirão novos tanques.
A SeaWorld acrescentou no comunicado que também destinará US$ 10 milhões "ao estudo e à proteção de orcas em seu ambiente natural, assim como do oceano onde vivem".
A campanha contra o uso das orcas em espetáculos alcançou um pico no ano passado, com o lançamento do aclamado documentário "Blackfish", que investigou o impacto do cativeiro nas orcas do SeaWorld e o ataque de uma delas, Tilikum, que resultou na morte de um treinador.
O grupo Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais (PETA, na sigla em inglês) qualificou o anúncio do SeaWorld de uma tentativa da empresa de ganhar tempo, em um momento em que "o povo compreende o sofrimento das orcas em cativeiro".
"O que poderia salvar a empresa seria o reconhecimento de que precisa não de tanques maiores, mas levar as orcas para santuários marinhos para que possam voltar a sentir o oceano e escutar seus familiares (...). Uma prisão maior continua sendo uma prisão", afirmou a PETA.



Fonte: Isto é Dinheiro de 15 de agosto de 2014.


P.S.: Errata na publicação da "Isto é": não foi "um treinador" morto por Tilikum, mas "uma treinadora" (além de uma treinadora estagiária anos antes e um civil).




segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Ações do SeaWorld caem drasticamente no último trimestre

O fechamento financeiro do parque SeaWorld divulgado na semana passada mostra uma drástica queda nas ações neste segundo trimestre do ano. E não faltaram piadas e trocadilhos em todos os meios de comunicação atribuindo o péssimo desempenho à forte influência exercida pelo arrebatador documentário "Blackfish".



Quarta-feira #Blackfish (negra)


Orlando Sentinel: Caem as ações do SeaWorld após pouco
sucesso nas discussões sobre Orcas em cativeiro".


Business Insider: "SEAWORLD EM QUEDA"

DailyMail Britânico: "Os lucros do segundo trimestre do SeaWorld caíram 42 milhões abaixo das expectativas de Wall Street devido à influência do documentário "Blackfish".

Los Angeles Times: "Ações do SeaWorld caem 33% dado a decepção do público com as controvérsias sobre as Orcas"

Orlando Business Journal, The Buzz: "Executivos do SeaWorld criticados em teleconferência de fechamento do segundo trimestre"

Wall Street Journal: "Conforme o SeaWorld afunda, a empresa Blackstone permanece na "Splash Zone"" (fazendo um trocadilho com a área em que o público se senta no show para se molharem com o movimento dos saltos das Orcas)

The Intelligencer: "Grande fracasso. SeaWorld: Estão lembrados de quando dissemos que o documentário Blackfish não tinha nos afetado? Bom, esqueçam isso"

"13 azarado de agosto de 2014"




sábado, 16 de agosto de 2014

Morre Orca encalhada no ES

A orca que encalhou na praia da Boca da Baleia, em Anchieta, no Sul do Espírito Santo, morreu na manhã desta sexta-feira (15). Segundo o gerente do Projeto de Monitoramento de Praias (PMP-BC/ES), Bruno Berger, ainda nesta quinta-feira (14) o mamífero chegou a ser colocado no mar novamente, mas voltou por conta própria para a praia. A orca foi monitorada durante toda a madrugada, mas não resisitiu. Agora, o animal será levado para a base do Instituo Orca, em Guarapari, onde será realizada a necrópsia para investigar a causa da morte.
Segundo o diretor do Instituto Orca, Lupércio Barbosa, o animal, que é da espécie dos golfinhos, piorou de madrugada.  Nesta quinta-feira (14), a orca foi examinada por uma equipe do instituto e chegou a ser deslocada para o mar, mas retornou. “Foi feita uma tentativa de colocá-la na água, mas ela não nadou e voltou por conta própria para a praia. A partir daí, as chances dela voltar se reduziram muito, porque não estava mais com forças”, disse o gerente do PMP-BC/ES, Bruno Berger.
Durante toda a madrugada, equipes de revezaram para monitorar o estado de saúde do mamífero. “Por volta de 1h da manhã chegou uma equipe da Bahia, do Instituto Baleia Jubarte. Eles assumiram o controle da operação e o animal estava bem, mantendo os sinais vitais. Mas nesta sexta-feira (15), por volta das 6h30, ela se movimentou muito e depois parou. Não estava mais reagindo”, disse Bruno.
De acordo com o Ipram, apesar de pesar quase duas toneladas, a orca estava magra, com diarréia, vômito e muitos ferimentos externos. “Uma coisa que chamou a atenção é que ela estava expelindo secreção pelo opérculo, aquela abertura em cima da cabeça, por onde ela respira”, disse Bruno.
A morte foi constatada por volta das 8h30 desta sexta-feira (15). Foram colhidos materiais para investigar o que pode ter causado a doença. O animal será levado para a base do Instituto Orca, em Guarapari, onde será feita a necrópsia.
 
 
 
 
Fonte: G1 de 15 de agosto de 2014.
 
 
 
 

P.S.: Desculpem-me por não ter postado essas informações ontem mesmo, mas tive um problema de acesso ao Blogger  (tanto que a postagem de ontem foi publicada com horas de atraso e a de hoje que era para ter sido de ontem). De qualquer forma, mesmo que "atrasado", deixo o registro por aqui, pois é um assunto muito relevante.
 
 
 

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Imagens mostram Orca encalhada no ES

Desde o ocorrido tenho tentado buscar informações sobre a Orca que encalhou na praia de Anchieta, no Estado do Espírito Santo, mas pouco tenho conseguido. Sabe-se que tentaram devolvê-la ao mar, mas ela encalhou novamente.
Passaram a noite com ela e disseram que, caso sobrevivesse, seria possível levá-la a um local para reabilitação (não sei onde, porque tenho dúvidas sobre se temos locais adequados para tal aqui) e que um especialista viria da Austrália para avaliá-la. Imagino que "este especialista" poderia ser a Dra. Ingrid Visser, que além de atuar com Orcas na Nova Zelândia, lidera um grupo de estudos na Patagônia Argentina e na Antártica.
Assim que vi as imagens ontem pude notar que se trata de uma fêmea ou um jovem macho e que está nitidamente desnutrida e debilitada. É possível que seja uma Orca transeunte, que esteja de passagem em direção à Patagônia ou Antártica.
As imagens já de ontem não demonstraram infelizmente que ela teria condições de sobreviver a tal martírio, apesar do trabalho de populares e especialistas para tentar ajuda-la.


quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Orca encalha em praia do Espírito Santo

Uma Orca de aproximadamente cinco metros de comprimento encalhou na praia da Boca da Baleia, em Anchieta, no Sul do Espírito Santo, na manhã desta quinta-feira (14). O animal, que é da família dos golfinhos, foi avistado por populares que passavam pelo local e acionaram os órgãos ambientais. Segundo a CTA Meio Ambiente, a Orca está viva, mas doente.


O animal foi avistado por volta das 9h30. Ele está há aproximadamente três metros da linha do mar e populares que estão no local tentam mantê-lo vivo jogando baldes com água no mamífero. Uma espécie de vala também está sendo aberta na areia para que água do mar chegue até o golfinho.
O bicho já está sendo atendido por veterinários do CTA. Equipes do Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (IPRAM) e uma unidade de atendimento móvel estão à caminho do local. O atendimento e tratamento da baleia será feito na praia.
Em entrevista ao jornal A Gazeta, o diretor do Instituto Orca, Lupércio Araujo, disse que é a primeira vez em 30 anos de profissão que ele vê uma Orca encalhar no litoral do Estado. "Em 30 anos trabalhando com estes animais (marinhos) é a primeira vez que vejo uma Orca no Estado", comentou.



Fonte: G1 de 14 de agosto de 2014.



sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Bebê golfinho é salvo do "lixo" por pescadores

Eu estou cansada... Isso mesmo: CANSADA de ver e ler informações sobre quão nocivo é o lixo descartado nos oceanos!
Todos sabemos que um simples pedaço de plástico pode ser mortal a qualquer ser vivo, e no entanto, as mortes e o sofrimento não cessam. São milhares e milhares de animais mortos sufocados, com problemas digestivos ou mesmo dilacerados por objetos que se prendem a seu corpo e com o seu crescimento não conseguem se livrar. São muitas vezes mortes lentas e agonizantes.
E não adianta olharmos para isso e pensarmos "que gente mal educada", porque esta "gente" somos nós! Sim, você também é culpado! Não podemos depender de autoridades corruptas e desinteressadas com o meio ambiente para ajudar o planeta e os animais... Temos que fazer a nossa parte!
O lixo deixado na praia, mesmo que não por você, é responsabilidade sua. Viu lixo no chão? Então pegue-o e descarte em local correto... Dê o exemplo! Eu já cansei até de entrar no mar para retirar latinhas, potes de margarina, papel de sorvete, sacos plásticos, etc. Somos todos responsáveis e todos devemos agir! Discutindo o assunto com quem não se atenta a isso, dando exemplo, não descartando lixo em local incorreto, economizando sacos plásticos, ajudando a limpar locais públicos, entre outras dezenas de formas de colaboração.
Por isso e muitos outros motivos também sou absolutamente contra festas realizadas na areia da praia, como shows, festas de reveillon, etc... Parece inofensivo, não? Mas já pensou na quantidade de lixo que fica no chão e que as ondas levam para o mar? É só pensar em quão sujo fica o chão de danceterias, por exemplo: Imundo! E as areias da praia merecem isso? Definitivamente não! Mas infelizmente parece que ninguém pensa nisso...
Fico feliz que este bebê de golfinho tenha tido a sorte de encontrar pescadores dispostos a ajudá-lo (o vídeo não é novo, mas representa o que animais enfrentam diariamente nos nossos oceanos)... Mas e se não tivesse? Talvez ele teria se soltado sozinho... Talvez não... Na dúvida: Lixo tem que ser mantido longe dos oceanos, sempre! E para sempre!!! Os oceanos e suas criaturas divinas não merecem pagar pelas terríveis e assombrosas falhas no chamado "desenvolvimento" humano!




P.S.: Esta postagem me lembrou uma antiga aqui do blog em que eu mencionava o caso de uma baleia-cinzenta morta cujo estômago continha inúmeros e diversos tipos de itens descartados nos oceanos. Relembre "As Baleias e a Poluição nos Oceanos", postagem de 2011: http://v-pod-orcas.blogspot.com.br/2011/06/as-baleias-e-poluicao-nos-oceanos.html




segunda-feira, 4 de agosto de 2014

O que crianças americanas aprendem sobre o cativeiro

Não sei apontar exatamente o que ocorreu com a nossa geração, mas infelizmente ela cresceu achando normal o fato de Orcas e golfinhos e outros animais se apresentarem em shows de parques marinhos. Não sei por que entramos tão fortemente na ilusão de que vivem bem ali, que não conseguimos sair dela. Aceitamos esses animais como belos e meros animais de estimação, achando que não há problema em viverem em tanques artificiais. Não tenho dúvidas que parques como o SeaWorld fazem um excelente trabalho para maquiar a realidade e cegar a todos usando a própria beleza e força de animais que tanto encantam.
É interessante conversar com as pessoas e perceber que elas jamais olharam para cativeiro de Orcas e golfinhos com maus olhos... Muitos procuram o blog e se chocam com a realidade mostrada, simplesmente porque nunca viram as coisas com esses olhos. Hoje sou extremamente agradecida ao documentário "Blackfish" que tanto alertou o público em geral e teve um alcance ainda não atingido por outros documentários.
Confesso que cresci sendo um desses cegos... E não via mal nos parques, afinal pareciam que viviam tão bem ali. Inocência e ignorância minhas...
Mas da onde veio isso?
Infelizmente, crescemos aprendendo que Orcas se adaptam muito bem ao cativeiro e pelo "amor" e ânsia de vê-las de perto, aceitamos tal situação.
E quando digo "aprendendo" é porque de fato é isso que tem sido ensinado em países como os EUA que mantém Orcas em cativeiro.
Vejam que interessante o trecho que ensina sobre Orcas no livro de Joyce Milton, chamado "Whales: The Gentle Giants" ("Baleias: As Gigantes Gentis", sem tradução para o Português):





"A mais bela das baleias é a preta e branca Orca.
A orca não possui barbatana, pois possui dentes de verdade, e grandes!
A orca caça peixes grandes, além de focas e até outras baleias.
As orcas também são chamadas de baleias assassinas  e os marinheiros costumavam temê-las."




"Hoje sabemos que as Orcas podem ser domadas. Elas são as estrelas de muitos shows em aquários.
Elas gostam de ser acariciadas e amam truques. Orcas são muito espertas. Às vezes, elas inventam um novo truque e ensinam a seus treinadores."





Não é à toa que essas crianças crescem aceitando e não questionam a qualidade de vida desses animais, não é mesmo?
E mais uma observação: esse livro faz parte de uma coleção que incentiva a leitura de crianças que estão sendo alfabetizadas. Ele foi indicado numa escola de Nova York, onde minha sobrinha estava estudando, motivo pelo qual tive acesso a ele.