sábado, 31 de dezembro de 2016

Conheça uma das maiores Orcas que se tem registro no mundo

Para celebrar o último dia do ano, deixo esta linda imagem da Orca CA 165 Lonesome George! Ele que é uma das maiores Orcas macho que habita as águas da costa oeste da Califórnia, nos EUA, medindo 10 metros de comprimento, cerca de 3 metros a mais que Tilikum, a maior Orca de cativeiro do mundo. Sua nadadeira esquerda tem uma leve deformação devido a um antigo ferimento, que pode ter ocorrido durante caça ou acidente que a tenha prendido por algum motivo. Acredita-se que ele seja órfão e é constantemente observado com outras Orcas macho órfãs como CA171B, Fatfin.
Sem dúvida um animal belíssimo que, com sorte continuará tendo força e saúde no próximo ano, encantando aos olhos e quem sabe dando continuidade a uma nova geração. Desejo a todos que a força desta imagem permaneça conosco durante todo o próximo ano!

Imagem de Traci Walter


Que nosso próximo ano seja de luz e amor! Que tenhamos saúde e paz de espírito para superar obstáculos e amadurecermos espiritualmente! 

Que as pessoas continuem passando por esta importante transição que já vem ocorrendo há algum tempo de enxergar quão nocivo a manutenção de animais em cativeiro é, que não apoiem atividades que se beneficiem de sua exploração em todo o mundo, para que sejam respeitados e protegidos, e, acima de tudo, poderem se desenvolver em seu habitat.

Que todos possam enxergar nosso Planeta como nosso único belo e abençoado lar e como uma responsabilidade de todos! Cada ato de proteção conta!
Viva, cuide, dê bons exemplos, ame...


FELIZ 2017!!!


Em nome do Blog e de todas as Orcas selvagens e cativas,
sejamos melhores neste novo ano, pois nosso lindo Planeta merece!




domingo, 25 de dezembro de 2016

Feliz Natal aos meus queridos seguidores


Desejando a todos um Natal iluminado,
repleto de amor, união e paz!

Que em cada lar ou cada cantinho deste Planeta Nosso Senhor Jesus Cristo se faça presente trazendo bênçãos e prosperidade, que Seus ensinamentos sejam sempre lembrados, pois esta seria a única maneira da Humanidade ter paz consigo mesma e com as demais criaturas que aqui habitam.



Tenham todos uma noite feliz e um dia cheio de
momentos alegres com a família!

* * * * *





“Que Jesus Cristo, Governador Espiritual da Terra,
ilumine sempre a mente daqueles que podem promover
o bem estar dos animais, protegendo-os e
ensinando aos outros como respeitá-los sempre.”
























sábado, 24 de dezembro de 2016

Mais uma perda para as queridas Residentes do Sul

E esta semana mais uma Orca da população das Residentes do Sul, J34, também chamado de Doublestuf (que pode ser visto no centro da imagem), se foi e sem dúvidas fará muita falta. Era um macho e tinha apenas 18 anos. Resultados preliminares da necropsia apontam para morte por conta de um trauma possivelmente causado por choque com alguma embarcação.
Só este ano também se foram L95, Nigel (no topo da imagem à esquerda), J14, Samish (no topo à direita), J28, Polaris (abaixo da imagem à esquerda), J54, Dipper (abaixo da imagem à direita), J55 e três filhotes cujos nomes e identificação ainda não tinham sido definidos.

Fotos de Melisa Pinnow

Agora, apenas 79 delas restam nesta população tão querida composta pelos pods J (agora com 25 membros), K (19 membros) e L (35 membros). Mais que preocupante, este cenário é realmente alarmante e pode ser devastador num futuro bem próximo.



P.S. 1: Um dos principais motivos das ameaças sofridas por esta população de Orcas é a escassez de salmão, seu principal alimento. Campanhas têm sido realizadas para pedir o apoio das pessoas contra a construção de barragens em rios da região por atrapalharem imensamente a reprodução deste animal. No mês passado, publiquei sobre uma dessas campanhas e pedi que assinassem a petição. Aproveite este momento e faça isso, por favor. Leia os detalhes no link: http://v-pod-orcas.blogspot.com.br/2016/11/peticao-pede-retirada-de-barragens-em.html.

P.S. 2: As duas imagens do J34 foram obtidas no site do Center for Whale Research e foram registradas por Dave Ellifrit em março e fevereiro deste ano.





sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Corky... E lá se vão 47 anos em cativeiro

"Dia 11 de dezembro de 2016 completou 47 anos do trágico dia em que a família de Corky, o pod A5, pertencente às Orcas Residentes do Norte da Colúmbia Britânica, atravessou a entrada estreita da Baía de Pender durante uma forte tempestade de inverno e mudou seu destino para sempre.

Talvez as baleias estivessem a procura de abrigo, perseguindo peixes, explorando áreas novas ou até mesmo buscando vestígios dos sete membros da família que haviam desaparecido naquele lugar no ano anterior... O que sabemos é que mais seis Orcas da família da Corky foram levadas para cativeiro naquele dia fatídico, e que, dentre elas, Corky foi a única sobrevivente.

A Corky sobreviveu mais tempo do que qualquer outra orca cativa, então, em certo modo, está suportando muito mais do que esperado. No entanto, como Orcas fêmeas vivem uma média de 50 anos, podendo até viver bem mais que isso, ela pode ter muitos anos de vida ainda, ou seja, ela poderia retornar ao oceano e retomar sua vida, algo que, mesmo complexo, é bem possível.

As histórias de Keiko e Springer nos ensinaram muito, talvez mais do que qualquer outra coisa, a confiar nas incríveis habilidades que Orcas possuem de se adaptarem às circunstâncias: Keiko atravessou o Oceano Atlântico e aprendeu a caçar pelo caminho; Springer se reuniu num piscar de olhos com sua família. A Corky está longe do oceano, sua família e comunidade há muito tempo, mas tudo isso permanece em seu ser. Ela é uma orca! Ela vai se adaptar se lhe for dada uma chance. A Corky proporcionou muito ao SeaWorld e sua empresa, Anheuser Busch, durante todos esses anos que a mantém presa, beneficiando-se imensamente de seu serviço. Eles devem à ela pelo menos a dignidade de terminar seus dias em seu verdadeiro lar.

Libertar Corky não significa jogá-la no oceano e dar “tchau”, mas montar um processo com etapas bem definidas no qual ela seria reintroduzida ao ambiente e outras Orcas cuidadosa e sistematicamente. O passo inicial, após avaliá-la fisicamente para garantir que não representasse nenhuma ameaça para a saúde de outras Orcas, seria deslocá-la para uma instalação oceânica, onde ela seria capaz de se comunicar com outras Orcas e ajustar-se ao ambiente. Decisões práticas, definidas pelas circunstâncias, determinarão o que deve ser feito na sequência. Nossa convicção, baseada em tudo o que aprendemos sobre as Orcas, é que a Corky vai provar ser ainda capaz de prosperar no oceano e que as outras Orcas irão recebê-la de volta ao seu meio. Não sabemos se este será o resultado (pelo menos, a instalação no oceano poderia se tornar o ambiente para ela se aposentar), mas sabemos que Corky merece esta chance.

O tempo é crucial, mais ainda para Corky do que para a maioria... Sua vida extraordinária chegará ao fim um dia. Se isso acontecer em um triste tanque do SeaWorld, não apenas Corky, mas todos nós teremos perdido uma mais que importante oportunidade.

Acenda uma vela para Corky hoje, e mantenha-a em seu coração."





Paul Spong & Helena Symonds, Orcalab





quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Golfinhos selvagens morrem mais cedo quando têm contato com seres humanos

Uma nova pesquisa aponta que golfinhos selvagens geralmente morrem mais cedo se eles têm contato frequente com seres humanos. Os golfinhos na costa de Flórida (EUA) estão tão acostumados com as pessoas que eles frequentemente procuram companhia humana em busca de comida.
Esses animais perdem o medo, por exemplo, de barcos de pescadores e morrem quando ficam presos nas redes de pesca ou quando são atingidos por embarcações em alta velocidade.

Pesquisa
A equipe internacional de pesquisadores responsável pelo estudo, que conta com membros de instituições da Austrália, dos Estados Unidos e do Reino Unido, recentemente publicou seus resultados na revista científica Royal Society Open Science. Os cientistas chegaram as suas conclusões após acompanhar aproximadamente 1.000 golfinhos na Baía de Sarasota, na Flórida, entre 1993 e 2014. Eles registraram a quantidade de contato que os mamíferos marinhos tiveram com os visitantes da praia e se eles ganhavam comida durante essas interações.
Ao longo da pesquisa foi constatado que mais de 150 golfinhos ficaram tão acostumados com o contato com os seres humanos que se tornou um hábito para eles procurar ativamente contato com as pessoas na praia para ganhar comida. Estes animais são considerados "condicionados" pelos cientistas.

Perigoso
A taxa de mortalidade entre os golfinhos condicionados é muito maior do que entre os outros membros da espécie que não procuram interagir com as pessoas. Também foi constatado que os golfinhos condicionados se machucam com maior frequência.
De acordo com o pesquisador Fredrik Christiansen, a explicação para isso é simples. Os golfinhos que ativamente procuram por seres humanos costumam se colocar em situações perigosas. "Eles provavelmente se machucam porque passam mais tempo ao redor de pessoas, pescadores, barcos e redes de pesca", escreve ele no relatório da pesquisa. "Isso é muito preocupante, porque esse comportamento leva a menores chances de sobrevivência. A população de golfinhos pode, portanto, diminuir a longo prazo."



Fonte: Blasting News de 21 de dezembro de 2016.




terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Orcas Offshore são filmadas dando "aula" aos filhotes

Um fotógrafo de Monterey, na Califórnia, EUA, conseguiu captar uma imagem rara de um grupo de Orcas do eco-tipo Offshore passando um tubarão vivo de uma para outra. O vídeo foi feito por Slater Moore, que trabalha numa empresa de observação de baleias (Whale Watching) com um drone na terça-feira da semana passada, e mostra uma Orca adulta prendendo um tubarão (da espécie cação-bruxa) na mandíbula e depois soltando-o para que outras pudessem “prová-lo”. A cena pareceu mais com uma aula de caça para os filhotes que também podem ser vistos nas imagens.


“É uma cena rara e uma observação extraodinária”, disse Alisa Schulman-Janiger, uma pesquisadora do Projeto Californiano de Orcas. “Acredito que ainda não existam imagens de drones que mostrem este compartilhamento da presa, envolvendo os filhotes aqui na Califórnia.”
Orcas Offshore, são as que vivem longe da costa. Não fazem parte dos grupos que residem (Residentes) ou transitam (transeuntes) na costa. Até são semelhantes fisicamente com as Residentes, mas possuem vocabulário completamente diferente. Alimentam-se de tubarões e peixes menores e costumam ser vistas em grandes grupos de 30 a 60 membros, e até mais. Mais há bem menos estudos desenvolvidos sobre elas, por isso acabo as mencionando pouco no blog.




terça-feira, 29 de novembro de 2016

Parque japonês congela milhares de animais para fazer pista de patinação

Quando a gente pensa que já leu e viu de tudo sobre como os animais são desrespeitados e maltratados em nome do “entretenimento” e do lucro financeiro se depara com esta notícia absurda vinda do Japão: Um parque de diversões simplesmente resolveu congelar 5 mil peixes e animais aquáticos de 25 espécies diferentes no gelo de uma pista de patinação. O objetivo? Fazer com que a pista ficasse parecida com o oceano. A pista, de 250 metros de comprimento, foi montada no parque Space World, que fica na cidade de Kitakyushu, e foi chamada de “Aquário de Gelo” e prometida como “uma atração como você nunca ouviu falar”.


No entanto, a avalanche de críticas mundialmente foi tão intensa que logo fecharam a atração pedindo desculpas e dizendo que estão “arrependidos por terem causado tanto desconforto”. Prometeram ainda que darão um destino digno aos animais ao desmontarem  a pista.
Nós e estes animais poderiam ter ficado sem esta, não?






segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Altruísmo em alto mar? Jubartes protegem focas e outras presas das Orcas

Salvam focas, outras baleias e até peixes, contrariando todas as leis do mundo selvagem. Estudo sugere que podemos estar perante um caso raro de altruísmo interespécies. Mas também há instinto maternal.

Robert Pitman ficou intrigado quando observou a perseguição de um grupo de Orcas a uma foca, numa viagem à Antártida em 2009. Para surpresa do biólogo marinho, o instinto de sobrevivência da foca levou-a na direção de duas baleias jubarte que estavam por perto e a decisão não poderia ter sido mais acertada: o que parecia uma morte certa transformou-se num seguro de vida com cobertura total.
"Assim que a foca chegou à primeira baleia, o enorme animal rolou para ficar de costas e abraçou uma foca de 400 quilos no peito com as suas enormes barbatanas", contou então à Natural History Magazine. "Depois, com as Orcas a aproximarem-se, levantou-a e tirou-a da água" colocando-a num iceberg.
O fenômeno, que aos poucos interessou cada vez mais biólogos marinhos, aguçou-lhe a curiosidade. Uma espécie a proteger outra de uma terceira não encaixava muito bem nas leis do mundo selvagem. Será que tinha captado bem o que acabara de presenciar? Sete anos de estudo depois, estão aí as conclusões: sim, as baleias jubarte protegem mesmo as presas das Orcas, não apenas as focas mas também as baleias cinzentas e até alguns peixes.
Não é que as jubartes tenham assumido um papel de salvadoras da comunidade marinha de mamíferos. Não é suposto ser assim que a natureza funciona. Segundo o estudo de Robert Pitman, publicado no jornal Ciência dos Mamíferos Marinhos, a explicação está no instinto maternal que essas baleias possuem, por estarem habituadas a proteger as suas crias dos ataques de Orcas.
"As jubartes não são muito inteligentes. Elas têm uma maneira de lidar com isto que basicamente é impedir que as Orcas matem. E é esse desfecho que é importante para elas", explica Robert Pitman à cadeia televisiva CBC, do Canadá.
Se protegem as suas próprias crias, ou focas, ou outras baleias, ou peixes, das mandíbulas das Orcas, parece ser irrelevante para determinar o seu comportamento perante a ameaça. Certo é que é uma batalha de pesos pesados dos mares: as jubartes podem chegar à 40 toneladas e as Orcas, até 9.
Mas as conclusões do biólogo marinho americano deixam margem para outro tipo de explicações, ainda mais surpreendentes: "Não há benefício aparente para as jubartes continuarem a interferir quando outras espécies estão sendo atacadas. Não se pode descartar um caso de altruísmo interespécies, mesmo que não seja intencional."

Pois é: as leis do mundo selvagem não estão todas escritas; há ainda muito por descobrir.



Fonte: Site português Visão, de 15 de agosto de 2016.

P.S.: Fiz algumas adaptações no texto já que este foi traduzido da Reuters para Português de Portugal.




sexta-feira, 25 de novembro de 2016

O problema da desidratação em cativeiros

Em cativeiro, os cetáceos são alimentados com peixes congelados, que possuem bem menos água que peixes vivos, levando-os a quadros de desidratação crônica. Na tentativa de diminuir este problema e mantê-los hidratados, eles recebem, especialmente as Orcas, gelo e gelatina, substância que obviamente não é natural para eles. Segue imagem que não me deixam mentir:

Foto de Thomas Hawk

Sem contar que também recebem pílulas com vitaminas e minerais já que peixe morto também não tem a mesma riqueza nutricional do que quando caçado vivo. E por fim, o fato de somente serem alimentados por animais mortos e congelados (e obviamente dado diretamente na boca pelos treinadores), deixam de receber estímulos vitais para seu desenvolvimento e saúde física e mental. Esta falta de estímulo físico e comportamental e dos nutrientes necessários para uma vida saudável levam os animais a desenvolverem graves distúrbios psicológicos e problemas sérios de saúde.
Dificilmente paramos para pensar nisso, certo? Mas sem dúvida este é só mais um problema enfrentado por animais em cativeiro. Como já dizia Jacques Cousteau, por mais que se esforcem, nenhum ambiente artificial será capaz de recriar, nem mesmo se aproximar do que é a vida desses animais no local em que jamais deveriam ter saído, os oceanos.




terça-feira, 22 de novembro de 2016

Orquinha ganha nome na Escócia

O membro mais jovem de um pod de orcas que visita frequentemente as águas escocesas recebeu um nome através do voto popular.
A orquinha que nasceu este ano vai ser chamada de “Tide” (Maré, em Português). Este nome foi escolhido a partir de uma pequena lista de quatro nomes por um júri dos grupos de defesa e pesquisa de animais Orcas Guardian Iceland, Caithness Sea Watch, Shetland Wildlife e Scottish Wildlife Trust. Os outros possíveis nomes eram Save, Echo e Norse.
Mais de mil pessoas votaram para escolher este que foi o nome indicado por crianças de uma escola de Glasgow, com objetivo de individualizar cada orca do pod e evitar confusões, como muito é feito em outras partes do mundo. Lembrando que se utilizam de algumas distinções físicas de cada uma para identificá-las e documentá-las como formato da nadadeira dorsal, manchas na pele, cicatrizes, marcas, etc.

Mousa e Tide (imagem do The Press and Journal)

Essas baleias vivem em águas islandesas mas tendem a viajar para o Sul, passando por Shetland e seguindo pela costa escocesa durante a primavera do hemisfério norte, provavelmente para caçar filhotes de focas. Há casos em que as Orcas possuem nomes diferentes na Islândia e na Escócia. A mãe da Tide, por exemplo, é chamada de Mousa na Escócia e de Vendetta na Islândia.
Existe um pequeno pod de Orcas que vive somente nas águas escocesas, mas são apenas sete, pois perderam mais um membro (chamada de Lulu) no início do ano. Triste pensar que são tão poucas, não?




domingo, 20 de novembro de 2016

FEROP divulga imagens de Orcas captadas por drones na Rússia

Neste último verão do hemisfério norte, o FEROP - Far East Russia Orca Project ("Projeto Orca do Extremo Oriente Russo"), grupo formado para pesquisa e proteção das Orcas que habitam as águas russas, utilizou-se de drones para filmar pela primeira vez Orcas e outros cetáceos na costa da Península Kamchatka. O resultado mais que interessante pode ser conferido no curta metragem divulgado no final do mês passado através do YouTube. Assista, encante-se, compartilhe:



Orcas habitam os oceanos por toda extensão entre o Ártico e Antártica, mas na Rússia, são estudadas apenas em apenas um local, Kamchatka. O FEROP, que já foi citado outras vezes aqui no blog, foi fundado e desenvolvido pelo Dr. Alexander Burdin, chefe do Laboratório de Ecologia Animal do Instituto de Ecologia e Gestão da Natureza de Kamachatka, por Erich Hoyt, pesquisador sênior da Sociedade de Conservação de Baleias e Golfinhos e pelo pesquisador japonês Haruko Sato. Para saber mais sobre o trabalho que realizam, visite a página do projeto na Internet ou no Facebook (ambas em Inglês):
- Facebook: https://www.facebook.com/russianorca/?fref=ts




P.S.: Saiba um pouco mais sobre o pesquisador Erich Hoyt e seu trabalho na postagem de janeiro de 2014 "Livro de Erich Hoyt agora em versão eletrônica", disponível no link abaixo:
http://v-pod-orcas.blogspot.com.br/2014/01/livro-de-erich-hoyt-agora-em-versao.html



sábado, 19 de novembro de 2016

Petição pede a retirada de barragens em rio para proteger Orcas

Cerca de 40% da população de Orcas Residentes do Sul foi vendida para parques marinhos ou morreu durante o processo de captura entre 1965 e 1976, o que provavelmente foi o fator chave que contribuiu para seu status atual de ameaçadas de extinção, e ainda assim, novas ameaças continuam surgindo. 
No entanto, pela primeira vez na história, é possível tentarmos batalhar contra uma dessas principais ameaças que é a escassez de alimentos. A Whale and Dolphin Conservation preparou uma petição a ser entregue aos órgãos americanos responsáveis pedindo a remoção das quatro barragens mais baixas presentes no Rio Snake, pois elas atrapalham e até interrompem o processo de reprodução do salmão da espécie Chinook (que apesar de não poder ser pescado, não está conseguindo manter sua população), alimento principal das Residentes do Sul. Sem contar as demais espécies que estão diminuindo drasticamente por conta de represas e barragens em toda a região. A retirada dessas quatro já auxiliaria e muito na reestruturação do ecossistema local.
No link abaixo, há detalhes sobre o problema, incluindo gráficos sobre as populações de Orcas, e a petição (somente em Inglês), acesse-o e assine você também. Divulgue a seus amigos. Basta incluir seu nome (First Name), seu sobrenome (Last Name), seu país (Country), seu e-mail e a informação sobre como soube da campanha (How did you hear about this campaign?, optando por “Other”, por ter tomado conhecimento através do blog e não através de nenhuma opção apresentada) que são as informações obrigatórias com asteriscos:





"ESTA É UMA OPORTUNIDADE HISTÓRICA DE RESTABELECER O ECOSSISTEMA COMPLETO DE UM RIO, AJUDE AS POPULAÇÕES DE SALMÕES SELVAGENS A SE RECUPERAREM E AUMENTAR A OFERTA DA PRINCIPAL FONTE DE ALIMENTOS DAS AMEAÇADAS ORCAS RESIDENTES DO SUL."


Lembre-se há apenas 80 membros na população das Residentes do Sul, esta que é tão amada e admirada em todo o mundo! Não deixe de assinar e divulgar! Leva apenas alguns segundos, mas pode mudar o futuro!




sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Curiosidades sobre baleias

Baleias são um dos animais mais intrigantes do planeta. Conhecemos 78 espécies desses mamíferos marinhos, e continuamos aprendendo coisas estranhas sobre eles o tempo todo. Algumas delas você confere nessa lista:

Baleias-da-groelândia podem viver por mais de 200 anos!
As tartarugas poderiam ser melhores amigas de algumas baleias, já que essas também podem viver por alguns séculos. A baleia-da-groelândia lidera o ranking de mamífero que vive por mais tempo. Cientistas acreditam que a mais antiga já encontrada pode ter vivido até 211 anos!

Um grupo de pesquisadores canadenses que acompanha baleias-jubarte há 16 anos descobriu que as fêmeas têm melhores amigas. E, como qualquer bom amigo, elas se reúnem todos os anos.
Incrivelmente, elas distinguem suas amigas entre outras baleias em diferentes locais do oceano. E o que elas fazem nesses encontros? Flutuam juntas, compartilham alimentos e desfrutam da companhia uma da outra.
Até o momento, não foi observado o mesmo comportamento entre machos ou fêmeas com machos.
Para as fêmeas, as melhores amigas parecem trazer benefícios, como o nascimento de mais filhotes saudáveis a cada ano. O motivo disso ainda é um mistério.

A baleia-azul é o maior animal que já existiu!
Desculpem-nos, dinossauros. O maior animal que já pisou na Terra (ou melhor, nadou) são as baleias-azul. Esses mamíferos aquáticos podem ter mais de 30 metros e pesar 180 toneladas! O coração de uma baleia-azul pode ser do mesmo tamanho de um carro pequeno, e bate tão alto que pode ser detectado a três quilômetros de distância. A boca da baleia-azul é tão grande que nela caberiam 100 pessoas, e as artérias são tão grossas que uma bola de basquete poderia flutuar através delas.
E não para por aí: cientistas afirmam que a baleia-azul está ficando ainda maior por causa do aquecimento global. O número de pequenos crustáceos está aumentando no habitat das baleias em decorrência do aumento de temperatura das correntes oceânicas. Por isso, ao contrário da tendência observada em outros mamíferos, as baleias devem aumentar ainda mais seu tamanho.


Algumas baleias imitam a fala humana!
As baleias podem fazer muitos sons inimagináveis. Inclusive o de vozes humanas. Uma baleia-branca chamada Noc se tornou tão boa nisso que uma vez dois pesquisadores pensaram que duas pessoas estivesse conversando. Isso continuou até que a baleia convenceu um mergulhador de que alguém estava chamando por ele. Ele se deslocou para o tanque, quando percebeu que era Noc querendo bater um papo.
Depois desse caso, cientistas começaram a tentar entender o que eram aqueles sons de Noc, incomuns para uma baleia, e que tanto pareciam com a voz humana. Até que ela parou de conversar.
Não se sabe se eram simples alterações hormonais, se ela perdeu essa habilidade a medida que envelhecia ou simplesmente se cansou. Mas o caso de Noc não é único. Na década de 40, relatórios indicam que baleias-branca faziam sons parecidos com o de crianças. E, supostamente, uma baleia chamada Lugosi que vive em um aquário em Vancouver, no Canadá, sabe dizer seu nome. Assustador, não?


Cachalotes dormem de um jeito muito estranho!
Até muito recentemente, acreditava-se que baleias dormiam como golfinhos, ou seja, com apenas metade do cérebro, deixando um olho aberto para reconhecer ameaças. No entanto, em 2013, cientistas observaram um grupo de cachalotes no Chile descansando completamente na vertical, como no vídeo acima.
Os pesquisadores foram até o grupo e empurraram uma das baleias. Nesse momento, todas acordaram e saltaram para a superfície. Elas estavam realmente dormindo, e não como os golfinhos.
Os cachalotes dormem de uma das formas mais estranhas conhecidas no reino animal. Acredita-se que essas baleias durmam por períodos de cerca de 12 minutos e, em seguida, flutuam para a superfície, lentamente. Além disso, por alguma razão desconhecida, os cachalotes só dormem entre as 18 horas e a meia-noite.


Baleias podem engolir seu próprio peso em quantidade de água!
Cientistas descobriram que baleias têm um órgão misterioso que não existe em nenhum outro animal conhecido no planeta. Esse órgão tem mais ou menos o tamanho de uma laranja e está localizado nos queixos das baleias. Ninguém sabe direito o que ele faz, mas acredita-se que ajuda os mamíferos a fazer a grande quantidade de movimentos necessários para filtrar a água em suas gargantas depois de comer.
Baleias engolem grupos inteiros de presas (plâncton ou peixes, dependendo da espécie), o que significa que elas engolem muita água junto. Elas podem engolir seu próprio peso em quantidade de água. Em seguida, elas filtram o alimento com ajuda do órgão e de pequenos fios em suas gargantas, que separam comida de líquidos.


Moby Dick realmente existiu!
A história da baleia Moby Dick, contada por Herman Melville, realmente parece uma obra fictícia gerada completamente na imaginação do autor. Afinal, não é todo dia que um cachalote enfurecido se revolta contra baleeiros e acaba com todos após ser ferido.
No entanto, Melville baseou sua ideia em fatos reais e em uma baleia de verdade chamada Mocha Dick. O evento que inspirou o escritor aconteceu por volta de 1820, quando Mocha Dick bateu e afundou um navio baleeiro inglês.
A tripulação desembarcou em uma ilha deserta, onde recorreram ao canibalismo. As descrições de Mocha Dick batem com as de Moby Dick. As duas baleias são brancas e jorram água fazendo um terrível rugido. Entretanto, a baleia real parece ainda mais aterrorizante do que a da ficção. Mocha era avistado coberto de cracas e arrastava arpões e cordas dos encontros com os baleeiros que não conseguiram matá-lo – como uma baleia fantasma no oceano.


Baleias cantam e as músicas fazem sucesso entre as outras!
Não são só os humanos que tem paradas de sucesso. Em 2011, cientistas descobriram que as canções de baleias também podem fazer sucesso entre as demais, como uma música da Lady Gaga se espalhando pelas rádios do mundo.
Em uma área compartilhada por baleias, todas fazem os mesmos sons. Com o tempo, a música vai mudar, e, se for boa o suficiente, ela vai se espalhar para outras populações de baleias.
Quando um novo som vem de fora, pode ser um “remix” de uma música anterior. E isso não é apenas uma simplificação grosseira – cientistas afirmam que o fenômeno realmente acontece.
Algumas vezes, surgem músicas completamente originais, que ficam mais populares à medida que são cantadas por mais baleias, que viajam e espalham o som para outras.


Baleias adotam outros animais… e objetos!
Nem todas as baleias são violentas como Moby Dick. A maioria é bem amigável, até mesmo com outras espécies. Por exemplo, em 2011, um grupo de cachalotes adotou um golfinho que nasceu com uma deformação na coluna, em forma de S.
Presume-se que o grupo do golfinho o rejeitou devido a sua deformidade. E as baleias, que são mais lentas, certamente se atraíram por um animal sociável como o golfinho.
E, por falar em adoção, baleias-branca fêmeas têm sido observadas carregando tábuas e até esqueletos de animais em suas cabeças ou costas, tratando os objetos como espécies de filhotes substitutos. Bizarro!



Fonte: hypescience.com 




sábado, 22 de outubro de 2016

Mobilização para proteger as baleias

A equipe da Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca, administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no litoral de Santa Catarina, se reveza desde setembro no monitoramento das praias da unidade de conservação durante os feriados e finais de semana, para prevenir e coibir o molestamento intencional de cetáceos.
Geralmente nesse período do ano, nas praias onde costuma haver maior concentração de baleias, é observada a movimentação de pessoas, embarcações e aeronaves se aproximando dos animais, muitas vezes bem abaixo dos limites permitidos, o que pode configurar molestamento.
Além do monitoramento, os servidores do ICMBio fazem trabalho de conscientização, por meio de abordagens e conversas com frequentadores e moradores da região e distribuição de folders e cartazes com o objetivo de informar as pessoas sobre o que é o molestamento intencional de cetáceos e como ele ocorre. A ideia é prevenir o ilícito ambiental.
“Nossa orientação é que os frequentadores das praias, ao notarem pessoas praticando atividades que aparentem estar molestando as baleias, registrem as situações fotografando ou filmando e entrem em contato com a equipe da APA, para que possamos agir rápido e impedir ou, se não der, apurar possíveis infrações ambientais”, diz o chefe da APA da Baleia Franca, Cecil Barros.
Segundo ele, a equipe da unidade atua, também, de forma preventiva, por meio da presença ostensiva nas praias nos dias de maior movimento, geralmente finais de semana e feriados. Além disso, divulga as normas que definem o molestamento. “Desta forma esperamos prevenir tais situações”, afirma Barros.

Orientações:
Um cartaz elaborado em parceria entre o ICMBio e a Secretaria Estadual de Turismo, com exemplos de situações a serem evitadas, indicando e informando sobre as áreas de refúgio dos cetáceos na APA, está sendo distribuído e afixado em diversos estabelecimentos e locais públicos nos municípios abrangidos pela unidade de conservação.
Conforme a Portaria Ibama 117/1996, para evitar o molestamento de cetáceos, deve ser evitada a aproximação de embarcações com motores engrenados a distâncias inferiores a cem metros dos animais; deve-se reengrenar os motores apenas quando as baleias ou golfinhos estiverem, no mínimo, a 50 metros de distância.
Além disso, não se deve interromper ou tentar dirigir o curso de grupos de cetáceos, nem dispersá-los, não jogar quaisquer substâncias a distâncias inferiores a 500 metros dos animais, nem produzir sons excessivos a menos de 300 metros de distância.
A altitude mínima para sobrevoo sobre baleias e golfinhos é de cem metros. Outra recomendação é não se aproximar a menos de 50 metros dos animais, por meio de natação com ou sem auxílio de qualquer tipo de equipamento.
O descumprimento dessas normas pode levar à aplicação de sanções administrativas pelo ICMBio, de multa no valor de R$ 5 mil, apreensão de equipamentos, embarcações ou aeronaves, além da comunicação de crime ao Ministério Público, que pode resultar em pena de 2 a 5 anos de reclusão conforme a legislação vigente.

Serviço:
Infrações ambientais nos dias úteis podem ser comunicadas ao ICMBio por meio do telefone (48) 3255 6710 e também pelo e-mail apadabaleiafranca@icmbio.gov.br. Nos feriados e finais de semana, denúncias de molestamentos de cetáceos podem ser feitas pelo celular (48) 9170-5077.

Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280



Fonte: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.




quinta-feira, 20 de outubro de 2016

10 coisas que você não sabia sobre a baleia assassina

Foto de Robert Pitmam
1. Para quem não sabe, embora sejam comumente chamadas de baleias, as orcas pertencem à família dos golfinhos.

2. As orcas passam 60% do seu tempo procurando comida. Chegam a comer até 400 quilos de carne por dia.

3. São capazes de nadar até a praia e arrastar-se no leito raso para capturar presas como focas e leões marinhos, correndo o risco de encalhar.

4. Formam grupos matriarcais. Quando a líder morre, é logo substituída pela familiar mais próxima.

5. Orcas são animais carnívoros e estão no topo da cadeia alimentar. Elas possuem uma grande variedade de presas no cardápio: moluscos, peixes, focas e até baleias (são os únicos cetáceos que se alimentam de outros cetáceos).

6. As orcas podem chegar a 9 metros de comprimento e pesar até 6 toneladas.

7. A gestação dura em torno de 16 meses. Os filhotes são amamentados em média de um a dois anos, mas permanecem a vida toda junto da mãe.

8. As fêmeas podem chegar aos 80 anos de idade e os machos, aos 50.

9. Enquanto as orcas soltas em seus habitats naturais vivem até os 80 anos, as criadas em cativeiro dificilmente passam dos 30.

10. A grande maioria das orcas criadas em cativeiro tem a nadadeira dorsal colapsada (um sinal claro de stress), o que é bastante raro na natureza.



Fonte: Mais Curiosidade (site Meio Norte)





quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Apoie a criaçao do Santuário de baleias do Atlântico Sul


A HORA É AGORA

A Comissão Internacional da Baleia votará a criação do Santuário entre 20 e 28 de outubro, na Eslovênia. Na última tentativa, em 2014, a proposta obteve 69% dos votos, quando o necessário são 75%. Ajude-nos a pressionar os países a aprovar essa importante área de proteção!




O que é a campanha pelo santuário de baleias do Atlântico Sul?
Durante o século 20, quase 3 milhões de baleias foram mortas em todo o mundo – 71% delas foram caçadas no hemisfério sul. Para garantir a recuperação das populações das diferentes espécies de baleias que ocorrem na região, tem sido proposto, desde 1998, a criação do Santuário de Baleias do Atlântico Sul. A medida, no entanto, sempre sofreu oposição e foi bloqueada por alguns países que fazem parte da CIB – Comissão Internacional da Baleia, como Japão e Noruega.
Agora, após atualizar a proposta do santuário incluindo um plano de manejo com base nas recomendações do Comitê Científico da CIB, um grupo de países formado por Brasil, Argentina, Uruguai, África do Sul e Gabão submeterá a criação do santuário à votação na próxima reunião da entidade, na Eslovênia, entre 20 e 28 de outubro. 
Para mobilizar a sociedade e exercer pressão na CIB, O Ministério do Meio Ambiente lançou a campanha “Santuário de Baleias do Atlântico Sul: #santuarioeuapoio”, que ganhou a adesão do Greenpeace e de outras organizações.

O que é necessário para que ele seja criado?
Quando foi lançada, a proposta ganhou apoio consistente e crescente e se aproxima dos 75% dos votos necessários para sua aprovação. Agora, o objetivo é conseguir a adesão de países que ainda não se posicionaram a favor, como Antigua e Barbuda, Camboja, Cote d’Ivoire, Gana, Granada, Guiné, Kiribati, Laos, Ilhas Marshall, Mongólia, Morrocos, Nauru, Nicarágua, Palau, St. Kitts e Nevis, Santa Lucia, São Vicente e Granadinas, Tanzânia e Tuvalu.

O que posso fazer?
Queremos mostrar que a população, não apenas a brasileira, mas a mundial, está preocupada com a conservação das baleias e apoia a criação do Santuário de Baleias do Atlântico Sul. Ao assinar esta petição, você fortalece esse movimento. As assinaturas serão encaminhadas para os 88 países-membros da Comissão Internacional da Baleia para demonstrar a importância desta iniciativa. Compartilhe também seu apoio nas redes sociais.

Ainda são caçadas baleias no Brasil?
Não. A Lei 7.643 proibe a captura de baleias e golfinhos nas águas brasileiras desde 1987. Além disso, as águas jurisdicionais marinhas brasileiras foram declaradas Santuário de Baleias e Golfinhos pelo Decreto Nº 6.698, de 17 de dezembro de 2008, com a finalidade de reafirmar o interesse nacional no campo da preservação e proteção de cetáceos e promover o uso não-letal das suas espécies. A proposta do Santuário de Baleias no Atlântico Sul visa expandir a proteção para além das águas jurisdicionais brasileiras, incluindo as águas internacionais.
Para além das águas brasileiras, em 1986 a Comissão Internacional de Baleias (International Whaling Commission, ou IWC) determinou uma moratória global na caça comercial em resposta à redução da população de baleias e ao crescente repúdio pela prática. Porém, o Japão, a Islândia e a Noruega fizeram objeção à moratória, e continuam realizando a caça de baleias. A intenção de expandir essa atividade para outros mares é uma ameaça silenciosa, mas que não pode se tornar uma realidade.

Por que o Greenpeace está envolvido?
O Greenpeace sempre lutou pela criação deste Santuário. Inclusive, em anos anteriores, exigiu uma postura mais contundente por parte do próprio governo brasileiro nesta articulação. Este ano, o Ministério do Meio Ambiente está atuando de forma ativa junto à Comissão Internacional da Baleia para a criação do Santuário. O Greenpeace e outras organizações, como SOS Mata Atlântica, Instituto Boto Cinza, Mater Natura, estão mobilizando a sociedade no Brasil e em outras nações para enviar uma mensagem clara em favor da criação do Santuário e da proteção das baleias no Atlântico Sul.

O que mais está sendo feito?
O Greenpeace trabalha para proteger os oceanos. Isso inclui a criação de reservas marinhas, na qual são preservadas inúmeras espécies; um trabalho contra a pesca excessiva; a poluição dos mares; e o combate ao impacto das mudanças do clima que também afeta os oceanos e quem vive nele. O Greenpeace denuncia a pesca ilegal e acompanha, por exemplo, a Comissão para a Conservação dos Atuns, articulando regulamentações e regras mais fortes para a conservação do atum-azul em diversos países. No Japão, o Greenpeace trabalha para acabar com as operações baleeiras. Também estamos em campanha para a Comissão Internacional da Baleia ser transformada em um verdadeiro acordo para a conservação desses animais.


ASSINE A PETIÇÃO!
Leva apenas alguns segundos...
Divulgue, compartilhe, peça para a família e os amigos assinarem... Não nos custa nada, mas pode custar a vida de muitas dessas criaturas e o futuro das próximas gerações!


Use nas redes sociais: #santuarioeuapoio



Fonte: Greenpeace Brasil.


terça-feira, 13 de setembro de 2016

Como você é responsável pela matança de golfinhos no Japão

Sabe aquela famosa matança anual de golfinhos em Taiji, no Japão?
Não, ela não ocorre por conta de uma suposta tradição ou para o consumo da carne (já que carne de golfinho é tóxica e muito barata, o que não compensaria a caça), mesmo porque, em ambos os casos ela não se pagaria dado que é um esquema de caça caro...
A grande verdade é que: antes da matança iniciar, “treinadores” do mundo todo escolhem os golfinhos mais bonitos e aptos à vida em cativeiro e pagam verdadeiras fortunas por eles... É esta fortuna que financia a matança!
Os golfinhos não selecionados é que são mortos! A carne é vendida e recebem uma mixaria por ela...
"Ah, mas o SeaWorld não faz isso porque eles têm os próprios golfinhos..."
- Não!!! Eles estão lá sim e são os maiores interessados! Sem contar que estimulam a atividade no mundo todo!



E depois você paga para nadar com golfinhos no SeaWorld, no Havaí, em Las Vegas, Cancún, nas ilhas do Caribe e etc... Acha isso justo em nome do seu egoísmo e vaidade?
A matança é iniciada anualmente no dia 1o. de setembro e está ocorrendo neste exato momento!
Se os ama verdadeiramente, visite-os em seu habitat e respeite-os acima de tudo, ok?!
Essas criaturas não nos pertencem... Devem apenas ser apreciadas e protegidas! É o mínimo que merecem por serem tão majestosas e especiais!

Informe-se! Divulgue!
Avise aquele amigo que está planejando fazer isso nas próximas férias ou que acabou de postar uma foto na rede social orgulhoso beijando um golfinho...



P.S.: Há detalhes sobre como funciona este esquema numa postagem antiga do blog... Leia, entenda, divulgue, só assim poderemos mudar esta vergonhosa realidade: http://v-pod-orcas.blogspot.com.br/2012/06/qual-relacao-entre-o-massacre-de.html

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Homem pula no mar para nadar com uma Orca

Um neozelandês que estava filmando o oceano com um drone capturou a imagem de um rapaz nadando com uma Orca.
Sam Kynman-Cole postou um vídeo no YouTube mostrando uma Orca nadando próxima a um homem de caiaque, que coloca o snorkel e se joga nas águas da Baía de Army, na costa de Auckland (Nova Zelândia), para interagir com o animal. A Orca, muito ágil e curiosa nadou com ele até que voltasse ao caiaque, em seguida foi acompanhando-o por um tempo.
Sam havia direcionado o drone ao local, pois ouviu que Orcas tinham sido vistas na área, mas ele definitivamente não estava esperando uma cena como esta. Confira:



Lembrando que, na verdade, ele cometeu um crime, pois na Nova Zelândia, assim como em diversos países, aproximar-se a menos de 100 metros de um animal marinho é proibido... Nadar com eles, mais ainda, pois não devem ser perturbados. Sem contar que foi um tanto arriscado já que, por mais que Orcas sejam dóceis e jamais tenham atacado um ser humano em seu habitat, trata-se de um animal extremamente forte e muitas vezes imprevisível... Apenas um pequena mordida de "inspeção" poderia machucá-lo.
O que acharam? Se pudesse fariam o mesmo?




domingo, 4 de setembro de 2016

A Orca branca Iceberg vista novamente

Após quatro anos sem "aparecer", a Orca branca chamada de Iceberg foi vista novamente na Rússia! Erich Hoyt, especialista que se dedica ao estudos de Orcas desta região, estava feliz em compartilhar esta informação pelo Twitter esta semana. Segundo ele, ela (que na verdade é ele) estaria com pelo menos 22 anos de idade e esbanja saúde ao lado da família.

Imagens: Facebook FEROP

Em 2012, eu havia esclarecido algumas informações sobre Orcas brancas aqui no blog, porque eu já havia publicado que uma delas tinha sido vista anteriormente em 2008, mas outros meios de comunicação (inclusive aqui no Brasil), afirmavam que isso só tinha ocorrido em 2010. Na ocasião,  também informei que não tinham certeza sobre o que causava este tipo de falta de pigmentação, e, segundo Erich Hoyt, isso ainda é uma dúvida, não sabem se são albinas ou leucísticas*. Agora também sabe-se que existem pelo menos cinco delas e tudo indica existirem oito. Dado que este tipo de Orca é raro (1 em 10.000), acredita-se que seja algo genético específico da espécie da região. O registro do avistamento foi novamente efetuado pela equipe do Far East Russia Orca Project (FEROP) e publicado em sua página do Facebook. Além disso, detalhes científico destes encontros com Orcas brancas foram divulgados no respeitado Jornal Aquatic Mammals, que publica artigos relacionados a mamíferos marinhos.
Conheça-o através do link: http://www.aquaticmammalsjournal.org/.

Quer saber mais sobre as Orcas brancas? Tem mais aqui no blog:



* O leucismo (do grego λευκός, leucos, branco) é a falta de pigmentação em partes do corpo de algum animal, podendo ter fundo genético (hereditário ou não), metabólico ou até de alimentação. O resultado normalmente são regiões corpóreas de coloração branca, em maior ou menor extensão, onde naturalmente deveria ocorrer alguma pigmentação. Indivíduos irregularmente manchados de branco são também comumente chamados de "arlequim". Ao contrário do albinismo, que é a ausência completa de melanina, o leucismo pode envolver outros tipos de pigmento. (Fonte: Wikipedia)




sexta-feira, 2 de setembro de 2016

A história da baleia mais solitária do mundo

-- Por Fernando Martins, Colunista da Gazeta do Povo


Não é difícil encontrar quem se identifique com 52 Blue. Alguém que não se encaixa no mundo. Que é solitário. E que continua tentando.

Ele não tem família. Nem amigos. Tampouco namorada. Mas guarda no peito um enorme coração. Que não desiste. Ano após ano, chama por companhia. Que nunca vem. E ainda assim continua a chamar, mesmo que ninguém escute seu melancólico e solitário clamor.

Apresento-lhes 52 Blue (ou 52 Hertz) – a baleia mais solitária do mundo. Ok, por adequação à nossa inculta e bela língua, talvez devesse chamá-lo de “ela” – afinal, nem mesmo os cientistas sabem ao certo se se trata de uma fêmea ou de um macho. Mas os norte-americanos, que estudam o comportamento de Blue, apostam que ela é ele: são os machos que cantam para atrair parceiras.

52 Blue foi identificado pela primeira vez em 1989 por militares dos Estados Unidos que monitoravam sons subaquáticos no Pacífico Norte – o objetivo era encontrar submarinos soviéticos.
O que chamou a atenção no caso de nosso personagem é que o canto dele é único. Claramente o de uma baleia. Mas diferente de todos os demais. Não se sabe por que, mas Blue canta em uma frequência (daí seu nome) de 52 hertz – grave como a nota mais grave de uma tuba para os humanos, mas extremamente agudo e possivelmente inaudível para as baleias, que vocalizam sinais sonoros na faixa entre 15 e 20 hertz. Portanto, nenhuma potencial companhia escuta o chamado de Blue. Desesperador: um gigante que vaga sozinho num gigante ainda maior, a imensidão azul.

A Guerra Fria acabou. O sistema de escutas submerso do Pacífico foi repassado pelos militares a pesquisadores da vida marinha. Mas os chamados de 52 continuaram a ser captados e estudados rotineiramente. E sempre mostraram que, a despeito de baleias serem animais sociáveis, sua jornada é absolutamente solitária e seu chamado, infrutífero. Desde que foi descoberto até hoje. Vinte e sete anos: a idade do desejo inalcançado.

Muita tinta já foi gasta para tentar explicar o triste destino de Blue. Teria alguma deformidade que altera sua “voz”. Ou seria um híbrido – mistura que produziu um sujeito singular – de uma espécie incerta com uma baleia-azul. (A especulação de que ele é uma baleia-azul é porque 52 migra numa rota similar à dessa espécie –o que explica por que também é chamado de Blue).

Mas certeza mesmo para esclarecer os mistérios que o cercam, só estudando-o de perto. O problema é que 52 nunca foi nem sequer avistado por humanos. Ouvi-lo até é fácil: o canto de uma baleia chega a se propagar por milhares de quilômetros no oceano. Encontrá-lo? Aí são outros quinhentos. É como achar agulha no palheiro.

O fato é que, em meio às incertezas científicas, o canto de Blue acabou por seduzir outra espécie animal, a nossa. A história conquista corações ao redor do planeta. E um longa-metragem está sendo produzido para contá-la a quem ainda não a conhece.

Mas tem muito cientista que torce o nariz para quem atribui a 52 a alcunha de “a baleia mais solitária do mundo”. Dizem que nunca saberemos se ele de fato sofre por ser solitário. Que essa história é tão-somente a projeção dos dramas humanos numa baleia. A antropomorfização – palavra difícil essa, hein? – de um animal comum.

Que seja assim. Humanos também são sociáveis. Desenvolvem empatia com facilidade. Inclusive por animais. E não é difícil encontrar quem se identifique com Blue, ao menos em algum momento da vida. Uma pessoa que ninguém quer escutar. Que não consegue ser compreendida. Que não se encaixa em nenhum lugar; sente-se diferente de todos. Que é solitária neste vasto mundo. E que, ainda assim, continua tentando.

Talvez 52 nunca encontre uma companhia. Mas, se serve de consolo, ao menos podemos dizer-lhe: Blue, nós humanos escutamos o que você tem a dizer.



Fonte: Gazeta do Povo de 24 de agosto de 2016.