quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

O veredito de Morgan = LUTO!!!


Minha vontade neste momento era de não dizer NADA!
Mas prometi informações assim que possível...

Em uma triste audiência nesta tarde em Amsterdã, os juízes chegaram ao veredito final no caso de Morgan. Eles concluíram que a decisão do juiz de transportar Morgan para o Loro Parque, nas Ilhas Canárias, estava dentro da lei. Alegaram que as autoridades holandesas tomaram todas as medidas legais adequadas para o caso e, pior: que não há motivos para crer que a saúde de Morgan esteja em risco no parque (não sei como puderam concluir isso mesmo depois do imenso relatório minuciosamente escrito e comprovado pela Dra. Ingrid Visser)...
Logicamente, todos os grupos que lutaram incansavelmente nesses dois últimos anos para a reabilitação e libertação da jovem Orca estão extremamente tristes com o resultado, apesar de não estarem surpresos. 
Morgan foi resgatada com o objetivo de reabilitação e soltura, porém foi mantida em cativeiro sob alegação de "pesquisa e educação".
Wietse van der Werf, co-fundadou de um desses grupos, o “The Black Fish”, disse: “estamos muito desapontados com o veredito, para dizer o mínimo. É um dia trágico para Morgan e para a vida marinha em geral, que continua a ser explorada e ameaçada frequentemente sob proteção da lei”.
O “The Black Fish” e os demais grupos se reunirão em breve para discutirem como é possível prosseguirem na luta. Talvez, isso seja possível através do tribunal espanhol... Apesar de eu, infelizmente, duvidar muito (ainda mais eles, do espanhol Loro Parque, que estão se beneficiando tanto com esta situação).

Bom, para tudo isso, só há uma explicação... E esta todos nós conhecemos bem (e eu nem sei porque me deixei levar pela esperança de que pelo menos dessa vez, a justiça seria feita): No planeta em que vivemos, o dinheiro, a ganância e o egoísmo sempre falam mais alto... A vida, os animais, a natureza sempre saem perdendo. Isso é uma vergonha para a Humanidade...
Não sei até que ponto somos merecedores de um planeta tão perfeito, belo e abençoado como a Terra, nem da companhia tão magnífica e espetacular como a dos cetáceos!

Morgan, querida,
Espero que pelo menos você possa sentir o nosso amor e o valor que damos à sua vida e  sua liberdade... Desculpe-nos por termos falhado mais uma vez!


quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

O veredito de Morgan

Amigos e leitores, infelizmente não tenho tido muito tempo para escrever no blog nestas últimas semanas... E por motivo de uma viagem também não vou conseguir postar muita coisa até o fim do ano. Porém, eu não poderia deixar de passar aqui hoje para lembrar a todos que a data para os juízes darem o veredito sobre Morgan, é amanhã!
Gostaria de informá-los que estarei certamente acompanhando o veredito e assim que possível postarei aqui. Não se esqueçam de ficarem na torcida, com pensamentos positivos e se quiserem, acompanhem o blog pelo twitter. Lá, consigo divulgar informações em tempo real.



Para nossa querida e amada "baleinha Morgan":
Eu, em nome de todos aqueles que amam de verdade os animais e que sempre lutam por sua liberdade, fica a nossa oração e nosso pedido de que questões financeiras e egoístas não falem mais alto para que você possa, amanhã, finalmente, iniciar sua jornada de volta ao lar...



P.S. 1: Para mais informações sobre o caso  da Orca Morgan, visite: http://v-pod-orcas.blogspot.com.br/2012/11/ainda-ha-esperanca-para-morgan-ii.html

P.S. 2: Página no Twitter: https://twitter.com/VPodOrcas


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Orca "expulsa" cão da água

Um vídeo surpreendente foi gravado na Nova Zelândia e mostra um cão preto, aparentemente da raça labrador, sendo "perseguido" e praticamente expulso da água por Orcas. As imagens foram feitas na Baía de Matheson no início deste mês.
As pessoas que presenciaram o ocorrido se divertiram com a cena... O curioso é que não parece que a Orca queria pegá-lo de fato, mas apenas assustá-lo ou até mesmo delimitar seu território. E como é possível ver no início do vídeo, as Orcas tinham feito o mesmo minutos antes com um mergulhador, que certamente não voltou mais para água.
As Orcas provavelmente estavam caçando arraias bem próximas da praia. Arraias constituem o prato predileto das Orcas que habitam a região.
Lembrando que nunca houve qualquer registro de Orcas atacando seres humanos em seu habitat, menos ainda atacando cães.


domingo, 4 de novembro de 2012

Chocante: Limpeza dos tanques em parques marinhos

Forma pela qual os 51 parques marinhos japoneses fazem a limpeza mensal (ou quinzenal, em alguns casos) de seus tanques. De acordo com Ric O'Barry (ex-treinador de Flipper, estrela do "The Cove" e grande ativista anti-cativeiro), este método também é adotado em parques na Europa e nos Estados Unidos.
Preciso  comentar alguma coisa?








P.S.: As fotos são de Huang-Ju Chuan/Taiwan.



sábado, 3 de novembro de 2012

Príncipe apóia a libertação de Morgan


Pouco antes da audiência sobre o caso de Morgan, realizada no dia 01 de novembro, a Fundação Free Morgan divulgou uma declaração do Príncipe Albert de Mônaco defendendo sua libertação:


"Há muito tempo tenho me comprometido com a proteção da biodiversidade e dos mamíferos marinhos através da compreensão e conservação científica.
Eu também já devolvi animais dos parques do meu pai para a natureza onde e quando isso foi possível.
E este aprendizado me fez crer que Morgan, uma Orca que nasceu livre, também deveria ter a chance de ser retirada do cativeiro e levada de volta a seu ambiente natural."

Príncipe Albert II de Mônaco


* * * * * * *

Defenda você também a libertação de Morgan! Divulgue esta causa e torça para que tenhamos uma resposta positiva dos juízes no dia 13 de dezembro!



sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Ainda há esperança para Morgan II

Após 7 horas de audiência num tribunal na Holanda, tudo indica que os três juízes responsáveis pelo caso irão finalmente levar a situação de Morgan a sério... Pelo menos foi esta a sensação dos presentes no local! os juízes inclusive demonstraram insatisfação devido ao caso ter demorado tanto para voltar aos tribunais e disseram que este caso deveria servir de lição aprendida para situações futuras.
Todas as testemunhas foram ouvidas e os juízes prometeram uma definição para o dia 13 de dezembro!

Foto do tribunal ontem
Alguns pontos abordados na audiência, de acordo com a transmissão de mensagens efetuadas em tempo real pelos membros da Fundação Free Morgan que estavam no local:
- O tribunal estava cheio de pessoas apoiando Morgan e os juízes notaram isso, mencionando que este caso merecia tempo para ser analisado.
- Representantes do Dolfinarium de Harderwijk estavam presentes, mas mais pareciam estar lá defendendo a reputação do parque do que a de Morgan, fazendo ainda declarações polêmicas ao se defenderem por não a terem libertado "o mundo é selvagem, existe o sofrimento e às vezes animais morrem", compararam Morgan a um porco espinho e afirmaram que ela está feliz e saudável onde está (os juízes chegaram a lhes perguntar o motivo por estarem lá, já que já haviam transferido-a para o Loro Parque);
- Um juíz chegou a dizer que "quando se trabalha com animais vivos, o bem estar deles vem primeiro lugar. Simples assim!".
- Uma das testemunhas trazidas pelo advogado de Morgan, o especialista em reabilitação de cetáceos em todo o mundo, Jeff Foster, contou que visitou Morgan nesta semana e apontou o que conseguiu observar: Morgan é uma forte candidata para ser libertada... É fêmea e jovem, o que aumenta suas chances de aceitação em outros pods, e ela ainda se lembra da vida no oceano; porém, cada dia em cativeiro diminuem essas chances. Ele ainda mencionou o fato de o Loro Parque ter um grupo de Orcas muito desequilibrado, ela estar isolada e sofrendo agressões das "companheiras". "É normal que ela tenha dezenas de arranhões, e não centenas como é o caso". Disse ainda que, o mais difícil no treinamento de Orcas é fazer com que elas mudem o foco de dentro da água para fora da água (para ser alimentada, interagir com treinadores, etc.), mas que Morgan ainda tem foco para dentro. Ele também acredita que, mesmo que ela não se integre a qualquer pod, poderia perfeitamente viver sozinha. Mais afirmações feitas por Jeff:
"Não sou anti ou a favor do cativeiro, estou aqui por Morgan." "Eu fui atá lá porque tinha disponibilidade, fui lá observar Morgan e avaliar se ela é uma possível candidata (para ser reabilitada). E eu acho que ela é." "Posso garantir uma coisa: Morgan não terá uma vida longa e feliz na situação em que se encontra agora."
- A Dra. Ingrig Visser também deu seu depoimento como cientista, apresentando fatos. Ela apresentou o Relatório que documenta as condições de vida de Morgan no Loro Parque (cujos detalhes foram citados na postagem de ontem), mostrou que ela está sendo usada em propagandas para atrair o público ao parque, que estão faturando muito com sua presença. Disse que os treinadores interagem pouco com ela (dão mais atenção ao pequeno Aidan de dois anos de idade) e que ela mastiga concreto (há tinta azul do concreto nos dentes dela) e bate com a cabeça na parede várias vezes ao dia, evidenciando um comportamento extremamente anormal.
- Quando o representante do Loro Parque falou, Javier Almunia, ele contradisse todas as alegações da Dra. Ingrid, dizendo que ela foi introduzida corretamente ao grupo, que o comportamento dela é compatível com o de Orcas de cativeiro e da natureza, que ela recebe atenção, boa alimentação e cuidados médicos e que tem dúvidas sobre sua audição (Javier disse que farão um exame nela na semana que vem para confirmar se ela pode ouvir... e o juiz observou, e o questionou, por que fariam o exame só na semana que vem se já alegaram há um ano que ela poderia ser surda? - ele respondeu dizendo que precisava de equipamento de alta tecnologia, por isso não fizeram antes. Jeff, o entanto, informou que já realizou esse tipo de exame em cetáceos antes e que não precisa de nada em especial, e que leva apenas 20 minutos...). Javier também apresentou fotos de Orcas selvagens com marcas pelo corpo e alegou que mastigar o concreto é algo normal entre as Orcas cativas.
- O Loro Parque, logicamente, defendeu que se Morgan for libertada, ou  morrerá, ou viverá sozinha, e que o fato de ser "mandona" irá atrapalhar qualquer pod que ela faça parte (essa foi boa... rsrsrs)
- O advogado de Morgan deixou claro que, apesar de os parques negarem,  há muito interesse comercial em Morgan (afinal, se fosse por motivos de pesquisa científica, seria muito mais interessante analisar o comportamento da espécie num cercado no oceano e não num tanque pequeno de concreto) e pediu que o caso fosse analisado o mais rápido possível, pois o tempo conta contra o futuro da pequena Orca. E a maioria (se não, todos) os especialistas em Orcas no MUNDO são a favor de sua reabilitação.
Uma última afirmação (que eu achei um pouco estranha, mas tudo bem)  por parte do representante da secretaria do estado holandês: "Como Morgan está no momento não é mais relevante para a decisão deste caso".

Dra. Ingrid Visser e Jean-Michel Cousteau
dando entrevista um dia antes da audiência

Se você assinou a petição divulgada aqui no blog,
seu nome estava aí nesta caixa que foi levada
ao tribunal e você é uma destas 120.263 assinaturas!

750 alunos e professores vestindo preto e branco
em homenagem à Morgan na Escola Point View,
em Howick, Nova Zealândia, durante a audiência

Mais de 138 mil pessoas em todo o mundo estavam "ligadas" nesta audiência ontem para apoiar a libertação de Morgan.
Por volta das 17 horas e 0 minutos, a audiência foi encerrada!


P.S.: Jeff Foster participou de casos famosos de reabilitação como o de Keiko, Springer e dos golfinhos Tom e Misha (estando os três últimos livres e saudáveis no oceano).

P.S. 2: As fotos foram obtidas na página do Facebook do Free Morgan Foundation (http://www.facebook.com/freemorgan.org) e do The Black Fish (http://www.facebook.com/theblackfishorg), visite-os e "curta-os".






quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Ainda há esperança para Morgan... E é HOJE!

Para nós que tanto torcemos para que Morgan tenha a chance de viver livremente, hoje temos mais uma oportunidade para pelo menos podermos sonhar com isso...
HOJE, a batalha continua num tribunal de Amsterdã. Três juízes holandeses reavaliarão a decisão do ano passado que permitiu que Morgan fosse transferida para o Loro Parque. Morgan foi capturada em junho de 2010 no mar de Wadden (ou mar Frísio) sob permissão de reabilitação e soltura.  Ela foi encontrada separada de sua família, abaixo do peso e sofrendo de desidratação.  O Dolfinarium de Harderwijk (parque marinho holandês) auxiliou Morgan na recuperação, mas, em seguida, ignorou o tipo de permissão concedida exibindo-a ao público e selecionando cuidadosamente as informações que disponibilizava aos especialistas, de forma que concordassem que ela não deveria ser devolvida ao mar. Porém, depois que tiveram acesso a todas as informações, a maioria deles, mudou de opinião, especialmente depois de a provável família de Morgan ter sido identificada e de um Plano de Reabilitação e Soltura ter sido desenvolvido pela Fundação Free Morgan. Sem contar que, apesar de todas as disputas em tribunal, menos de um ano e meio de Morgan ter sido capturada, ela foi transferida para o Loro Parque (um grande parque de diversões nas Ilhas Canárias, Espanha, já citado no blog anteriormente), pois o Dolfinarium de Harderwijk alegou que ela não era uma boa candidata a ser libertada, ignorando o Plano da Fundação.
Não foi fácil, no dia 29 de novembro do ano passado (http://v-pod-orcas.blogspot.com.br/2011/11/noticias-sobre-transferencia-de-morgan_1119.html) assistirmos de mãos atadas, com indignação e tristeza no coração, Morgan sendo transportada para um cativeiro e não para a liberdade. Todos esses meses se passaram e parece que a cada dia a liberdade fica ainda mais distante... Mesmo com o excelente trabalho profissional realizado pela Fundação Free Morgan (entre outros grupos), liderado pelos mais respeitados especialistas em Orcas no mundo, como a Dra. Ingrid Visser e Jean-Michel Cousteau.
Para reforçar a frente de batalha hoje no tribunal, a Dra. Ingrid apresentará o “Relatório sobre as Condições Físicas e Comportamentais de Morgan” que revela quão devastador tem sido os problemas físicos e emocionais enfrentados por Morgan no cativeiro: Foram 77 horas e 16 minutos de observação, ao longo de 8 dias, para que se fosse possível documentar  91 eventos de agressão envolvendo Morgan. Os ataques foram muito intensos, ela foi agredida por outras Orcas, em média, mais de uma vez por hora. Desde que chegou ao parque, Morgan teve mais de 320 marcas de mordidas e perfurações (todas documentadas por fotos), sem incluir o que ela provocou em si mesma por conta de comportamentos anormais e repetitivos como ao bater a cabeça nas paredes de concretos dos tanques.
A Dra. Ingrid alega que ela não foi introduzida adequadamente ao convívio com as outras Orcas e que o Loro Parque possui um grupo de Orcas extremamente disfuncional, e mesmo todas tendo nascido em cativeiro, elas se comportam de forma anormal ao padrão social e físico tanto para Orcas nascidas em cativeiro quanto as nascidas no oceano. Lá, inclusive, depois de tantos ataques aos treinadores (um deles inclusive causando a morte de Alexis Martinez em 2009), não há trabalho de interação na água. E com tanta agressividade contida, Morgan sofre as consequências sendo brutalizada com frequência.
Durante a observação, a Dra. Ingrid a viu sendo arranhada, perseguida e levando pancadas. Keto, um macho adulto, também a ataca de forma sexual, mesmo ela não tendo maturidade para tal, ou seja, ela deveria ser mantida separada de machos adultos para não sofrer este tipo de pressão.
E com relação às alegações de que Morgan seria surda (o que contaria a favor de sua manutenção em cativeiro, segundo as leis destorcidas dos seres humanos) feitas pelo Diretor do Parque, Javier Almunia, a Dra. Ingrid disse que em suas observações não viu qualquer indício que confirmasse tal dado. Ela diz apenas que Morgan é um pouco teimosa e tem consciência própria, por isso o “não ouvir” em determinados momentos; considerando ainda que, mesmo que ela fosse surda, não seria um problema. Ela ainda cita o caso de um golfinho que, até ser capturado, havia vivido 9 anos na natureza sendo surdo e mudo sem o menor problema.
Em setembro deste ano, respondendo à carta de uma mulher que pedia a libertação de Morgan, Javier Almunia alegou que se tivessem informações certas sobre a família de Morgan (o “Pod P”, que ele alega não ser visto há anos), ela seria libertada, e que ela está no parque apenas por uma decisão judicial holandesa (para que Morgan pudesse se relacionar com outras Orcas) e não por seu valor comercial. Mas não é isso que demonstram os outdoors fotografados pela Dra. Ingrid com fotos dos shows e anunciando as apresentações de Morgan.
E com relação ao Pod P, provavelmente o de Morgan, registros demonstram que ele foi visto em junho deste ano, e que, P118 (que é o membro, cuja vocalização mais bate com a de Morgan), estava entre os membros do pod.
O pior de tudo isso é pensar que quanto mais o tempo passa, mais ajuda será necessária para que ela seja reabilitada para a vida nos oceanos... E cada vez mais também diminuem nossas esperanças já que é exatamente nisso que esses juízes vão se basear quando quiserem decidir seu destino...



O caso de Morgan é muito parecido com o de Springer, uma Orca encontrada sozinha e desnutrida próximo à Seattle, EUA, em 2002. Mas ao contrário de Morgan, sua recuperação foi  num cercado no mar, em Manchester, no estado de Washington, EUA. Assim que se recuperou, Springer foi transportada ao Estreito de Johnstone, na Columbia Britânica, Canadá, e libertada perto de Orcas de sua família, com quem partiu e retornou diversas vezes desde então.
Springer se tornou a primeira baleia a ser reintroduzida com sucesso a seu habitat depois da intervenção humana.

Espero de todo coração que Morgan seja a próxima e que eu não tenha que repetir amanhã a notícia de que ela não será libertada como em outubro do ano passado.



P.S. 1: As fotos aqui apresentadas foram obtidas no vídeo publicado pelo “Free Morgan Foundation” - todos os direitos pertencem à Fundação.


P.S. 3: Visite o site da Fundação Free Morgan (http://www.freemorgan.org/) e curta sua página no Facebook (http://www.facebook.com/freemorgan.org).

P.S. 4: ASSINE A PETIÇÃO PARA LIBERTAÇÃO DE MORGAN: https://www.change.org/en-GB/petitions/free-orca-morgan.




quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Happy Halloween com Orcas!


Orca: Doce ou travessura?

Urso: Era para você ser o quê?

Orca: Um panda!


* * * * *

Divirtam-se neste Dia das Bruxas!!!



terça-feira, 30 de outubro de 2012

Petição a favor de Lolita


O governo americano concordou em reconsiderar uma petição que objetiva a libertação de Lolita do aquário de Miami (o Miami Seaquarium).
Um órgão de defesa dos animais e o PETA planejam entrar com uma nova petição pedindo ao National Marine Fisheries Service (do inglês, Serviço Nacional de Pesca Marinha) que inclua Lolita na lista de espécies ameaçadas por fazer parte do grupo de Puget Sound (no noroeste dos EUA), que faz parte desta lista.
Em 2005, quando as Residentes do Sul foram incluídas na lista devido à, entre outros fatores, poluição e à diminuição de alimentos, não quiseram incluir as Orcas que estavam em cativeiro e seus filhotes, mesmo que fizessem parte desta população.
Lolita, cuja história pode ser lida em mais detalhes na postagem de agosto "Triste "comemoração": Captura de Lolita (Tokitae)" (http://v-pod-orcas.blogspot.com.br/2012/08/triste-comemoracao-captura-de-lolita.html), é obrigada a se apresentar no aquário desde que foi capturada no oceano em 1970.
Sob o acordo assinado em tribunal no início do mês, o governo deve decidir, dentro de um período estipulado, se esta proteção será garantida para Lolita.


Nós ficamos na torcida e na esperança de dias melhores para esta velha guerreira!


P.S.: A foto é de Peter Pijpelink, de 2007 (fonte www.seattlepi.com).



segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Sofrimento no Marineland: Kiska sangra há meses


Há meses tenho acompanhado diversas manifestações contra o parque marinho Marineland, localizado em Niagara Falls, Canadá. São muitos os relatos de descaso, abuso e falta de cuidados com os animais que lá vivem, especialmente devido ao caso da beluga chamada Charmin (uma das 39 que são mantidas pelo parque - 6 delas estão grávidas). Em abril deste ano, Charmin foi derrubada no chão por um guindaste quando estava sendo transferida de tanque. Fotos deste terrível momento e do sangue derramado foram divulgadas. 

Para nos preocupar ainda mais com a integridade física e emocional dos animais, uma última informação divulgada pela ex-treinadora Christine Santos diz que a Orca Kiska está com um grave ferimento na cauda que não para de sangrar há semanas (segundo relatos, desde julho). O parque já se defendeu alegando que as informações são difamatórias e não são verdadeiras.
Mas um vídeo gravado no local, e que pode ser visto neste link http://www.thestar.com/news/canada/article/1273122--marineland-lawyer-calls-star-allegations-seriously-inaccurate-false, comprova o sangramento.
Christine relatou que a Orca passa dias nadando apaticamente e vai arranhando partes do corpo nas paredes de fibra de vidro do tanque.
Tratar esses ferimentos é praticamente impossível, pois Kiska (que tem aproximadamente 37 anos) se recusa a entrar no tanque médico e a apresentar a cauda para que uma amostra de sangue possa ser coletada. Ela também sempre teve a saúde frágil e toma medicações frequentemente.
Kiska foi capturada na Islândia em 1981 e teve uma piora significativa na saúde há alguns anos depois da morte de Nootka (outra Orca capturada na Islândia), com quem havia desenvolvido um relacionamento muito próximo, e da morte de seu filhote de 4 anos de idade, Athena. Kiska teve 4 filhotes, tendo o mais velho morrido aos 6 anos de idade.
Christine Santos foi demitida há poucos dias do parque e contou que deveria ter assinado um documento que incluía uma declaração de que ela jamais havia visto qualquer tipo de abuso contra os animais nas dependências do parque, mas ela se recusou, dizendo que "achava correto".

Kiska vive sozinha no tanque do Marineland...

P.S.: As fotos do acidente com Charmin são do "The Star". Mais delas podem ser vistas neste click: http://www.thestar.com/photoplayer/1273137

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Vamos ajudar a libertar a Orca Narnia

Narnia é uma Orca fêmea de 6 anos de idade que acabou de ser capturada na Rússia (mais precisamente, em agosto deste ano), para que seja vendida a um aquário. Neste momento, ela se encontra no TINRO Center, próximo à Vladivostok, aguardando para ser vendida, provavelmente para o Aquário Primosky, que irá construir um tanque onde ela possa ser mantida cativa, e sozinha...
Entre 1961 e 2011, 138 Orcas foram capturadas e vendidas a aquários de todo o mundo. Hoje, somente 13 delas, estão vivas.
Uma Orca que vive livre nos oceanos pode viver por mais de 80 anos. Algumas fêmeas observadas já completaram 100 anos e ainda estão muito saudáveis. Narnia não terá esta sorte num cativeiro e provavelmente não sobreviverá por mais de 6 anos.
Seria esta uma forma de educar sobre como proteger o meio ambiente? Explorando famílias e aprisionando o maior predador dos oceanos em banheiras?

Se você também é contra, assine a petição "Free Narnia the orca", disponível no "Care 2 - Petition Site": http://www.thepetitionsite.com/242/675/045/free-narnia-the-orca/

E visite e divulgue/compartilhe a página "Free Narnia" no Facebook: http://www.facebook.com/FreeNarnia. Lá também estão disponíveis mais informações, fotos e imagens do projeto do tanque no aquário que estaria em construção!


P. S.: Em março do ano passado, eu já havia alertado aqui no blog que a captura na Rússia poderia ocorrer... Leia a postagem do dia 20 "Previsão de Novas Capturas" (http://v-pod-orcas.blogspot.com.br/2011/03/previsao-de-novas-capturas.html). Lamento que nada foi feito para impedir.



terça-feira, 9 de outubro de 2012

Golfinhos de Taiji: Alguns roubados, milhares massacrados

Para aqueles que ainda duvidavam (porque de fato, é mais fácil duvidar do que encarar e aceitar os fatos), quem financia e mantém a atrocidade da matança cruel e sangrenta de milhares de golfinhos todos os anos em Taiji, no Japão, é a indústria do entretenimento!
Segue uma prova disso!
Esta foto foi divulgada há doze horas (através do Twitter) pelo Sea Shepherd que "acompanha" a matança anual para poder compartilhar a atrocidade com o mundo todo, e quem sabe, fazer com que isso deixe de existir.
Esta é a imagem do quinto golfinho (dos 6 golfinhos nariz de garrafa) sendo retirado do mar para ser enviado para algum estabelecimento voltado para o "entretenimento" em alguma parte do mundo... Ninguém sabe onde!

Lembre-se disso quando for comprar um ingresso para um desses programas (shows e programas "nade com os golfinhos") e avalie bem qual o tipo de amor você sente de fato por essas criaturas tão especiais!



P.S. 1: Entenda a relação entre a matança de golfinhos e a indústria do entretenimento na postagem de junho: http://v-pod-orcas.blogspot.com.br/2012/06/qual-relacao-entre-o-massacre-de.html

P.S. 2: Siga o blog através do twitter e acompanhe, além de novidades sobre postagens, informações importantes sobre Orcas e golfinhos divulgadas no mundo todo: https://twitter.com/VPodOrcas



segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Orcas: Os garotões da mamãe...

Apesar da fama de maior predador dos oceanos, Orcas macho são, na verdade, os grandes "garotões da mamãe", não conseguindo sobreviver sem elas. Cientistas acreditam que um dos motivos que fazem as Orcas fêmeas possuírem uma longa menopausa é justamente para que possam proteger seus filhotes, mesmo quando já são adultos.
A menopausa é um fenômeno raro no mundo animal, e as Orcas são uma das poucas espécies, cujas fêmeas perdem a capacidade de se reproduzirem bem antes do fim da vida, assim como os seres humanos. Elas param de ter filhotes por volta dos 40 anos, mas vivem até os 90 anos de idade ou mais. Estes longos anos pós-menopausa podem fazer uma grande diferença para as Orcas macho. Pesquisadores descobriram que os machos, mesmo já adultos, que perderam suas mães, possuem 14 vezes mais chances de morrerem, do que aqueles cujas mães ainda vivem.
Como já explicado outras vezes aqui no blog, Orcas passam a vida toda em grupos (os chamados, "pods") liderados pela matriarca. Os machos jovens e férteis, quando chegado o momento, buscam as fêmeas de outros pods para se reproduzirem, mas sempre voltam para o convívio seu seu pod original e suas mães.
Diferentemente deles, de acordo com as pesquisa, parece que os filhotes fêmeas são menos afetadas pela mortalidade de suas mães. Os cientistas acreditam que isso deve ter algo a ver com a forma com que os pods são estruturados.



Aproveito então para fazer uma homenagem ao famoso "Cappuccino", outro "garotão da mamãe", pertencente ao Pod K, identificado como K-21.
Eu tive o prazer de "encontrá-lo" no ano passado e compartilho meu registro aqui com vocês.


Cappuccino está com 26 anos de idade e já é "velho conhecido" dos moradores e visitantes do estado de Washington nos EUA e da Columbia Britânica, no Canadá (ao noroeste do oceano pacífico).




terça-feira, 2 de outubro de 2012

Ferimento da Orca Nakai

Não era exatamente esta notícia que gostaria de publicar como a primeira do mês. Confesso inclusive que, na semana passada, quando soube da notícia, torci para que fosse mentira e que as fotos divulgadas fossem montagens, mas, infelizmente não é o caso.
A próxima vítima do cativeiro de forma mais explícita (portanto o parque não teve como esconder), foi Nakai, uma orca macho de 11 anos de idade que vive no SeaWorld de San Diego.
Na quinta-feira (dia 27) foram divulgadas informações e imagens sobre um "acidente" ocorrido no tanque durante uma apresentação noturna fechada para alguns convidados do parque. Os representantes do SeaWorld alegaram que o terrível ferimento em Nakai foi provocado numa parte do tanque (provavelmente numa comporta) e que estaria sendo medicada com antibióticos e respondendo bem aos cuidados veterinários. Porém, há fortes indícios, inclusive apontados pela Dra. Ingrid Visser, que esteve no parque e fotografou Nakai, de que o ferimento foi provocado por outras Orcas - Isso pode ser comprovado devido às marcas pontudas com espaçamentos de mesma medida que os dentes das baleias.
A hostilidade em cativeiro é fato entre Orcas, por diversos motivos, entre eles, porque nestas condições, Orcas de diferentes espécies e procedências (ou seja, com diferentes dialetos, experiências passadas, cultura, tamanho, estrutura social, etc) são obrigadas a conviver e interagir num espaço extremamente limitado. Relataram que no dia do incidente, Nakai, Keet e Ike se apresentavam e de repente, sem qualquer aviso prévio, inciaram uma briga. Pelas análises das imagens de segurança do parque não foi possível identificar quem deu início à briga e nem quem foi o agressor. No meio da "briga", Nakai saiu do tanque principal e Ike e Keet continuaram o "show". Após o show, quando os treinadores chamaram Nakai para a última refeição do dia, viram o ferimento. Eles ficaram chocados com a severidade do machucado. Em seguida, checaram os outros animais para conferir se também não estavam feridos.
Nas fotos é possível ver até os ossos expostos... Realmente terrível: 

Tirando a morte de Kandu V em 1989 (também em San Diego), somente outro ferimento foi tão grave quanto o de Nakai: O de Splah em 1990, que perdeu parte da mandíbula ao ser jogado contra uma comporta por Takara. A comporta tinha uma corrente e um gancho que normalmente eram cobertos por uma caixa de segurança. Mas, por algum motivo, o gancho estava exposto neste dia, literalmente arrancando parte da mandíbula de Splash. Apesar do dano não ter provocado um problema funcional significativo, Splash ficou para sempre desfigurado.
O PETA já encontrou com recurso contra o SeaWorld, alegando que não respeitam o Estatuto do Direito dos Animais que exige que mamíferos que não são compatíveis não poderiam dividir o mesmo espaço. Em declaração, o PETA diz que "os parque do SeaWorld possuem forte histórico na manutenção de Orcas que apresentam incompatibilidade de vários grupos divergentes num mesmo tanque -- e o resultado é o estresse, agitação, agressividade, disputa social, ferimentos graves e morte".


P.S. 1: Nakai nasceu em 1o. de setembro de 2001, concebido por inseminação artificial, tendo como pais, Kasatka e Tilikum.

P.S. 2: Leia sobre a morte de Kandu V aqui: http://v-pod-orcas.blogspot.com.br/2011/05/orcas-e-hostilidade-em-cativeiro-i.html

P.S. 3: As duas primeiras fotos são da Dra. Ingrid Visser (Orca Research Trust) e as da montagem abaixo foram obtidas em vídeo, conforme detalhado em texto na própria foto.




quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Orcas dão risadas!

Um estudo recente sobre os diversos dialetos e vocalizações de Orcas chegou a uma conclusão fascinante: Orcas dão risadas!
"É uma vocalização universal encontrada em todas as Orcas do oceano pacífico, independentemente de seu tipo ou cultura. Ela também é chamada de "vocalização de euforia" (do inglês, "excitement call") e foi identificada em Orcas residentes (residentes do sul, do norte e orcas russas), transeuntes do mar de Bering e nas populações de alto mar".
Clique na imagem das Orcas no link abaixo (que está em alemão) para ouvir o som da "risada".

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Cão: O melhor amigo d... das baleias

Um cão muito especial tem auxiliado os pesquisadores de Puget Sound, no estado de Washington, EUA, a acompanhar a saúde das Orcas que residem na região. O cão em questão é um "meio" labrador preto, que vagava pelas ruas de Seattle e de passado é desconhecido. Seu nome é Tucker e o auxílio tem sido numa tarefa considerada praticamente impossível...
É grande a preocupação com a saúde física e mental das famosas Orcas Residentes do Sul do noroeste do Oceano Pacífico por diversas razões mencionadas outras vezes aqui no blog: escassez de alimento, poluição física e sonora, tráfego de embarcações (especialmente as de observações de baleias), etc. E há uma forma muito "simples" de não só obter informações sobre a saúde delas, mas da estrutura familiar e hábitos, mesmo os adotados  quando não estão na região (entre outubro e abril, todos os anos): através da análise das fezes. Com elas é possível obter o DNA, avaliar a presença de toxinas e hormônios do estresse, ou seja, consegue-se saber de quem é cada amostra e delinear todo um perfil para aquele indivíduo, sem nem ao menos vê-lo. Mas como conseguir essas amostras se permanecem na superfície por apenas 30 minutos, possuem coloração que se confunde com a água e possuem pouco odor?
É aí que está o auxílio imprescindível de Tucker! Sem ele, esta tarefa, conforme destacado pelos próprios pesquisadores, seria ainda pior do que encontrar uma agulha no palheiro, dado que este palheiro se desloca com velocidade...
Tucker foi treinado para, através de seu faro, identificar fezes de Orcas no oceano e direcionar os pesquisadores para que possam coletá-las. Ele é levado de barco para o mar e sempre que identifica uma amostra, recebe um brinquedo como recompensa.
Ele não deve saber a importância do trabalho que faz, mas certamente ele se diverte. Tucker é o único animal que faz isso e para mantê-lo sempre estimulado, mesmo quando as Orcas não estão na região ou não é possível encontrar, a equipe coloca um pouco de amostra próximo ao barco para que ele a encontre e sinalize.

Neste link há um vídeo que mostra em detalhes (porém, em inglês) do trabalho realizado pela equipe de pesquisadores e o esperto Tucker: http://nyti.ms/OGcBjW.

sábado, 8 de setembro de 2012

Orca bebê é vista sozinha

Nestas duas últimas semanas, dois vídeos foram gravados e divulgados com imagens de uma Orca bebê sozinha, aparentemente a procura de companhia.
Os vídeos foram feitos no Estreito de Bass (estreito marítimo que separa a Tasmânia do sul da Austrália), mas ainda não se sabe nada sobre ela.
A pequena Orca aparenta boa saúde e disposição, e  pelas imagens, acredito que tenha apenas algumas semanas de vida. As autoridades locais já foram informadas a respeito.
Em um dos vídeos, ela aparece na companhia de uma foca, e em ambos, demonstra interesse e curiosidade pelo barco e provavelmente pelas pessoas que a observavam. Os autores do segundo vídeo disseram não estarem certos sobre se era um bebê de Orca ou de algum golfinho ou boto, mas, para mim, não há dúvidas de que se trata de uma Orca!
Assista-os abaixo:



Eu nunca soube de nenhum caso como este. Normalmente, mesmo quando há a morte da mãe, outras fêmeas do pod assumem seu lugar.
É uma pena vê-la sozinha e vulnerável... Mas, a natureza dita seus padrões e devemos respeitá-los! Antes ela seguir o seu curso natural, do que sofrer interferência humana e a pobre ir parar num tanque de concreto e sofrer diversos tipos de abusos em nome do lucro e do "entretenimento".


quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Loro Parque divulga nascimento em seu cativeiro


Certamente não é com a mesma alegria que publiquei no mês passado o nascimento de um filhote no pod J na costa oeste norte americana (vide link: http://v-pod-orcas.blogspot.com.br/2012/08/nasceu-um-filhote-no-pod-j.html "Nasceu um filhote no pod J"), que publico este novo nascimento... (tanto que até demorei para isso... Mas tudo bem...).
O Loro Parque de Tenerife, nas Ilhas Canárias,  Espanha, anunciou no dia 3 de agosto, o nascimento de uma Orca fêmea em seu cativeiro. Infelizmente, a mãe, Kohana, rejeitou o filhote, assim como fez com o primeiro que teve, uma Orca macho chamado Adan.
O nascimento foi anunciado como "um grande marco no programa de reprodução", dando a entender que isso era um indicador de que seus mamíferos marinhos estejam felizes e saudáveis (declaração comum por parte desses parques mesmo realizando inseminação artificial para que as Orcas engravidem...).
Segue vídeo do nascimento do novo filhote, conforme imagens divulgadas pelo próprio Loro Parque:


Em 2010, como Kohana rejeitou Adan, os funcionários do parque tiveram que cuidar dele. O fato de ela não ter demonstrado qualquer interesse por ele,  nem mesmo tê-lo reconhecido como cria, não impediu que o representante do parque, Dr. Javier Almunia, declarasse na época que a chegada de Adan foi “um grande marco em nosso programa de reprodução e... uma confirmação do bem estar das orcas que estão no parque desde 2006” - assim como declararam desta vez.
Nascimento de Adan em 2010, onde o desinteresse de Kohana pode ser observado:


Orcas na natureza dão à luz no mínimo a cada três anos, iniciando no mínimo aos 13 anos de idade. Outras fontes alegam que esta frequência é ainda menor, iniciando-se a partir dos 15 anos de idade da fêmea. No entanto, com apenas dez anos, Kohana já teve dois filhotes no espaço de dois anos.
Em fevereiro de 2006, o Loro Parque recebeu emprestado do SeaWorld quatro Orcas jovens, incluindo Keto e Kohana. Todas elas permaneceram sob controle do SeaWorld e a reprodução tem que ser autorizada por ele. O conjunto de genes das Orcas do SeaWorld está drasticamente diluído, mas para continuar com a indústria, eles precisam de Orcas!
Com o número de Orcas diminuindo nos parques, a falta de diversidade genética tem sido um grande problema...
Considere a árvore genealógica deste novo filhote, por exemplo, que já é tanto confusa quanto alarmante:
Keto forneceu sêmen para Adan, que é o primeiro filhote de Kohana. E tudo indica que ele também forneceu sêmen para o novo filhote (mas também pode ter sido Tekoa).
Se o fornecedor foi Keto, aí vai a explicação: A mãe de Kohana é a Takara, a meia-irmã de Keto, e Keto é filho de Kotar, que também é avó de Kohana. Ou seja, de acordo com este raciocínio, Kohana deu à luz seu próprio tio.
E não é só isso...
O novo filhote, que foi chamado de Vicky, é neta de Kotar por parte de Keto e ao mesmo tempo bisneta por parte de Kohana (através de Takara). Ainda nesta dura realidade, forçando mais um pouquinho o raciocínio, Vicky é parente de 21 das 26 Orcas do SeaWorld, o único macho que ela não tem relação, é Ulises. Ulises foi considerado infértil, apesar de ter fornecido sêmen para um filhote nascido em 2011, através de inseminação artificial.
Resumindo, existe um monte de endogamia entre as Orcas desses dois parques (o que explica o grande interesse deles por Morgan e Kshamenk). E como ocorre com diversos mamíferos, consaguinidade pode gerar uma série de problemas físicos e psicológicos, estes, piorados quando não recebem orientação e exemplo maternos.
Kohana foi tirada de perto de sua mãe ainda muito jovem, fazendo com ela não ganhasse experiência para ensinar também quando se tornasse mãe (como ocorre na natureza).
A falta de experiência de Kohana é muito visível após o parto dos dois filhotes: Ela rejeitou os dois, simplesmente porque não sabe o que fazer com eles! Dessa forma, somos obrigados a ver cenas como estas, registradas em 2010 - Treinadores tendo que tirar leite de Kohana para alimentar Adan:




Outra observação estranha apontada em reportagem do Digital Journal: foto tirada de Vicky no Loro Parque mostra um grande ferimento abaixo da boca (vide link: http://www.flickr.com/photos/loroparque/7805434410/in/set-72157631120141204/). No entanto, em outra tirada logo em seguida, esta divulgada pelo parque, mostra que ou o ferimento foi curado milagrosamente ou foi retirado por photoshop... (vide link: http://www.flickr.com/photos/loroparque/7805472198/in/set-72157631120141204).
É importante dizer que o parque não divulgou o nascimento de Vicky imediatamente... Levou alguns dias, mas os pesquisadores já estavam "de olho", pois já imaginavam que Kohana iria rejeita-lo... E com isso, tudo poderia acontecer... Algumas fotos já alegam que ela estaria doente. Mas vamos aguardar mais informações e torcer para que ela se desenvolva da melhor maneira possível...


terça-feira, 28 de agosto de 2012

Conheça Kshamenk (orca da Argentina) e assine a petição

Estimulada por um colaborador do blog, resolvi compartilhar com vocês a história da Orca macho que vive sozinho num tanque de dimensões inacreditavelmente pequenas na nossa vizinha Argentina, desde 1992. O nome dele é Kshamenk e uma petição que pede sua reabilitação e libertação está na internet para que possamos colaborar.
Portanto, segue texto da própria petição traduzido para o português para que você possa conhecer a história, assinar a petição e divulgar a situação de Kshamenk para seus amigos no Brasil e no exterior (já que no original ela está em inglês e em espanhol).
Até o momento em que escrevo esta postagem, estão faltando 88 assinaturas... Vamos ver quantas assinaturas eu, com a ajuda de vocês, iremos conseguir!

Observação: A responsabilidade sobre as informações contidas na petição é da autora.



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Petição do Change.org:
"Presidente, Director: Rehabilitate and Release Kshamenk back to the Wild."



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Presidente, Diretor: Reabilite e devolva Kshamenk à natureza.
por Barbara Napoles
Miami, Flórida, EUA


Kshamenk é uma orca macho de aproximadamente 25 anos de idade, que foi capturada com mais três outras orcas para a coleção de animais em cativeiro do SeaWorld em 1992, quando tinha cerca de 5 anos. Apesar de o “Mundo Marino” alegar que o “salvou” de um encalhe, a realidade foi bem diferente - Kshamenk e as outras três orcas de seu pod foram obtidas por encalhe forçado: Quatro baleias foram empurradas por barcos do Mundo Marino com uma longa rede até a praia, onde foram mantidas até que a maré baixasse e fizesse com que ficassem encalhadas. Elas ficaram encalhadas na areia e permaneceram lá por muitas horas.

Uma delas foi devolvida ao mar por seus captores, já que era muito grande e pesada para ser deslocada. Uma segunda morreu durante o transporte, e a terceira se suicidou batendo contra as paredes do tanque assim que foi colocada nele. A única que sobreviveu foi Kshamenk. Ela tinha entre 4 e 6 anos de idade quando foi retirada de seu habitat.

Depois de ser transferida para o Mundo Marino com a desculpa de ser “reabilitada”, ele foi mantido num tanque compartilhado com uma orca fêmea chamada “Bethlehem”, onde estrelaram o show das orcas por oito anos.
Kshamenk atingiu a maturidade sexual em 1997 e engravidou Belen em 1998. Depois de 16 meses de gravidez, Belen deu à luz um filhote morto em 1999 e morreu pouco tempo depois, em fevereiro de 2000, devido a uma severa infecção renal. Desde a morte de Bethlehem (Belen), o Wilderness Foundation (WEF) passou a pedir a libertação de Kshamenk para evitar que ele tenha o mesmo destino triste de suas companheiras e muitas outras vítimas da indústria dos cativeiros.

A clausura está deteriorando esta orca vítima de cativeiro... Kshamenk não coopera com os treinadores e está sexualmente frustrada, além de furiosa e deprimida. Nós acreditamos que Kshamenk é um forte candidato para ser reintroduzido a seu habitat por diversos motivos. De acordo com informações que obtivemos, Kshamenk tinha entre cinco e seis anos quando foi capturado, o que significa que teve alguns anos de ganhos da experiência necessária para sobreviver, alimentar-se sozinho, deslocar-se, comunicar-se e utilizar-se do biosonar.

Kshamenk é hostil com os treinadores. Na verdade, ele não quer se relacionar com pessoas. O fato de não ter desenvolvido laços com humanos durante este período, reforça sua reintegração à natureza.

Ao contrário de outras orcas de cativeiro que conhecemos, Kshamenk não é uma residente. Ele é uma orca transeunte, e pelo que sabemos, uma das poucas transeuntes em cativeiro no mundo. Isso significa que Kshamenk poderia se unir a outro pod, e possui grande habilidade de se relacionar com várias das orcas transeuntes que frequentam o local escolhido para reabilitação e soltura.

Kshamenk nada em círculos por mais de 500 vezes por hora em seu tanque, que é bem menor do que o tamanho necessário para uma baleia deste tamanho.


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O vídeo abaixo mostra um dia na vida de Kshamenk:




ACESSE O LINK E ASSINE A PETIÇÃO!!!: