sábado, 20 de setembro de 2014

Parques com baleias estão na berlinda

Em agosto, a marca líder em atrações com mamíferos marinhos, SeaWorld, fez um grande anúncio. Após anos se defendendo de críticas em relação à captura de baleias e golfinhos, a empresa disse que construirá ambientes para as orcas dos parques, a fim de "fortalecer o legado como uma empresa que oferece habitats modernos e inovadores para seus animais".
É um movimento ousado. Mas é possível questionar se o projeto, previsto para abrir em 2018, será suficiente para salvar o parque.
Em 2013, a empresa esteve no centro do documentário "Blackfish", que trata da morte da treinadora de orcas Dawn Brancheau no SeaWorld da Flórida. Em agosto, as ações da marca caíram.
As más notícias continuaram nesta semana, quando acionistas entraram com um processo contra o complexo, acusando-o de terem sido enganados quanto ao impacto que o filme teve sobre a visitação nos parques.
Após 50 anos como uma das marcas mais amadas dos Estados Unidos, a maré virou contra o SeaWorld. O futuro de atrações que exibem baleias e golfinhos para o público nunca foi tão incerto.
"Estamos em um momento de reflexão", diz Naomi Rose, cientista do Animal Welfare Institute (instituto do bem-estar do animal). Ela passou cerca de 20 anos lutando pela proteção das orcas. "Eu era uma voz no deserto", diz. "Mas agora sou maioria. E o SeaWorld não entende isso."
De fato, o público vem diminuindo. Uma pesquisa divulgada em maio pelo Whale and Dolphin Conservation (conservação de baleias e golfinhos) e pelo Animal Welfare Institute, mostra que desde 2012 aumentou em 11% o número de pessoas que se opõem ao confinamento de orcas em cativeiros.
Outro estudo recente revelou que 86% dos turistas britânicos não iriam visitar um parque marinho no exterior.
Enquanto o SeaWorld diz que recebe milhares de visitantes, outros parques estão respondendo diferentemente.
Em 2012, o Aquário Nacional de Baltimore (EUA) cancelou shows com golfinhos. Agora, o aquário está pensando em criar um santuário à beira-mar. Outros estão no mesmo caminho. Em setembro, o Aquário Clearwater, na Flórida, anunciou o fim de apresentações com animais. O centro vai se concentrar em reabilitação e pesquisas.
A pressão não está vindo só do público e de ativistas. A indústria de turismo está reagindo. Neste ano, a Southwest Airlines deu fim à parceria de 25 anos que tinha com o SeaWorld. "Esse setor ter entrado nisso é algo enorme", diz Tim Zimmermann, coautor e produtor de "Blackfish".

OUTRO LADO
O SeaWorld não comenta sobre o novo processo. A empresa diz que continuará com os shows, "que são uma forma de estimular mentalmente os animais e de fazer com que eles se exercitem". "O objetivo é educar os visitantes", afirma o complexo.



Fonte: UOL de 18 de setembro de 2014.



sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Orcas foram vistas em Florianópolis esta semana

Um grupo de quatro orcas, dois adultos e dois filhotes, foi avistado na Praia dos Ingleses, no Norte da Ilha de Santa Catarina. Era início da tarde deste domingo quando os animais começaram a se aproximar da costa — e eles chegaram bem perto, ficaram a até 20 metros de distância.
A posição em que foram vistos, se movimentando de forma paralela à costa, pode significar que estavam "patrulhando", na linguagem dos biólogos — ou, no popular, estavam em busca de alimento.
De acordo com um estudo do Centro de Mamíferos Aquáticos do ICMBio, de 2010 para cá as orcas foram avistadas entre uma e duas vezes ao ano nas praias do Estado, principalmente entre a Ilha do Arvoredo e a Guarda do Embaú. E a frequência pode estar associada ao aumento do número de baleias francas no litoral de Santa Catarina (que aparecem por aqui entre junho e novembro, para acasalar ou ter os filhotes) - já que a orca é um de seus predadores.

Apesar de conhecidas popularmente como "baleias-assassinas", as orcas são na verdade da família dos golfinhos. O biólogo Paulo Flores, que estuda golfinhos há mais de 20 anos e atua no Centro de Mamíferos Aquáticos, explica que esses animais vivem em todos os oceanos, em qualquer profundidade e temperatura.
As orcas se alimentam de peixes, tartarugas marinhas, outros golfinhos, baleias e tubarões. Até hoje, segundo Flores, não há registro de ataque de orcas a humanos na natureza (os ataques teriam acontecido somente em ambiente de cativeiro, nos parques aquáticos).

Assista ao vídeo neste link:



Fonte: Jornal ZN de 14 de setembro de 2014.



segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Tommy Lee continua apoiando o PETA contra o SeaWorld

Tommy Lee se uniu novamente ao People For the Ethical Treatment of Animals (PETA). Em um show do Mötley Crüe no final de julho, em Chula Vista, na Califórnia, EUA, Tommy Lee promoveu uma "caça ao tesouro", com o objetivo de chamar a atenção para sua luta contra os parques SeaWorld.
Tommy Lee escondeu uma camiseta que dizia "Seaworld Kills" no local do evento, enquanto o PETA tweetava pistas para que seus seguidores pudessem encontrar. E a brincadeira foi um sucesso!
A pessoa que achou a camiseta pode visitar os bastidores do show, tendo inclusive a oportunidade de conhecer Tommy Lee pessoalmente. Além disso, o baterista prometeu que continuaria com a "caçada" nos próximos eventos da banda, que ocorreriam perto dos parques do SeaWorld no Texas e na Florida.
"Devido a mensagem transmitida pelo Mötley Crüe, 500 mil seguidores do Twitter de Tommy tiveram conhecimento do tratamento cruel e do confinamento de orcas no Seaworld, o que é um grande avanço em nossa campanha," disse o vice-presidente da PETA Dan Mathews, em um comunicado de imprensa.
Em 2012, Lee pediu ao SeaWorld para que não tocassem suas canções, durante a apresentação "Shamu Rocks". Ano passado, diversos artistas, incluindo 38 Special, Heart e Joan Jett, cancelaram suas performances, em razão do filme "Blackfish", que documentou o tratamento desleal com certos animais.




domingo, 7 de setembro de 2014

Novo membro no Pod L

Que boa notícia para começar o mês: filhote de Orca do Pod L foi visto e fotografado hoje pela primeira vez. Ele é filhote da Orca de 23 anos identificada como L86, também chamada de "Surprise" (Surpresa, em inglês) e já recebeu o registro de L120.


Adição mais que importante para as Orcas chamadas de "Residentes do Sul", que habitam as águas do norte do oceano Pacífico e que já são consideradas dentre as espécies ameaçadas, pois mesmo sendo protegidas por leis, sofrem com a poluição, escassez de salmão, tráfego de embarcações, etc.