terça-feira, 29 de novembro de 2016

Parque japonês congela milhares de animais para fazer pista de patinação

Quando a gente pensa que já leu e viu de tudo sobre como os animais são desrespeitados e maltratados em nome do “entretenimento” e do lucro financeiro se depara com esta notícia absurda vinda do Japão: Um parque de diversões simplesmente resolveu congelar 5 mil peixes e animais aquáticos de 25 espécies diferentes no gelo de uma pista de patinação. O objetivo? Fazer com que a pista ficasse parecida com o oceano. A pista, de 250 metros de comprimento, foi montada no parque Space World, que fica na cidade de Kitakyushu, e foi chamada de “Aquário de Gelo” e prometida como “uma atração como você nunca ouviu falar”.


No entanto, a avalanche de críticas mundialmente foi tão intensa que logo fecharam a atração pedindo desculpas e dizendo que estão “arrependidos por terem causado tanto desconforto”. Prometeram ainda que darão um destino digno aos animais ao desmontarem  a pista.
Nós e estes animais poderiam ter ficado sem esta, não?






segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Altruísmo em alto mar? Jubartes protegem focas e outras presas das Orcas

Salvam focas, outras baleias e até peixes, contrariando todas as leis do mundo selvagem. Estudo sugere que podemos estar perante um caso raro de altruísmo interespécies. Mas também há instinto maternal.

Robert Pitman ficou intrigado quando observou a perseguição de um grupo de Orcas a uma foca, numa viagem à Antártida em 2009. Para surpresa do biólogo marinho, o instinto de sobrevivência da foca levou-a na direção de duas baleias jubarte que estavam por perto e a decisão não poderia ter sido mais acertada: o que parecia uma morte certa transformou-se num seguro de vida com cobertura total.
"Assim que a foca chegou à primeira baleia, o enorme animal rolou para ficar de costas e abraçou uma foca de 400 quilos no peito com as suas enormes barbatanas", contou então à Natural History Magazine. "Depois, com as Orcas a aproximarem-se, levantou-a e tirou-a da água" colocando-a num iceberg.
O fenômeno, que aos poucos interessou cada vez mais biólogos marinhos, aguçou-lhe a curiosidade. Uma espécie a proteger outra de uma terceira não encaixava muito bem nas leis do mundo selvagem. Será que tinha captado bem o que acabara de presenciar? Sete anos de estudo depois, estão aí as conclusões: sim, as baleias jubarte protegem mesmo as presas das Orcas, não apenas as focas mas também as baleias cinzentas e até alguns peixes.
Não é que as jubartes tenham assumido um papel de salvadoras da comunidade marinha de mamíferos. Não é suposto ser assim que a natureza funciona. Segundo o estudo de Robert Pitman, publicado no jornal Ciência dos Mamíferos Marinhos, a explicação está no instinto maternal que essas baleias possuem, por estarem habituadas a proteger as suas crias dos ataques de Orcas.
"As jubartes não são muito inteligentes. Elas têm uma maneira de lidar com isto que basicamente é impedir que as Orcas matem. E é esse desfecho que é importante para elas", explica Robert Pitman à cadeia televisiva CBC, do Canadá.
Se protegem as suas próprias crias, ou focas, ou outras baleias, ou peixes, das mandíbulas das Orcas, parece ser irrelevante para determinar o seu comportamento perante a ameaça. Certo é que é uma batalha de pesos pesados dos mares: as jubartes podem chegar à 40 toneladas e as Orcas, até 9.
Mas as conclusões do biólogo marinho americano deixam margem para outro tipo de explicações, ainda mais surpreendentes: "Não há benefício aparente para as jubartes continuarem a interferir quando outras espécies estão sendo atacadas. Não se pode descartar um caso de altruísmo interespécies, mesmo que não seja intencional."

Pois é: as leis do mundo selvagem não estão todas escritas; há ainda muito por descobrir.



Fonte: Site português Visão, de 15 de agosto de 2016.

P.S.: Fiz algumas adaptações no texto já que este foi traduzido da Reuters para Português de Portugal.




sexta-feira, 25 de novembro de 2016

O problema da desidratação em cativeiros

Em cativeiro, os cetáceos são alimentados com peixes congelados, que possuem bem menos água que peixes vivos, levando-os a quadros de desidratação crônica. Na tentativa de diminuir este problema e mantê-los hidratados, eles recebem, especialmente as Orcas, gelo e gelatina, substância que obviamente não é natural para eles. Segue imagem que não me deixam mentir:

Foto de Thomas Hawk

Sem contar que também recebem pílulas com vitaminas e minerais já que peixe morto também não tem a mesma riqueza nutricional do que quando caçado vivo. E por fim, o fato de somente serem alimentados por animais mortos e congelados (e obviamente dado diretamente na boca pelos treinadores), deixam de receber estímulos vitais para seu desenvolvimento e saúde física e mental. Esta falta de estímulo físico e comportamental e dos nutrientes necessários para uma vida saudável levam os animais a desenvolverem graves distúrbios psicológicos e problemas sérios de saúde.
Dificilmente paramos para pensar nisso, certo? Mas sem dúvida este é só mais um problema enfrentado por animais em cativeiro. Como já dizia Jacques Cousteau, por mais que se esforcem, nenhum ambiente artificial será capaz de recriar, nem mesmo se aproximar do que é a vida desses animais no local em que jamais deveriam ter saído, os oceanos.




terça-feira, 22 de novembro de 2016

Orquinha ganha nome na Escócia

O membro mais jovem de um pod de orcas que visita frequentemente as águas escocesas recebeu um nome através do voto popular.
A orquinha que nasceu este ano vai ser chamada de “Tide” (Maré, em Português). Este nome foi escolhido a partir de uma pequena lista de quatro nomes por um júri dos grupos de defesa e pesquisa de animais Orcas Guardian Iceland, Caithness Sea Watch, Shetland Wildlife e Scottish Wildlife Trust. Os outros possíveis nomes eram Save, Echo e Norse.
Mais de mil pessoas votaram para escolher este que foi o nome indicado por crianças de uma escola de Glasgow, com objetivo de individualizar cada orca do pod e evitar confusões, como muito é feito em outras partes do mundo. Lembrando que se utilizam de algumas distinções físicas de cada uma para identificá-las e documentá-las como formato da nadadeira dorsal, manchas na pele, cicatrizes, marcas, etc.

Mousa e Tide (imagem do The Press and Journal)

Essas baleias vivem em águas islandesas mas tendem a viajar para o Sul, passando por Shetland e seguindo pela costa escocesa durante a primavera do hemisfério norte, provavelmente para caçar filhotes de focas. Há casos em que as Orcas possuem nomes diferentes na Islândia e na Escócia. A mãe da Tide, por exemplo, é chamada de Mousa na Escócia e de Vendetta na Islândia.
Existe um pequeno pod de Orcas que vive somente nas águas escocesas, mas são apenas sete, pois perderam mais um membro (chamada de Lulu) no início do ano. Triste pensar que são tão poucas, não?




domingo, 20 de novembro de 2016

FEROP divulga imagens de Orcas captadas por drones na Rússia

Neste último verão do hemisfério norte, o FEROP - Far East Russia Orca Project ("Projeto Orca do Extremo Oriente Russo"), grupo formado para pesquisa e proteção das Orcas que habitam as águas russas, utilizou-se de drones para filmar pela primeira vez Orcas e outros cetáceos na costa da Península Kamchatka. O resultado mais que interessante pode ser conferido no curta metragem divulgado no final do mês passado através do YouTube. Assista, encante-se, compartilhe:



Orcas habitam os oceanos por toda extensão entre o Ártico e Antártica, mas na Rússia, são estudadas apenas em apenas um local, Kamchatka. O FEROP, que já foi citado outras vezes aqui no blog, foi fundado e desenvolvido pelo Dr. Alexander Burdin, chefe do Laboratório de Ecologia Animal do Instituto de Ecologia e Gestão da Natureza de Kamachatka, por Erich Hoyt, pesquisador sênior da Sociedade de Conservação de Baleias e Golfinhos e pelo pesquisador japonês Haruko Sato. Para saber mais sobre o trabalho que realizam, visite a página do projeto na Internet ou no Facebook (ambas em Inglês):
- Facebook: https://www.facebook.com/russianorca/?fref=ts




P.S.: Saiba um pouco mais sobre o pesquisador Erich Hoyt e seu trabalho na postagem de janeiro de 2014 "Livro de Erich Hoyt agora em versão eletrônica", disponível no link abaixo:
http://v-pod-orcas.blogspot.com.br/2014/01/livro-de-erich-hoyt-agora-em-versao.html



sábado, 19 de novembro de 2016

Petição pede a retirada de barragens em rio para proteger Orcas

Cerca de 40% da população de Orcas Residentes do Sul foi vendida para parques marinhos ou morreu durante o processo de captura entre 1965 e 1976, o que provavelmente foi o fator chave que contribuiu para seu status atual de ameaçadas de extinção, e ainda assim, novas ameaças continuam surgindo. 
No entanto, pela primeira vez na história, é possível tentarmos batalhar contra uma dessas principais ameaças que é a escassez de alimentos. A Whale and Dolphin Conservation preparou uma petição a ser entregue aos órgãos americanos responsáveis pedindo a remoção das quatro barragens mais baixas presentes no Rio Snake, pois elas atrapalham e até interrompem o processo de reprodução do salmão da espécie Chinook (que apesar de não poder ser pescado, não está conseguindo manter sua população), alimento principal das Residentes do Sul. Sem contar as demais espécies que estão diminuindo drasticamente por conta de represas e barragens em toda a região. A retirada dessas quatro já auxiliaria e muito na reestruturação do ecossistema local.
No link abaixo, há detalhes sobre o problema, incluindo gráficos sobre as populações de Orcas, e a petição (somente em Inglês), acesse-o e assine você também. Divulgue a seus amigos. Basta incluir seu nome (First Name), seu sobrenome (Last Name), seu país (Country), seu e-mail e a informação sobre como soube da campanha (How did you hear about this campaign?, optando por “Other”, por ter tomado conhecimento através do blog e não através de nenhuma opção apresentada) que são as informações obrigatórias com asteriscos:





"ESTA É UMA OPORTUNIDADE HISTÓRICA DE RESTABELECER O ECOSSISTEMA COMPLETO DE UM RIO, AJUDE AS POPULAÇÕES DE SALMÕES SELVAGENS A SE RECUPERAREM E AUMENTAR A OFERTA DA PRINCIPAL FONTE DE ALIMENTOS DAS AMEAÇADAS ORCAS RESIDENTES DO SUL."


Lembre-se há apenas 80 membros na população das Residentes do Sul, esta que é tão amada e admirada em todo o mundo! Não deixe de assinar e divulgar! Leva apenas alguns segundos, mas pode mudar o futuro!




sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Curiosidades sobre baleias

Baleias são um dos animais mais intrigantes do planeta. Conhecemos 78 espécies desses mamíferos marinhos, e continuamos aprendendo coisas estranhas sobre eles o tempo todo. Algumas delas você confere nessa lista:

Baleias-da-groelândia podem viver por mais de 200 anos!
As tartarugas poderiam ser melhores amigas de algumas baleias, já que essas também podem viver por alguns séculos. A baleia-da-groelândia lidera o ranking de mamífero que vive por mais tempo. Cientistas acreditam que a mais antiga já encontrada pode ter vivido até 211 anos!

Um grupo de pesquisadores canadenses que acompanha baleias-jubarte há 16 anos descobriu que as fêmeas têm melhores amigas. E, como qualquer bom amigo, elas se reúnem todos os anos.
Incrivelmente, elas distinguem suas amigas entre outras baleias em diferentes locais do oceano. E o que elas fazem nesses encontros? Flutuam juntas, compartilham alimentos e desfrutam da companhia uma da outra.
Até o momento, não foi observado o mesmo comportamento entre machos ou fêmeas com machos.
Para as fêmeas, as melhores amigas parecem trazer benefícios, como o nascimento de mais filhotes saudáveis a cada ano. O motivo disso ainda é um mistério.

A baleia-azul é o maior animal que já existiu!
Desculpem-nos, dinossauros. O maior animal que já pisou na Terra (ou melhor, nadou) são as baleias-azul. Esses mamíferos aquáticos podem ter mais de 30 metros e pesar 180 toneladas! O coração de uma baleia-azul pode ser do mesmo tamanho de um carro pequeno, e bate tão alto que pode ser detectado a três quilômetros de distância. A boca da baleia-azul é tão grande que nela caberiam 100 pessoas, e as artérias são tão grossas que uma bola de basquete poderia flutuar através delas.
E não para por aí: cientistas afirmam que a baleia-azul está ficando ainda maior por causa do aquecimento global. O número de pequenos crustáceos está aumentando no habitat das baleias em decorrência do aumento de temperatura das correntes oceânicas. Por isso, ao contrário da tendência observada em outros mamíferos, as baleias devem aumentar ainda mais seu tamanho.


Algumas baleias imitam a fala humana!
As baleias podem fazer muitos sons inimagináveis. Inclusive o de vozes humanas. Uma baleia-branca chamada Noc se tornou tão boa nisso que uma vez dois pesquisadores pensaram que duas pessoas estivesse conversando. Isso continuou até que a baleia convenceu um mergulhador de que alguém estava chamando por ele. Ele se deslocou para o tanque, quando percebeu que era Noc querendo bater um papo.
Depois desse caso, cientistas começaram a tentar entender o que eram aqueles sons de Noc, incomuns para uma baleia, e que tanto pareciam com a voz humana. Até que ela parou de conversar.
Não se sabe se eram simples alterações hormonais, se ela perdeu essa habilidade a medida que envelhecia ou simplesmente se cansou. Mas o caso de Noc não é único. Na década de 40, relatórios indicam que baleias-branca faziam sons parecidos com o de crianças. E, supostamente, uma baleia chamada Lugosi que vive em um aquário em Vancouver, no Canadá, sabe dizer seu nome. Assustador, não?


Cachalotes dormem de um jeito muito estranho!
Até muito recentemente, acreditava-se que baleias dormiam como golfinhos, ou seja, com apenas metade do cérebro, deixando um olho aberto para reconhecer ameaças. No entanto, em 2013, cientistas observaram um grupo de cachalotes no Chile descansando completamente na vertical, como no vídeo acima.
Os pesquisadores foram até o grupo e empurraram uma das baleias. Nesse momento, todas acordaram e saltaram para a superfície. Elas estavam realmente dormindo, e não como os golfinhos.
Os cachalotes dormem de uma das formas mais estranhas conhecidas no reino animal. Acredita-se que essas baleias durmam por períodos de cerca de 12 minutos e, em seguida, flutuam para a superfície, lentamente. Além disso, por alguma razão desconhecida, os cachalotes só dormem entre as 18 horas e a meia-noite.


Baleias podem engolir seu próprio peso em quantidade de água!
Cientistas descobriram que baleias têm um órgão misterioso que não existe em nenhum outro animal conhecido no planeta. Esse órgão tem mais ou menos o tamanho de uma laranja e está localizado nos queixos das baleias. Ninguém sabe direito o que ele faz, mas acredita-se que ajuda os mamíferos a fazer a grande quantidade de movimentos necessários para filtrar a água em suas gargantas depois de comer.
Baleias engolem grupos inteiros de presas (plâncton ou peixes, dependendo da espécie), o que significa que elas engolem muita água junto. Elas podem engolir seu próprio peso em quantidade de água. Em seguida, elas filtram o alimento com ajuda do órgão e de pequenos fios em suas gargantas, que separam comida de líquidos.


Moby Dick realmente existiu!
A história da baleia Moby Dick, contada por Herman Melville, realmente parece uma obra fictícia gerada completamente na imaginação do autor. Afinal, não é todo dia que um cachalote enfurecido se revolta contra baleeiros e acaba com todos após ser ferido.
No entanto, Melville baseou sua ideia em fatos reais e em uma baleia de verdade chamada Mocha Dick. O evento que inspirou o escritor aconteceu por volta de 1820, quando Mocha Dick bateu e afundou um navio baleeiro inglês.
A tripulação desembarcou em uma ilha deserta, onde recorreram ao canibalismo. As descrições de Mocha Dick batem com as de Moby Dick. As duas baleias são brancas e jorram água fazendo um terrível rugido. Entretanto, a baleia real parece ainda mais aterrorizante do que a da ficção. Mocha era avistado coberto de cracas e arrastava arpões e cordas dos encontros com os baleeiros que não conseguiram matá-lo – como uma baleia fantasma no oceano.


Baleias cantam e as músicas fazem sucesso entre as outras!
Não são só os humanos que tem paradas de sucesso. Em 2011, cientistas descobriram que as canções de baleias também podem fazer sucesso entre as demais, como uma música da Lady Gaga se espalhando pelas rádios do mundo.
Em uma área compartilhada por baleias, todas fazem os mesmos sons. Com o tempo, a música vai mudar, e, se for boa o suficiente, ela vai se espalhar para outras populações de baleias.
Quando um novo som vem de fora, pode ser um “remix” de uma música anterior. E isso não é apenas uma simplificação grosseira – cientistas afirmam que o fenômeno realmente acontece.
Algumas vezes, surgem músicas completamente originais, que ficam mais populares à medida que são cantadas por mais baleias, que viajam e espalham o som para outras.


Baleias adotam outros animais… e objetos!
Nem todas as baleias são violentas como Moby Dick. A maioria é bem amigável, até mesmo com outras espécies. Por exemplo, em 2011, um grupo de cachalotes adotou um golfinho que nasceu com uma deformação na coluna, em forma de S.
Presume-se que o grupo do golfinho o rejeitou devido a sua deformidade. E as baleias, que são mais lentas, certamente se atraíram por um animal sociável como o golfinho.
E, por falar em adoção, baleias-branca fêmeas têm sido observadas carregando tábuas e até esqueletos de animais em suas cabeças ou costas, tratando os objetos como espécies de filhotes substitutos. Bizarro!



Fonte: hypescience.com