quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Mais Orcas são capturadas na Rússia

Neste Dia das Bruxas, uma notícia triste:
Foi confirmada esta semana a captura de mais quatro Orcas na Rússia. Quem divulgou esta informação foi Erich Hoyt, pesquisador conhecido mundialmente por seu trabalho com Orcas na região.


Outras três Orcas já tinham sido capturadas em agosto, próximo à Ilha de Sakhalin, ao sul do Mar de Okhotsk, pela mesma empresa russa que capturou Narnia no ano passado. No total, há no momento oito Orcas nadando em círculos num cercado no extremo leste da Rússia. Este local é chamado de “Centro de Adaptação de Mamíferos Marinhos” e não mantém só Orcas em cercados, como pode ser facilmente observado na foto (mais imagens podem ser vistas aqui: http://foto-trip.livejournal.com/3906547.html).


As três Orcas que tinham sido capturadas em agosto (a cerca de 50 km de distância do local onde Narnia foi abduzida no ano passado) eram um macho e uma fêmea adultos e uma fêmea jovem (pesando 2,8 toneladas, 1,300 toneladas e 600 kg, respectivamente). Elas foram transportadas em caminhões por mais de 1.000 km até o Centro que fica na  região de Vladivostok (perto de Nakhodka) e colocadas no mesmo cercado que Narnia. Informaram que elas estavam em péssimo estado ao chegarem lá e se recusaram a se alimentar. O “treinadores” que já trabalham no local, disseram que pouco puderam fazer por elas, mas que Narnia chegou a trazer peixes para elas. Este comportamento, de uma Orca auxiliar outras na alimentação já foi observada outras vezes.
Há indícios de que duas dessas três Orcas já tenham sido transferidas para aquários na China.
Sobre as demais, aguardaremos para saber o destino que terão. Nem preciso dizer que logo saberemos se o poderoso SeaWorld já está interessado em uma delas. Que não seja exatamente por elas, mas por sêmen e óvulos... essas informações, cedo ou tarde, vêm a tona.



P.S. 1: Logo que comecei o blog, quase 3 anos atrás, eu já havia divulgado que a Rússia havia permitido a captura de um número determinado de Orcas em sua região. Leia: http://v-pod-orcas.blogspot.com.br/2011/03/previsao-de-novas-capturas.html.

P.S. 2: Para saber mais sobre Narnia, leia a postagem de outubro do ano passado “Vamos ajudar a libertar a Orca Narnia” – link: http://v-pod-orcas.blogspot.com.br/2012/10/vamos-ajudar-libertar-orca-narnia.html.

P.S. 3: Eu tenho grande admiração pelo pesquisador Erich Hoyt. Ele é o autor do primeiro livro que li sobre Orcas chamado “Orca: The Whale Called Killer” (tradução livre – “Orca: A Baleia chamada de Assassina”) quinze anos atrás. Excelente fonte de informações para pesquisa e conhecimento sobre Orcas. Uma pena não ter uma versão em Português.

P.S. 4: Os autores das fotos estão identificados nas próprias.



terça-feira, 22 de outubro de 2013

Ministério Público investiga matança de botos

Notícia mais que triste que acabou de ser exibida no Jornal Hoje, na Globo. Infelizmente, faz tempo que isso ocorre, mas só agora virou notícia. Pena que tenha ocupado menos de 3 minutos do noticiário.
De qualquer forma, informe-se! Divulgue o assunto!
Especialmente para nossos vizinhos colombianos e os próprios brasileiros que estejam consumindo este peixe apelidado de "douradinha". Já que neste planeta só se preserva o que não tem valor comercial, se as pessoas não consumirem este tipo de peixe, a matança absurda de botos para isca talvez deixe de existir.
Afinal, antes de nos preocuparmos em salvar os golfinhos de Taiji no Japão, temos que alertar a todos sobre o grave perigo de extinção que os botos se encontram bem aqui no Brasil. Eles são os primos de água doce dos golfinhos e só existem aqui... Temos que cuidar deles!

* * * * *


O Ministério Público Federal no Amazonas investiga a matança de botos. Eles estariam sendo mortos para servir de isca na pesca de um peixe carniceiro vendido na região com o nome de ‘douradinha’. O monitoramento de botos na Reserva de Mamirauá, a 500 quilômetros de Manaus, mostra que próximo desta área de preservação, o número de animais diminuiu 10% ao ano.


“Hoje, o boto está sendo morto para ser utilizado como isca. Em algumas áreas da Amazônia, em alguns rios, ele já desapareceu”, alerta a chefe do Laboratório de Mamíferos Aquáticos do INPA Vera Silva.
A matança de botos se intensificou nos últimos dez anos por causa do peixe piracatinga, também conhecido como urubu-d’água, porque come carniça. Pescadores da região matam botos e jacarés para usar como isca em armadilhas. Colocam a carne em caixas para atrair os cardumes.
Em junho desse ano, a Polícia Civil do município de Tapauá, no Amazonas, encontrou de uma só vez mais de 20 botos esquartejados. Os donos do barco fugiram e ninguém foi preso. Flagrantes como este são raros e por isso é difícil impedir a matança e punir os culpados.
A população da Amazônia não costuma comer piracatinga. Esse peixe só passou a ter valor comercial por causa da demanda nos países vizinhos, principalmente a Colômbia, que é o maior comprador.
Entretanto, de acordo com biólogos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, o peixe carniceiro estaria também sendo vendido no Brasil, com o nome fantasia de “douradinha”. O Ministério Público Federal instaurou um inquérito civil para apurar a situação.


O procurador da República Rafael Rocha considera o caso gravíssimo. “Considero gravíssimo. Porque além das pesquisas em relação à taxa de mortalidade, tem as notícias recorrentes de que são encontradas carcaças de botos.”
O boto é o único golfinho que vive em água doce e, como seus primos do mar, usa um sistema de ecolocalização, um sonar. É assim que ele consegue caçar nas águas escuras da Amazônia. Um boto vive cerca de 40 anos, mas tem uma taxa reprodutiva baixa. A fêmea engravida poucas vezes, tem apenas um filhote em cada gestação e cuida dele por quase quatro anos. Esse é um dos motivos para a espécie ser tão vulnerável a qualquer ameaça.
"São completamente dóceis e apenas curiosos. Biologicamente, é uma espécie que carrega no seu componente genético 30 milhões de anos de evolução, que só existe nos rios da Amazônia", fala Sannie Brum, bióloga do Instituto Piagaçu.


Fonte: G1 de 22 de outubro de 2013.



quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Keane coloca desenho de uma "orquinha" em clipe

Adorável surpresa de me deparar com o desenho de uma pequena Orca (mesmo que por poucos segundos) no clipe da nova música da banda britânica Keane. Famosos por sucessos como "Somewhere only we know", "Everybody is changing", "Perfect symmetry", entre dezenas de outras, o grupo lançou uma música em homenagem aos 10 anos de carreira. Uma coletânea que incluirá esta nova música chamada "Higher than the sun" será lançada no próximo dia 11 de novembro.
Pode ser que pelo nome da banda você pense que não a conhece, mas acredite, as músicas você não só conhece, como gosta, com certeza. Pessoalmente, acredito ser a melhor banda de rock dos últimos tempos. Canções lindas, excelente ritmo e letras extremamente inteligentes e sensíveis, que nos fazem refletir. Linda música, lindo clipe! Espero que gostem!



quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Taiji construirá parque marinho

Apenas para comprovar mais uma vez a relação entre a matança anual de golfinhos e baleias no Japão e a indústria de cativeiros, leiam esta notícia publicada pelo G1 no último dia 07:


"Cidade japonesa famosa por morte de golfinhos quer ter parque marinho"

A cidade japonesa de Taiji, tristemente conhecida no mundo pelo massacre de golfinhos, planeja abrir, em até cinco anos, um parque marinho onde as pessoas possam nadar com golfinhos e pequenas baleias.
Esse pequeno porto na região central do Japão se tornou famoso pelo documentário "The Cove" ("A enseada", em tradução literal, mas lançado no Brasil como "The Cove – A baía da vergonha"), premiado com um Oscar em 2010.
O filme denuncia a captura anual, em Taiji, de dezenas de golfinhos e botos, levados para parques de atrações, além do massacre de cerca de 23 mil por ano no país para consumo de carne.
Os animais são levados para uma enseada (cove), onde são abatidos com facas e lanças de pescadores em pequenos barcos. O documentário chama a prática de "desnecessária e cruel" e trata, ainda, dos riscos de contaminação da carne por mercúrio.
As autoridades municipais da pequena cidade portuária, porém, desejam transformar uma parte da baía em reserva natural, na qual os turistas e outros curiosos possam nadar ou usar caiaques na companhia dos golfinhos, confirmou à AFP Masaki Wada, funcionário da administração da cidade.
O porto já tem uma reserva com cetáceos para aumentar o turismo, mas as autoridades querem desenvolvê-la em larga escala, disse o funcionário, que detalhou que o parque pode ter uma área de 280 mil m².
"Queremos fazer de toda a localidade um parque, onde (as pessoas) poderão observar esses mamíferos marinhos e também degustar produtos marinhos, entre eles golfinho e baleia", afirmou Wada.
O funcionário destacou, porém, que essa iniciativa de reserva natural não significa o fim da pesca em Taiji.



domingo, 13 de outubro de 2013

Baleia-franca tem salto registrado de helicóptero

Durante um voo de monitoramento realizado no Litoral de Santa Catarina pesquisadores registram o salto de uma baleia-franca, em sequência. Segundo o biólogo Paulo Flores, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), esta foi a primeira vez que ele fotografou o salto de uma baleia de um helicóptero. "Já fotografei sequência de fotos semelhantes a esta, tiradas do alto, mas esta, foi com certeza a melhor delas", explica.

Fotos: Paulo Flores/CMA/ICMBio

Durante o sobrevoo, foram avistadas 123 baleias-francas, sendo 55 filhotes. Ao todo, foram percorridos 280 quilômetros de costa do litoral brasileiro, entre as praias de Moçambique, em Florianópolis, Santa Catarina, e Torres, Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Os animais foram vistos, no entanto, no Cabo de Santa Marta, (Laguna), Ibiraquera e Ribanceira (Imbituba), Guarda do Embaú e Gamboa (Paulo Lopes), enseadas localizadas na Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca. Um grande número de baleias também foi registrado nas praias do Moçambique, Morro das Pedras e Armação, em Florianópolis.



Fonte: G1 de 10 de outubro de 2013