Luna nasceu em setembro de 1999 em Puget Sound (estado de Washington, Estados Unidos) no grupo L2, pertencente ao pod L. Também foi conhecido como L98 e Tsuux-iit.
Pesquisadores da região relataram que desde o nascimento Luna e sua mãe (conhecida como Splash) não tiveram um comportamento normal, apresentando certo distanciamento e ambos não estavam com o restante do grupo, o que seria o normal quando do nascimento de filhotes. Orcas, como já descrito em outras postagens, possuem forte relacionamento familiar e geralmente passam sua vida toda com a mãe no mesmo Pod.
Ainda na infância, Luna deixou sua mãe para acompanhar baleias do pod K.
Aos três anos de idade, Luna passou a ser visto sozinho em Nootka Sound e chamou a atenção das pessoas por tentar sempre interagir com barcos e seres humanos.
Luna se isolou completamente de outras Orcas e brincava com barcos, mangueiras de água, com cães e, não só permitia, como fazia com que os humanos o tocassem. Isso atraiu milhares de pessoas que partiam para essa região para observá-lo e tocá-lo.
Na época, essa situação causou muita controvérsia entre os pescadores, pesquisadores, observadores, amantes de animais e até o governo. Muitos consideravam que esse comportamento não deveria ser estimulado, já outros, que Luna era carente e precisava dessa atenção, dado que ele mesmo demandava. Orcas são animais extremamente sociais e acredita-se que Luna buscou nos humanos o que não teve com sua mãe e familiares.
Chegaram a organizar a transferência de Luna para outro local, onde ele pudesse se reunir a sua mãe, mas acabou não dando certo. Até para um cativeiro (um cercado no próprio oceano) consideraram levá-lo na época.
O DOF (Departamento Canadense de Pesca e Oceano) colocou placas e enviou alguns monitores para educar a população a respeitar Luna como um animal e não interagir com ele (há relatos de que pessoas estavam o alimentando, incluindo com cerveja e batatas chips).
Em 10 de março de 2006, Luna foi morta pelas hélices do motor de um barco rebocador ao se aproximar para interagir com sua tripulação.
Triste, porém previsível destino...
Sua história virou filme e um documentário produzido por Scarlett Johansson e Ryan Reynolds, chamado "The Whale".