quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Ativistas respondem ao anuncio sobre aumento dos tanques

Não demorou para que os ativistas que se opõem ao cativeiro se manifestassem a respeito da comunicação do SeaWorld de que aumentaria o tamanho de seus tanques de Orcas. Uma delas foi representada na imagem abaixo:

SeaWorld anuncia uma expansão nos ambientes de exibição
O SeaWorld de San Diego comunicou hoje que dobrará o tamanho do ambiente das Orcas.

O diagrama mostra um aumento de 50% no espaço até 2018

  Hoje                                  Em 2018





terça-feira, 19 de agosto de 2014

Seaworld anuncia reforma em tanques de Orcas

A companhia americana de parques temáticos aquáticos Seaworld anunciou nesta sexta-feira que construirá novos tanques gigantes para suas orcas, depois que o cativeiro dos cetáceos causou polêmica e afetou os lucros da empresa.
Em nota, a Seaworld Entertainment informou a "incorporação de um enorme e inédito ambiente artificial para orcas em seus três parques" com animais marinhos.
O anúncio foi divulgado dois dias depois de o SeaWorld, com sede na Flórida (sudeste dos EUA), informar a queda de 5% em seus ganhos no primeiro semestre, provocada, entre outras coisas, pela pressão exercida pelos defensores dos animais contra o uso de orcas para espetáculos - admitiu a própria empresa.
O primeiro tanque, que será construído em seu parque em San Diego, Califórnia, conterá quase 38 milhões de litros d'água, ocupará 6.000 metros quadrados de superfície e terá 15 metros de profundidade, informou a empresa.
Projeto apresentado pelo SeaWorld
para um dos parques
O novo habitat das orcas, que dobrará em dimensões os atuais, será concluído em 2018. Os outros parques, em Orlando, Flórida, e San Antonio, no Texas, também incluirão novos tanques.
A SeaWorld acrescentou no comunicado que também destinará US$ 10 milhões "ao estudo e à proteção de orcas em seu ambiente natural, assim como do oceano onde vivem".
A campanha contra o uso das orcas em espetáculos alcançou um pico no ano passado, com o lançamento do aclamado documentário "Blackfish", que investigou o impacto do cativeiro nas orcas do SeaWorld e o ataque de uma delas, Tilikum, que resultou na morte de um treinador.
O grupo Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais (PETA, na sigla em inglês) qualificou o anúncio do SeaWorld de uma tentativa da empresa de ganhar tempo, em um momento em que "o povo compreende o sofrimento das orcas em cativeiro".
"O que poderia salvar a empresa seria o reconhecimento de que precisa não de tanques maiores, mas levar as orcas para santuários marinhos para que possam voltar a sentir o oceano e escutar seus familiares (...). Uma prisão maior continua sendo uma prisão", afirmou a PETA.



Fonte: Isto é Dinheiro de 15 de agosto de 2014.


P.S.: Errata na publicação da "Isto é": não foi "um treinador" morto por Tilikum, mas "uma treinadora" (além de uma treinadora estagiária anos antes e um civil).




segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Ações do SeaWorld caem drasticamente no último trimestre

O fechamento financeiro do parque SeaWorld divulgado na semana passada mostra uma drástica queda nas ações neste segundo trimestre do ano. E não faltaram piadas e trocadilhos em todos os meios de comunicação atribuindo o péssimo desempenho à forte influência exercida pelo arrebatador documentário "Blackfish".



Quarta-feira #Blackfish (negra)


Orlando Sentinel: Caem as ações do SeaWorld após pouco
sucesso nas discussões sobre Orcas em cativeiro".


Business Insider: "SEAWORLD EM QUEDA"

DailyMail Britânico: "Os lucros do segundo trimestre do SeaWorld caíram 42 milhões abaixo das expectativas de Wall Street devido à influência do documentário "Blackfish".

Los Angeles Times: "Ações do SeaWorld caem 33% dado a decepção do público com as controvérsias sobre as Orcas"

Orlando Business Journal, The Buzz: "Executivos do SeaWorld criticados em teleconferência de fechamento do segundo trimestre"

Wall Street Journal: "Conforme o SeaWorld afunda, a empresa Blackstone permanece na "Splash Zone"" (fazendo um trocadilho com a área em que o público se senta no show para se molharem com o movimento dos saltos das Orcas)

The Intelligencer: "Grande fracasso. SeaWorld: Estão lembrados de quando dissemos que o documentário Blackfish não tinha nos afetado? Bom, esqueçam isso"

"13 azarado de agosto de 2014"




sábado, 16 de agosto de 2014

Morre Orca encalhada no ES

A orca que encalhou na praia da Boca da Baleia, em Anchieta, no Sul do Espírito Santo, morreu na manhã desta sexta-feira (15). Segundo o gerente do Projeto de Monitoramento de Praias (PMP-BC/ES), Bruno Berger, ainda nesta quinta-feira (14) o mamífero chegou a ser colocado no mar novamente, mas voltou por conta própria para a praia. A orca foi monitorada durante toda a madrugada, mas não resisitiu. Agora, o animal será levado para a base do Instituo Orca, em Guarapari, onde será realizada a necrópsia para investigar a causa da morte.
Segundo o diretor do Instituto Orca, Lupércio Barbosa, o animal, que é da espécie dos golfinhos, piorou de madrugada.  Nesta quinta-feira (14), a orca foi examinada por uma equipe do instituto e chegou a ser deslocada para o mar, mas retornou. “Foi feita uma tentativa de colocá-la na água, mas ela não nadou e voltou por conta própria para a praia. A partir daí, as chances dela voltar se reduziram muito, porque não estava mais com forças”, disse o gerente do PMP-BC/ES, Bruno Berger.
Durante toda a madrugada, equipes de revezaram para monitorar o estado de saúde do mamífero. “Por volta de 1h da manhã chegou uma equipe da Bahia, do Instituto Baleia Jubarte. Eles assumiram o controle da operação e o animal estava bem, mantendo os sinais vitais. Mas nesta sexta-feira (15), por volta das 6h30, ela se movimentou muito e depois parou. Não estava mais reagindo”, disse Bruno.
De acordo com o Ipram, apesar de pesar quase duas toneladas, a orca estava magra, com diarréia, vômito e muitos ferimentos externos. “Uma coisa que chamou a atenção é que ela estava expelindo secreção pelo opérculo, aquela abertura em cima da cabeça, por onde ela respira”, disse Bruno.
A morte foi constatada por volta das 8h30 desta sexta-feira (15). Foram colhidos materiais para investigar o que pode ter causado a doença. O animal será levado para a base do Instituto Orca, em Guarapari, onde será feita a necrópsia.
 
 
 
 
Fonte: G1 de 15 de agosto de 2014.
 
 
 
 

P.S.: Desculpem-me por não ter postado essas informações ontem mesmo, mas tive um problema de acesso ao Blogger  (tanto que a postagem de ontem foi publicada com horas de atraso e a de hoje que era para ter sido de ontem). De qualquer forma, mesmo que "atrasado", deixo o registro por aqui, pois é um assunto muito relevante.
 
 
 

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Imagens mostram Orca encalhada no ES

Desde o ocorrido tenho tentado buscar informações sobre a Orca que encalhou na praia de Anchieta, no Estado do Espírito Santo, mas pouco tenho conseguido. Sabe-se que tentaram devolvê-la ao mar, mas ela encalhou novamente.
Passaram a noite com ela e disseram que, caso sobrevivesse, seria possível levá-la a um local para reabilitação (não sei onde, porque tenho dúvidas sobre se temos locais adequados para tal aqui) e que um especialista viria da Austrália para avaliá-la. Imagino que "este especialista" poderia ser a Dra. Ingrid Visser, que além de atuar com Orcas na Nova Zelândia, lidera um grupo de estudos na Patagônia Argentina e na Antártica.
Assim que vi as imagens ontem pude notar que se trata de uma fêmea ou um jovem macho e que está nitidamente desnutrida e debilitada. É possível que seja uma Orca transeunte, que esteja de passagem em direção à Patagônia ou Antártica.
As imagens já de ontem não demonstraram infelizmente que ela teria condições de sobreviver a tal martírio, apesar do trabalho de populares e especialistas para tentar ajuda-la.


quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Orca encalha em praia do Espírito Santo

Uma Orca de aproximadamente cinco metros de comprimento encalhou na praia da Boca da Baleia, em Anchieta, no Sul do Espírito Santo, na manhã desta quinta-feira (14). O animal, que é da família dos golfinhos, foi avistado por populares que passavam pelo local e acionaram os órgãos ambientais. Segundo a CTA Meio Ambiente, a Orca está viva, mas doente.


O animal foi avistado por volta das 9h30. Ele está há aproximadamente três metros da linha do mar e populares que estão no local tentam mantê-lo vivo jogando baldes com água no mamífero. Uma espécie de vala também está sendo aberta na areia para que água do mar chegue até o golfinho.
O bicho já está sendo atendido por veterinários do CTA. Equipes do Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (IPRAM) e uma unidade de atendimento móvel estão à caminho do local. O atendimento e tratamento da baleia será feito na praia.
Em entrevista ao jornal A Gazeta, o diretor do Instituto Orca, Lupércio Araujo, disse que é a primeira vez em 30 anos de profissão que ele vê uma Orca encalhar no litoral do Estado. "Em 30 anos trabalhando com estes animais (marinhos) é a primeira vez que vejo uma Orca no Estado", comentou.



Fonte: G1 de 14 de agosto de 2014.



sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Bebê golfinho é salvo do "lixo" por pescadores

Eu estou cansada... Isso mesmo: CANSADA de ver e ler informações sobre quão nocivo é o lixo descartado nos oceanos!
Todos sabemos que um simples pedaço de plástico pode ser mortal a qualquer ser vivo, e no entanto, as mortes e o sofrimento não cessam. São milhares e milhares de animais mortos sufocados, com problemas digestivos ou mesmo dilacerados por objetos que se prendem a seu corpo e com o seu crescimento não conseguem se livrar. São muitas vezes mortes lentas e agonizantes.
E não adianta olharmos para isso e pensarmos "que gente mal educada", porque esta "gente" somos nós! Sim, você também é culpado! Não podemos depender de autoridades corruptas e desinteressadas com o meio ambiente para ajudar o planeta e os animais... Temos que fazer a nossa parte!
O lixo deixado na praia, mesmo que não por você, é responsabilidade sua. Viu lixo no chão? Então pegue-o e descarte em local correto... Dê o exemplo! Eu já cansei até de entrar no mar para retirar latinhas, potes de margarina, papel de sorvete, sacos plásticos, etc. Somos todos responsáveis e todos devemos agir! Discutindo o assunto com quem não se atenta a isso, dando exemplo, não descartando lixo em local incorreto, economizando sacos plásticos, ajudando a limpar locais públicos, entre outras dezenas de formas de colaboração.
Por isso e muitos outros motivos também sou absolutamente contra festas realizadas na areia da praia, como shows, festas de reveillon, etc... Parece inofensivo, não? Mas já pensou na quantidade de lixo que fica no chão e que as ondas levam para o mar? É só pensar em quão sujo fica o chão de danceterias, por exemplo: Imundo! E as areias da praia merecem isso? Definitivamente não! Mas infelizmente parece que ninguém pensa nisso...
Fico feliz que este bebê de golfinho tenha tido a sorte de encontrar pescadores dispostos a ajudá-lo (o vídeo não é novo, mas representa o que animais enfrentam diariamente nos nossos oceanos)... Mas e se não tivesse? Talvez ele teria se soltado sozinho... Talvez não... Na dúvida: Lixo tem que ser mantido longe dos oceanos, sempre! E para sempre!!! Os oceanos e suas criaturas divinas não merecem pagar pelas terríveis e assombrosas falhas no chamado "desenvolvimento" humano!




P.S.: Esta postagem me lembrou uma antiga aqui do blog em que eu mencionava o caso de uma baleia-cinzenta morta cujo estômago continha inúmeros e diversos tipos de itens descartados nos oceanos. Relembre "As Baleias e a Poluição nos Oceanos", postagem de 2011: http://v-pod-orcas.blogspot.com.br/2011/06/as-baleias-e-poluicao-nos-oceanos.html




segunda-feira, 4 de agosto de 2014

O que crianças americanas aprendem sobre o cativeiro

Não sei apontar exatamente o que ocorreu com a nossa geração, mas infelizmente ela cresceu achando normal o fato de Orcas e golfinhos e outros animais se apresentarem em shows de parques marinhos. Não sei por que entramos tão fortemente na ilusão de que vivem bem ali, que não conseguimos sair dela. Aceitamos esses animais como belos e meros animais de estimação, achando que não há problema em viverem em tanques artificiais. Não tenho dúvidas que parques como o SeaWorld fazem um excelente trabalho para maquiar a realidade e cegar a todos usando a própria beleza e força de animais que tanto encantam.
É interessante conversar com as pessoas e perceber que elas jamais olharam para cativeiro de Orcas e golfinhos com maus olhos... Muitos procuram o blog e se chocam com a realidade mostrada, simplesmente porque nunca viram as coisas com esses olhos. Hoje sou extremamente agradecida ao documentário "Blackfish" que tanto alertou o público em geral e teve um alcance ainda não atingido por outros documentários.
Confesso que cresci sendo um desses cegos... E não via mal nos parques, afinal pareciam que viviam tão bem ali. Inocência e ignorância minhas...
Mas da onde veio isso?
Infelizmente, crescemos aprendendo que Orcas se adaptam muito bem ao cativeiro e pelo "amor" e ânsia de vê-las de perto, aceitamos tal situação.
E quando digo "aprendendo" é porque de fato é isso que tem sido ensinado em países como os EUA que mantém Orcas em cativeiro.
Vejam que interessante o trecho que ensina sobre Orcas no livro de Joyce Milton, chamado "Whales: The Gentle Giants" ("Baleias: As Gigantes Gentis", sem tradução para o Português):





"A mais bela das baleias é a preta e branca Orca.
A orca não possui barbatana, pois possui dentes de verdade, e grandes!
A orca caça peixes grandes, além de focas e até outras baleias.
As orcas também são chamadas de baleias assassinas  e os marinheiros costumavam temê-las."




"Hoje sabemos que as Orcas podem ser domadas. Elas são as estrelas de muitos shows em aquários.
Elas gostam de ser acariciadas e amam truques. Orcas são muito espertas. Às vezes, elas inventam um novo truque e ensinam a seus treinadores."





Não é à toa que essas crianças crescem aceitando e não questionam a qualidade de vida desses animais, não é mesmo?
E mais uma observação: esse livro faz parte de uma coleção que incentiva a leitura de crianças que estão sendo alfabetizadas. Ele foi indicado numa escola de Nova York, onde minha sobrinha estava estudando, motivo pelo qual tive acesso a ele.