Pensei em algo especial para postar no último dia do ano...
Pensei em homenagear dois artistas muito especiais que marcaram gerações: Keiko (mais conhecido como Willy, a Orca que protagonizou a série Free Willy) e Michael Jackson cantando "Will you be there" (música tema do primeiro filme).
Essa dupla marcou muito a minha adolescência e será para sempre lembrada com todo o meu amor!
Deixo esta boa energia com os votos de um excelente ano de 2012 principalmente aos cetáceos de todo o planeta! E quem sabe esperar que a consciência humana se eleve em 2012 e possamos assistir felizes ao "Free Tilikum", "Free Morgan", "Free Tekoa", "Free Lolita", "Free..."
Tilikum, a orca macho, mais conhecido como "Shamu" nas apresentações do parque Sea World de Orlando, na Flórida, EUA, responsável direto pela morte de três pessoas, incluindo Dawn Brancheau em fevereiro de 2010, infelizmente está doente.
O parque não explicou o que está ocorrendo, mas na última quinta-feira (dia 22 de dezembro) ele foi transferido para um tanque especial onde as Orcas são mantidas para receberem tratamentos veterinários.
De acordo com seus treinadores, ele demonstrou algumas alterações comportamentais na semana passada e teve que ser transferido para que fosse acompanhado mais de perto pelos veterinários do parque.
De acordo com Colleen Gorman, presidente do "The Orca Project", Tilikum já sobreviveu a muita coisa e por muito mais tempo do que a grande maioria das Orcas que vive em cativeiro. Ela acredita que Tili esteja com pneumonia, mas alega também que ele frequentementesofre de infecções e de problemas dentais (devido ao comportamento que as Orcas em cativeiro possuem de pressionarem a mandíbula quando estão irritadas e de morderem os portões dos tanques onde são confinadas).
Tilikum foi retirado do mar em 1983, na Islândia, e desde então viveu confinado em parques marinhos com a finalidade de exibição ao público. Ele tem uma história de vida muito triste e sofrida... Apresentando sempre comportamentos instáveis e agressivos... Nada mais natural para um ser que foi privado de forma tão intensa de tudo aquilo que lhe faria livre, saudável e feliz.
Colleen luta diariamente para que Tilikum seja devolvido aos mares da Islândia (mesmo que tenha que viver para sempre em cercado no oceano) e deseja que mesmo que ele viva apenas mais alguns dias, meses ou anos, mas que fosse em seu habitat...
Vídeo que mostra o procedimento de retirada de Morgan do Dolfinarium Harderwijk... Que pena que não era pra transferi-la para a reabilitação no oceano...
Não... De nada adiantou a torcida e os esforços para libertar Morgan e fazer com ela tivesse a vida que merecia ter...
Nesta madrugada ela foi transferida ao parque nas Canárias...
A triste foto de sua transferência já diz tudo...
Sei que daqui a alguns dias será divulgado que Morgan está "super bem" e se adaptando rapidamente ao "novo lar"... Divulgarão ainda, dentro de alguns meses, fotos e vídeos de Morgan saltando "alegremente" em meio a apresentações ao público... Mas, acredito que não será esse o seu futuro...
Morgan terá uma vida artificial, longe de seu pod, cheia de privações sensoriais, tendo que aprender truques ridículos para entreter o público e encher de dinheiro os bolsos de seus "proprietários". Terá problemas de pele, de visão, problemas em decorrência de fungos... Sofrerá com a possível hostilidade de suas "companheiras de tanque" e terá pouquíssimo espaço para se exercitar...
Ao menor sinal de maturidade terá que se reproduzir (artificialmente, com certeza) mais de uma vez (também com certeza)... Sofrerá abortos e correrá risco de morte mais de uma vez... Mas isso nós nunca ficaremos sabendo... E isso também SE ela sobreviver até lá...
Sinto muitíssimo por ela!
Todos aqueles que amam os animais perderam muito hoje...
Infelizmente não foi possível que a "baleinha Morgan" fosse libertada! Ela será levada ao Loro Parque em Tenerife, nas Ilhas Canárias, conforme eu já havia publicado aqui (com imensa tristeza, pois tenho acompanhado o caso de Morgan diariamente desde sua captura e não me conformo de não permitirem ao menos que ela tente ter uma vida livre no local em que realmente pertence)... E apesar de a data de sua transferência não ter sido divulgada, ontem, o prefeito da cidade de Harderwijk, local em que Morgan tem sido mantida, solicitou força policial para lidar com possíveis protestos contra o início de sua triste jornada.
A transferência ocorrerá por avião "com decolagem e pouso bem "suaves" para diminuir o impacto" à pequena Morgan.
Estou certa de que representantes do Free Morgan Group e demais entidades de proteção dos animais estarão presentes para tentar, mesmo que num último, desesperado e provavelmente irrelevante esforço, impedir a transferência.
Desejo sorte e coragem para aqueles que estarão lá lutando e gritando por alguém que não pode fazer isso por si mesmo...
O PETA - People for the Ethical Treatment of Animals, entidade que defende o direito dos animais em todo o mundo, está acusando o Sea World de escravidão...
Escravidão? Sim, o PETA entrou com um processo contra o parque em nome de cinco de suas Orcas, Tilikum, Katina, Corky, Kasatka e Ulises afirmando que elas não passam de escravas.
A ação judicial afirma que elas foram forçadamente retiradas de suas famílias e habitat, que são mantidas em cativeiro, sujeitas a coleta de espermas e inseminação artificial para reproduzirem mais "artistas" para seus shows. Além disso, dizem que são forçadas a se apresentarem visando somente o lucro daqueles que as mantêm cativas.
Teoricamente, a lei contra a escravidão somente seria aplicada a seres humanos, mas o PETA aponta que a lei declara apenas que o que caracteriza a escravidão é a "servidão involuntária" sem especificar que tal conceito deveria ser aplicado somente a humanos.
Ric O'Barry (ex-treinador de Flipper, que hoje é totalmente contra a manutenção de baleias e golfinhos em cativeiro e estrelou o documentário "The Cove", que tornou público a matança anual de golfinhos no Japão) e mais dois ex-treinadores do Sea World se uniram ao PETA, a favor das cinco Orcas. Alegam ainda que as Orcas possuem habilidades sofisticadas de aprendizado, solução de problemas e comunicação, além de fortes traços distintos de cultura.
O Sea World publicou uma declaração afirmando que é uma das instituições mais respeitadas do mundo no trato de animais e que as acusações não têm base. Dizem ainda que o PETA sempre procura formas para ganhar a atenção pública, mas se esquivam do trabalho duro de resgate, auxílio e manutenção dos animais.
Bom, não sei como ficará essa situação e se darão prosseguimento à ação judicial, pois me parece que o PETA entrou com a ação como se as cinco Orcas estivessem entrado na justiça. A legislação americana prevê o julgamento de casos relacionados aos animais desde que fossem referentes a posse e crueldade contra eles, com aplicação apenas para atividade humana e que os próprios animais não poderiam ser processados, nem entrarem ações judiciais.
Quando eu tiver mais informações publico aqui no blog.
Quem não adoraria estar numa praia e poder ver de pertinho um super pod de Orcas passando bem a sua frente? Neste caso, não só "passando", mas praticamente se exibindo em grande estilo para todos os presentes...
Bom, isso seria praticamente impossível numa praia brasileira, mas não nas praias de Puget Soundno noroeste do oceano Pacífico. Um grupo muito sortudo de pessoas teve o privilégio de estar em uma dessas praias e ver Orcas a pouquíssimos metros de distância.
As Orcas, que provavelmente estavam caçando salmões, deixaram todos encantados por se aproximarem tanto da costa.
O vídeo amador abaixo está um tanto tremido, mas nos permite tentar sentir pelo menos um pouquinho a emoção que aqueles "sortudos" sentiram naquele momento. Espero que gostem!
Uma Orca com apenas alguns dias de vida foi encontrada morta em Seaview, no estado de Washington, EUA, no dia 14 de novembro. Ela foi encontrada por um patrulheiro da costa e encaminhada para a Universidade Estadual de Portland para realização de uma necrópsia.
Pesando aproximadamente 180 quilos e medindo pouco menos de 2,5 metros de comprimento, era uma fêmea recém-nascida e, ao contrário do que haviam imaginado, ela não teria morrido durante o parto, mas provavelmente em decorrência de complicações de uma hérnia de hiato após o nascimento.
Este tipo de aparição na região é bem rara. A última Orca encontrada morta foi há 8 anos, sendo que há 16 não encontravam uma recém-nascida.
Ainda não se sabe exatamente a espécie e a qual pod a pequena pertencia. Se eu tiver mais informações, publicarei aqui no campo "comentários".
24 horas depois de um juiz americano definir mais uma vez que Ikaika fosse devolvido ao Sea World, a Orca macho, agora com 9 anos de idade, foi transportada em meio a forte esquema de segurança entre a cidade de Niágara e o aeroporto de Hamilton, no Canadá.
Há meses o Sea World (EUA) vinha lutando na justiça para que o parque Marineland, da cidade de Niagara, no Canadá, devolvesse Ikaika, que estava emprestada ao parque canadense desde 2006, com o objetivo de procriação.
O Sea World alegou que Ikaika não estava sendo mantido e treinado de forma adequada, por isso o queriam de volta... Já os advogados do Marineland afirmam que o Sea World queria Ikaika de volta porque um dos machos férteis de sua "coleção" (palavra utilizada pelo próprio parque quando se refere aos animais que mantém cativos) morreu no ano passado no parque da cidade de San Diego (a Orca Sumar, aos 12 anos de idade).
Muito se especulou até que fosse público a informação sobre qual parque do Sea World Ikaika iria residir... Mas logo houve a confirmação...
...Ikaika já está no parque da cidade de San Diego (EUA), é claro!
As audiências sobre o caso da morte da treinadora do Sea World, Dawn Brancheau, pela baleia Tilikum em fevereiro de 2010, ocorreram no final do mês passado. O Sea World de Orlando enfrenta a agência americana de saúde e segurança do trabalho (OSHA - Occupational Safety and Health Administration) que alega que o parque coloca seus treinadores em risco deliberadamente sem tomar as precauções de segurança necessárias, incluindo o uso de barreiras adequadas, decking ou sistemas de abastecimento de oxigênio.
A OSHA também alegou que o parque não deveria permitir o contato próximo com Tilikum (a Orca responsável pela morte de Dawn - mais conhecida como "Shamu") devido a seu histórico de agressividade (dado que já esteve envolvida com a morte de uma aprendiz de treinadora no Canadá e de um "visitante" que pulou no seu tanque depois do horário de fechamento do parque).
O Sea World se defendeu de todas as alegações e agora aguarda a definição do juiz sobre o pagamento ou não das multas exigidas pela OSHA.
Diversos aspectos sobre o treinamento e os perigos de se manter Orcas em cativeiro foram levantados durante as audiências.
Novas audiências serão agendadas para o final do mês de novembro.
As necrópsias realizadas nas duas Orcas fêmeas encontradas mortas após passarem semanas "perdidas" em um rio no Alasca apontaram que uma delas estava grávida, porém não deixaram claro o motivo das mortes.
De acordo com sites internacionais, o Sea World também enviou um veterinário para acompanhar as análises das causas. E há aqueles que já alegam que o parque estaria interessado na captura da terceira Orca, mais jovem, que poderia ainda estar perdida no rio. Alguns alegam que ela já retornou ao oceano e que já estaria reunida a seu pod, outros dizem que ela também foi encontrada morta.
Trago mais informações quando eu tiver a confirmação...
Caros leitores, informo com uma imensa tristeza que o juiz holandês responsável pelo caso decidiu hoje que a “baleinha Morgan” (como carinhosamente é chamada por meus sobrinhos) não será libertada e sim transferida para o Loro Parque em Tenerife, nas Ilhas Canárias.
O Secretário de Agricultura Henk Bleker alegou que suas chances de sobrevivência no oceano são muito pequenas e que essa decisão representa de fato uma derrota, pois Morgan não deveria viver num zoológico, mas também não deveria ser libertada a “qualquer custo”. Ele acredita que a decisão foi “a menos ruim” diante do cenário, dado que o histórico de re-introdução à liberdade com Orcas não é positivo (sempre citam o caso de Keiko, a baleia do filme “Free Willy”, que sofreu uma tentativa milionária de reabilitação ao oceano sem sucesso... Mas não podemos esquecer que Keiko passou mais de 20 anos em cativeiro e já era adulto quando foi solto, diferentemente de Morgan que está a pouco mais de um ano e ainda é jovem).
O “Free Morgan Group” afirmou que continuará tentando impedir sua transferência através de ações legais e até fisicamente, se necessário. O partido de Direitos dos Animais que possui duas cadeiras no Parlamento holandês também disse que levará o assunto a discussão.
O Dolfinarium Harderwijk, que reabilitou Morgan e a mantém cativa desde o ano passado, não pode “vender” Morgan dado que esse tipo de comércio é proibido por leis internacionais (por ser uma espécie ameaçada), mas pode participar de ações “colaborativas” com o Sea World e outros parques marinhos (o que possibilita a transferência).
Já contei a história de Morgan nos posts “Free Morgan” (http://v-pod-orcas.blogspot.com/2011/08/free-morgan.html) e “Primeira Definição sobre o Futuro de Morgan” (http://v-pod-orcas.blogspot.com/2011/08/primeira-definicao-sobre-o-futuro-de.html) e lá detalhei os planos de libertação do pequeno cetáceo, mas infelizmente, no tribunal, os cientistas não entraram em acordo sobre as reais chances de sobrevivência de Morgan por não estarem certos sobre se ela encontraria seu verdadeiro pod ou se conseguiria ser introduzida em algum outro (o que seria determinante para sua sobrevivência).
Seja como for, e como já comentei anteriormente, pelo menos assim ela teria uma chance... Porque presa num tanque de concreto, com pouco espaço e sujeita a terríveis privações sensoriais, com a triste finalidade de reprodução forçada e o entretenimento do público, ela certamente terá uma vida curta, artificial e infeliz.
É uma pena que os interesses financeiros estejam sempre em primeiro lugar...
Duas das três Orcas vistas há cerca de três semanas subindo o rio Nushagak, no Alasca, apareceram encalhadas e mortas no último domingo, dia 09 de outubro. As duas, aparentemente adultas, passarão por necrópsia para avaliação de seu estado de saúde (umas delas apresentava machucados profundos e sangrava bastante).
Uma equipe está em busca da terceira Orca, mais jovem, para tentar ajudá-la.
As pessoas que as viram subindo o rio, disseram que elas pareciam desorientadas.
Apesar de a notícia ser triste e ainda se ter poucos detalhes e explicações sobre os motivos de estarem lá, quando eu tiver mais informações, pulico aqui no blog. As fotos são de Jon Sharp.
Criada por Douglas Coupland em 2010, a "Digital Orca" (nome original em inglês) é a escultura tridimensional de uma baleia Orca exibida em frente ao Centro de Convenções de Vancouver, na Columbia Britânica, Canadá.
A escultura traz uma nova e inesperada visão deste animal que é símbolo em toda a região. De acordo com Coupland, “a imagem natural modificada por tecnologia faz uma conexão entre o passado e o futuro e traduz o povo e as atividades que criaram a próspera cultura do porto de Vancouver, ao mesmo tempo em que representa as grandes mudanças que remodelou a economia da Columbia Britânica. A construção de metal e os componentes iluminados evocam o estado de espírito diário no porto e a diversidade daqueles que trabalham por lá”.
Eu tive o prazer de ver a escultura pessoalmente e posso dizer que é surpreendente e encantadora!
Durante a noite, ela acende pequenos pontos de led em cada “pixel” de forma aleatória... A visão é realmente incrível!
O vídeo abaixo, narrado pelo próprio artista, traz imagens e explicações sobre a idéia e a construção da escultura.
Um filme de Suzanne Chisholm e Michael Parfit, narrado por Ryan Reynolds, "The Whale" conta a triste história da Orca órfã chamada Luna, que buscou a companhia de humanos próximo a Ilha de Vancouver alguns anos atrás (conforme detalhes do último post).
O filme, que teve como produtores executivos os atores Ryan Reynolds e Scarlett Johansson, estreou em Seattle e Tacoma no último dia 09 de setembro e será exibido em Nova Iorque no dia 23, em Los Angeles no dia 30 e logo divulgarão as novas datas para Estados Unidos, Canadá e todo o mundo, de acordo com o e-mail que recebi na produtora no início deste mês.
Assista ao trailer (emocionante) aqui:
Vamos torcer para que seja exibido aqui no Brasil em breve!
Luna nasceu em setembro de 1999 em Puget Sound (estado de Washington, Estados Unidos) no grupo L2, pertencente ao pod L. Também foi conhecido como L98 e Tsuux-iit.
Pesquisadores da região relataram que desde o nascimento Luna e sua mãe (conhecida como Splash) não tiveram um comportamento normal, apresentando certo distanciamento e ambos não estavam com o restante do grupo, o que seria o normal quando do nascimento de filhotes. Orcas, como já descrito em outras postagens, possuem forte relacionamento familiar e geralmente passam sua vida toda com a mãe no mesmo Pod.
Ainda na infância, Luna deixou sua mãe para acompanhar baleias do pod K.
Aos três anos de idade, Luna passou a ser visto sozinho em Nootka Sound e chamou a atenção das pessoas por tentar sempre interagir com barcos e seres humanos.
Luna se isolou completamente de outras Orcas e brincava com barcos, mangueiras de água, com cães e, não só permitia, como fazia com que os humanos o tocassem. Isso atraiu milhares de pessoas que partiam para essa região para observá-lo e tocá-lo.
Na época, essa situação causou muita controvérsia entre os pescadores, pesquisadores, observadores, amantes de animais e até o governo. Muitos consideravam que esse comportamento não deveria ser estimulado, já outros, que Luna era carente e precisava dessa atenção, dado que ele mesmo demandava. Orcas são animais extremamente sociais e acredita-se que Luna buscou nos humanos o que não teve com sua mãe e familiares.
Chegaram a organizar a transferência de Luna para outro local, onde ele pudesse se reunir a sua mãe, mas acabou não dando certo. Até para um cativeiro (um cercado no próprio oceano) consideraram levá-lo na época.
O DOF (Departamento Canadense de Pesca e Oceano) colocou placas e enviou alguns monitores para educar a população a respeitar Luna como um animal e não interagir com ele (há relatos de que pessoas estavam o alimentando, incluindo com cerveja e batatas chips).
Em 10 de março de 2006, Luna foi morta pelas hélices do motor de um barco rebocador ao se aproximar para interagir com sua tripulação.
Triste, porém previsível destino...
Sua história virou filme e um documentário produzido por Scarlett Johansson e Ryan Reynolds, chamado "The Whale".
"Happy Feet" foi o nome dado ao pingüim resgatado na Nova Zelândia no final de junho deste ano com graves problemas de saúde e cuja história de superação inspirou a imaginação de pessoas no mundo todo.
Por ter engolido muita areia durante sua jornada e adoecido em conseqüência disso, Happy Feet foi tratado pelos veterinários do Zoológico de Wellington por algumas semanas. Ele foi o primeiro pingüim da espécie imperador a aparecer na Nova Zelândia nos últimos 40 anos. Sua idade foi estimada em 3 anos e meio.
Totalmente recuperado, Happy Feet pôde ser libertado no final de agosto para alegria dos neozelandeses que acompanharam sua recuperação e torciam por sua libertação. Cerca de 1700 pessoas foram se despedir dele no zoológico no dia de sua partida.
Happy Feet foi solto a 630 km ao sul do país, carregando um dispositivo para que pudesse ser rastreado pelos veterinários e o público (que também poderia acompanhar seu trajeto através de um website).
Uma semana após ser solto, infelizmente, os veterinários comunicaram que Happy Feet possivelmente foi comido por uma Orca!
Segue a última foto tirada de Happy Feet antes de ser libertado:
Golfinhos são animais inteligentes demais para serem usados para o entretenimento em parques temáticos e, de acordo com especialistas, não deveriam nadar com pessoas, pois isso pode traumatiza-los.
Há tempos sabe-se que os golfinhos são uma das criaturas mais inteligentes do mundo, senão, a mais. Lori Marino, uma neurocientista da universidade de Emory em Atlanta, nos Estados Unidos, afirmou na conferência de 2010 da AAAS (American Association for the Advancement of Science) que a grande inteligência dos golfinhos faz com eles sofram problemas psicológicos associados à captura e ao confinamento. Ela diz que eles podem ficar traumatizados por serem mantidos presos ou por terem que nadar com pessoas. Segundo ela “o atual conhecimento que temos sobre a complexidade cerebral e intelectual dos golfinhos indica que essas práticas são potencialmente danosas psicologicamente e demonstra um cenário distorcido sobre sua capacidade intelectual natural”, e ainda, “os golfinhos são seres altamente desenvolvidos, inteligentes e conscientes de si, possuem personalidade própria, autonomia e características interiores individuais. Estão sujeitos a intenso sofrimento e traumas”.
As pesquisas de Lori questionam as atividades de parques temáticos que oferecem interação com mamíferos, alegando poder de cura.
De repente, esteja na hora de avaliarmos essa relação humano/mamíferos marinhos que só beneficiam uma das partes.
Essas criaturas tão especiais não podem continuar pagamento um preço tão alto para beneficiar a humanidade...
Hoje, dia 03 de agosto, um juiz decidiu que Morgan, a Orca capturada o ano passado e mantida cativa desde o ano passado, não deve ser transferida para o Loro Park, nas Ilhas Canárias, por enquanto.
O juiz solicitou que mais estudos sejam apresentados para que uma decisão final seja tomada. Pediu ainda que o Dolfinarium de Harderwijk, o governo holandês e os ativistas dos direitos dos animais, representados pelo Free Morgan Group, trabalhem juntos nisso. O Free Morgan, que deu entrada no processo para impedir a transferência de Morgan, consideraram a decisão uma vitória, apesar de não terem conseguido seu principal objetivo que era o início de um plano gradual de reintrodução de Morgan ao seu habitat.
Alguns cientistas defendem que ela não sobreviveria no oceano caso não se reunisse imediatamente com seu pod. No entanto, o Free Morgan Group alega que ela também enfrentaria problemas de rejeição caso seja enviada ao Loro Park, que já possui quatro Orcas.
O Dolfinarium também terá que transferir Morgan para um tanque cinco ou seis vezes maior do que o que ela se encontra no momento (e que tem sido visita pelo público desde março deste ano). Ela também poderá conviver com um grupo de golfinhos que ainda não viu, mas que já tem se comunicado.
O Free Morgan Group apresentou hoje o plano de reabilitação para Morgan no tribunal. O plano prevê a transferência de Morgan para uma baía artificial próxima a Rotterdam, onde ela seria reabilitada e se acostumaria com mar aberto novamente. Ela ganharia um rastreador e seria treinada para retornar a um barco quando chamada. Ao perceberem que ela já se estabeleceu em algum pod passariam apenas a rastrear seus movimentos.
De acordo com Ute Margreff, do Marine Connection, “Morgan veio do oceano e só está presa há um ano... Ela sabe o caminho e os melhores pesquisadores do mundo estarão lá para ajudá-la”.
Vamos continuar torcendo para que libertem Morgan. Como disse no post anterior, pelo menos assim ela terá uma chance...
P.S. 1: No último dia 30 de julho, Jean-Michel Cousteau aceitou o convite do Free Morgan Group para fazer parte da equipe que defende a libertação de Morgan. É muito bom saber que alguém tão respeitado como ele juntará forças a favor de Morgan.
P.S. 2: A foto é do site freemorgan.nl e a mensagem "Freedom is Priceless" significa "A liberdade não tem preço".
Há pouco mais de um ano, uma jovem Orca fêmea foi encontrada sozinha, desidratada e visivelmente abaixo do peso no mar de Wadden (também conhecido como mar Frísio) na Europa. Com a promessa de que não seria usada para exibição ao público, que receberia tratamento veterinário e que, em seguida, seria devolvida ao mar; no dia 23 de junho de 2010, ela foi capturada e encaminhada ao Dolfinarium Harderwijk, na pequena cidade de Harderwijk, na Holanda. Com base em seu tamanho, estimaram que ela teria entre 1 e 4 anos de idade. Chamaram-na de Morgan.
Morgan respondeu bem ao tratamento veterinário e logo recuperou a saúde e o peso.
Em seguida, deu-se início uma grande controvérsia...
Mesmo tendo se comprometido com o contrário, o Dolfinarium Harderwijk, alegando que Morgan não estaria mais apta a viver livre por conta do tempo que foi mantida em cativeiro, deseja transferi-la para outro parque marinho e não libertá-la conforme prometido.
O Free Morgan Group (do inglês, "Grupo para Libertação de Morgan", é formado por instituições respeitadas como o Orcalab, Orca Network, Orca Research Trust, Centre for Whale Research, Project SeaWolf Coastal Protection e outras sociedades de proteção e conservação de cetáceos) que tem acompanhado a história de Morgan, já apresentou um relatório completo (incluindo planos de contingência) de reabilitação e soltura garantindo que ela poderia perfeitamente ser libertada, mas este, infelizmente, não tem sido considerado por aqueles que a mantêm cativa.
Se ela realmente for transferida, ela provavelmente será utilizada para programas de reprodução em cativeiro, afinal, a indústria de entretenimento dessa natureza está precisando desesperadamente de novos genes para cruzamentos... Os grandes parques marinhos, especialmente o principal deles (cujo nome nem preciso citar aqui), estão interessadíssimos na manutenção de Morgan em cativeiro.
Orcas em cativeiro são obrigadas a dar à luz bem mais jovens do que ocorreria naturalmente na natureza. Os parques também não respeitam o tempo natural entre uma gestação e outra. Orcas fêmeas atingem a maturidade sexual por volta dos 15 anos de idade e normalmente procriam a cada 5 anos... Taima, uma das Orcas do Sea World morreu no ano passado dando à luz seu 4o. filhote aos 20 anos de idade!!! (a notícia de sua morte pode ser lida, em inglês, neste link: http://latimesblogs.latimes.com/unleashed/2010/06/taima-orca-killer-whale-dies-orlando-seaworld.html - detalhe: Desde o primeiro filhote, Taima demonstrou não ter aptidão para ser mãe, agredindo diversas vezes o pequeno, a ponto de terem que separa-la dele... Mesmo assim, o parque insistiu em outros cruzamentos e outros filhotes...).
Vamos torcer e ficar atentos às decisões referentes ao futuro de Morgan. Espero que ela tenha a sorte e a benção de ser devolvida ao local que, de fato, pertence e que não tenha o mesmo infeliz e trágico destino de Taima. Afinal, mesmo que não consiga sobreviver por muitos anos em seu habitat... Pelo menos ela terá uma chance de ser o que realmente é e a natureza poderia seguir seu curso naturalmente, seja ele qual for.
Dois parques estão travando uma batalha internacional pela custódia de uma baleia Orca.
Ikaika, um macho de oito anos nascido no SeaWorld, está “emprestado” ao Marineland, parque na cidade de Niagara Falls no Canadá, desde novembro de 2006, com o propósito de procriação.
O SeaWorld, parque dos Estados Unidos, quer o animal de volta e alega preocupações com sua “saúde física e psicológica”. O Marineland se recusa a entregar Ikaika, pois acredita que o Sea World sozinho não tem o direito de desfazer o contrato assinado pelas duas empresas. No início deste mês de julho, um juiz de Ontário ordenou que o Marineland devolvesse o animal, mas o parque se recusou e já recorreu da decisão.
O SeaWorld possui o maior número de Orcas em cativeiro no mundo, sendo 19 delas em seus parques em Orlando, San Diego e San Antonio, uma baleia no Zooloógico de Barcelona, na Espanha, e mais cinco emprestadas ao Loro Parque, nas Ilhas Canárias. Já o Marineland, tem apenas duas, incluindo Ikaika.
O Marineland considera essa disputa "infeliz" e gostaria que Ikaika permanecesse, conforme acordado originalmente entre as duas partes. Já SeaWorld diz que já planeja sua transferência muito em breve e afirmou em declaração que "assim como a maioria das instituições que trabalha com animais, o SeaWorld participa regularmente de empréstimos para reprodução", menciona ainda que "mantemos o interesse permanente no bem-estar dos nossos animais e não hesitaremos em agir a favor deles se sentirmos que uma instituição parceira não esteja cumprindo suas obrigações com relação aos cuidados veterinários, reprodutivos e de treinamento". Ambas se recusaram a falar mais alegando o litígio.
De acordo com os registros legais, o SeaWorld e o Marineland assinaram o contrato em 16 de novembro de 2006 prevendo a reprodução, a pesquisa, a educação e a exibição pública de Ikaika no Marineland, e, em troca, o Marineland enviou quatro baleias beluga ao SeaWorld.
O contrato iria expirar em 31 de dezembro de 2010, mas incluía disposições de renovações anuais automáticas desde que nenhuma das partes se opusesse. O SeaWorld, no entanto, notificou o Marineland em dezembro que pretendia rescindir o contrato. Como o Marineland discordou e se recusou a entregar Ikaika, o SeaWorld entrou na justiça, alegando preocupações com o tratamento recebido por ela no parque (preocupações que o SeaWorld se recusa a discorrer a respeito...). Também não quiseram divulgar para onde levariam Ikaika. Sabe-se apenas que uma Orca macho, chamado Sumar, morreu no parque de San Diego em setembro (uma das três baleias mortas no parque no ano passado, conforme publicado pelo blog anteriormente).
O Marineland, por sua vez, argumenta que não deveria ser permitido que o SeaWorld rescindisse o contrato e também entrou na justiça para uma batalha ainda maior. O parque canadense cita um acordo mais amplo de apoio a mamíferos entre as duas empresas e conversas entre os presidentes dos dois parques que sugerem que os contratos de empréstimo devem perdurar até que o parque que recebeu o animal não tenha mais condições de zelar por ele.
Ikaika é filho de Tilikum e Katina, nascido no dia 25 de agosto de 2002. Seu nome foi escolhido por votação e significa “forte” na língua havaiana.
Não podemos esquecer (o que já citei em outros posts) que o valor de um macho fértil em cativeiro atualmente é inestimável dado que tanto os parques dos Estados Unidos quanto do Canadá são proibidos de capturar e exibir animais selvagens. Eles precisam ter nascido em cativeiro. Também não permitem a captura de animais de suas águas (mesmo que não fosse proibido, não conseguiriam lidar com a má publicidade de ações de captura como essas).
E, por fim, como todos sabem, a grande estrela desses parques são as Orcas... Elas representam uma indústria bilionária em todo o mundo... Não é difícil compreender o real motivo dessa disputa.